Pablo
Que dia, eu estava morto! As mulheres não saíram do meu pé, também “carne nova” no pedaço.
Na verdade nenhuma delas me reconheceu, mas sei que muitas delas já me viram dançar, por isso que é bom esconder o rosto.
Pra elas eu sou o empresário recém chegado, podre de rico que adora esbanjar dinheiro.
Mas a Graziela sabe que eu não sou nada disso, e aquela garota também sabe, as únicas que sabem quem eu realmente sou, bom, parte do que sou.
Ah aquela garota, ela me instiga, ela desperta em mim uma vontade de jogar com ela, de provocá-la, de vê-la toda nervosa e sem jeito na minha frente, sem falar que, ela é linda demais, é aquela garotinha intocável, delicadinha, que me deixa louco pra experimentar, já que nunca fiquei com uma puritana assim.
Esse jogo me instiga e eu vou continuar jogando até ela cair na minha conversa, sei que posso fazer ela ficar rendida aos meus pés, eu sou bom demais nisso, e vou fazer, ela é quem vai pedir pra eu a beijar, ela é que vai pedir pra mim a levar pra minha cama, e não importa se ela tem namorado, se tem noivo, eu não estou nem aí, quando eu começo uma coisa, eu termino, não importam os obstáculos.
Depois de um tempo esperando, meu amigo Nicolas veio me buscar de carro, e fomos pra Mansão.
— Caraca, passou o dia inteiro fora hein mano… disse ele.
— O dia foi chato vou te falar, mas teve partes interessantes… eu disse.
— Tô sabendo que a coroa te contratou por um ano, já tá sabendo disso? Pergunta ele.
— Não, mas agora o que ela disse faz sentido, ela disse que eu estaria em todos os eventos com ela, formais ou informais… eu disse.
— Tá ligado que isso vai custar uma grana preta não tá? Disse ele todo animado.
— Eu imagino, isso é bom demais pra mim, com esse dinheiro eu vou ficar podre de rico.
— A Kathe vai te explicar melhor quando chegarmos lá, eu só ouvi por alto, ela estava ao telefone com a coroa… disse ele.
Alexia
Depois que chegamos em casa, eu fui pro meu quarto, tomei um bom banho quente bem demorado, coloquei o meu pijama, prendi os cabelos em um coque, tirei as lentes e coloquei de volta meus óculos, sentei em frente a minha mesa e abri o meu notebook, precisava organizar as coisas pra amanhã, a semana começa e eu tenho que trabalhar, trabalhar muito pra ver se eu esqueço essas coisas que aconteceram nesse final de semana louco.
Eu trabalho com edição de fotos, eu edito as fotos para revistas e sites, cuido de todo o processo pra que as fotos saiam Photoshop puro, quando na real, não é nada daquilo.
Eu ia começar a organizar as coisas quando Leandro me chamou no Skype.
— Oi amor! Digo atendendo sorridente.
— Oi princesa, como você está linda! Disse ele sorrindo também.
— Que nada, eu tô toda desarrumada, você que está lindo, aonde vai a essa hora? Eu perguntei, ele estava de terno, super lindo, ai que saudades do meu amor.
— Eu vou a um jantar em Los Angeles, mais um negócio prestes a ser fechado, eu e seu pai estamos trabalhando muito, quase não paramos no Hotel… diz ele.
— Imagino meu amor, eu só queria estar aí com você… eu disse e fiz bico.
— E eu daria tudo pra você estar aqui, mas você fechou contratos importantes com várias revistas, e não pode perder essa oportunidade… disse ele.
— Eu sei, eu sei… só por isso mesmo… eu disse.
— E aí, como foi o casamento?
— Foi lindo, eu chorei do início ao fim amor, só imaginando quando chegar o nosso dia, não vejo a hora… eu digo.
— E eu também… quando tiver ideias pra decoração, bufê, e as outras coisas me manda por email, eu te ajudo, quero fazer parte disso também e não deixar tudo pra você resolver sozinha… disse ele.
— Claro meu amor, eu mando sim, amanhã mesmo vou começar a pesquisar algumas coisas… eu disse.
— Tenho que ir meu amor, já estou atrasado, eu te amo, estou morrendo de saudades! Disse ele mandando muitos beijos.
— Eu também te amo Lê, se cuida! Te amo! Eu disse e mandei beijos também e ele desligou.
Não tinha nem mais ânimo, depois dessa chamada de vídeo fiquei melancólica, ele estava tão lindo, e aquele sorriso encantador que ele tem, ah meu Lê, você aí dando passos pro nosso futuro juntos, e eu aqui deixando um prostituto me causar sensações diferentes, que ódio de mim mesma.
Eu já disse que tenho que ficar longe desse homem, e pode me trazer um milhão de problemas, pra ele isso é um jogo, pra mim, pode custar a minha vida inteira junto do homem que eu mais amo nesse mundo.
Mas ele não vai conseguir, se é isso que ele quer, não vai mesmo!
Eu sou forte, eu aguento um ano, eu aguento quantos forem preciso, mas eu não vou desistir do meu Leandro, nem da nossa vida juntos.
