O advogado Adam Schuz Becker tomou conhecimento pela emissora de TV de Nebrava, a El Monte. Ficou chocado quando apareceu a reportagem mostrando seu irmão gêmeo como novo auxiliar administrativo de Saymon Stein. Ursupador miserável. Pensou. — Formado em Direito e Administração pela universidade de Valenza, em Thyssen, o novo membro do grupo MECA, agora passará a auxiliar o presidente interino, Saymon Diehl Stein. Ele fitou a imagem do irmão dando à entrevista. Adam continuou sentado ali, olhando para as imagens sempre mudando, enquanto recordava...Fora o silêncio da noite que o acordara durante àquela madrugada, em seu apartamento. Tudo estava estranho demais e tirou a coberta de cima do corpo friolento, ficando sentado na beirada da cama. Seguiu com os olhos pelo movimento de luzes vermelhas, até à porta do quarto ser arrancada com um pisão e elas estarem direcionadas à altura da cabeça.Assustado, tateou o abajur e o ligou, e para seu desespero, notou um Andrew encapuzado e sorri
Adam chegou ao domicílio indicado, às oito e quinze da noite. Entrou pelo portão da frente e caminhou pela grama sintética até próximo de um jardim botânico com algumas flores extremamente belíssimas e raras, quando, de repente, ouviu um assovio no meio daquela algazarra toda. Seguiu olhando entorno, à procura do patrão, e o notou sentado na borda da piscina, juntamente com alguém desconhecido por ele.Adam usava um calção floriado, camisa estampada no estilo veraneio e sandálias nos pés. Guardou as mãos no bolso do short e cruzou o pequeno espaço o qual os separavam. Ao vê-lo chegando, Saymon e Wallace, ergueram-se abruptamente, sorrindo. Adam estava acostumado a ver à beleza alheia toda vez que encontrava alguém belíssimo, mas os olhos cravados sob o corpo marcado de Saymon, tornava-se o prelúdio mais intenso de toda à vida.— Demorei muito? — perguntou na esperança do assunto transcorrer. — Não, imagina, ainda estamos no horário. — Saymon comunicou, solenemente. — Ah, ao contrári
Andrew Becker, o usurpador, abriu e fechou à porta às onze da noite, ainda quando Petrus Ritter, seu tio, estava assistindo algo aleatório na tevê.— Chegou cedo, em? Que houve? — quis logo saber.— Nada demais, à festa só não me parecia agradável.— Sei. — ele disse correndo os dedos pelos cabelos cãs. — Venha, senta um pouco.Andrew obedeceu nitidamente, sem contrariá-lo. Ao lado do tio, veio o primeiro indício de amabilidade surgindo nos lábios, uma satisfação ou prenúncio acerca de muitos problemas resolvidos.— Acabei de receber à informação de que seu irmão, foi transferido. — um alívio para Ritter, mas um desgosto para Andrew. — Por mais difícil que foi tomar esta decisão, eu sei o quanto ela nos manterá intocáveis.— Também sei disso. — asseverou o loiro, prontamente. — E os papéis, cadê?— Ah, o meu advogado vai levar amanhã cedo até a Mallmann. Como não vou estar, ele entregará a você, Andrew. — discorreu Petrus, desligando a televisão. — Ora, por favor, não esqueça de traze
Os olhos de Saymon arregalaram-se minutos depois. Talvez porque os documentos que caíram em suas mãos fossem as provas das quais precisava para desmarcarar Petrus e Adam, ou Andrew, ainda não sabia com qual dos dois, lidava de verdade.— Meu Deus! — foi o que saiu de sua boca. — Esse cara é doido.Ele desceu com os lumes pelos detalhes escritos no papel até à assinatura de Petrus, que indicava ser o representante de Andrew Becker, na Clínica Psiquiátrica.— Se Andrew está internado... então Adam que está aqui, é o verdadeiro. — falou para si mesmo, tendo arrepios em seguida. Saymon anotou tudo que precisava no momento. A localização, os responsáveis e os médicos instruídos a lidar com o rapaz. O hospício para qual fora mandado, ficava há duas horas de carro de Thirro, seguindo por uma rodovia até o alto das montanhas, quase inacessíveis as pessoas.Devolveu ao envelope os documentos e saiu depressa da sala e caminhou até a escrivaninha de Raven, onde a garota terminava de arrumar sua
