Uma gota úmida deslizou pela face de Jane, era o suor frio que se formava na testa do homem à sua frente. Um aperto no coração e ela o empurrou fortemente, fazendo-o cambalear para trás.- Jane, não faça isso.- Estou bem.Ela estendeu a mão, segurando firmemente o braço que o homem tentava novamente abraçá-la. O alto e robusto olhou para ela e riu selvagemente:- Estava ansioso para pegar você, Jane. Mas você é uma boa menina. Comportada.Com o canto do olho, ela viu o bastão de baseball caído ao lado do gordo, agachou-se e o pegou, desferindo golpes aleatórios contra o adversário.A maneira como batia era desajeitada, sem qualquer técnica, ela nem sabia se estava acertando, mas naquele momento, dez mil instintos de sobrevivência e dez mil desejos de resistência a motivavam.- Fora! Fora daqui! Não cheguem mais perto! Mandei vocês saírem! Vocês não estão ouvindo!A fúria do bastão de baseball, chovia golpes em todas as direções.A gritar estridentemente para que eles fossem embora.E
O gordinho pensou em agir, mas de repente se lembrou daquele olhar. Ele nunca havia visto tal olhar em toda sua vida.Esse olhar, definitivamente não era algo que uma pessoa normal teria.O gordinho hesitou por um instante.- Seu gordo inútil, você é sempre tão indeciso! - A voz de Jane soou ansiosa, observando o gordinho hesitando entre as opções.Agora, o único que poderia agir era o gordinho, já que o líder da gangue e o homem alto estavam gravemente feridos.- Deixe-nos ir, e eu prometo não tomar nenhuma medida sobre o ocorrido esta noite. Caso contrário, já que seus próprios homens estão tão feridos, vocês conseguirão deixar a Cidade S esta noite? - Disse ela, tentando seduzir. - Quanto ao dinheiro, vou lhe dar um milhão, e vocês podem dividir entre si. Caso contrário...Ela lançou um olhar para um homem próximo, que também estava gravemente ferido. Se continuassem a brigar com essas pessoas, era difícil prever o que poderia acontecer.Em sua angústia, a razão gradualmente retorno
- Como você apareceu lá?Os dois se apoiaram mutuamente e voltaram para casa, onde ela abriu a porta e entrou.Agora mais lúcida, virou-se abruptamente, olhando severamente para ele."Como ele pôde aparecer ali tão coincidentemente?" Ela pensou.Ele aparentemente não percebeu a mudança em seu humor e inocentemente apontou para a varanda:- Jane vai trabalhar todos os dias, e Rafael fica ali, observando o carro de Jane partir. Rafael sabe a hora que Jane volta do trabalho.O que ele queria dizer era que todos os dias, no horário em que ela saía do trabalho, ele já estava na varanda, olhando seu carro entrar. Ela ficou perplexa por um momento, já havia pensado em todas as respostas possíveis e até suspeitado...Mas nunca imaginou essa resposta."Com o andar tão alto, dá para ver?" Ela pensou.Mas ele já estava puxando-a para a varanda, tagarelando:- Irmão Tiago me deu isso.Jane olhou para o objeto extra na varanda e ficou surpresa novamente.- Faz tempo que está aqui. - Ele murmurou em
Tiago estava confuso, Rafael não permitiu que ele fosse à casa de Jane. Não só isso, após o médico da família ter administrado a última injeção em Rafael, ele parecia preocupado com algo.Tiago suspeitava que Jane soubesse de alguma coisa.Quando ligou para Jane, a resposta dela foi como se tivesse engolido uma "bomba". Abertamente e veladamente, ela estava acusando Tiago de ser um conquistador, um jogador, um corruptor de pessoas.Tiago olhou para o telefone que foi desligado unilateralmente, completamente atônito.Chamá-lo de conquistador, que estranho. Ele era um conquistador, brincava com amores, mas Jane já sabia disso havia tempos.Aliás, o que isso tinha a ver com ela? E dizer que ele “corrompe os outros”, quem ele poderia corromper?Tiago pensou de um lado para o outro, e por mais que pensasse, não conseguia descobrir a verdade por trás disso.Jane, depois de desligar o telefone de Tiago, ainda estava furiosa.O idiota em casa, para ser gentil, era ingênuo, mas para ser franco,
