Cain olhou para a mão estendida em sua direção. Ela estava mais magra do que antes, e, em silêncio, ele também estendeu a mão, segurando aquela palma magra e calosa. Comparada àquela mão suave e delicada, a sua parecia tão deslocada.Uma sensação pesada surgiu em seu peito. Ela estava tão magra. Se ele tivesse dado a ela aqueles quinhentos mil antes, talvez ela não estaria nesse estado hoje.Ele não conseguiu resistir, estendendo o dedo e acariciando aquelas calosidades. Mas...- Senhor Cain, por favor, respeite-nos.Cain ficou atordoado. Respeito, ela estava pedindo respeito.Com relutância, ele soltou a mão dela.Seu olhar caiu na cicatriz em sua testa. Ele se lembrou do sentimento de beijá-la suavemente, seus lábios tinham uma sensação de coceira. Ele virou a cabeça bruscamente, temendo que não conseguisse resistir a tocar naquela cicatriz novamente.- Esta cicatriz...- Senhor Cain, acredito que talvez eu tenha me precipitado em aceitar essa colaboração.Enquanto falava, ela arrumo
Jane saiu mais uma vez da sala de reuniões, com Cain acompanhando-a de maneira amigável. Vivian viu primeiro a figura de Jane e estava prestes a perguntar:- Está tudo resolvido?Uma figura alta apareceu na frente de todos.- Quem é...Jane deu um passo para o lado:- Deixe-me apresentar, este é o representante da empresa B, Cain.Como responsável pelo projeto, Vivian, naturalmente, caminhou até ele e estendeu a mão:- Olá, Sr. Cain, eu sou a...- Vivian, eu vou cuidar deste projeto. - Jane interrompeu Vivian de maneira indiferente.O olhar de Vivian estava confuso.- Falaremos sobre isso depois. - Jane sussurrou no ouvido de Vivian.Cain pessoalmente as levou até a porta do prédio.A secretária ao lado dele ficou surpresa e lançou outro olhar para Jane...Este misterioso CEO não aparecia com frequência na Cidade S. Rumores diziam que ele possuia uma extensa cadeia de negócios, e esta empresa era apenas uma delas, e nem mesmo a mais notável. A última vez que este misterioso CEO aparece
- Foi você que fez isso?Jane controlou a raiva, o olhar atravessou a bagunça no chão. Obviamente, ela estava perguntando se esta bagunça foi obra da pessoa à sua frente.- Me desculpe. - A pessoa pediu desculpas com um sussurro cauteloso, olhos cheios de culpa.Mas quase fez Jane rir de raiva, olhando para a pessoa atrás da pia. Ele, que costumava ser orgulhoso, nunca admitiria facilmente um erro, mas agora admitia seus erros rapidamente.Porém, este comportamento dócil, aos olhos de Jane, provocava outro tipo de raiva que vinha das profundezas do seu coração, não era apenas raiva, era um tipo de ressentimento indistinto que surgia do coração.Naturalmente, ela mesma não percebeu que sua raiva neste momento não era apenas direcionada à pessoa que causou a bagunça em casa.Ela olhou para a pessoa friamente, sem dizer uma palavra, tirou o celular da mochila.- Sou eu. Bruno, quando vocês vão chegar? - Ela perguntou indiferentemente à pessoa do outro lado da linha.Um vulto negro veio e
No quarto, reinava um silêncio absoluto. Duas pessoas sentadas no sofá, Jane tinha contatado uma pessoa para fazer a limpeza da casa.Naquele momento, a pessoa encarregada da limpeza ainda não havia chegado, então ela e o outro homem ficaram sentados no sofá, esperando. Ele permaneceu em silêncio, apenas sentado lá, mas olhando fixamente para ela com seus olhos penetrantes...Ele já a observava havia mais de meia hora.Mas, não poderia ser.Simplesmente não poderia ser.Ela não deveria se deixar levar pela compaixão.Só tinha que evitar olhar para seus olhos suplicantes. O ditado "um lobo percorre milhares de quilômetros para comer carne" se aplicava perfeitamente a pessoas como Rafael.Não importava como ele parecesse agora, sua frieza e crueldade nas últimas décadas já estavam gravadas em sua mente.Diante do mesmo rosto, Jane sabia que não poderia simplesmente esquecer e deixar o passado para trás.Ela estava decidida a se livrar dele. Tudo o que precisava fazer era esperar Bruno tr
