Quando o cheque dado por Jane surgiu novamente diante dos olhos de Cristina, ela apenas lançou um olhar para Jane, antes de guardar o cheque:- Você deveria saber, o senhor chamado Cain não tem intenções puras.- Eu sei.Ela sabia? Cristina ergueu uma sobrancelha:- E você ainda aceita o dinheiro dele.Jane permaneceu em silêncio.Cristina não insistiu no assunto. Ninguém melhor que ela sabia da urgente necessidade de Jane por uma grande soma de dinheiro.- Restam poucos dias. - Cristina lembrou.- Eu preciso tentar.- Tentar o que? Jane, desista.- Não.- ... Você detesta tanto o Presidente Gomes?Cristina queria dizer, “o Presidente Gomes não foi tão ruim com você. Quando você adoeceu, foi o Presidente Gomes que te levou ao hospital. Quando você insistiu em trabalhar enquanto estava doente e desmaiou, foi o Presidente Gomes que chamou um médico particular para te atender, e ele não me deixou te contar”.Cristina não sabia das fofocas entre Jane e Rafael. Ao presenciar tudo isso, ela
Em seu rosto mais deslumbrante que o de qualquer mulher, Cain era serenidade pura, não deixava transparecer nada. Ao olhar para Jane, no entanto, ele sentia que, talvez, essa caçada pudesse chegar ao fim.Jane poderia amar dinheiro, era só através desse amor que ele poderia tocar suas fraquezas, se aproximar dela repetidamente e caçá-la lentamente.Nesse jogo de caça, o dinheiro era a isca, e ela, a presa. O divertimento da caça estava na luta da presa, no processo de caçar. No entanto, quando esta mulher pediu dinheiro diretamente... Cain sentiu que esse jogo de caça poderia acabar, porque era muito vulgar.- Está ficando tarde, preciso ir. Cain bateu as calças do terno e se despediu de forma descontraída. Os lábios apertados de Jane se abriram:- Deixe-me acompanhá-lo. - Não precisa. A voz calma, provavelmente faria qualquer um se sentir desconfortável nessa situação. Ele tinha sido muito óbvio.- Não, eu insisto.Jane fechou a porta, desta vez pronta para levar esse homem para ba
Aquela mão, desviou os cabelos da sua testa. Mesmo ela sendo um tanto tola, sabia o que ele queria fazer!- Sr. Cain, você não entende como respeitar a vontade das pessoas?- Pessoa? - Os lábios finos de Cain moveram-se ligeiramente, dizendo. - Você não disse que você é apenas uma vadia que faria qualquer coisa por dinheiro? Além disso, todos sabem que se alguém fez algo errado ou imoral, não deve se vangloriar ou tentar se apresentar como um bom exemplo para os outros. Não é assim que se diz?O coração de Jane doeu abruptamente, seguido por um auto escárnio em seu íntimo... Realmente, ela era muito sensível, ela se tornou o que ela se tornou, por que ainda fingir ter outra personalidade?Mas a mão presa atrás dela ainda estava apertada, a dor da unha perfurando a palma da mão, ela não conseguia sentir agora.- Qualquer lugar, menos na testa. - Ela olhou obstinadamente para ele, seus olhos vermelhos, sem piscar. - Não vou ceder.- E se eu insistir?Jane baixou o olhar e não falou nada.
