Jasmine — Nossa, como você é muito exagerado! — retruco e o puxando para mais um beijo.— Mas estou falando sério! E eu quero ficar bem aqui com você. — Ele faz um movimento rápido e logo o seu corpo está sobre o meu. O seu rosto fica muito próximo do meu e seus olhos intensos demais cativam os meus. — E pode ter certeza de que eu seria um louco se a deixasse sozinha em casa para ir a uma festa de alguém que eu mal conheço. Envolvo o seu pescoço.— Tem certeza? Essa é a sua última chance de escapulir. — O provoco. — Certeza absoluta, Senhorita Jasmine Vieira — sussurra tomando a minha boca em um beijo envolvente que é interrompido por algumas batidas na porta e logo Cristal e Mick invadem o quarto.— Sabia que os encontraria aqui! — Ela resmunga e Jonathan sai de cima de mim. — Você ainda está assim?! — Cristal ralha indignada e cruza os braços rente ao seu corpo. Imediatamente me sento na cama e penso na melhor maneira de falar para eles que não vamos para a tal festa.— Nós decid
CristalMomentos antes do sequestro...— Você está linda! — Mick fala me abraçando diante do espelho e deixa um beijo delicado na minha bochecha.— Hum, obrigada! Agora deixe-me vê-lo? — digo me afastando um pouco e me viro para fitá-lo. Mick abre seus braços, porém, os seus olhos percorrem o próprio corpo com diversão. Devo admitir, ele está um arraso nesse jeans surrado e rasgado na altura dos joelhos. Suspiro ao observar a camisa branca de botões aberta na altura do seu peitoral e as mangas estão dobradas até a metade dos seus braços. Mas o que me deixa eriçada mesmo são esses cabelos desgrenhados. E para completar, ele está usando um All Star preto e branco. Como eu disse... um arraso!— Você está perfeito, lindo e... muito gostoso! — sibilo com um suspiro alto e beijo calidamente a sua boca.— Podemos ir? — inquire assim que se afasta e olha para o relógio. Homens e suas manias de controlar as horas! Resmungo internamente.— Já, já podemos ir! Vou pôr o perfume e pegar a minha bo
Cristal Música agitada, uma multidão de jovens bebendo e se pegando em uma bela mansão de um condomínio seletivo e fechado bem no centro do Rio de Janeiro? Pois é, não encontramos nada disso. Quer dizer, com exceção da mansão, essa está bem aqui. O carro adentra o amplo terreno com um tapete verdejante invejável, adornado por lindas e belas flores. E como o meu pai sugeriu, o carro nos deixou bem na entrada, mas os seguranças permaneceram do lado de fora da casa, próximo aos portões largos, com os demais seguranças. Mick toca a campainha e eu aguardo ansiosa. Não demora para Lucas abrir a porta, porém, estranho o silêncio dentro da casa. Ok, mais estranho ainda é não ver convidados algum pela casa.— Ah, chegamos muito cedo? — Mick inquire olhando de um lado pra o outro da ampla sala de visitas.— Ah, não! É que eu mudei o horário da festa. Desculpa, eu achei que tinha avisado! — Mudou o horário, mas não era ele quem estava ao telefone cobrando a nossa presença há poucos minutos? Ten
Cristal— O que está fazendo? Deixa-o em paz seu monstro!! — berro, lutando para me soltar.— Venham! Deixem o casalzinho cuidando um do outro, enquanto organizamos a nossa partida. — Ele ignora os meus protestos e vai até a porta, saindo em seguida. Logo ficamos sozinhos aqui dentro.— Merda! Merda! Merda! E agora? O que vamos fazer? — pergunto em pânico e o meu pobre coração parece que vai sair pela boca.— Calma, Cris! Respira fundo e vamos pensar em algo. — Mick pede. Mas calma é a última coisa que tenho agora. Penso exasperada. Agitada, olho ao nosso redor, mas não vejo nada que possa nos ajudar realmente além de uma estante enorme e cheia de livros, uma mesa com alguns papéis em cima dela, o bar de canto com algumas garrafas e copos. Mas tudo está distante demais e se quebrarmos qualquer coisa, com certeza chamará a atenção deles para nós. — Eu consigo alcançar a sua mão. — Mick diz de repente. — Posso tentar soltá-la e depois você me solta.— Tá! — Sinto os seus dedos se movere
