Vamos lá, nos aproximando do final da história, não deixem de comentar entre os parágrafos e no capítulo. Um beijo e até o próximo. annevaz.esc
Camilla ScottTrês semanas se passaram desde que voltamos para casa, estamos tentando encontrar um ritmo tranquilo, ainda estamos em alerta, principalmente Benjamin que disse terem perdido o rasto de Oleg depois que os Stepanov começaram a caçar a família Volkov.Exterminaram todos, mas até agora ainda não encontraram o motivo dos meus pesadelos. O que está mantendo o meu marido tranquilo e despreocupado é que estou de repouso e não posso sair de minha cama.— Camilla, vim te ajudar a tomar um banho, se quiser! — Miley surge na porta do meu quarto e estranho.— Cadê Benjamin? — Pergunto preocupada.— Sebastian disse que eles foram receber uma carga e devem voltar de madrugada! — Aquilo não me convenceu.— Por que sinto que estão escondendo algo de mim?— Se estiverem, estão escondendo de mim também, afinal foi o que meu noivo me disse…Sorrio ao ver que a cada dia Miley está mais apaixonada por Sebastian e que o medo que senti ao imaginar ela reencontrando Ralf era infundado. Quando el
Benjamin ScottEstava furioso dentro do carro.— Sabia que havia algo de errado, erramos em confiar que tudo estava certo e não checar todas as informações desse carregamento pode ter sido nosso maior erro.— Não confia nos italianos? — Jackson pergunta, virando em minha direção.Estávamos há quase duas horas sentados nesse carro, olhando a fronteira que estava alguns metros à nossa frente. Meu olhar vai para todos os carros que estavam atravessando a fronteira, estava ficando aflito em não ver o carro que estava trazendo a nossa mercadoria.— Borya não mencionou qualquer coisa sobre esse carregamento, acredito que os tradicionais já teriam nos ligado informando que a carga está atrasada. — Digo irritado.Deveria estar em casa, daqui a pouco Camilla vai querer descansar e sempre ela pede para ajudá-la com o banho, já que vem sentindo muito calor devido à gestação que, graças a Deus, está tranquila e temos a certeza de que ela aguentará mais uma ou duas semanas.— Tem algo de errado! —
Benjamin ScottOuço os tiros em nossa direção e, mesmo com a mente focada no que estava acontecendo, estava com tudo dentro de mim, aflito por não fazer ideia de como a minha diabinha estava dentro daquele quarto. Sei que Oleg não conseguirá alcançar a minha esposa e com certeza ele não vai desistir de abrir aquela porta.— Não se preocupe, já matamos a metade dos homens dele. — Oliver fala e atira novamente.— Como ele teve coragem de invadir o nosso território? — Jackson diz.— Certeza que foi desespero. Afinal, todos os russos o querem vivo! — Falo e acerto o motorista que estava no carro deles.— Não importa, se eles não conseguiram pegá-lo, mas eu o matarei por machucar a razão do meu viver! — Falo ao lembrar a importância que Camilla tem para mim.Acerto um tiro em outro dos homens que estavam se escondendo atrás de alguns carros no estacionamento que não havia visto quando chegamos aqui.— Menos dois! — Meu tio diz.— Pegue o da esquerda Oliver… — falo.Aponto para o homem que e
Benjamin ScottMeu coração estava acelerado, vendo o rosto da minha diabinha perdendo a cor, deixando de mostrar o tom roseado que ela sempre exibe quando está me olhando e a pego no flagra. Sentia o seu corpo mole em meus braços enquanto os nossos bebês se mexiam dentro dela. Talvez estivessem sentindo que a sua mãe não estava bem naquele momento.— Não me deixe…A segurava nos braços, seu corpo estava inerte e pesado, como se a vida estivesse escorrendo de dentro dela. Seu sangue manchava minha camisa, mas não me importava. Apenas pressionava a toalha improvisada contra o ferimento em sua lateral, implorando para que o sangue parasse de fluir. O roupão que ela usava escorregava de seus ombros, expondo sua pele pálida, e minhas mãos trêmulas lutavam para cobri-la.— Aguente firme, diabinha! — minha voz soava rouca, quase quebrada. — Por favor, meu amor… só mais um pouco.No banco da frente, Oliver acelerava como um louco, desviando de carros e ignorando sinais vermelhos. A sirene impr
