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Ana Júlia

Abrir os olhos pela manhã nunca foi tão doloroso como agora. Eu forço as pálpebras pesadas e aos poucos vou me acostumando com a luz que invade o quarto. Encontro a minha amiga sentada em um pequeno sofá ao lado da cama. Ela está mexendo em seu notebook em seu colo e tem alguns papéis espalhados em cima de uma mesinha. Assim que percebe que estou acordada, ela sorri para mim e larga o que está fazendo, para se aproximar ainda mais.

— Oi, como está se sentindo? — pergunta enquanto ajeita alguns fios dos meus cabelos atrás da minha orelha.

— Parece que fui passada em um moinho. Estou toda quebrada — resmungo e tento me ajeitar na cama, soltando um gemido de dor no processo.

— Me deixe ajudá-la. — Mônica ajeita o travesseiro em minhas costas e mexe no controle para erguer um pouco a cama. Solto o ar com força.

— Por que isso dói tanto? — resmungo mal-humorada. A porta do banheiro se abre e Luís sai de lá exasperado e vem até mim.

— Deixa que eu te ajudo, meu amor! — diz todo at
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