Jane foi arrastada à força por Xavier.O som vibrante da rua movimentada atingia seus ouvidos, com vendedores de barracas gritando de vez em quando. Xavier estava segurando a mão dela. Ela não estava acostumada a ser conduzida dessa forma, mas parecia que ele possuía uma teimosia inabalável. Ela tentou se esquivar algumas vezes sob pretextos variados, mas Xavier apenas ria e retomava sua mão.Nesse momento, vagando pela rua movimentada, o aroma tentador de alimentos enchia o ar.Jane caminhava devagar e Xavier não a pressionava.Ela olhou para cima, para o homem à sua frente segurando sua mão, para a sua figura forte e esbelta... Xavier não a apressou para caminhar mais rápido, mas ela viu que, sem dizer uma palavra, ele havia ajustado seu próprio ritmo ao dela.A rua estava lotada, ainda mais por ser fim de semana, e casais estavam por todos os lados.Em meio à multidão, um homem bonito conduzia uma mulher de aparência comum, movendo-se lentamente.Já era uma combinação que chamava at
Um homem abençoado por Deus, até suas mãos, eram obras de arte finamente elaboradas.Jane arregalou os olhos, olhando para Rafael, parado na extremidade da cama, seus dedos longos e elegantes desabotoando uma a uma as presilhas de sua camisa branca.Instintivamente, ela recuou, até que suas costas encontraram a cabeceira da cama. Esse homem, com seus olhos afilados e frios, olhava para ela de cima, enquanto seus dedos calmamente desabotoavam cada botão. Independentemente de como ela se encolhia e se afastava, o homem na extremidade da cama, com uma expressão fria e indiferente em seu rosto belo, permanecia imóvel.Instintivamente, ela lançou um olhar para a porta aberta do quarto, subitamente se levantou e saltou da cama, pronta para correr e escapar!Infelizmente, seus pés mal haviam tocado o chão quando um braço longo a prendeu com precisão.Rafael, parado na extremidade da cama, segurou o ombro dela com uma mão e a empurrou de volta para o colchão, controlando-a, impedindo-a de se l
Quando Jane acordou, seus olhos estavam um pouco vermelhos, sua mente ainda estava em modo de desligamento por um momento, e, de repente, ela se lembrou dos eventos de ontem. Subitamente, Jane se levantou rapidamente. Ela olhou ao redor e aquele homem já havia desaparecido. Ela soltou um suspiro de alívio, mas sentiu uma pontada de tristeza no coração... Quando ela se levantou, percebeu que passou a noite inteira dormindo sem roupa. Ela riu de si mesma.Quão insensível ela tinha que ser para dormir profundamente ao lado daquele homem?Erguendo a mão, Jane deu dois tapas fortes em seu próprio rosto!Qualquer um poderia, menos Rafael!Ela sentia uma palpitação em seu peito, mesmo se ela tivesse que passar outra noite ao lado do vaso sanitário na cela da prisão, ela não poderia, e não deveria, ter dormido tão indefesa ao lado de Rafael.Como ela pôde? Como ela pôde simplesmente dormir tranquilamente ao lado daquele homem?Era Rafael!O som dos tapas era especialmente nítido, demonstrando
Ela estava louca, Jane mesma sabia.Mas agora, aos olhos de Rafael, ela era deslumbrante, ainda mais deslumbrante do que a Jane de três anos atrás. Isso... Ela não sabia disso!- Diga.Ela não tinha medo de perder nada, porque não tinha nada para perder!- Eu quero... - As palavras de Rafael estavam confusas e, de repente, pararam de fluir. Mudando rapidamente seu semblante, deu uma olhada discreta na mulher. - O que você pode me oferecer?Ele sempre foi racional, sempre frio, sempre assim, como poderia deixar que uma mulher bagunçasse tudo isso?As palavras de seu avô ainda soavam em seus ouvidos, ele disse que quando alguém aparecesse, alguém que pudesse afetar suas emoções, suas decisões, então, sem hesitação, deveria eliminá-lo.Jane se sentia derrotada... “Mathy, eu ainda sou tão inútil.” Por quê?- Por que, Presidente Gomes? Eu não sou mais útil para você. Deixe-me ir, como se estivesse soltando um animal. É tão simples, tão fácil, por que não consegue me deixar ir? - Ela se sen
Era noite profunda. Jane caminhou sozinha até o edifício de seu condomínio. Ao chegar no segundo andar, notou que as luzes do corredor estavam apagadas.Ela lançou um olhar rápido, achando que apenas o corredor de um andar estava às escuras, então cautelosamente começou a subir para o próximo andar. Porém, ao chegar no terceiro andar, as luzes também estavam apagadas. Pegou seu celular, usando a luz do dispositivo para iluminar seu caminho até chegar em casa. Finalmente, ao se aproximar da porta de sua casa, Jane tremeu ligeiramente:- Sr. Cain, o que está fazendo aqui?- Estou te esperando há muito tempo....Ela queria saber por que ele estava lá, não por quanto tempo ele estava esperando.- Você precisa de algo?Jane segurou a chave em sua mão, mas não abriu a porta na frente de Cain, ainda demonstrava desconfiança...Cain observou, uma compreensão clara e uma pitada de emoção surgindo em seus olhos.Conquistar uma presa tão desconfiada era uma sensação boa.- Estou com fome.- ..
