O segundo de hoje. Por favor, comentem entre os parágrafos e no capítulo. Até amanhã e logo teremos uma nova história. Mr. Walker, o CEO Protetor. Beijos e até amanhã.
Benjamin ScottMeu coração estava acelerado, vendo o rosto da minha diabinha perdendo a cor, deixando de mostrar o tom roseado que ela sempre exibe quando está me olhando e a pego no flagra. Sentia o seu corpo mole em meus braços enquanto os nossos bebês se mexiam dentro dela. Talvez estivessem sentindo que a sua mãe não estava bem naquele momento.— Não me deixe…A segurava nos braços, seu corpo estava inerte e pesado, como se a vida estivesse escorrendo de dentro dela. Seu sangue manchava minha camisa, mas não me importava. Apenas pressionava a toalha improvisada contra o ferimento em sua lateral, implorando para que o sangue parasse de fluir. O roupão que ela usava escorregava de seus ombros, expondo sua pele pálida, e minhas mãos trêmulas lutavam para cobri-la.— Aguente firme, diabinha! — minha voz soava rouca, quase quebrada. — Por favor, meu amor… só mais um pouco.No banco da frente, Oliver acelerava como um louco, desviando de carros e ignorando sinais vermelhos. A sirene impr
Benjamin ScottMinhas mãos tremiam enquanto era guiado pelos corredores que cheiram a álcool e éter, estava sendo levado em direção à UTI Neonatal. Mesmo sentindo como se tivesse deixado o meu coração na sala de cirurgia, com Camilla, mas agora havia quatro pedacinhos dela no mundo, esperando por mim. Observo quando uma enfermeira abriu a porta da unidade e o som de máquinas, bipes e respirações ritmadas me envolveu.Meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-los pela primeira vez dentro das quatro incubadoras, lado a lado, cada uma delas abrigando nossos pequenos milagres. Tão pequenos, tão frágeis, mas vivos. Eles estavam vivos, assim como a mãe deles naquela outra sala.Aproximei-me da primeira incubadora, onde minha menina, minha princesinha, descansava. Sua pele era avermelhada, e ela parecia tão delicada que tive medo em tocá-la e acabar machucando a sua pele frágil. Me abaixo para poder ver melhor a nossa pequena guerreira e sinto uma mão tocar em meu ombro. Uma enfermeira me ofer
Camilla ScottAcordei com uma dor que parecia vir de todos os lugares ao mesmo tempo. Meu corpo estava pesado, como se estivesse preso a uma âncora, e sentia a minha cabeça latejando. A primeira coisa que realmente senti foi o vazio, um buraco no meu ventre, como se algo vital tivesse sido arrancado de mim.Tentei me mexer, mas meu corpo não respondia. Meus olhos abriram-se devagar, encontrando um teto branco e luzes fluorescentes acima da minha cabeça. Não reconheci o lugar imediatamente, e o pânico começou a crescer dentro de mim. Onde eu estava? Por que não conseguia sentir meus bebês?Sentia a minha mão tremer ao descer em direção à minha barriga. Quando meus dedos finalmente tocaram a pele coberta por curativos, senti o ar faltar. Não estavam ali.Meus filhos… meu mundo… estava vazio.— Não… não… — minha voz saiu rouca, um sussurro desesperado.Lutei para me sentar, ignorando a dor que rasgava meu corpo. Os flashes da última coisa que me lembrava voltaram como um relâmpago: o som
Camilla ScottAdormeci com a promessa de Benjamin ainda pairando em minha mente, como um cobertor quente em uma noite fria. A exaustão tomou conta de mim e, por algumas horas, perdi a noção do tempo, mergulhando em um sono profundo e sem sonhos. Quando abri os olhos novamente, a luz suave do amanhecer entrava pelas cortinas do quarto do hospital, e meu coração se apertou ao perceber que ainda estava sozinha.Olhei ao redor, mas Benjamin não estava lá. Ele tinha provavelmente saído para checar os bebês ou conversar com os médicos. Antes que o pânico se instalasse novamente, a porta se abriu devagar, e uma enfermeira entrou com um sorriso gentil no rosto.— Bom dia, senhora Scott. Como está se sentindo hoje? — perguntou ela, enquanto ajustava os equipamentos ao meu redor.— Melhor, eu acho… — murmurei, minha voz ainda rouca. — Eu posso vê-los agora?A enfermeira sorriu mais amplamente.— O senhor Scott pediu para trazermos uma surpresa para você. Vou buscar agora mesmo.Meu coração dispa
