Cristal— Claro, querida! Se você conseguir, porque eu já tentei. — Apenas assinto e subo as escadas apressada, porém, paro em frente à porta do seu quarto e hesito por um instante. Deus, não tenho coragem de bater e penso que talvez seja melhor esperar ele se acalmar. Não, você precisa esclarecer as coisas, Cristal. A final, você não fez nada de errado. Respiro fundo e me aproximo lentamente da porta, girando a maçaneta devagar. Fecho os olhos decepcionada. Droga, ela está fechada com chave! Solto mais uma respiração profunda e resolvo bater na madeira. — Mick? — O chamo receosa, porém, ele não responde eu suspiro baixinho. — Mick, pode abrir a porta pra mim? Nada, só o seu maldito silêncio. — Por favor, me deixe explicar o que aconteceu? — Merda, ele não responde! — Tudo bem, eu posso esperar que esfrie a cabeça. Só... eu não tive culpa. Por favor, só... me dá uma chance de esclarecer as coisas? — nada. Nem um maldito “vai embora!” Arrasada, eu encosto a minha testa na porta e puxo
CristalNo segundo dia as coisas aqui dentro parecem bem piores e a minha habitual animação já nem existe mais. Me olhar no espelho também não é possível, porque não me reconheço no reflexo e isso dá até raiva de mim mesma. A verdade é que não tenho dormido bem esses dias, as minhas lágrimas já secaram e me lamentar se tornou algo corriqueiro. Também desisti de ligar para aquele cabeça dura! Puta que pariu, ele sequer me deu o benefício da dúvida! Nem ao menos me procurou para exigir um esclarecimento. Mick Serrano simplesmente me julgou culpada e me condenou ao exílio do seu coração. É claro que estou revoltada! Contudo tenho em mãos a minha última tentativa. O brunch da minha mãe e se ainda assim ele não quiser me ouvir desistirei de tudo.— Soube do resultado do jogo de ontem? — Escuto uma das garotas comentar atrás de mim.— Claro que sim! Eu estava lá. Porra, Mick Serrano e o tal de Lucas arrasaram!— O novato? — Outra garota entra na conversa.— Sim. Dizem que ele foi transferid
JasmineQuais as chances de um conto de fada se tornar real? Eu me sinto presa em um deles agora de uma forma doce e trágica ao mesmo tempo, mas ainda assim é como um conto de fadas. Jonathan não é só um príncipe, ele também é um cavalheiro atencioso e apaixonante. Nem se eu tivesse acertado na loteria teria tamanha sorte assim.— Oh Deus! — Solto um gemido baixo e agudo, sentindo o meu corpo despedaçar em mil pedaços e no ato, puxo uma respiração pesada e ofegante tentando me situar. Caramba, o que foi tudo isso? Após me proporcionar o meu primeiro orgasmo, meu namorado se deita do meu lado e me puxa para me aconchegar ao seu corpo e aproveito para apreciar as batidas do seu coração. Elas estão aceleras e em ritmo descompassado. Não consigo discernir o que estou sentindo agora, é tão intenso que não sei como mensurar. Definitivamente eu o amo e amo ainda mais do que ontem. Me acomodo ainda mais ao seu corpo porque preciso de mais do calor. Me concentro no toque suave das pontas dos s
Jasmine— Por favor! — suplico quase sem forças.— VOCÊ O AMA, PORRA?!— SIM!! — grito. — Só... não faça nada... não faça nada com ele! — suplico.— É uma pena! — Ele grunhe apontando a arma para a sua cabeça e eu faço não com a cabeça. Eu quero gritar, preciso gritar, mas o som não vem. Tento me mexer, correr para impedi-lo, mas não consigo sair do meu lugar. Correntes pesadas me mantém presa e desesperada começo a gritar.— NÃO! NÃO! NÃO FAÇA ISSO! — Os olhos suplicantes de Jonathan me fitam e o som do tiro ecoa por todos os lugares. — NÃO!...—Jasmine, acorda, amor? — escuto a sua voz e logo sinto os seus braços me envolverem. — Acabou, Bonitinha, foi som um pesadelo. — Ele sibila embalando o meu corpo junto com o seu, porém, apenas choro porque eu sei que isso não foi só um pesadelo. Isso foi um aviso. Aperto o seu corpo junto ao meu enquanto o meu coração sangra com os pensamentos que preenchem a minha mente. Preciso afastá-lo de mim. Preciso mantê-lo seguro. — Xiu, Bonitinha, j
