Os guardas da matilha que testemunharam a cena, percebendo a situação, começaram a abrir caminho para permitir que Yara fosse levada às pressas para a clínica para receber seu filho.—Vamos levá-la ao médico, você precisa descansar e se preparar para o parto —disse o irmão dela com urgência, fazendo sinal para que os guardas se movessem rapidamente.Uma parte da multidão observou com respeito enquanto Yara continuava a caminhar.Enquanto caminhavam, murmúrios começaram a se espalhar entre os lobos, comentando em tons de surpresa e admiração a bravura e a força que Yara havia demonstrado no confronto.A multidão lotava as entradas da casa da matilha, Yara caminhava enquanto sua mão acariciava a curva de sua barriga, enquanto ondas de dor giravam dentro dela.—Desculpe-me —ele sussurrou, mas sua voz foi engolida pelo barulho da conversa.Os espasmos aumentaram, cada um mais intenso que o anterior, apertando-a com a iminência da desgraça.Ela fez força para passar, mas os corpos estavam
O chão tremia sob o peso da fúria de Brad e do sangue que jorrava de cada investida. Os invasores, com mandíbulas descontroladas e garras sedentas, haviam penetrado no limiar sagrado do território que ele havia jurado proteger.Mas eles não sabiam a verdade que se escondia por trás dos olhos impiedosos do líder do clã. Desde aquela noite, quando ocorreu a união com Rosalinda, ele havia se tornado um homem cruel e um lobo cruel.A cada curva, Brad era um turbilhão de morte, uma visão sombria do que um dia foi um homem feliz.—Volte! —rosnou ele, rasgando a carne de outro atacante que ousou desafiá-lo.Seus músculos tensos eram como cordas de aço, vibrando a cada golpe. O fedor de sangue pairava no ar enquanto os corpos caíam moles ao seu redor.As árvores ficaram paradas quando ele finalmente silenciou o último lamento inimigo. Ele respirou pesadamente, cada suspiro carregando consigo o peso da raiva e da desolação.—Recolham as carcaças dos lobos, removam suas cabeças e pendurem-nas n
Cheio de confusão e desespero, Leo correu atrás do rastro da loba que o havia enlouquecido completamente, com o cheiro dela penetrando em seu íntimo.Sua mente era um turbilhão de pensamentos enquanto ele tentava entender o chamado inesperado que o havia abalado profundamente. Por que aquele uivo havia ressoado tão visceralmente dentro dele? Por que ele sentia essa estranha conexão com essa loba, uma loba desconhecida? Não fazia sentido.A loba se movia com uma destreza que surpreendia Leo, sempre um passo à frente. Seu pelo claro e brilhante se misturava com os brilhos do sol, fazendo com que ela se destacasse ainda mais aos olhos dele.—Espere! —ele gritou em sua mente, tentando alcançá-la.Kira fez uma pausa por um momento, virando a cabeça para Leo. Seus olhos brilharam com uma intensidade surpreendente, seu corpo ficou tenso, pronto para a ação. E antes que Leo pudesse reagir, ela rosnou ferozmente, mostrando suas presas afiadas, deixando claro que não queria ser seguida.—Só que
A expressão de espanto no rosto de Rosalinda se transformou em uma mistura de descrença e fúria quando ela ouviu as palavras de Brad.—Isso é impossível, como ela pode estar viva? Ela está morta! —gritou Rosalinda, visivelmente perturbada, com uma ponta de medo nos olhos.—Ela não está! Yara está viva, e seu lobo é a criatura mais linda que eu já vi. Então minha lua apareceu e é só uma questão de tempo até que ela tome seu lugar na matilha —Brad respondeu com firmeza, recusando-se a cair na manipulação de Rosalinda.A certeza de Brad perturbou Rosalinda a ponto de ela sair correndo da casa da matilha como se centenas de demônios a estivessem perseguindo.Assim, ela chegou à cabana de seu pai, que ele havia deixado vivendo na matilha depois de implorar a Brad por misericórdia e convencê-lo a não mandá-lo embora.Ela abriu a porta em busca de respostas do pai, que havia sido cúmplice na trama que eles haviam arquitetado para manter Yara longe de Brad.—Explique-me, pai, como é possível
