Hael agradeceu mentalmente por estar usando seu sobretudo. Ele cobriria a ereção em sua calça, e ela não perceberia nada. Ignorando a pulsação incômoda no meio das pernas, ele caminhou em direção a ela, focando na cicatriz de mordida em sua barriga. Seu coração doeu ao vê-la.O que tinha sido aquilo? Não parecia uma mordida de animal, mas de humano. E, para deixar aquela marca, devia ter sido com bastante força.— Querida, o que foi isso? — perguntou, com o tom amoroso de sempre, esquecendo-se de tudo.— Não foi nada — respondeu ela, encabulada, virando-se para o lado oposto.Com isso, Hael teve a visão da bunda perfeita dela e o aroma maravilhoso que só Liliam tinha. Ele se sentiu ainda mais excitado, mas se concentrou no que importava.— Lily, essa cicatriz... me fala o que aconteceu. Foi algum homem? — insistiu aflito.Ela vestiu a roupa íntima devagar e, em seguida, as calças.— Você me ignorou por dias e agora está todo preocupado de novo? — Lily riu, desconversando, enquanto abo
Liliam estava de mau humor. Há dias lutava contra o sono, preferindo o cansaço extremo a enfrentar os pesadelos que a assombravam. Um arrepio percorreu sua espinha ao lembrar deles. Respirou fundo, tentando afastar os pensamentos ruins, enquanto terminava de arrumar suas coisas.Saber que Minho ainda usava o colar que ela comprara para os dois lhe trazia uma paz reconfortante. Um sorriso tímido surgiu em seus lábios enquanto seus dedos acariciavam a primeira letra do nome dele no pingente.Os dias em que ele a evitara haviam sido difíceis, mas, felizmente, tudo voltara ao normal. Ele podia não estar ao seu lado como homem, mas ela se agarrava à amizade entre eles, algo que não estava disposta a perder.Se Minho descobrisse que ela o amava, as coisas mudariam. Tudo ficaria estranho. Por mais que tentasse sufocar esse sentimento, a luta havia sido em vão. O amor que sentia por ele estava mais forte do que nunca. Não havia nada que pudesse fazer além de aceitar essa realidade. Talvez um
*GATILHO AO FINAL DO CAPÍTULO*O sol estava escaldante, e Liliam sentia o cansaço pesar sobre seus ombros como um fardo insuportável. Por mais que quisesse apenas descansar, ela não podia ceder. Não agora. Cada minuto longe da aldeia era um minuto mais perto do perigo.Desde o encontro com William, algo dentro dela parecia ter se quebrado. As palavras dele ainda ecoavam em sua mente, cortando mais fundo do que qualquer lâmina."Esses homens sabem, Lily? Que você é a puti..."Ela respirou fundo, lutando contra o arrepio que subia por sua espinha. Não, ela não era aquilo. Não era nada daquilo. Mas as lembranças ameaçavam transbordar, como uma represa prestes a ruir. Suas mãos tremiam levemente, e a cicatriz em sua barriga parecia queimar, trazendo de volta memórias que ela lutava para esquecer.— Você está bem? — A voz de Ryder a trouxe de volta à realidade.Ela piscou, ainda olhando para o horizonte vazio.— Hm... — murmurou, tentando soar indiferente, mas sua expressão apavorada entre
Hael a observava com cuidado, tentando se aproximar. Jake avançava por trás, enquanto ela continuava com a faca apontada para si mesma. Aquela não era a Lily que ele conhecia. Ela estava completamente transtornada. Ele nunca a vira assim antes.Alguém passou apressado, esbarrando com força em Hael.— Sai da frente!Ryder surgiu segurando uma garrafinha, avançando com calma na direção dela. Ele parecia tranquilo, analisando-a com cuidado.O que ele está fazendo?, Hael pensou, franzindo o cenho.— Sai! — Lily gritou, sua voz carregada de fúria.— Liliam... — A voz de Ryder soou baixa e tranquila, como mel. — Você está segura. Nada está acontecendo, acalme-se, amor.Amor? O estômago de Hael se revirou como se tivesse levado um soco.— Não! Pare com isso! — Liliam gritou, mais agressiva ainda.Hael deu um passo à frente, pronto para intervir, mas Ryder já estava perto dela, falando com calma, quase em sussurros.— Lily, você está segura. Somos nós. — Ele se abaixou, colocando a garrafa no
