Capítulo 6

Alexia 

Os dias foram muito corridos, eu estava cheia de coisas pra resolver, no trabalho, as coisas do casamento, a saudade enorme que eu estava do Leandro, e ele muito ocupado, quase não tendo tempo pra falar comigo.

Eu estava triste, eu queria ele aqui, eu queria que tudo isso acabasse logo.

Estava em casa, olhando algumas decorações no computador quando Meire me ligou.

— Oi amiga! Digo atendendo.

— Oi sumida, não lembra mais da sua melhor amiga? Pergunta ela.

— Desculpa, eu tava tão atolada de trabalho amiga… eu disse.

— Hei, hoje é sábado, nada de trabalhar, vamos ao clube pra você se distrair um pouco… disse ela.

— Sabe que é uma boa, tudo bem, te encontro lá então… eu disse.

— Certo, te espero lá, beijos! Diz ela.

— Beijos… digo e desligo.

É, eu preciso me desligar um pouco dessa confusão que está na minha cabeça, relaxar, pegar um sol, beber um pouco e fofocar com a minha melhor amiga.

Me levantei e fui trocar de roupa, soltei os cabelos e coloquei um vestido soltinho, uma rasteirinha nos pés e uma bolsa de lado.

— Mamãe, vou ao clube! Eu disse descendo as escadas, e ela estava na sala com algumas revistas.

— Filha, nessas revistas tem várias ideias pro seu casamento e vestidos maravilhosos! Disse ela animada.

— Vejo quando eu voltar mamãe, preciso de um tempinho fora do meu trabalho e de toda essa confusão de preparativos para casamento… eu digo.

— Tudo bem, imagino que deve estar mesmo cansada, vai lá, eu fico aqui vendo as ideias e depois te passo… disse ela.

— Obrigada mamãe… a propósito, falou com o papai hoje? Perguntei.

— Ainda não filha, e o Leandro, ligou pra você? Pergunta ela.

— Não, só mandou uma mensagem de texto, estava ocupado… eu disse triste.

— Tudo isso vai valer a pena filha, tenha paciência.. disse ela é eu respirei fundo.

— Sim, deixa eu ir, até mais… eu disse mandando um beijo pra ela, passando pela porta eu pego a chave do carro que está pendurada ao lado e saio.

Pablo 

— Não se preocupe com nada meu querido, é só fazer o que você já sabe, fingir ser o empresário milionário e deixa todo resto comigo, esse dinheiro é pra que você possa gastar com o que quiser no clube… disse a coroa me estendo um malote de dinheiro.

— Valeu… eu digo pegando o dinheiro e piscando pra ela.

— Você está lindo como sempre, com esses cabelos soltos, esses óculos escuros e essa roupa casual, está mais perfeito do que nunca! Ah, esse bando de mulheres invejosas vão morrer por você hoje… Disse ela rindo e eu ri também.

— Você gosta de deixá-las com inveja de você não é? Perguntei.

— Esse é o meu joguinho favorito Lorenzo… disse ela… a propósito, seu nome é mesmo Lorenzo? Ela pergunta.

— Pra você, eu sou Lorenzo, Gabriel, Fernando, Lucas, o que você quiser… eu disse pegando em seu queixo.

— Melhor eu não saber mesmo o seu nome de verdade… disse ela.

Alguns minutos depois nós chegamos no tal clube, descemos do carro e fomos entrando.

Como sempre, era um lugar só de riquinhos, todo arrumado e cheio de regras, não pode isso, não pode aquilo, um saco! Mas, é meu trabalho, fazer o que.

Em todos os lugares que eu acompanhei a Graziela esses dias, eu não vi aquela garota, o que será que aconteceu com ela? Sumiu do mapa? Eu estava louco pra jogar um pouco com ela, era tão prazeroso vê-la toda nervosa, isso aumentava a minha adrenalina, fora que ela é aquela bonequinha que eu quero brincar, toda delicada, aposto que nunca sequer olhou pra um cara rude e rústico assim como eu, mas ela vai olhar, ou não me chamo Pablo Garcia.