Brad observou pela janela enquanto Rosalinda saía de casa, com um andar leve e confiante. Um sorriso malicioso se insinuou em seus lábios, revelando mais do que mera complacência.Era o prenúncio de uma caçada; ele havia sentido o cheiro de traição no sangue de Rosalinda e de seu pai há muito tempo, algo oculto que agora se revelaria diante de seus olhos como um fio fatal.Ele saiu para o pátio e deu a ordem.—Vigie Rosalinda —ordenou ele em voz baixa a um de seus homens de confiança—, fique de olho nela.Com o maxilar tenso, ele os observou se afastarem, como sombras entre as árvores.Ele voltou para a sala de estar e se sentou na cadeira de couro perto da janela, com o olhar perdido no crepúsculo.Ele se lembrou daquele malfadado dia, quando Rosalinda se aproximou dele e sentiu o cheiro de Yara nele. Tanto Leo quanto ele sabiam que havia algo estranho, mas antes que pudessem analisar e reagir, ele a sentiu enfiar a agulha nele com a agilidade de um felino.A substância que ela injet
Kira correu com todas as suas forças, incapaz de conter o coração acelerado, tentando evitar que ele a alcançasse.Ela corria como se sua vida dependesse disso, olhando para trás, para que ele não a seguisse, embora tivesse certeza de que ele não seria capaz de fazer isso porque era apenas uma questão de tempo até que seu lobo morresse.Ela chegou à casa onde havia deixado o bebê aos cuidados da babá Marisol e, quando chegou ao terreno, seu pai e seu irmão a esperavam com uma expressão angustiada.—O que está acontecendo? Para onde você foi?A voz de seu pai era um estrondo baixo de trovão, carregado de advertência. Ao lado dele, o irmão de Yara observava, com uma mistura de preocupação e reprovação em seus olhos.—De onde você veio? —perguntou ele sem tirar os olhos dela.A escuridão da noite estava se dissipando quando Yara, com os membros ainda trêmulos devido à recente transformação, cruzou a porta de sua casa.Um sibilo de vapor saiu de sua pele quando a lua deixou seu domínio e
Yara lutou contra a raiva dentro de si, mas, de repente, seu filho começou a chorar, com seus soluços ternos rompendo o silêncio com uma urgência que só uma mãe poderia entender.Ela o abraçou, tentando confortá-lo.—Calma, meu cachorrinho —sussurrou Yara suavemente, embalando a criança em um movimento suave e constante.No entanto, o choro do bebê se transformou em um grito desesperado, e foi então que a mulher, sentindo a vantagem e com as mãos transformadas em garras letais, lançou um ataque cruel contra Yara.Mas, como uma guerreira nata, Yara não hesitou. Com uma das mãos, ela segurou a agressora, afastando o ataque, deixou o filho em segurança sobre suas pernas e, com a outra mão, executou sua defesa mortal.Em um movimento fluido e preciso, ela agarrou a garganta da intrusa, que se abriu, jorrando vida em uma torrente escarlate, enquanto o gorgolejo da morte ecoava pela floresta.A intrusa caiu sem vida no chão, seu sangue manchando o piso. Yara olhou para o cadáver com frieza,
Yara balançou a cabeça rapidamente, tentando manter a calma enquanto sua mente trabalhava a toda velocidade para encontrar uma saída para essa situação comprometedora.—Não sei do que está falando. Acho que está me confundindo com outra pessoa, meu nome é Bismar e estou aqui buscando refúgio, pois alguns bandidos atacaram minha matilha —respondeu com a voz trêmula, tentando manter uma expressão inocente no rosto.Rosalinda olhou para ela com desconfiança, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, uma batida urgente soou na porta da sala. Todos se voltaram para a entrada, assustados com a interrupção indesejada.O beta da matilha entrou correndo na sala, com um olhar preocupado.—Desculpe interromper, Alpha Brad, mas temos um problema sério. Detectamos um ataque à matilha. Um grupo de bandidos está invadindo nossos territórios.Brad franziu a testa, visivelmente irritado com a notícia. Ele olhou para Yara, que ainda estava segurando o pano de limpeza na mão, com um olhar question