Alexia
Os dias foram muito corridos, eu estava cheia de coisas pra resolver, no trabalho, as coisas do casamento, a saudade enorme que eu estava do Leandro, e ele muito ocupado, quase não tendo tempo pra falar comigo.
Eu estava triste, eu queria ele aqui, eu queria que tudo isso acabasse logo.
Estava em casa, olhando algumas decorações no computador quando Meire me ligou.
— Oi amiga! Digo atendendo.
— Oi sumida, não lembra mais da sua melhor amiga? Pergunta ela.
— Desculpa, eu tava tão atolada de trabalho amiga… eu disse.
— Hei, hoje é sábado, nada de trabalhar, vamos ao clube pra você se distrair um pouco… disse ela.
— Sabe que é uma boa, tudo bem, te encontro lá então… eu disse.
— Certo, te espero lá, beijos! Diz ela.
— Beijos… digo e desligo.
É, eu preciso me desligar um pouco dessa confusão que está na minha cabeça, relaxar, pegar um sol, beber um pouco e fofocar com a minha melhor amiga.
Me levantei e fui trocar de roupa, soltei os cabelos e coloquei um vestido soltinho, uma rasteirinha nos pés e uma bolsa de lado.
— Mamãe, vou ao clube! Eu disse descendo as escadas, e ela estava na sala com algumas revistas.
— Filha, nessas revistas tem várias ideias pro seu casamento e vestidos maravilhosos! Disse ela animada.
— Vejo quando eu voltar mamãe, preciso de um tempinho fora do meu trabalho e de toda essa confusão de preparativos para casamento… eu digo.
— Tudo bem, imagino que deve estar mesmo cansada, vai lá, eu fico aqui vendo as ideias e depois te passo… disse ela.
— Obrigada mamãe… a propósito, falou com o papai hoje? Perguntei.
— Ainda não filha, e o Leandro, ligou pra você? Pergunta ela.
— Não, só mandou uma mensagem de texto, estava ocupado… eu disse triste.
— Tudo isso vai valer a pena filha, tenha paciência.. disse ela é eu respirei fundo.
— Sim, deixa eu ir, até mais… eu disse mandando um beijo pra ela, passando pela porta eu pego a chave do carro que está pendurada ao lado e saio.
Pablo
— Não se preocupe com nada meu querido, é só fazer o que você já sabe, fingir ser o empresário milionário e deixa todo resto comigo, esse dinheiro é pra que você possa gastar com o que quiser no clube… disse a coroa me estendo um malote de dinheiro.
— Valeu… eu digo pegando o dinheiro e piscando pra ela.
— Você está lindo como sempre, com esses cabelos soltos, esses óculos escuros e essa roupa casual, está mais perfeito do que nunca! Ah, esse bando de mulheres invejosas vão morrer por você hoje… Disse ela rindo e eu ri também.
— Você gosta de deixá-las com inveja de você não é? Perguntei.
— Esse é o meu joguinho favorito Lorenzo… disse ela… a propósito, seu nome é mesmo Lorenzo? Ela pergunta.
— Pra você, eu sou Lorenzo, Gabriel, Fernando, Lucas, o que você quiser… eu disse pegando em seu queixo.
— Melhor eu não saber mesmo o seu nome de verdade… disse ela.
Alguns minutos depois nós chegamos no tal clube, descemos do carro e fomos entrando.
Como sempre, era um lugar só de riquinhos, todo arrumado e cheio de regras, não pode isso, não pode aquilo, um saco! Mas, é meu trabalho, fazer o que.
Em todos os lugares que eu acompanhei a Graziela esses dias, eu não vi aquela garota, o que será que aconteceu com ela? Sumiu do mapa? Eu estava louco pra jogar um pouco com ela, era tão prazeroso vê-la toda nervosa, isso aumentava a minha adrenalina, fora que ela é aquela bonequinha que eu quero brincar, toda delicada, aposto que nunca sequer olhou pra um cara rude e rústico assim como eu, mas ela vai olhar, ou não me chamo Pablo Garcia.
