A CONFISSÃO

O silêncio nunca foi e jamais seria algo ritualístico por parte de Saymon, ainda que em sua frente houvesse um fantasma, uma alma que naquele mesmo dia descobriu estar morto e, agora, vivo. Como recapitular? Ele buscava respostas certas, porém, se prestou a observar Kennedy passeando com as mãos no bolso da calça espiando os quadros comprados na Itália, os pequenos móveis vindo do Brasil e, mais ao canto, uma pequena adega.

Solitário em sua cadeira, tentava recobrar mais lembranças, pois hodiernamente, via Kennedy como uma sombra… somente isso.

— Depois de muitos anos, por que agora?

Kennedy apanhou um vaso e analisou calmamente, fingindo não ter ouvido o questionamento de Saymon.

—Sabe que amo esse tipo de cerâmica? São minhas obras de artes favoritas! — afirmou encarando o rapaz. —Lembro nitidamente de um dia ter o levado no Grand-Pierre, o Museu da cidade. Você ficou impressionado, parecia estar em outro…

—Mundo? — interrompeu Saymon, sendo recepcionado pelo sorriso desbravador de
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