Alguns dias depois… Pablo.
— Acorda malvadão… diz Katherine acariciando meus cabelos, abro os olhos devagar.
— Bom dia! Já levanto subindo por cima dela e fazendo seu corpo cair na cama novamente.
— Aí! Me solta! Diz ela com as mãos apoiadas em meu peito.
— E porque? Pensei que ficaríamos na cama o dia inteiro hoje… eu disse beijando seu pescoço, descendo pro seu ombro.
— A sua cliente fiel está solicitando a sua presença, estimado empresário… disse ela rindo.
— Atah, a coroa, e hoje vamos pra onde? Pergunto.
— Acho que é um clube, sei lá, onde as mulheres vão pra fofocar e os homens vão pra fumar e apostar em jogos de azar.
— Sei… esse rolê parece bom, tudo bem, eu vou… eu digo me levantando.
— Essa mulher, ela te oferece dinheiro pra você ir pra cama com ela? Pergunta Kathe.
— Não, nunca me ofereceu… eu disse indo pro banheiro, entro no box e ligo o chuveiro deixando a água cair na cabeça.
— E se ela oferecer? Você vai aceitar? Pergunta ela.
— Eu posso ter a cara, mas eu não sou mais um prostituto Katherine e você sabe disso… eu digo me ensaboando.
— Não sei, você está sempre maluco por grana e ela pode te oferecer mais do que ela tá pagando pra você ser só o acompanhante dela, o famoso Lorenzo Bergamini.
— Eu já te disse que eu não faço esse tipo de trabalho, o lance dessa coroa é se mostrar pras amigas dela… digo e saio do banho, pego uma toalha e vou me secando… ela gosta de se mostrar, com as melhores roupas, melhores jóias, essas coisas, e claro, ela quer um cara bonito do lado dela pra fazer inveja, e eu sou o cara bonito da vez… digo secando meus cabelos.
— Você é tão convencido Pablo… diz ela revirando os olhos… eu espero que você esteja falando a verdade, porque se um dia, você se deitar com outra, eu acabo com a sua vida, e tô falando sério… disse ela e eu gargalhei.
— Nossa, que menina perigosa, eu gosto assim, desse jeito… digo e pisco pra ela.
Alexia Os dias foram muito corridos, eu estava cheia de coisas pra resolver, no trabalho, as coisas do casamento, a saudade enorme que eu estava do Leandro, e ele muito ocupado, quase não tendo tempo pra falar comigo. Eu estava triste, eu queria ele aqui, eu queria que tudo isso acabasse logo. Estava em casa, olhando algumas decorações no computador quando Meire me ligou. — Oi amiga! Digo atendendo. — Oi sumida, não lembra mais da sua melhor amiga? Pergunta ela. — Desculpa, eu tava tão atolada de trabalho amiga… eu disse. — Hei, hoje é sábado, nada de trabalhar, vamos ao clube pra você se distrair um pouco… disse ela. — Sabe que é uma boa, tudo bem, te encontro lá então… eu disse. — Certo, te espero lá, beijos! Diz ela. — Beijos… digo e desligo. É, eu preciso me desligar um pouco dessa confusão que está na minha cabeça, relaxar, pegar um sol, beber um pouco e fofocar com a minha melhor amiga. Me levantei e fui trocar de roupa, soltei os cabelos e coloquei um vestido solti
Alexia Parece que quanto mais a gente reza, mais assombração aparece! No meu caso, não é nem assombração, é o diabo em pessoa mesmo. — Oi… eu respondi ao tal Lorenzo, com um sorriso amarelo, mas eu confesso, ele estava ainda mais bonito, e os cabelos soltos, deixavam ele charmoso. — Senta, eu vou buscar uns drinks pra gente no bar… disse Meire saindo. — Você sumiu baby… disse ele sentando de frente pra mim. — Ocupada, trabalhando… e meu nome é Alexia… eu disse. — Claro, Alexia, eu tinha esquecido confesso, são tantas mulheres… disse ele convencido e eu tive que rir, em tom de deboche mesmo. — Claro, muitas clientes não é mesmo?! Eu disse. — Você fala como se me conhecesse, não é? Disse ele. — Acontece que eu conheço, você é um… uma palavra que me recuso a dizer aqui, vai que alguém escuta… eu disse. — Não conhece não, mas eu conheço você… disse ele. — E como me conhece? Diz aí… perguntei. — Você é uma mocinha que está prestes a se casar, mas seu noivo não está no país, e vo
Amanhecer — Pablo Eu não sei exatamente se eu tive a noção do que eu fiz, mas eu precisa de um motivo pra Alexia confiar em mim, e não conseguia achar outro que não fosse mostrar parte da minha vida normal, a vida que eu levo além da Mansão. Eu não sei explicar, eu sentia um tesão enorme por ela, aquela vontade de levar ela pra qualquer lugar e transar até não me aguentar mais em pé, mas naquela noite, conversando com ela, eu não quis isso, pelo menos por algumas horas com ela eu só queria escutá-la, embora ela não tenha me contado muito da sua vida, mas eu vou ter tempo pra descobrir. Acabei me lembrando que, as amigas da Graziela estávamos falando dela, era ela que iria se casar com o cara rico que estava viajando a trabalho, e uma delas disse que não era só isso que ele estava fazendo lá, me intrigou, mas eu não podia dizer nada, eu não sei de nada. Pela primeira vez, em muito tempo, eu senti uma coisa estranha, uma coisa boa dentro de mim, uma coisa que eu deixei de sentir quan