Jasmine— Jonathan, pra onde vamos? — insisto cada vez mais preocupada.— Você vai ver! — ralha evasivo quando paramos bem na frente a sua moto na garagem interna da casa. Ele pega dois capacetes na prateleira e se prepara para pôr um deles na minha cabeça.— Para! — peço exasperada e estendendo as mãos, fazendo- o parar. — Ficou maluco? Quer sair comigo sozinho em plena madrugada e se eles estiverem lá fora nos esperando? Pior ainda, e se eles nos pegarem? Nós não vamos a lugar nenhum sozinhos! — digo firme.— Ok! — retruca pegando o celular e me vejo atônita. Jonathan mexer no aparelho e depois levá-lo ao ouvido. — Rick?— O que você está fazendo?! — retruco, tentando tomar o aparelho dele, mas ele continua.— Estou saindo com a minha namorada. Sim, agora. Procure o segurança dela quero que nos acompanhe. Agora Rick! — O tom autoritário sobressai e assim que me encerra a ligação ele me encara. — Satisfeita agora? Já podemos ir? — Apenas balbucio. Sem ter muito o que fazer deixo-o pô
Jasmine — Jonathan! — suplico. Eu preciso... eu quero senti-lo em mim. Então ele tira a única peça de roupa que nos separa, se encaixa no meu meio e logo o sinto quente, pulsante e duro. Não tenho tempo para apreensão ou nervosismo, estou envolvida demais e... quente demais. Ele volta a inclinar-se e começa a dar beijos cálidos por toda a extensão da minha face. É quando sinto um queimor, um desconforto lá embaixo e solto um gemido dolorido. Contudo, ele não para com os seus carinhos e isso me faz relaxar.— Eu te amo, Bonitinha! — sussurra em meio aos minúsculos e ardentes beijos que espalha por minha pele e logo começa a se mexer outra vez. Eu sempre sonhei com esse momento da minha vida e acredite, em todas as minhas fantasias ele estava lá. No entanto, não imaginei que os meus sonhos se realizariam, mas sempre senti que deveria ser perfeito como está sendo agora. Esse cuidado, a sua atenção, os seus carinhos e essa mistura de loucura e de prazer percorre todo o meu corpo, que me
Bônus do Marrento - parte 1— Não acredito que você a deixou escapar, Marrento! — Ele berra ao pé do meu ouvido fazendo algo tilintar lá dentro. Estamos no pico do morro mais propriamente na cede do chefão. O lugar parece um labirinto. É enorme e cheio de salas por todos os corredores. Cicatriz segura uma arma em punho e por duas vezes ele apontou o objeto para a minha cabeça violentamente. Ele está puto pela fuga da Jasmine. No entanto, foi melhor assim, porque não consigo imaginar o que faria comigo se descobrisse o que eu fiz com ela. A cena ainda está nítida na minha mente. Eu a machuquei, a fiz sangrar e se ele soubesse com certeza arrancaria o meu couro por isso. — Eu te dei uma missão, porra. Olhar a garota e mantê-la segura naquela casa, caralho! — rosna andando para perto de uma janela. Cicatriz me dá as costas. Eu podia me aproveitar dessa situação e pegá-lo de jeito, mas já vi muitos morrerem por muito menos que isso. — Eu vou te dar outra chance — diz sem se virar pra mim.
Bônus do Marrento - parte 2Tem um corte profundo no meu supercílio direito, outro no canto da boca, o meu olho esquerdo está inchado, tão inchado que mal consigo abri-lo, as maçãs do meu rosto não estão tão diferentes. O filho da puta foi a forra! Respiro fundo e após cuidar dos machucados sigo para o box e ligo o chuveiro controlando a temperatura da água. Passo horas debaixo da água morna me livrando do sangue colado na minha pele e cabelos. As dores começam a adormecer e quando finalmente sinto a maciez do colchão me lembro de Jasmine, do que eu fiz a ela e engulo em seco. Eu nunca bati em mulher na minha vida e juro que não me reconheci naquele momento. Eu só... fiquei puto por ela não me querer. E saber que ela gosta daquele almofadinha filho da puta me fez perder o controle. E quando vi, já tinha feito a merda toda. Saí daquela casa naquela noite me sentindo um merda e entrei em um bar. Eu precisava beber e tomei todas naquela noite até apagar e quando dei por mim estava amarra