Embora Jane estivesse furiosa, ela entendeu algo com mais clareza. Cain estava certo.Ela baixou a cabeça, e Cain não a apressou.Depois de um tempo, ela levantou a cabeça e disse:- Tenho mais um pedido. Você não pode usar sua força para me intimidar. Caso contrário, eu não teria como fugir. Sr. Cain, você precisa estar ciente disso.- Tudo bem.Cain concordou prontamente, e seus olhos castanhos brilharam por um momento."Idiota, não é porque não uso força física para te prender que não estou usando a força".Até mesmo em velocidade, ele era muito mais rápido do que ela.Jane olhou para Cain, desconfiada. Alguma coisa parecia errada na rapidez com que ele concordou, mas ela repassou a conversa em sua cabeça e não encontrou nenhum problema.- Estou com fome.- Entre.Ela abriu a porta do dormitório e, como sempre, foi para a cozinha para preparar a comida.Cain sentou-se no lugar onde costumava sentar, e ficou observando-a na cozinha.Como sempre, ela serviu macarrão à italiana, que el
- Jane, você mudou.Havia uma leve hesitação no rosto de Jane quando ela respondeu:- Cristina...- Jane, você não percebeu? A expressão no seu rosto não é mais monótona. No passado, tudo que eu via no seu rosto era uma rigidez desprovida de vida. - Cristina olhou para Jane e continuou. - Agora, eu sinto como se você estivesse mais viva.Jane abriu a boca, ela queria dizer algo.- Jane, quem te trouxe de volta à vida? Foi o tal Cain?No rosto de Cristina, no entanto, não havia nenhum sinal para Jane. Em um instante, ela ficou séria, repreendendo Jane:- Mas ele tem más intenções! Então, isso não pode ser coisa boa?Cristina viu as mudanças em Jane, mas o homem que causou essas mudanças em Jane tinha intenções impuras desde o início. Jane permaneceu em silêncio. Cristina suspirou pesadamente e disse:- Jane, me prometa que você nunca mais irá vê-lo. Hoje mesmo, vou trocar você de quarto.- Não!Jane levantou a cabeça quase que imediatamente.No entanto, naquele momento, ela viu o olha
Cain, em sua partida, levou consigo o pequeno fio de alma que Jane finalmente conseguiu resgatar do inferno. Tocar repetidamente a ferida de alguém é, na verdade, continuar a marcar a ferida com as próprias cicatrizes.Cain era experiente na arte da sedução, sabia perfeitamente que ao tocar continuamente as feridas de Jane, ao estimulá-las constantemente, estava mudando algo nela de maneira sutil e imperceptível. Jane não percebia, mas Cain tinha plena consciência.O mais cruel era que, todas as vezes que Jane cozinhava, não importava se ela fazia macarrão apimentado ou azedo, mesmo que ele não pudesse comer pimenta, ele sempre devorava tudo sem deixar vestígios.Então, ele venceu este jogo de caça. Venceu completamente. Não deixou espaço para Jane....- Você conseguiu o dinheiro?No dia seguinte, Cristina chamou Jane para o escritório.Jane balançou a cabeça.As sobrancelhas de Cristina se franziram:- Você não pediu dinheiro para Cain?Jane continuou a balançar a cabeça.Cristina en
O elevador voltou para onde estava, a porta se abriu. Jane ignorou André, deu um passo para sair, mas foi puxada pelo braço.- Não dá, Jane, você não pode sair agora, precisa encontrar um lugar para se esconder.- André, por favor, me solte, tenho coisas a fazer.- Não pode, Jane, se você sair agora, eles vão te ver. Diego e seus amigos combinaram de se encontrar aqui hoje. - André puxou Jane de volta para o elevador: - Jane, você não gostaria de ser vista assim pelos amigos com quem costumava brincar, certo?Jane prendeu a respiração, um medo transbordando de seus olhos... As palavras de André ainda soavam em seus ouvidos, parte de seus próprios medos interiores. Ela temia que seus antigos colegas a vissem dessa forma, humilhada e degradada, que ela se tornou. Ela foi mais rápida que André, estendendo a mão em pânico para pressionar o botão de fechar a porta do elevador.- André, você encontrou uma garota bonita, hein? Está se aquecendo no elevador? - Uma voz zombeteira soou, a porta
- Você ouviu? Acabei de ver a Jane. Ela está perguntando a todos se alguém conhece algum trabalho, ela está disposta a fazer qualquer coisa.- Essa mulher, ama dinheiro demais, mas pessoas como ela não deveriam estar no Departamento de Relações Públicas, não sei como nossos superiores permitiram que um grão de sujeira como ela entrasse, ela não está rebaixando o nosso padrão?- Ela não conseguiu nenhum trabalho nesse mês, certo? Acho que ela está desesperada, hoje ela perguntou a todos no Departamento de Relações Públicas.No banheiro, algumas mulheres do Departamento de Relações Públicas estavam retocando a maquiagem na frente do espelho, enquanto fofocavam.- Chega, vamos parar de falar dela, ela estraga o clima. Vamos, há um homem rico que não vem brincar há muito tempo, hoje ele reservou o VIP do sexto andar, vamos lá.Algumas mulheres com maquiagem pesada foram para o sexto andar.Jane perguntou a todas as pessoas ao seu redor se havia algum trabalho, mas sem sucesso. Ela voltou d