Cheio de confusão e desespero, Leo correu atrás do rastro da loba que o havia enlouquecido completamente, com o cheiro dela penetrando em seu íntimo.Sua mente era um turbilhão de pensamentos enquanto ele tentava entender o chamado inesperado que o havia abalado profundamente. Por que aquele uivo havia ressoado tão visceralmente dentro dele? Por que ele sentia essa estranha conexão com essa loba, uma loba desconhecida? Não fazia sentido.A loba se movia com uma destreza que surpreendia Leo, sempre um passo à frente. Seu pelo claro e brilhante se misturava com os brilhos do sol, fazendo com que ela se destacasse ainda mais aos olhos dele.—Espere! —ele gritou em sua mente, tentando alcançá-la.Kira fez uma pausa por um momento, virando a cabeça para Leo. Seus olhos brilharam com uma intensidade surpreendente, seu corpo ficou tenso, pronto para a ação. E antes que Leo pudesse reagir, ela rosnou ferozmente, mostrando suas presas afiadas, deixando claro que não queria ser seguida.—Só que
A expressão de espanto no rosto de Rosalinda se transformou em uma mistura de descrença e fúria quando ela ouviu as palavras de Brad.—Isso é impossível, como ela pode estar viva? Ela está morta! —gritou Rosalinda, visivelmente perturbada, com uma ponta de medo nos olhos.—Ela não está! Yara está viva, e seu lobo é a criatura mais linda que eu já vi. Então minha lua apareceu e é só uma questão de tempo até que ela tome seu lugar na matilha —Brad respondeu com firmeza, recusando-se a cair na manipulação de Rosalinda.A certeza de Brad perturbou Rosalinda a ponto de ela sair correndo da casa da matilha como se centenas de demônios a estivessem perseguindo.Assim, ela chegou à cabana de seu pai, que ele havia deixado vivendo na matilha depois de implorar a Brad por misericórdia e convencê-lo a não mandá-lo embora.Ela abriu a porta em busca de respostas do pai, que havia sido cúmplice na trama que eles haviam arquitetado para manter Yara longe de Brad.—Explique-me, pai, como é possível
Brad observou pela janela enquanto Rosalinda saía de casa, com um andar leve e confiante. Um sorriso malicioso se insinuou em seus lábios, revelando mais do que mera complacência.Era o prenúncio de uma caçada; ele havia sentido o cheiro de traição no sangue de Rosalinda e de seu pai há muito tempo, algo oculto que agora se revelaria diante de seus olhos como um fio fatal.Ele saiu para o pátio e deu a ordem.—Vigie Rosalinda —ordenou ele em voz baixa a um de seus homens de confiança—, fique de olho nela.Com o maxilar tenso, ele os observou se afastarem, como sombras entre as árvores.Ele voltou para a sala de estar e se sentou na cadeira de couro perto da janela, com o olhar perdido no crepúsculo.Ele se lembrou daquele malfadado dia, quando Rosalinda se aproximou dele e sentiu o cheiro de Yara nele. Tanto Leo quanto ele sabiam que havia algo estranho, mas antes que pudessem analisar e reagir, ele a sentiu enfiar a agulha nele com a agilidade de um felino.A substância que ela injet
Kira correu com todas as suas forças, incapaz de conter o coração acelerado, tentando evitar que ele a alcançasse.Ela corria como se sua vida dependesse disso, olhando para trás, para que ele não a seguisse, embora tivesse certeza de que ele não seria capaz de fazer isso porque era apenas uma questão de tempo até que seu lobo morresse.Ela chegou à casa onde havia deixado o bebê aos cuidados da babá Marisol e, quando chegou ao terreno, seu pai e seu irmão a esperavam com uma expressão angustiada.—O que está acontecendo? Para onde você foi?A voz de seu pai era um estrondo baixo de trovão, carregado de advertência. Ao lado dele, o irmão de Yara observava, com uma mistura de preocupação e reprovação em seus olhos.—De onde você veio? —perguntou ele sem tirar os olhos dela.A escuridão da noite estava se dissipando quando Yara, com os membros ainda trêmulos devido à recente transformação, cruzou a porta de sua casa.Um sibilo de vapor saiu de sua pele quando a lua deixou seu domínio e