- Quero vê-la.Ela fez uma decisão em voz baixa, não um pedido, mas uma exigência.Rodrigo tinha tato e sabia que ela não cederia.Acenou com a cabeça pesadamente: - Eu te levo.Ele também sabia que ela queria ver Luísa imediatamente.Ela pôde ligar para ele no meio da noite, tirando-o da cama, significava que ela estava determinada a lidar com essa situação.Mais um ponto, Rodrigo sabia profundamente que ela já não confiava nele como antes.Rodrigo não perdeu tempo em palavras, e logo levou a pessoa para um pequeno apartamento fora da cidade.Quando a campainha tocou, a pessoa dentro abriu a porta, com voz sonolenta e doce:- Voltou? O que é tão importante que o seu chefe não se cansa?- Seu chefe definitivamente não está entediado, ou não apareceria diante de você.A porta se abriu, uma voz fria e cortante, subitamente esfriando a pessoa dentro, arrepiando-a até os pés, tão inesperadamente.- Você, por que é você?Luísa não havia mudado muito, apenas mais feminina do que em sua memó
Jane lançou um olhar profundo a Luísa.- Você está usando o Grupo Pereira para me ameaçar?- Jane, pode denunciar, então o mundo inteiro saberá que o Grupo Pereira não passa de uma fachada. Estarei feliz em vê-la perder tudo. Você, que terá perdido tudo, será capaz de se colocar diante de mim e me questionar com tal arrogância?Ela a odiava mais do que qualquer coisa, essa Jane, por que ela podia ser tão presunçosa?"Como pode uma pessoa que se rebaixou tanto, de repente se transformar e, em três anos, viver melhor do que eu? Jane, tão imunda e desprezível, uma mulher como ela, que nunca conseguiu se igualar?"- Qual é a sua habilidade? Não é apenas herdar os negócios da família? Tudo o que você possui foi dado por sua família. Não, foi roubado das mãos de sua família. Jane, você é mais do que desprezível, é maliciosa. Você não poupa nem mesmo sua família!Rodrigo estava com as mãos tremendo:- Você está falando absurdos! Presidenta Jane já perdoou o passado, até quando você continuará
Aquele jantar foi consumido em silêncio, os olhos dos observadores permanecendo apenas nela.Ela, a mulher, devorava a comida com a cabeça baixa, enquanto o homem à sua frente, apoiando o queixo com as mãos, a observava silenciosamente.Qualquer um desavisado poderia pensar que eles eram um casal muito apaixonado.A noite estava silenciosa.O boletim meteorológico havia anunciado uma onda de frio, e a temperatura caiu subitamente naquela noite.Jane acordou ao som sussurrante do vento, e ao ouvir atentamente, percebeu que o barulho vinha de debaixo da cama.Levantou-se silenciosamente e olhou para baixo.Sempre lhe parecia estranho o gosto dele por dormir no chão de seu quarto em vez do sofá da sala, que era certamente mais confortável.Se dependesse dela, preferiria dormir no sofá da sala.Ao olhar para baixo da cama, viu o homem com os dentes batendo levemente, encolhido e abraçado a si mesmo.- Você está dormindo? - Perguntou ela na escuridão da noite, com uma voz serena e livre de
Jane sentiu como se algo estivesse pressionando-a. Tentou empurrar, mas não conseguiu afastá-lo.Ao acordar, recebeu uma "grande surpresa".- Quem te permitiu dormir sob o meu cobertor? – Ela protestou, irritada, e empurrou com força a pessoa ao lado, que foi pega desprevenida.- Jane, bom dia.Jane olhou para a pessoa com olhos sonolentos e ficou ainda mais irritada:- Rafael, nós concordamos que você não se aproximaria de mim. Quem te deu permissão para dormir no meu cobertor?O homem se levantou apressado e confuso:- Eu também não sei, Jane, por favor, não fique brava.Levantando-se rapidamente, ele caiu sobre Jane.- Rafael!Ela estendeu a mão e o empurrou, e o cobertor caiu no chão.- Você!!Seus olhos faiscaram de raiva:- Afaste-se de mim!- Jane. – O homem estava com o rosto ruborizado.Jane olhou para a expressão inocente dele, e a raiva subiu à cabeça.Fria e em silêncio, ela saiu da cama, dirigiu-se ao banheiro sem olhar para a pessoa atrás dela.Enquanto andava, amaldiçoou