O Lugar era escuro, pouca luz triunfava pelo ambiente tomado de caixas; basicamente um depósito da clínica psiquiátrica. O cheiro horrível fez Saymon torcer o narizpara o lado e procurar um espaço contra o vento. Encontrou uma cadeira de ferro se deteriorando ao fundo, apressando-se em retirar o blazer e circundá-lo na altura dacintura e amarrar num laço fácil de ser desfeito novamente. O velho, nesse momento, ocupavasse ainda na porta, vasculhando com os olhos impulsionado pelo óculosde grau, aquela figura a qual apenas tinha o visto em revistas, jornais e fofocas. Presencialmente, Saymon Stein era típico bilionário como todos os outros.Dois minutos em total silêncio, logo acabaram, ele necessitava de respostas e urgente! Colocou a perna direita encima da coxa esquerda e mordeu os lábios antes doprimeiro questionamento:- Então... - ele começou com a mesma prontidão de mais cedo. - Onde está o Andrew?Sentindo-se inferior ao grande Stein, o velho não mediu esforços em querer enc
Saymon Stein chegou às cinco da manhã em Rose Ruschel, o recanto da fámilia. Não teve forças para se dirigir ao quarto ou a cozinha, apenas se jogou naquele sofá negro e adormeceu ali mesmo, talvez a mais longa profundidade sonolenta pela qual já passara em anos. Evitaria constrangimento, principalmente quando o assunto passasse a envolveros gêmeos.Aproximadamente às duas da tarde, forçada a tomar uma decisão, Claire Khun, resolveu interromper seu trabalho e agachou-se ao lado do corpo de Saymon e o observou dormindo. Parecia um anjo, o mais belo de uma horda, contudo, enlaçado pela tristeza e imensidão infinita de um destino marcado por surpresas que logo iria feri-lo.Ela sabia que não tinha tempo suficiente junto de Saymon; precisava ajudá-lo e isso deveria ser no agora. Passou as pontas dos dedos magros e finos no rosto com abarba ainda por fazer e aquele ato de cumplicidade fizera o rapaz abrir os olhos e encarar Claire com um pequeno sorriso.- Bom dia minha criança. - ela
Os olhos belos do rapaz transformaram-se num vazio solitário e Adam sentiu medo por um instante. Pois mal o conhecia. Temeu está sozinho com ele, mas sabia que Saymon não seria capaz de machucá-lo. Outrora foi gentil para com ele, retirando-o daquela maldita clínica.A suspeita encima de Kennedy era evidente. Todavia porque o jovem fugira dele no passado e ainda que estivesse sumido há anos, Saymon não pensava em nenhuma outra possibilidade. Tinha que ser ele.- Adam, desculpa. - disse, resignado. Desejou ter trazido alguns filmes para tentar se divertirem um pouco. O hotel estava encoberto pelo cheiro do garoto e o silêncio das ruas ajudava ainda a lhe assustar da vontade eminente de beijá-lo.- Quem dirá. - Adam riu. Sem qualquer sinal de nervosismo. Estava ansioso com o que viria a acontecer. Saymon podia ser frio, mas demonstrava afeto e isso acalmava o coração do mais novo. - Deve está preocupado, eu sinto. No seu lugar eu estava roendo as unhas e martelando memórias em busca do
O jantar correu tranquilo para os demais presentes, mas Saymon, como sempre, investigava à espreita cada um de seus inimigos e passou a incluir a mãe na lista negra e interminável. Após ver a mesma conversando quase ao mesmo momento com alguém, percebera que, talvez, ela não fosse exatamente aquilo que apresentava à mesa: leiga e complacente.Os assuntos conversados não tratavam de algo nada alarmante, apenas requisitos básicos para os quais Saymon foi surdo, cego e mudo. Sua ausência nos mesmos fez Angelina declamar:— Está tudo bem com você, filho? Saymon pressionava um garfo na mão. Seus olhos raivosos recaíram sobre ela, mas um sorriso quente a fez desmoronar.— Sim. Acho que apenas uma leve dor de cabeça.Andrew ergueu uma sobrancelha, curioso.— Se não quiser ficar na mesa, talvez possa se recolher. Eu acompanho se quiser!— Tudo bem. Eu aceito sua companhia.Saymon limpou os lábios e levantou sendo acompanhado por Andrew, com um sorriso discreto. Era o momento de fazer valer o