Benjamin ScottDeixei um último beijo na testa de Camilla, que dormia tranquilamente. Ela era mais forte do que jamais imaginei, mas eu sabia que ainda havia muito a ser feito para garantir que ela, e agora os pequenos, estivessem realmente seguros.Miley e Andreia estavam ao lado dela, a primeira com seu olhar sempre protetor, como se pudesse enfrentar o mundo inteiro para manter Camilla segura. Andreia, mais silencioso, segurava a mão da filha com a mesma intensidade de quem não queria deixá-la nem por um segundo.— Cuide dela, Andreia. Eu não vou demorar. — Minha voz era firme, mas baixa. Não queria acordá-la.— Vai fazer o que tem que ser feito, Benjamin. — Ele não desviou o olhar, como se entendesse o peso do que eu carregava.Assenti e saí do quarto, deixando para trás o conforto da presença de Camilla e dos meus pequenos filhos. Cada passo que dava me levava para um lugar mais escuro, não apenas no porão, mas dentro de mim mesmo. Eu sabia o que estava prestes a fazer, e não havi
Benjamim ScottAssim que o carro se aproximou do hospital, senti a tensão em meus ombros diminuir levemente. A imagem de Camilla, mesmo abatida, mas com nossa pequena nos braços, e dos outros três no berçário, era um lembrete poderoso do que eu estava protegendo. Cada decisão, cada aliança e cada sacrifício que fazia era por eles.Victor estacionou e olhou para mim através do retrovisor.— Planeja voltar para casa hoje?Dei um sorriso de canto e balancei a cabeça, negando.— Não voltarei para casa enquanto a minha esposa e meus filhos estiverem aqui, vou pedir para providenciarem roupas para mim e Camilla. — O informo.O vejo confirmar com a cabeça e Victor estaciona na frente do hospital. A frente do prédio estava mais calmo naquele horário, mas a presença dos meus homens de confiança ao redor era evidente. A partir desse momento, não havia mais espaço para erros ou distrações de qualquer um deles.Caminho pela entrada do hospital e vou direto para o andar da maternidade. Percebi Mile
Benjamim ScottEra para ser rápido. Um recado simples. Estava há algum tempo naquele espaço que fedia a sangue enquanto o observava se contorcer, preso à cadeira, respirando com dificuldade. Oleg sempre com boca cheia de palavras me xingando assim que cheguei, mas agora estava fechada. O silêncio, que impusera, cortava o ar de maneira cruel.A sala estava fria, sem os gritos abafados, o único som que se ouvia ali era o rangido das correntes que prendiam Oleg, seus olhos buscando algo, talvez alguma chance de escapar. Mas hoje não havia salvação para ele.Todo o terror que ele fez a minha diabinha passar acabaria hoje, não há mais nada que ele tenha para dizer que impedirá que corte suas mãos antes de matá-lo, agora chegou o momento de fazê-lo pagar.Estava calmo, controlado, mas dentro de mim, uma tempestade rugia. Ele havia tocado onde não deveria tocar. Oleg não era apenas um homem que se infiltrou entre meus gerentes, ele havia se metido em assuntos que dizem respeito apenas à minha
Camilla ScottAcordei e vi que estava sozinha em meu quarto, sabia que Miley e meu pai estavam em algum lugar. Desde que acordei, eles não têm se afastado muito de mim. Estava tentando me ajeitar na cama quando a porta se abre e vejo uma das enfermeiras entrando com um sorriso no rosto.— Que tal tomar um banho para ir dar um pequeno passeio? — Ela disse e ouvia em sua voz o tom de travessura que possuía.— Adoraria sair dessa cama e desse quarto um pouco! — Digo, recebendo ajuda para levantar.Já me imaginava andando um pouco pelo corredor em frente ao meu quarto e quem sabe ir até a frente da UTI Neonatal onde minhas crianças estavam. Mas quando ultrapassamos as portas decoradas com flores e carrinhos infantis, sentia o meu coração acelerado, a mente em um turbilhão de dúvidas e incertezas por ainda não fazer ideia de como cuidar de uma criança.O ambiente ao meu redor era tão intimidador: incubadoras, monitores bipando, enfermeiras se movendo coordenadamente. E, no centro de tudo, o