Quando o cheque dado por Jane surgiu novamente diante dos olhos de Cristina, ela apenas lançou um olhar para Jane, antes de guardar o cheque:- Você deveria saber, o senhor chamado Cain não tem intenções puras.- Eu sei.Ela sabia? Cristina ergueu uma sobrancelha:- E você ainda aceita o dinheiro dele.Jane permaneceu em silêncio.Cristina não insistiu no assunto. Ninguém melhor que ela sabia da urgente necessidade de Jane por uma grande soma de dinheiro.- Restam poucos dias. - Cristina lembrou.- Eu preciso tentar.- Tentar o que? Jane, desista.- Não.- ... Você detesta tanto o Presidente Gomes?Cristina queria dizer, “o Presidente Gomes não foi tão ruim com você. Quando você adoeceu, foi o Presidente Gomes que te levou ao hospital. Quando você insistiu em trabalhar enquanto estava doente e desmaiou, foi o Presidente Gomes que chamou um médico particular para te atender, e ele não me deixou te contar”.Cristina não sabia das fofocas entre Jane e Rafael. Ao presenciar tudo isso, ela
Em seu rosto mais deslumbrante que o de qualquer mulher, Cain era serenidade pura, não deixava transparecer nada. Ao olhar para Jane, no entanto, ele sentia que, talvez, essa caçada pudesse chegar ao fim.Jane poderia amar dinheiro, era só através desse amor que ele poderia tocar suas fraquezas, se aproximar dela repetidamente e caçá-la lentamente.Nesse jogo de caça, o dinheiro era a isca, e ela, a presa. O divertimento da caça estava na luta da presa, no processo de caçar. No entanto, quando esta mulher pediu dinheiro diretamente... Cain sentiu que esse jogo de caça poderia acabar, porque era muito vulgar.- Está ficando tarde, preciso ir. Cain bateu as calças do terno e se despediu de forma descontraída. Os lábios apertados de Jane se abriram:- Deixe-me acompanhá-lo. - Não precisa. A voz calma, provavelmente faria qualquer um se sentir desconfortável nessa situação. Ele tinha sido muito óbvio.- Não, eu insisto.Jane fechou a porta, desta vez pronta para levar esse homem para ba
Aquela mão, desviou os cabelos da sua testa. Mesmo ela sendo um tanto tola, sabia o que ele queria fazer!- Sr. Cain, você não entende como respeitar a vontade das pessoas?- Pessoa? - Os lábios finos de Cain moveram-se ligeiramente, dizendo. - Você não disse que você é apenas uma vadia que faria qualquer coisa por dinheiro? Além disso, todos sabem que se alguém fez algo errado ou imoral, não deve se vangloriar ou tentar se apresentar como um bom exemplo para os outros. Não é assim que se diz?O coração de Jane doeu abruptamente, seguido por um auto escárnio em seu íntimo... Realmente, ela era muito sensível, ela se tornou o que ela se tornou, por que ainda fingir ter outra personalidade?Mas a mão presa atrás dela ainda estava apertada, a dor da unha perfurando a palma da mão, ela não conseguia sentir agora.- Qualquer lugar, menos na testa. - Ela olhou obstinadamente para ele, seus olhos vermelhos, sem piscar. - Não vou ceder.- E se eu insistir?Jane baixou o olhar e não falou nada.