Benjamin ScottMinhas mãos tremiam enquanto era guiado pelos corredores que cheiram a álcool e éter, estava sendo levado em direção à UTI Neonatal. Mesmo sentindo como se tivesse deixado o meu coração na sala de cirurgia, com Camilla, mas agora havia quatro pedacinhos dela no mundo, esperando por mim. Observo quando uma enfermeira abriu a porta da unidade e o som de máquinas, bipes e respirações ritmadas me envolveu.Meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-los pela primeira vez dentro das quatro incubadoras, lado a lado, cada uma delas abrigando nossos pequenos milagres. Tão pequenos, tão frágeis, mas vivos. Eles estavam vivos, assim como a mãe deles naquela outra sala.Aproximei-me da primeira incubadora, onde minha menina, minha princesinha, descansava. Sua pele era avermelhada, e ela parecia tão delicada que tive medo em tocá-la e acabar machucando a sua pele frágil. Me abaixo para poder ver melhor a nossa pequena guerreira e sinto uma mão tocar em meu ombro. Uma enfermeira me ofer
Camilla ScottAcordei com uma dor que parecia vir de todos os lugares ao mesmo tempo. Meu corpo estava pesado, como se estivesse preso a uma âncora, e sentia a minha cabeça latejando. A primeira coisa que realmente senti foi o vazio, um buraco no meu ventre, como se algo vital tivesse sido arrancado de mim.Tentei me mexer, mas meu corpo não respondia. Meus olhos abriram-se devagar, encontrando um teto branco e luzes fluorescentes acima da minha cabeça. Não reconheci o lugar imediatamente, e o pânico começou a crescer dentro de mim. Onde eu estava? Por que não conseguia sentir meus bebês?Sentia a minha mão tremer ao descer em direção à minha barriga. Quando meus dedos finalmente tocaram a pele coberta por curativos, senti o ar faltar. Não estavam ali.Meus filhos… meu mundo… estava vazio.— Não… não… — minha voz saiu rouca, um sussurro desesperado.Lutei para me sentar, ignorando a dor que rasgava meu corpo. Os flashes da última coisa que me lembrava voltaram como um relâmpago: o som
Camilla ScottAdormeci com a promessa de Benjamin ainda pairando em minha mente, como um cobertor quente em uma noite fria. A exaustão tomou conta de mim e, por algumas horas, perdi a noção do tempo, mergulhando em um sono profundo e sem sonhos. Quando abri os olhos novamente, a luz suave do amanhecer entrava pelas cortinas do quarto do hospital, e meu coração se apertou ao perceber que ainda estava sozinha.Olhei ao redor, mas Benjamin não estava lá. Ele tinha provavelmente saído para checar os bebês ou conversar com os médicos. Antes que o pânico se instalasse novamente, a porta se abriu devagar, e uma enfermeira entrou com um sorriso gentil no rosto.— Bom dia, senhora Scott. Como está se sentindo hoje? — perguntou ela, enquanto ajustava os equipamentos ao meu redor.— Melhor, eu acho… — murmurei, minha voz ainda rouca. — Eu posso vê-los agora?A enfermeira sorriu mais amplamente.— O senhor Scott pediu para trazermos uma surpresa para você. Vou buscar agora mesmo.Meu coração dispa
Benjamin ScottDeixei um último beijo na testa de Camilla, que dormia tranquilamente. Ela era mais forte do que jamais imaginei, mas eu sabia que ainda havia muito a ser feito para garantir que ela, e agora os pequenos, estivessem realmente seguros.Miley e Andreia estavam ao lado dela, a primeira com seu olhar sempre protetor, como se pudesse enfrentar o mundo inteiro para manter Camilla segura. Andreia, mais silencioso, segurava a mão da filha com a mesma intensidade de quem não queria deixá-la nem por um segundo.— Cuide dela, Andreia. Eu não vou demorar. — Minha voz era firme, mas baixa. Não queria acordá-la.— Vai fazer o que tem que ser feito, Benjamin. — Ele não desviou o olhar, como se entendesse o peso do que eu carregava.Assenti e saí do quarto, deixando para trás o conforto da presença de Camilla e dos meus pequenos filhos. Cada passo que dava me levava para um lugar mais escuro, não apenas no porão, mas dentro de mim mesmo. Eu sabia o que estava prestes a fazer, e não havi