Tiago estava confuso, Rafael não permitiu que ele fosse à casa de Jane. Não só isso, após o médico da família ter administrado a última injeção em Rafael, ele parecia preocupado com algo.Tiago suspeitava que Jane soubesse de alguma coisa.Quando ligou para Jane, a resposta dela foi como se tivesse engolido uma "bomba". Abertamente e veladamente, ela estava acusando Tiago de ser um conquistador, um jogador, um corruptor de pessoas.Tiago olhou para o telefone que foi desligado unilateralmente, completamente atônito.Chamá-lo de conquistador, que estranho. Ele era um conquistador, brincava com amores, mas Jane já sabia disso havia tempos.Aliás, o que isso tinha a ver com ela? E dizer que ele “corrompe os outros”, quem ele poderia corromper?Tiago pensou de um lado para o outro, e por mais que pensasse, não conseguia descobrir a verdade por trás disso.Jane, depois de desligar o telefone de Tiago, ainda estava furiosa.O idiota em casa, para ser gentil, era ingênuo, mas para ser franco,
- Quero vê-la.Ela fez uma decisão em voz baixa, não um pedido, mas uma exigência.Rodrigo tinha tato e sabia que ela não cederia.Acenou com a cabeça pesadamente: - Eu te levo.Ele também sabia que ela queria ver Luísa imediatamente.Ela pôde ligar para ele no meio da noite, tirando-o da cama, significava que ela estava determinada a lidar com essa situação.Mais um ponto, Rodrigo sabia profundamente que ela já não confiava nele como antes.Rodrigo não perdeu tempo em palavras, e logo levou a pessoa para um pequeno apartamento fora da cidade.Quando a campainha tocou, a pessoa dentro abriu a porta, com voz sonolenta e doce:- Voltou? O que é tão importante que o seu chefe não se cansa?- Seu chefe definitivamente não está entediado, ou não apareceria diante de você.A porta se abriu, uma voz fria e cortante, subitamente esfriando a pessoa dentro, arrepiando-a até os pés, tão inesperadamente.- Você, por que é você?Luísa não havia mudado muito, apenas mais feminina do que em sua memó
Jane lançou um olhar profundo a Luísa.- Você está usando o Grupo Pereira para me ameaçar?- Jane, pode denunciar, então o mundo inteiro saberá que o Grupo Pereira não passa de uma fachada. Estarei feliz em vê-la perder tudo. Você, que terá perdido tudo, será capaz de se colocar diante de mim e me questionar com tal arrogância?Ela a odiava mais do que qualquer coisa, essa Jane, por que ela podia ser tão presunçosa?"Como pode uma pessoa que se rebaixou tanto, de repente se transformar e, em três anos, viver melhor do que eu? Jane, tão imunda e desprezível, uma mulher como ela, que nunca conseguiu se igualar?"- Qual é a sua habilidade? Não é apenas herdar os negócios da família? Tudo o que você possui foi dado por sua família. Não, foi roubado das mãos de sua família. Jane, você é mais do que desprezível, é maliciosa. Você não poupa nem mesmo sua família!Rodrigo estava com as mãos tremendo:- Você está falando absurdos! Presidenta Jane já perdoou o passado, até quando você continuará
Aquele jantar foi consumido em silêncio, os olhos dos observadores permanecendo apenas nela.Ela, a mulher, devorava a comida com a cabeça baixa, enquanto o homem à sua frente, apoiando o queixo com as mãos, a observava silenciosamente.Qualquer um desavisado poderia pensar que eles eram um casal muito apaixonado.A noite estava silenciosa.O boletim meteorológico havia anunciado uma onda de frio, e a temperatura caiu subitamente naquela noite.Jane acordou ao som sussurrante do vento, e ao ouvir atentamente, percebeu que o barulho vinha de debaixo da cama.Levantou-se silenciosamente e olhou para baixo.Sempre lhe parecia estranho o gosto dele por dormir no chão de seu quarto em vez do sofá da sala, que era certamente mais confortável.Se dependesse dela, preferiria dormir no sofá da sala.Ao olhar para baixo da cama, viu o homem com os dentes batendo levemente, encolhido e abraçado a si mesmo.- Você está dormindo? - Perguntou ela na escuridão da noite, com uma voz serena e livre de