Na manhã seguinte, assim que Lily acordou, Hael foi procurá-la. Diferente da noite anterior, ela parecia a mesma de sempre. Um alívio percorreu seu corpo ao perceber que Liliam estava bem.— Lily. — A chamou com a voz rouca.— Bom dia, Minho. — Ela sussurrou.Ele não resistiu e a abraçou apertado, afundando o rosto no pescoço dela e inspirando seu aroma. Passara a noite inteira preocupado, pensando várias vezes em ir até a barraca dela, mas sabia que Ryder não o deixaria entrar. A ausência de qualquer movimentação o havia forçado a esperar.— O que foi? — Ela o abraçou, afagando os cabelos dele.Ele precisava perguntar. Aquilo o atormentava desde a noite anterior. Era ele ali, o homem em quem ela sempre confiou. Não havia motivo para Liliam se esconder dele. Depois do que presenciara, ele precisava saber o que ela estava escondendo.— Você... ah, querida... o que aconteceu ontem? — Ele perguntou, afastando-se para segurar o rosto dela. — É por isso que não estava dormindo? Você tem pe
Isabella observava Liliam perto do barril de água e decidiu se aproximar. Ainda estava preocupada com o que acontecera na noite anterior, mas não tocaria no assunto. Sabia que a morena não gostava de demonstrar fraqueza e que mencionar aquilo só a deixaria desconfortável.— Bom dia, Lily — cumprimentou animada, como de costume.— Bom dia, querida — Liliam respondeu com um sorriso. — Já comeu alguma coisa?— Já sim, não precisa se preocupar.— Hoje continuaremos a viagem. Amanhã chegaremos a uma aldeia onde será possível comer melhor e tomar um banho decente — comentou com animação, antes de completar com uma informação importante: — Ah, e não se preocupe. Estamos perto do acampamento do homem que pegou o seu pai.O rosto de Isabella se contraiu em preocupação.— Você acha que ele está vivo?Liliam hesitou antes de responder.— Existe uma possibilidade, especialmente se meu pai estiver lá — suspirou. — Mas não pense nisso agora. Concentre-se apenas em encontrá-lo.Isabella assentiu.—
Aviso: Conteúdo Adulto (Está história é uma ficção e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.)O saloon estava cheio naquela noite. Hael, porém, já estava acostumado com o barulho: homens gritando, trocando ofensas e se embriagando até perderem a noção. Se sua vida se resumisse a apenas esses momentos, talvez ele se desse por satisfeito. Levou o copo de uísque à boca e engoliu o líquido em um gole só, ignorando a ardência na garganta.Então, uma briga começou.Ele revirou os olhos, irritado, e murmurou para si mesmo: "Será que é pedir demais uma noite de paz? Uma noite sem confusão?" Sem qualquer interesse em assistir à pancadaria que estourava atrás dele, serviu-se de mais uma dose, fechou os olhos e deixou-se levar por pensamentos mais agradáveis. Sonhou com uma vida tranquila, uma fazenda cercada de verde, gado no pasto e o som do vento ao longe. Casaria com uma mulher maravilhosa e, com a bênção de Deus, teria muitos filhos. Um sorriso involuntário formou-se em se
Cidade de Albuquerque — Novo México 1870Isabella Portman era a dama perfeita. Criada para seguir as regras da sociedade, ela sabia exatamente como se comportar em qualquer situação. Desde pequena, fora educada em um dos melhores colégios internos para moças, onde se tornara uma mulher culta, cujas palavras e sabedoria frequentemente assustavam aqueles ao seu redor. Diziam até que ela estava "à frente de seu tempo".Sua relação com o pai, o xerife Henry Hamilton, fora sempre distante. Embora o respeitasse, as visitas entre eles tornaram-se esparsas ao longo dos anos. Quando ele se mudou para o Oeste e ela se casou, os encontros tornaram-se ainda mais raros. Isabella se acostumara à vida na alta sociedade, mas, com a morte do marido e a solidão do luto, ela sentiu a necessidade de voltar a estar perto do pai. A pressão social e os comentários cruelmente piedosos sobre sua viúva situação tornaram a decisão ainda mais urgente. "Coitada, ficou viúva tão cedo", "Será que ela vai casar nova