Cristal — Precisamos da sua ajuda, Edgar. Eu preciso dos seus homens. — Papai diz, mas os olhos de Edgar estão firmes e frios em cima de Max, que está do outro lado da sala. — O que ele faz aqui? — Vovô aponta firmemente para o segurança e o meu pai revira os olhos para ele. — O Max trabalha para mim, Edgar! — Papai resmunga impaciente e o meu avô puxa a respiração, se acomodando em um dos sofás. — Eu não trabalho com traidores, Luís e você sabe disso! — Ele resmunga com rispidez. — Qual é, Edgar? O Max justificou os seus erros do passado e nós averiguarmos os detalhes. Vimos que ele dizia a verdade. — E por que ele não nos pediu ajuda? — Edgar, por favor! Temos um garoto de apenas dezenove anos nas mãos de traficantes perigosos. Você vai ajudar nos ou não? — Por favor, vovô! — peço quase suplicante, saindo dos braços de minha avó. Dois celulares começam a tocar ao mesmo tempo. Jasmine e Max pegam os aparelhos e então me toco de que se trata do chip clonado. Max faz um sinal pa
JonathanMomentos após o sequestro de Mick...Não dá para acreditar que isso aconteceu de verdade. Porra, nós tivemos todos os cuidados possíveis quanto a nossa segurança, como isso aconteceu? Como chegaram tão perto assim? São muitas perguntas e não encontro respostas para nenhuma dela. Bastou uma brecha para esses filhos da puta entrarem e tirarem a nossa paz. Embora a minha esteja mais calma agora, a sua dor é palpável e nesse exato momento estamos reunidos na sala de visitas da minha casa.— Cris, eu sei que não está sendo fácil para você agora, mas preciso que me conte exatamente o que aconteceu. — Max pede com cautela. Ela o encara por longos segundos e percebo os lábios tremularem, enquanto seus olhos voltam a se encher de lágrimas.— Quando chegamos a casa do Lucas eu percebi que havia algo estranho. Não tinha ninguém casa, nem mesmo os empregados ou vestígios de que haveria uma festa. Ele deu a desculpa de que havia mudado o horário. O que era bem estranho também, já que ele
Jonathan— Qual dessas será a minha? — pergunto observando o arsenal organizado em um porta-malas.— Desculpa, filho, mas dessa vez você não vai!— O que? Por que não?— Porque eu preciso que fique aqui em casa com as mulheres.— Está brincando comigo, não é pai?— Não, eu não estou. A sua mãe, a Jasmine e a sua irmã estão aflitas. Elas precisam de você aqui. Então quero que fique e que ligue se algo acontecer — bufo audivelmente, aceitando a sua ordem mesmo contra a minha vontade. — Bom garoto! — Ele diz por fim.Sem alternativas, volto para dentro de casa e vejo que quase as mulheres estão aqui na sala, menos a Jasmine. Lisa está sendo consolada por seu marido. Minha vó está cuidando da Cristal. Mamãe está ao telefone provavelmente falando com a tia Mônica a sua melhor amiga de todas as ocasiões e decido ir procurar a minha namorada na cozinha. Depois na área da piscina e por fim vou para o segundo andar. Adentro o seu quarto e o encontro vazio.— Jasmine? — A chamo para ter certeza
Jonathan — Eu vou com você! — Ela diz prontamente.— Não, você não vai!— Jonathan, por favor! Eu preciso fazer alguma coisa, estou quase enlouquecendo aqui!— Você vai ficar bem aqui, Cristal! Os homens podem chegar a qualquer momento e eu preciso que diga para eles o que acabou de acontecer. Também quero que diga para eles aonde eu fui e o porquê.— Mas você vai sozinho? Não tem seguranças aqui para te acompanhar.— Eu preciso e quero que distraia as pessoas dentro de casa enquanto saio.— Eu não acho isso uma boa ideia! — retruca aflita. Contudo, ignoro os seus protestos calço os tênis. Depois pego a chave da moto e na sua direção, seguro em seus braços e a faço olhar dentro dos meus olhos.— Fique tranquila! Eu prometo ser cuidadoso, tudo bem? — mesmo relutante, Cris meneia a cabeça fazendo um sim para mim. — Ok! — sussurro a abraçando e quando saio dos seus braços, volto no closet e pego a última caixa debaixo das caixas de sapatos que mantenho lá embaixo, e tiro uma arma de lá.