Pablo — O que você tanto vê nesse celular? Pergunta ela saindo do banho. — Nada, só umas bobeiras… eu digo fechando as mensagens e colocando o celular de lado. — Quando você vai me contar sobre esse passado? Pergunta ela. — É passado gata, não tem nada pra ser dito… eu digo me recostando na cabeceira com as mãos atrás da cabeça. — Mas você sempre volta a ele, e não pode me dizer do que se trata, isso quer dizer que você não confia em mim… disse ela. — Gostosa, vamos ter uma DR? Achei que isso fosse coisa de casal… eu disse. — E nós somos o que Pablo? Somos apenas uma foda? Ela pergunta com raiva. — Hei… desde quando isso te incomodou Katherine? Pergunto sério… Você tá cheia de cobrança, isso não faz parte do nosso relacionamento, se for isso que você quer, se for ficar chato assim, eu tô caindo fora… eu disse me levantando da cama e vestindo minha calça. — Para! Para com isso, para… disse ela se aproximando de mim e me abraçando por trás. — Sei lá, você tá… com ciúmes de tudo
PauloConcordei com alguém batendo na porta do quarto, drogas, tinha dormido muito.— Vai Malvadão, para a Mansão já aberta! Diga Nicolas, meu amigo.- Ha voce, ha voce! Eu disse levantando rápido, tomei um banho frio para lembrar e me aconcheguei mais rápido do que pude, depois fui para os camarins.— Porra, ou o que você dizia todas as man
Alexia Sai da boate muito nervosa, chorando de raiva de mim mesma, andei até o estacionamento e fiquei ali no meio dele, respirando fundo e tentando me controlar. — Baby, tá nervosa porque? Foi só uma brincadeira! Disse ele vindo até onde eu estava, com as mãos no bolso da jaqueta, com aquele sorriso todo debochado e desinteressado. Me virei com raiva e fui ao seu encontro. — Olha, eu te chamei aqui porque já chega, a gente não pode continuar com isso, não podemos ser amigos, não podemos, é isso… eu disse firme chegando a sua frente. — Que? Me chamou aqui pra me dar um fora? Perguntou ele. — Não é um fora, não temos nada, porque seria um fora? Só disse que não quero mais tentar ser sua amiga… eu disse. — E isso só porque eu tô me tornando a sua "paixão proibida"? Ele perguntou rindo. — Você é tão ridículo, da onde tirou isso? Simplesmente essas coisas não podem acontecer, porque eu sou noiva e você não perde uma oportunidade de me provocar, falando coisas, escrevendo coisas, se
Alexia Pablo me trouxe para uma parte da cidade, que havia uma trilha e não era o fim da trilha, foi como foi encontrada em uma pracinha, onde havia alguns bancos e havia estruturas que protegem as pessoas de choveu e também tinha um saco enorme que dava pra ver toda a cidade à vista, e como era de madrugada não tinha ninguém lá, e as luzes da cidade iluminavam o local.Aproximamo-nos por fora e nos reclinamos, ele ficou calado, como olhar longe no horizonte.— Você é a primeira mulher a beber aqui... diga a ele... eu gostaria de vir aqui de madrugada, quando não tenho nenhum, para praticar sozinho e não pensar em nada, são só as boas que tenho para a vida .— À primeira vista, ela é bonita... e... ela disse, mais lembrei do que ele disse que você é a primeira mulher atrás daqui... — Você disse que é a primeira mulher atrás daqui? Pra mim isso parece impossível.— Nunca, nunca, mostrei a eles que estou por trás do mal que todos conhecemos, e fui o primeiro a saber dessas coisas, e co
Paulo— Mais uma noite você saiu da Mansão? Outra vez revivendo ou seu "pasado"? Katherine pergunta, ela não vai me ver entrando no meu quarto?— Kathe, agora não tenho gato... digo.Minha cabeça está muito confusa, não sabia como decifrar o que havia acontecido até agora.— Parece que isso faz muito tempo com você, pena que você não quer me contar nada, claro, isso não significa nada para você, é apenas a sua noite de sono... diga a ela entrando no seu quarto direito longe.— Kathe, ou o que está acontecendo? Você está me cobrando por coisas que eu não cobrava, você está ocupado ou o tempo todo, achando que tem outras pessoas, você vai acabar comigo, por que isso? Pediu-me virando-se para ela.— Porque eu sou louca, louca Pablo, eu tô louca por você! Você me deixa louca… diga a ela que a vi correndo e me abraçando.— Kathe… Princesa… nós combinamos que não seria assim, que não chegaria a isso, você sabe, a nossa relação é perfeita do jeito que é… eu disse a soltando de mim.— E porq