Yara lutou contra a raiva dentro de si, mas, de repente, seu filho começou a chorar, com seus soluços ternos rompendo o silêncio com uma urgência que só uma mãe poderia entender.Ela o abraçou, tentando confortá-lo.—Calma, meu cachorrinho —sussurrou Yara suavemente, embalando a criança em um movimento suave e constante.No entanto, o choro do bebê se transformou em um grito desesperado, e foi então que a mulher, sentindo a vantagem e com as mãos transformadas em garras letais, lançou um ataque cruel contra Yara.Mas, como uma guerreira nata, Yara não hesitou. Com uma das mãos, ela segurou a agressora, afastando o ataque, deixou o filho em segurança sobre suas pernas e, com a outra mão, executou sua defesa mortal.Em um movimento fluido e preciso, ela agarrou a garganta da intrusa, que se abriu, jorrando vida em uma torrente escarlate, enquanto o gorgolejo da morte ecoava pela floresta.A intrusa caiu sem vida no chão, seu sangue manchando o piso. Yara olhou para o cadáver com frieza,
Yara balançou a cabeça rapidamente, tentando manter a calma enquanto sua mente trabalhava a toda velocidade para encontrar uma saída para essa situação comprometedora.—Não sei do que está falando. Acho que está me confundindo com outra pessoa, meu nome é Bismar e estou aqui buscando refúgio, pois alguns bandidos atacaram minha matilha —respondeu com a voz trêmula, tentando manter uma expressão inocente no rosto.Rosalinda olhou para ela com desconfiança, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, uma batida urgente soou na porta da sala. Todos se voltaram para a entrada, assustados com a interrupção indesejada.O beta da matilha entrou correndo na sala, com um olhar preocupado.—Desculpe interromper, Alpha Brad, mas temos um problema sério. Detectamos um ataque à matilha. Um grupo de bandidos está invadindo nossos territórios.Brad franziu a testa, visivelmente irritado com a notícia. Ele olhou para Yara, que ainda estava segurando o pano de limpeza na mão, com um olhar question
A dor ardia no peito de Brad quando seu beta, Peter, correu em sua direção. O alfa se esforçou para ficar de pé, mas o ferimento em seu peito era profundo e o sangue jorrava incontrolavelmente. Seu rosto estava pálido e, apesar de tentar ficar de pé, ele desmaiou.No entanto, Peter chegou bem a tempo de evitar que Brad caísse no chão.—Brad, pela deusa Luna, você está bem? —Peter exclamou, com a voz cheia de preocupação enquanto segurava o alfa.Brad se apoiou pesadamente em seu beta, sentindo suas forças o abandonarem. Cada respiração era uma provação, e o sangue continuava a fluir de seu ferimento.—Não estou... não estou bem, Peter —Brad respondeu com dificuldade, pois agora era impossível negar o que estava acontecendo com ele. —Estou muito machucado... Preciso de ajuda, mas não podemos deixar ninguém saber, a matilha não pode descobrir.—Mas como isso é possível? Por que você não está curado? Onde está o Leo? —perguntou ele, preocupado.—Ontem o lobo... que encontrei na floresta
Apesar da firme determinação de Yara em permanecer inabalável em seu ódio por Brad, ela se viu em uma situação que nunca havia imaginado.Enquanto estava sozinha na sala do porão com o alfa ferido, curando-o e cuidando dele para que sua condição não fosse revelada, e apesar de seu desejo de vingança, no fundo ela não podia permitir que Brad morresse ali, não porque se importasse com o que tinha acontecido com ele, mas porque ele deveria morrer por suas próprias mãos, não daquela forma.Com as mãos trêmulas, Yara começou a despir cuidadosamente o alfa. Cada peça de roupa que ela removia revelava mais feridas em seu corpo. Havia sangue e sujeira acumulados em sua pele, e Yara sabia que precisava limpá-lo para evitar infecções.O corpo de Brad jazia mole sobre a cama, com o rosto pálido e a respiração fraca. Apesar de tudo o que havia feito, Yara não pôde deixar de sentir uma pontada de preocupação com o estado dele.—Não acho que você deva querer que ele morra, afinal ele é o pai do nos