— Bom dia garotas! Diz Graziela encontrando suas amigas coroas.
— Bom dia! Elas respondem e já voltam o olhar pra mim, todas sorridentes, se derretendo.
— Bom dia, como estão? Eu digo sorrindo.
— Lorenzo veio se distrair um pouco, não é? Diz ela.
— Sim, muito trabalho, muitos negócio a fechar, estou com a mente perturbada, precisava me desligar um pouco de tudo… eu disse, imaginando, que ator que sou, podia estar na tv.
— Aí coitadinho! Diz uma das amigas dela pegando em minha mão… Vem, senta aqui com a gente, vou pedir um uísque pra você relaxar… disse ela… quer com gelo?
— Sim, claro, por favor… eu digo a acompanhando e me sentando… ah essas coroas, adoram me mimar, fazer o que, eu sou o brinquedinho delas agora, haha.
Confesso que ser mimado por essas granfinas é até bom, mas o papo delas é só dinheiro, saber quem ganha mais dinheiro, saber quem tem as roupas mais caras, as jóias, o marido mais milionário, e isso era um saco.
— Sabe a Tereza, ela está toda orgulhosa do casamento que arrumou pra filha dela… disse uma das coroas.
— Sim, ela está mesmo, Leandro está fazendo a sua fortuna, se bobear chegará a ter mais dinheiro que o próprio sogro… disse Graziela.
— Alexia é mesmo uma mulher de sorte! Disse uma delas.
— Mas, eu não sei, dizem as más línguas que o Leandro não é lá o homem perfeito, dizem coisas que a Alexia nem imagina, mas deixemos isso em sigilo.
— Nossa, você está sabendo demais, depois quero mais detalhes… disse uma delas e todas riram.
Que papinho furado!
— Se me dão licença meninas, eu vou dar uma volta pra que possam conversar mais a vontade… eu digo e sorrio me levantando… estarei por aí, minha querida! Digo pegando na mão de Graziela e dando um beijo, ela sorri satisfeita e todas as outras quase babam, eu ri por dentro.
E fui dar uma volta no lugar, pra ver o que os riquinhos fazem pra se divertir, se que podemos chamar essa chatice aqui de diversão, não tem uma cerveja, não tem uma caixa de som tocando umas musicas foleiras, não tem nada disso.
— Hei, Lorenzo, oi!!!! Disse uma voz de mulher, atrás de mim, me virei pra olhar e sorri, embora não lembrasse quem era.
— Oi… eu disse e ela se aproximou.
— Lembra de mim né, sou a Meire, do casamento, lembra? Disse ela.
— Sim, claro… eu disse e me lembrei que ela era a amiga da tal garota, aquela que eu havia esquecido o nome, mas não o rosto.
— Um tempão que não o vejo, por onde estava? Ela pergunta.
— Por aí, fechando negócios, bastante ocupado… eu disse.
— Ah sim… eu tô com a minha amiga bem ali, se depois quiser bater um papo… disse ela apontando.
— Claro, porque não, podemos ir agora… eu disse, vai ser bom ver a minha garotinha de novo.
Ela sorriu e nós fomos até onde elas estavam.
E ela estava ela, sentada, olhando o seu telefone, gata demais, com um vestidinho que deixava suas pernas a mostra e um pouco das sua coxas também, e um decotinho que me deu água na boca.
Quando ela olhou em nossa direção, levou um susto quando me viu, e desde então, até que eu chegasse perto dela, seus olhos não paravam de me analisar, parece que o papai aqui mexe com a gata só com a simples presença.
— Olha quem eu encontrei amiga! Disse sua amiga toda sorridente.
— Oi… eu disse ao chegar perto, e sorri de lado, dando uma leve piscadinha pra ela.