Enquanto desciam no elevador, Jane olhava para a sombra atrás dela e, por um momento, pensou que seu cérebro deveria ter falhado.Ela tinha concordado, de alguma forma forçada por ele, em levá-lo para fora.Nesse momento, ele vestia as mesmas roupas de ontem, depois de secar as roupas e os sapatos e vesti-los, ela começou a se preocupar que alguém familiar pudesse reconhecê-lo.- Abaixe a cabeça.Ele olhou para ela quando ela se virou, sem fazer uma única pergunta, obedientemente esticou a cabeça na frente dela, mostrando a parte de trás da cabeça, mas mesmo assim, ela teve que se levantar na ponta dos pés para cobrir o capuz do casaco dele:- Quando chegarmos ao supermercado, não corra por aí, não tire o chapéu.- Hum.Vendo-o assentir com a cabeça, Jane deu um suspiro de alívio.Ao abrir a porta do carro, desta vez, ele já estava familiarizado com o assento do passageiro e, como Jane, abriu a porta do passageiro e entrou.Vendo Jane colocar o cinto de segurança, ele começou a copiá-l
Quando voltou do supermercado, Jane estava com o rosto sombrio.O carro estava estacionado na garagem subterrânea. Quando desceu do carro, aquele homem já estava pegando uma pilha enorme de utensílios diários com um entusiasmo absurdo.Originalmente, era para comprar apenas alguns itens essenciais, mas depois de levá-lo junto, o que ela recebeu foi...Jane, com o rosto sombrio, olhou para aquela pequena montanha de coisas.Ela realmente sentiu que concordar em levá-lo ao supermercato foi o maior erro que cometeu.E aquele homem, com as mãos cheias de coisas, ficou na frente dela, olhando-a com um sorriso radiante, comunicando através de seu olhar que estava em um ótimo humor.Mas ela não estava bem, absolutamente não!Os dois entraram no elevador, um na frente do outro. Aquele homem, com cara de bobo, se aproximou dela. Irritada, ela recuou um pouco. Qualquer pessoa normal se afastaria por conta própria. Quem gostaria de um rosto quente colado a uma bunda fria?Mas Rafael não tinha ess
Jane observou ele fazer uma careta enquanto terminava a tigela de macarrão, até o caldo ele bebeu, e cuidadosamente lançou um olhar furtivo para ela. Ele pensou que ela não perceberia seu truque.Levantando-se lentamente, Jane pegou os talheres da mesa.- Jane, não se mova.- Eu vou lavar a louça.- Não precisa, Jane. Eu vou lavar.E assim, ele quis se antecipar para lavar a louça.Jane assistiu tudo isso com o coração a mil. Deixar Rafael lavar a louça realmente não era uma boa ideia. Mas felizmente, dessa vez ele não fez uma bagunça, pelo menos não deixou tudo uma desordem.Ela foi para o banheiro. A água morna fluiu sobre ela, lavando-a repetidamente, e várias imagens confusas vieram à mente.Ela se lembrou do tempo quando seu avô ainda estava vivo, do tempo em que estava colada em Rafael com autoconfiança. Ela era jovem e enérgica. Ela sempre acreditou que, se se esforçasse e fosse excelente, quem mais Rafael gostaria senão dela?Então a imagem mudou para o corpo frio de Xaviana, d
Jane passou três dias seguidos em infusão, sua condição finalmente começou a melhorar e sua temperatura gradualmente voltou ao normal. Nesta noite, ela olhou para o colchão no chão, sentindo ondas de dor em sua cabeça. Ela não conseguia afastar esse homem, que parecia ter se tornado mais descarado após esquecer tudo, ou talvez soubesse que ela não o afastaria mais. Ele se tornou cada vez mais insolente e irracional, procurando todos os tipos de desculpas para ficar em seu quarto todas as noites, mesmo que tivesse que dormir no chão, ele parecia estar feliz com isso.- Jane, vou esquentar seus pés.Como todas as noites anteriores, ele foi até a cama dela, propondo-se a esquentar seus pés.Mesmo que ela recusasse friamente, ele parecia não se importar. Ela permaneceu de rosto frio, permitindo que o homem ao pé da cama familiarmente esquentasse seus pés. Não que ela não resistisse, mas a realidade mostrou que após esquecer tudo, ele se tornou ainda mais teimoso. Afinal, não importava q