CAPÍTULO DOIS

SARAH

Essa semana foi complicada, visitei várias residências para dar o parecer final dos projetos desenvolvidos, tenho uma equipe muito competente, mas gosto de verificar pessoalmente o que foi desenvolvido, pois, é meu nome que está em jogo, nem sempre é possível, porém, tenho a Lily que confio totalmente.

— Sarah que tal sairmos hoje para aliviar o estresse da semana?

— Não sei Lily, estou tão cansada, só quero minha cama, não esqueça do jantar de negócios amanhã na casa dos meus pais.

 — Ah! Vamos, Sarah, preciso beijar na boca, ela faz beicinho — Hoje não Ly, deixa para outro dia.

Acordo animada, pois, meu irmão Luke chega hoje, estou morrendo de saudades dele, mas só vou vê-lo no jantar que meu pai está oferecendo a alguns empresários.

Adoro essas reuniões, aprendo muito com homens e mulheres que estão há muito tempo no mercado empresarial, também é um ótimo negócio para mim, já consegui fechar alguns trabalhos nessas reuniões.

Chego à mansão Vendramini e ela já estava repleta, tem pessoas por todos os lados, um som de piano ao fundo, mulheres e homens elegantes, os quais eu conhecia a maioria. Minha ansiedade estava em encontrar Luke, somos muito unidos, amo demais meu irmão que é meu melhor amigo e me conhece como ninguém. Vou ao seu quarto, ele está perfeitamente lindo, não é porque ele meu irmão, mas Luke é um gato, se não fosse meu irmão e me desse bola eu pegava. Porque tem isso né meninas, às vezes falamos, eu pegava, e sabe-se se lá se o, cara pensa da mesma forma, bem deixa para lá, é só um pensamento.

Pulo em seu colo, meu irmão prontamente me segura e roda-me em seus braços, como sempre faz, meu pai, várias vezes chama nossa atenção dizendo que não somos mais crianças, mas é assim que somos e é desse jeito que nos amamos. Desço toda feliz de braços dados com ele, depois falo com meus pais, e cumprimento algumas pessoas que conheço. A noite está muito agradável para uma pessoa que gosta de conversar sobre finanças e estratégias corporativas como eu, para algumas namoradas e esposas deve ser maçante.

Ao sair do banheiro vou colocar meu batom na bolsa e acabo deixando cair, abaixo e o pego, quando levanto dou dois passos para trás e esbarro em uma parede humana, viro prontamente para me desculpar e me deparo com uma perfeição de homem, meus olhos não saem dos seus lindos olhos verdes, esmeralda, palavras faltam, até esqueço quem eu sou, saio do transe quando o ouço dizer — sempre esbarrando em alguém.

De imediato reconheço sua voz rouca, desço meus olhos para seu tórax, e seus braços cobertos por um belo Armani preto, sua voz e seu perfume amadeirado, é ele, com certeza esse é aquele homem que me segurou na frente da Vendramini.

— Desculpa estava distraída, foi você que me segurou outro dia? — Sim, pelo jeito é normal para você.

— Sorrio. Mil desculpas, mas a resposta é não, aquele dia foi atípico, estava muito furiosa, tinha acabado de presenciar meu namorado com outra mulher, e o que eu queria era fugir daquele lugar o mais depressa possível, acabei tropeçando em mim mesma, se não fosse por você teria me machucado, muito obrigada pela ajuda. —   Ele sorriu.

— Nossa como você é sincera, nunca ouvi ninguém assumir uma traição do jeito que você fez, poderia ter mentido ou não ter contado nada.

— Você não me conhece, não gosto de mentir, e de fato foi o que aconteceu, infelizmente só não contei para meu pai porque tem muita coisa em jogo, apesar de o meu ex ter sido um cretino comigo, ele é um excelente profissional, uma excelente pessoa e é praticamente da família.

— Ele te traiu e você ainda julga que ele é uma excelente pessoa?

— O fato dele pensar com a cabeça de baixo não muda esse fato.

Ele dá uma gargalhada jogando a cabeça para trás, deu uma vontade de lamber seu pomo de adão. Seu sorriso é lindo, daqueles que conquistam uma mulher sem fazer um mínimo esforço. Dentes perfeitos, esse, cara é muito gostoso. Finjo aborrecimento.

— Qual é a graça? — Desculpe-me, há muito tempo não converso com uma mulher como você, aliás, excluindo minha mãe e minha avó, acho que nunca, conheci alguém como você — Isso é bom ou ruim?

— Sinceramente, a maioria das mulheres são muito superficiais e muitas não se mostram de verdade. Você, como minha mãe e minha vó, é uma pequena parte que se apresentam como realmente são, e eu admiro muito isso.

— Estamos conversando e não sei o seu nome, o meu é Bryan Campbell — Muito prazer Bryan meu nome é Sarah Vendramini.

— Hum então quer dizer que estou na sua casa?

— Errado, você está na casa dos meus pais e do meu irmão, não resido aqui, há quatro anos.

— Linda, inteligente e independente.

Minha nossa senhora, dos homens gostosos, socorro!

— Obrigada Bryan, até mais. —  Tenho que sair de perto desse homem, minha, Sarah necessitada quer pular em cima dele.

Me viro e dou meus primeiros passos, paro quando ouço meu nome naquela voz deliciosamente rouca.

— Sarah, olho em sua direção — Gostaria de vê-la novamente em outro lugar.

Aí meu Deus, ele quer me ver. Um homem bonito como esse, aliás, lindo, rosto anguloso, barba baixa, cabelos negros como a escuridão total, ficou interessado em mim, uma mulher fora dos padrões, uma mulher que veste quarenta e dois e que tem um cabelo que parece a juba do leão. Será que ouvi direito?