Alexia Parece que quanto mais a gente reza, mais assombração aparece! No meu caso, não é nem assombração, é o diabo em pessoa mesmo. — Oi… eu respondi ao tal Lorenzo, com um sorriso amarelo, mas eu confesso, ele estava ainda mais bonito, e os cabelos soltos, deixavam ele charmoso. — Senta, eu vou buscar uns drinks pra gente no bar… disse Meire saindo. — Você sumiu baby… disse ele sentando de frente pra mim. — Ocupada, trabalhando… e meu nome é Alexia… eu disse. — Claro, Alexia, eu tinha esquecido confesso, são tantas mulheres… disse ele convencido e eu tive que rir, em tom de deboche mesmo. — Claro, muitas clientes não é mesmo?! Eu disse. — Você fala como se me conhecesse, não é? Disse ele. — Acontece que eu conheço, você é um… uma palavra que me recuso a dizer aqui, vai que alguém escuta… eu disse. — Não conhece não, mas eu conheço você… disse ele. — E como me conhece? Diz aí… perguntei. — Você é uma mocinha que está prestes a se casar, mas seu noivo não está no país, e vo
Amanhecer — Pablo Eu não sei exatamente se eu tive a noção do que eu fiz, mas eu precisa de um motivo pra Alexia confiar em mim, e não conseguia achar outro que não fosse mostrar parte da minha vida normal, a vida que eu levo além da Mansão. Eu não sei explicar, eu sentia um tesão enorme por ela, aquela vontade de levar ela pra qualquer lugar e transar até não me aguentar mais em pé, mas naquela noite, conversando com ela, eu não quis isso, pelo menos por algumas horas com ela eu só queria escutá-la, embora ela não tenha me contado muito da sua vida, mas eu vou ter tempo pra descobrir. Acabei me lembrando que, as amigas da Graziela estávamos falando dela, era ela que iria se casar com o cara rico que estava viajando a trabalho, e uma delas disse que não era só isso que ele estava fazendo lá, me intrigou, mas eu não podia dizer nada, eu não sei de nada. Pela primeira vez, em muito tempo, eu senti uma coisa estranha, uma coisa boa dentro de mim, uma coisa que eu deixei de sentir quan
Pablo — O que você tanto vê nesse celular? Pergunta ela saindo do banho. — Nada, só umas bobeiras… eu digo fechando as mensagens e colocando o celular de lado. — Quando você vai me contar sobre esse passado? Pergunta ela. — É passado gata, não tem nada pra ser dito… eu digo me recostando na cabeceira com as mãos atrás da cabeça. — Mas você sempre volta a ele, e não pode me dizer do que se trata, isso quer dizer que você não confia em mim… disse ela. — Gostosa, vamos ter uma DR? Achei que isso fosse coisa de casal… eu disse. — E nós somos o que Pablo? Somos apenas uma foda? Ela pergunta com raiva. — Hei… desde quando isso te incomodou Katherine? Pergunto sério… Você tá cheia de cobrança, isso não faz parte do nosso relacionamento, se for isso que você quer, se for ficar chato assim, eu tô caindo fora… eu disse me levantando da cama e vestindo minha calça. — Para! Para com isso, para… disse ela se aproximando de mim e me abraçando por trás. — Sei lá, você tá… com ciúmes de tudo
PauloConcordei com alguém batendo na porta do quarto, drogas, tinha dormido muito.— Vai Malvadão, para a Mansão já aberta! Diga Nicolas, meu amigo.- Ha voce, ha voce! Eu disse levantando rápido, tomei um banho frio para lembrar e me aconcheguei mais rápido do que pude, depois fui para os camarins.— Porra, ou o que você dizia todas as man