— Bom dia garotas! Diz Graziela encontrando suas amigas coroas.

— Bom dia! Elas respondem e já voltam o olhar pra mim, todas sorridentes, se derretendo.

— Bom dia, como estão? Eu digo sorrindo.

— Lorenzo veio se distrair um pouco, não é? Diz ela.

— Sim, muito trabalho, muitos negócio a fechar, estou com a mente perturbada, precisava me desligar um pouco de tudo… eu disse, imaginando, que ator que sou, podia estar na tv.

— Aí coitadinho! Diz uma das amigas dela pegando em minha mão… Vem, senta aqui com a gente, vou pedir um uísque pra você relaxar… disse ela… quer com gelo? 

— Sim, claro, por favor… eu digo a acompanhando e me sentando… ah essas coroas, adoram me mimar, fazer o que, eu sou o brinquedinho delas agora, haha.

Confesso que ser mimado por essas granfinas é até bom, mas o papo delas é só dinheiro, saber quem ganha mais dinheiro, saber quem tem as roupas mais caras, as jóias, o marido mais milionário, e isso era um saco.

— Sabe a Tereza, ela está toda orgulhosa do casamento que arrumou pra filha dela… disse uma das coroas.

— Sim, ela está mesmo, Leandro está fazendo a sua fortuna, se bobear chegará a ter mais dinheiro que o próprio sogro… disse Graziela.

— Alexia é mesmo uma mulher de sorte! Disse uma delas.

— Mas, eu não sei, dizem as más línguas que o Leandro não é lá o homem perfeito, dizem coisas que a Alexia nem imagina, mas deixemos isso em sigilo.

— Nossa, você está sabendo demais, depois quero mais detalhes… disse uma delas e todas riram.

Que papinho furado! 

— Se me dão licença meninas, eu vou dar uma volta pra que possam conversar mais a vontade… eu digo e sorrio me levantando… estarei por aí, minha querida! Digo pegando na mão de Graziela e dando um beijo, ela sorri satisfeita e todas as outras quase babam, eu ri por dentro.

E fui dar uma volta no lugar, pra ver o que os riquinhos fazem pra se divertir, se que podemos chamar essa chatice aqui de diversão, não tem uma cerveja, não tem uma caixa de som tocando umas musicas foleiras, não tem nada disso.

— Hei, Lorenzo, oi!!!! Disse uma voz de mulher, atrás de mim, me virei pra olhar e sorri, embora não lembrasse quem era.

— Oi… eu disse e ela se aproximou.

— Lembra de mim né, sou a Meire, do casamento, lembra? Disse ela.

— Sim, claro… eu disse e me lembrei que ela era a amiga da tal garota, aquela que eu havia esquecido o nome, mas não o rosto.

— Um tempão que não o vejo, por onde estava? Ela pergunta.

— Por aí, fechando negócios, bastante ocupado… eu disse.

— Ah sim… eu tô com a minha amiga bem ali, se depois quiser bater um papo… disse ela apontando.

— Claro, porque não, podemos ir agora… eu disse, vai ser bom ver a minha garotinha de novo.

Ela sorriu e nós fomos até onde elas estavam.

E ela estava ela, sentada, olhando o seu telefone, gata demais, com um vestidinho que deixava suas pernas a mostra e um pouco das sua coxas também, e um decotinho que me deu água na boca.

Quando ela olhou em nossa direção, levou um susto quando me viu, e desde então, até que eu chegasse perto dela, seus olhos não paravam de me analisar, parece que o papai aqui mexe com a gata só com a simples presença.

— Olha quem eu encontrei amiga! Disse sua amiga toda sorridente.

— Oi… eu disse ao chegar perto, e sorri de lado, dando uma leve piscadinha pra ela.

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