Um homem com um sorriso de canto, sexy, que é capaz de encharcar calcinhas alheias. Será que devo, depois de tantas frustrações? Pensando bem, nenhum dos meus ex chegavam aos pés desse, cara, não eram feios, mas o Bryan é um exemplar raro.

Pare de ser boba, Sarah, aproveite, falo para mim mesma em pensamento, minha parte devassa que não pode ver um homem, e que homem.

Sarah, Sarah, não esqueça, uma noite e nada mais, esse é o teste perfeito para você.

 — Tudo bem Bryan, vou te dar meu cartão, quando quiser, é só me ligar. — Pode ser amanhã?

Penso que vou ter que voltar ao banheiro, sabe aquela pequena peça íntima que nós, mulheres usamos? A minha está em estado de calamidade, vocês não têm noção da perfeição desse, cara e da sua voz, poderosamente sexy.

— Para sua sorte não trabalho amanhã, e não tenho compromisso agendado, tinha pensado em passar a tarde com meu irmão, estou com muita saudade, ele estava viajando e chegou hoje.

Não posso demonstrar que quero ir para cama com ele nesse exato momento, oh meu Deus! Essa não sou eu.

— Pode ser um jantar, assim você fica com seu irmão e depois janta comigo.

— Combinado — estico a mão para selar o nosso acordo, ele se aproxima e beija minha bochecha, dessa vez vocês podem ter certeza que minha calcinha foi para o espaço, quando ele se aproximou, senti aquele cheiro amadeirado delicioso. Oh céus! Não posso me apaixonar, uma noite e nada mais.

Me afasto de sua presença imponente, rezando interiormente para não tropeçar nas minhas pernas que estavam tremendo, ao chegar no salão todos estavam sentados, provavelmente o jantar já seria servido.

Na minha mesa está, meus pais, meu irmão, o diretor-geral da Vendramini o senhor John Cooper e sua esposa, e ainda havia três lugares vagos. Conversava animadamente com meu irmão, Luke, quando ele, o deus da perfeição se aproximou com uma loira muito bonita, e se sentou conosco. É isso mesmo que vocês pensaram, o próprio Adônis, ali na minha frente.

            — Muito obrigada pelo convite senhor Vendramini, é um prazer compartilhar o jantar com sua família, essa é minha amiga Melinda.

Todos os cumprimentaram, pelo, o que parece só eu estava o conhecendo naquele momento, meu irmão nos apresentou e ele disse que já tinha tido o prazer de me conhecer, Luke arqueou as sobrancelhas e a loira sorriu, antes de chamar a atenção do meu pai, mudei de assunto, perguntei sobre a viagem do loirão ciumento, aí as surpresas continuaram, fiquei sabendo que Luke havia viajado com Bryan, como eu não conheci esse deus grego antes, aonde ele estava escondido?

Para a noite ficar mais perfeita, a cadeira que restava era do Jean que se sentou ao meu lado. Ninguém merece. Vocês podem ter certeza que tem o dedo do meu pai nessa história.

            — Desculpem a demora estava tratando de negócios.

            — Perfeito Jean, disse meu pai — revirei os olhos e Bryan sorriu.

Luke prontamente foi apresentar Jean ao seu amigo gostosão.

            — Bryan, Melinda, esse é o meu cunhado Jean Barker —    ex cunhado, eu disse.

            — Como assim, perdi alguma coisa?  — Sussurro em seu ouvido — depois a gente conversa.

Jean os cumprimentou e reparei um olhar duro de Bryan para ele, já a loira se derreteu toda, realmente Jean é um rapaz muito bonito, com seus 1,80 de altura, pele clara, loiro, corpo atlético, olhos azuis é uma figura bastante atraente, mas nada se compara ao Adônis que está sentado à minha frente, ele é um pouco maior que Jean pelo, que observei, deve ter a altura do meu irmão, são 1,83 de gostosura.

Durante o jantar peguei várias vezes Bryan com os olhos sobre mim, cheguei a esfregar uma coxa na outra porque ele estava me deixando muito excitada, cada sorriso dele me fazia perder minha sanidade. De repente o foco da mesa era eu, Bryan perguntou se eu trabalhava na Vendramini, meu pai respondeu dizendo que era seu sonho, mas que eu segui o meu próprio caminho e ele estava orgulhoso com as minhas conquistas.

O cretino do Jean começou a me elogiar, dizendo que eu era uma, design renomada no mercado, até que Luke disse que ninguém melhor para falar do meu trabalho do que eu.

O agradeci com o olhar e contei como comecei a empresa, que trabalhei muito e usei os meus próprios recursos, Bryan ficou admirado e disse que era difícil ver mulheres bem nascidas agirem desta forma, que a maioria só pensa em moda e maquiagem, foi quando Melinda sua acompanhante da noite disse que não há nada melhor que moda, todos riram. Coitada, essa daí só serve para abrir as pernas, se bem que nesse momento estou morrendo de inveja dela.

Após o jantar me despedi de todos dizendo que ia embora, Luke pediu que o aguardasse, que  iria comigo, meus pais queriam que eu dormisse na mansão, mas eles sabiam que Luke e eu queríamos um tempo sozinho, já que não nos desgrudávamos, e com certeza ele queria saber porque terminei com Jean. Bryan se despediu e antes de ir e confirmou nosso encontro.

Já vi que isso não vai dar certo, eu e o destruidor de calcinhas sozinhos, vou ter que ser muito forte, porque se ele sorrir como sorriu hoje, está sujeito eu pular em seu colo.

Nossa senhora das xoxotas traídas, me segura.

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