Alexia Sai da boate muito nervosa, chorando de raiva de mim mesma, andei até o estacionamento e fiquei ali no meio dele, respirando fundo e tentando me controlar. — Baby, tá nervosa porque? Foi só uma brincadeira! Disse ele vindo até onde eu estava, com as mãos no bolso da jaqueta, com aquele sorriso todo debochado e desinteressado. Me virei com raiva e fui ao seu encontro. — Olha, eu te chamei aqui porque já chega, a gente não pode continuar com isso, não podemos ser amigos, não podemos, é isso… eu disse firme chegando a sua frente. — Que? Me chamou aqui pra me dar um fora? Perguntou ele. — Não é um fora, não temos nada, porque seria um fora? Só disse que não quero mais tentar ser sua amiga… eu disse. — E isso só porque eu tô me tornando a sua "paixão proibida"? Ele perguntou rindo. — Você é tão ridículo, da onde tirou isso? Simplesmente essas coisas não podem acontecer, porque eu sou noiva e você não perde uma oportunidade de me provocar, falando coisas, escrevendo coisas, se
Alexia Pablo me trouxe para uma parte da cidade, que havia uma trilha e não era o fim da trilha, foi como foi encontrada em uma pracinha, onde havia alguns bancos e havia estruturas que protegem as pessoas de choveu e também tinha um saco enorme que dava pra ver toda a cidade à vista, e como era de madrugada não tinha ninguém lá, e as luzes da cidade iluminavam o local.Aproximamo-nos por fora e nos reclinamos, ele ficou calado, como olhar longe no horizonte.— Você é a primeira mulher a beber aqui... diga a ele... eu gostaria de vir aqui de madrugada, quando não tenho nenhum, para praticar sozinho e não pensar em nada, são só as boas que tenho para a vida .— À primeira vista, ela é bonita... e... ela disse, mais lembrei do que ele disse que você é a primeira mulher atrás daqui... — Você disse que é a primeira mulher atrás daqui? Pra mim isso parece impossível.— Nunca, nunca, mostrei a eles que estou por trás do mal que todos conhecemos, e fui o primeiro a saber dessas coisas, e co
Paulo— Mais uma noite você saiu da Mansão? Outra vez revivendo ou seu "pasado"? Katherine pergunta, ela não vai me ver entrando no meu quarto?— Kathe, agora não tenho gato... digo.Minha cabeça está muito confusa, não sabia como decifrar o que havia acontecido até agora.— Parece que isso faz muito tempo com você, pena que você não quer me contar nada, claro, isso não significa nada para você, é apenas a sua noite de sono... diga a ela entrando no seu quarto direito longe.— Kathe, ou o que está acontecendo? Você está me cobrando por coisas que eu não cobrava, você está ocupado ou o tempo todo, achando que tem outras pessoas, você vai acabar comigo, por que isso? Pediu-me virando-se para ela.— Porque eu sou louca, louca Pablo, eu tô louca por você! Você me deixa louca… diga a ela que a vi correndo e me abraçando.— Kathe… Princesa… nós combinamos que não seria assim, que não chegaria a isso, você sabe, a nossa relação é perfeita do jeito que é… eu disse a soltando de mim.— E porq
2 meses depois — Pablo.— Meu bonito, lembre-se... lembre-se... disse uma voz feminina, você abriu os olhos para vagar e sorriu para ver o que era.— Querida… eu sussurrei… ela ficou encantada ao meu lado, acariciando meu rosto e sorrindo. — Amor... sussurrei de novo e sem susto.— Pablo, lembre-se, você está sonhando? O que é bebê? Diga Kathe.- Ele tem? Este? Não, quer dizer, não sei, eu tava faando alguma coisa? Digo passando as mãos pelas mãos te colocando pra trás.— Deixa para lá, concorda, Graziela está esperando o evento dela no fim de semana, e ela me manda ver um pedido de casamento pra você, tenho certeza que ela vai se casar... fala pra ela e eu levanto da cama eu desisto.— Tão foda! Graziela é coro preservado, mais pra esperar papai aqui eu tenho que ser namorada, não quero esperar... falei e ela gargalhou.— Você se acha muito Pablo, sai daí… diga ela.Fui pro banheiro, abri o chuveiro e entrei de cabeça em baixo, deixei a água cair no meu rosto e fiquei ali parado por