Jane sentiu como se algo estivesse pressionando-a. Tentou empurrar, mas não conseguiu afastá-lo.Ao acordar, recebeu uma "grande surpresa".- Quem te permitiu dormir sob o meu cobertor? – Ela protestou, irritada, e empurrou com força a pessoa ao lado, que foi pega desprevenida.- Jane, bom dia.Jane olhou para a pessoa com olhos sonolentos e ficou ainda mais irritada:- Rafael, nós concordamos que você não se aproximaria de mim. Quem te deu permissão para dormir no meu cobertor?O homem se levantou apressado e confuso:- Eu também não sei, Jane, por favor, não fique brava.Levantando-se rapidamente, ele caiu sobre Jane.- Rafael!Ela estendeu a mão e o empurrou, e o cobertor caiu no chão.- Você!!Seus olhos faiscaram de raiva:- Afaste-se de mim!- Jane. – O homem estava com o rosto ruborizado.Jane olhou para a expressão inocente dele, e a raiva subiu à cabeça.Fria e em silêncio, ela saiu da cama, dirigiu-se ao banheiro sem olhar para a pessoa atrás dela.Enquanto andava, amaldiçoou
Bali.Vila dos Sonhos.- Relaxe um pouco. - Disse um homem vestindo um terno claro, chegando de forma ambígua perto do ouvido de uma mulher.A mulher recuou levemente meio passo, e, mesmo essa ação despretensiosa, foi notada pelo homem.Com um rápido brilho em seus olhos, ele recuou duas etapas, cavalheiresco, sorrindo:- Jane, você está muito tensa.Ela fechou as mãos, sentindo uma sensação pegajosa na palma."É natural estar nervosa, devido à pessoa que vou encontrar."- Na verdade, você não precisa se preocupar tanto. Ele tem o hábito de passar as férias na Vila dos Sonhos em Bali, todos os anos, geralmente ficando um mês. - O homem falou em um sotaque português com um toque exótico, sua voz naquele momento era grave e profunda, como um violoncelo.- Portanto, Jane, não é necessário encontrá-lo imediatamente após desembarcar do avião, cansada da viagem.Ela balançou a cabeça, e ainda agora, sentia-se confusa.Sem dizer a ninguém, ela fugiu.Do quê ela estava fugindo, só ela sabia.D
A conversa durou quase uma hora.Enquanto isso, Cain permaneceu no canto do bar, conversando tranquilamente com o secretário-geral, tomando uma bebida.Só quando Jane saiu de detrás da porta de vidro, o homem colocou elegantemente o copo sobre a mesa e se levantou.- Vamos embora. Você deve estar cansada após a longa viagem de avião sem descanso. Posso levá-la para o seu quarto?- Cain, espere um pouco, velho amigo. Não vai beber algo comigo?Cesar estava encostado na porta de vidro, sorrindo para eles.Jane, ouvindo isso, relaxou.- Nesse caso, não vou interromper o reencontro de vocês dois.Essa reação dela foi prontamente percebida por Cain, e seus olhos profundos escureceram um pouco. Ele era um homem sábio, sabia quando dar um passo atrás e não insistiu em levar Jane embora:- Está bem então.Ele inclinou a cabeça para Cesar, que estava encostado na porta, e sorriu:- Mas é tarde, e não é gentil deixar uma dama ir sozinha.Ele olhou de soslaio para o secretário-geral e insinuou:-
Cain, ao ouvir novamente a palavra “caçador”, percebeu que estava cada vez mais incomodado com esse termo.Os olhos da mulher à sua frente eram incomparavelmente límpidos, tão racionais que, naquele instante, ele se sentiu completamente transparente. As oportunidades do passado, as oportunidades do presente, ela dizia que eram a mesma coisa. Ele queria dizer que sim, havia uma diferença.Mas no momento seguinte, não pôde argumentar."Realmente, existe alguma diferença?"Ela disse isso delicadamente, e ele compreendeu, naturalmente. Se ele não fosse tão versado na linguagem e na cultura, poderia fingir que não entendeu.A mão, aos poucos, perdeu a força.A palma, que uma vez foi quente, estava fria agora. Ele olhava para o braço magro da mulher e achava estranho como um braço tão frágil poderia preencher o vazio em sua mão.Era estranho como aquele braço, uma vez separado de sua mão, parecia deixar um vazio instantâneo.A imagem da mulher diante de seus olhos estava embaçada, efêmera, c