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— Está bem, mas se soubesse de alguma coisa, me contaria, certo? — indago, buscando os seus olhos. Mônica não consegue esconder bem as coisas de mim. Ela sempre foi assim. Para os outros ela tem toda uma fachada dura, onde bloqueia qualquer sentimento que não queira demostrar, mas comigo sempre fica uma brecha de demonstração. Seus olhos refletem tudo o que eu quero saber e que ela faz questão de esconder.

— Sim, eu contaria. Agora, por favor, vamos mudar de assunto! — diz, irritada. Ela está sendo sincera. Eu tinha um fio de esperança de saber se havia o dedo de uma certa pessoa nisso tudo.

— Tenho uma cisma — digo de repente, encarando os seus olhos escuros. Mônica me olha intrigada.

— Ah, é? Qual?

— Acho que a Camilly tem algo a ver com isso. — Ela arqueia as sobrancelhas.

— Por que acha isso?

— Por causa do nosso último encontro...

— Qual último encontro, Ana? — Assusto-me ao ver Luís abrir a porta do quarto de uma vez e entrar no quarto em um rompante — Quer me falar sobre isso?
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