Nuno exibia um sorriso irônico, aberto e desafiador, não era a primeira vez que ele agia assim.- Irmão? Minha mãe só teve a mim como filho, não tenho um irmão como você!Rafael riu friamente:- Nuno, você está apoiando Antônio, o mordomo, não está?Quanta coincidência os homens de Nuno aparecerem bem na hora que eles estavam se preparando para sair, bloqueando seu caminho?- Eu sei que Antônio sequestrou a infame Srta. Pereira, mas isso não significa que fui eu, Nuno, quem mandou ele fazer isso.- Então, você sabe quem mandou?- Quer saber?Nuno riu alto:- Tudo bem, vamos falar sobre isso depois que eu ganhar.Os dois homens entraram em combate, poderosos e formidáveis, nenhum deles era fácil de se lidar. Para Rafael, a existência de Nuno era como um espinho no dedo, não era fatal, mas sim desconfortável.Para Nuno, Rafael era a pessoa que ele mais queria pisotear durante a vida.Eles eram irmãos, irmãos de mesmo pai e diferentes mães, mas entre eles, pareciam mais inimigos do que ir
Depois que Rafael correu para o hospital, viu Cristina, mas não encontrou Jane. Quando encontrou Cristina no hospital, ela estava adormecida de exaustão.Gabriel bateu na porta, e Cristina acordou sonolenta.- Só você? E a Jane?Diante de Rafael de rosto fechado, Cristina não demonstrava nenhum sinal de culpa.- Jane disse que estava com sede e foi comprar água lá embaixo. O chefe não a viu quando subiu?Ela ajudou Jane a fugir, mas não podia deixar o homem à sua frente saber disso. Cristina arriscava ajudar Jane por causa de um apego indescritível que foi enterrado no fundo de seu coração por muitos anos.Mas ela nunca arriscaria sua própria segurança para ajudar alguém.Diante de Rafael, Cristina nunca admitiria seu erro voluntariamente.A Jane que ela viu estava determinada a partir, devia haver um grande impulso para fazer aquela mulher tonta querer sair.Rafael esfregou a pálpebra, a pálpebra direita dele estava tremendo sem parar. Ele estava inexplicavelmente ansioso.- Vá, procu
Rafael gritou:- Gabriel.Gabriel imediatamente pegou um bolo de dinheiro, mais ou menos cinco mil reais:- Senhor, isto é o agradecimento do nosso chefe. Saímos com pressa e trouxemos pouco dinheiro, desculpe.Dizendo isso, não se importando com o motorista perplexo, Gabriel colocou o dinheiro na mão dele, pegou Rafael e entrou no carro.- Ligue e pergunte se há apenas um voo para Cidade V neste horário e se o próximo já decolou.- Sim.Um pouco depois, Gabriel respondeu:- Chefe, acabou de decolar. O que faremos?- Me lembro de um empresário da Cidade B que tem um jatinho.Enquanto falava, ele ligava para algum empresário para pedir o avião emprestado.Uma fina camada de suor surgiu na testa de Cristina. Rafael perguntou com os olhos semicerrados:- Cristina, você está com calor?- Um pouco. Não estou muito acostumada com o clima da Cidade B. - ela respondeu com indiferença. Rafael olhou para Cristina por um tempo antes de desviar o olhar.Ninguém sabia que as costas de Cristina já e
Ele olhou firmemente para Gabriel, que estava de joelhos diante dele:- Por que você trocou os documentos? Você e aquele desgraçado do Mordomo Antônio estão juntos? Me diga, onde ela está?Onde ela está, é tudo o que ele queria saber neste momento!- Eu não sei onde ela está. Eu apenas tive um momento de fraqueza.- Basta! - o homem gritou.Ele esfregou as têmporas:- Tudo o que importa é saber onde ela está.Quanto a Gabriel, neste momento, Rafael estava totalmente indiferente:- Seu assunto, termina aqui. Você esteve comigo por alguns anos, mas agora você pode ir.- Chefe!Gabriel não podia acreditar:- Você pode me punir, de qualquer maneira! Mas, por favor, não me demita!- Michel, leve-o embora.Rafael esfregou as têmporas, exausto. Ele mal dormira nos últimos dias e não tinha mais energia para gastar com pessoas irrelevantes.- Chefe...- Gabriel. Não faça um escândalo agora!Michel se aproximou:- Não cause mais problemas para o chefe. Desde que a senhora partiu, o chefe tem est
Cinco dias haviam se passado!O homem no escritório exalava um ar gelado. Havia realmente um problema com Nuno. Michel estava seguindo Nuno secretamente e viu-o procurando o taxista que levou Jane para Cidade B naquele dia, e depois, nada mais aconteceu.O raciocínio de Nuno era igual ao dele.O homem soltou um sorriso irônico... Com a colaboração intencional ou não de todos naquela época, aquela mulher se tornou o "bode expiatório" inocente sob a luta de todos, e entrou naquela "gaiola de ferro".E agora, quem poderia imaginar que aquela mulher enganou a todos silenciosamente."Jane, bem feito." Ele sorriu amargamente.Houve uma batida na porta.- Entre.- Chefe, cheguei.Cristina tinha chegado.O ruído perto da cama, uma sombra negra envolveu sua visão, Cristina piscou levemente, sem se atrever a fazer um movimento brusco. Ela já sabia, que esta seria uma armadilha e hesitava em revelar a verdade.Mas no final, vendo seu passado na história de Jane. A história de Jane parecia ser sua
Era uma provocação indiscutível. Rafael, parado no degrau, olhava para o homem parado na entrada da porta, com um ar de zombaria no rosto. Por um longo tempo, ele não disse nada.O silêncio era estranho e pesado, quase como a calmaria antes da tempestade. Eduardo sentia um impulso de se afastar, mas seus pés estavam pesados como chumbo. Sua raiva crescia contra Xavier, que, como convidado, estava sendo extremamente rude. Mesmo depois de tantos anos como mordomo, Eduardo nunca tinha visto uma provocação tão direta e desafiadora.- Que piada! A família Gomes ainda existe. E quando chacoalha os pés, toda a cidade S estremece.Xavier riu ainda mais debochado:- Claro, claro, a família Gomes ainda é soberana. Não só apenas "quando chacoalha os pés", até mesmo um "espirro" pode abalar a cidade inteira de S.Xavier provocou com um sorriso:- Mas você, Rafael, nem mesmo consegue manter uma esposa! - Entre risos ele continuou. - Rafael, tão decisivo e eficiente, nem mesmo consegue manter sua es
Três anos depoisÀ beira da Lagoa de B, havia uma pequena pousada que não chamava muita atenção. Pode-se dizer que era uma pousada, mas na verdade era apenas uma pequena mansão de três andares, bem pequena se comparada com outras pousadas ao redor.Apesar de estar perto da Lagoa de B, a localização não era tão boa assim. A pousada mais próxima estava a centenas de metros de distância.Uma mulher vestida com largas roupas de linho e algodão, comuns na região, estava deitada sob a varanda do primeiro andar, numa velha cadeira de bambu, balançando para frente e para trás. Ao lado dela, numa pequena mesa quadrada, havia uma chaleira de café e uma xícara pela metade. De vez em quando, algumas aves aquáticas planavam sobre a superfície da Lagoa de B, buscando os pequenos camarões endêmicos da região.O céu azul parecia tão perto que ela sentia que poderia tocar as nuvens brancas e macias se esticasse a mão. Uma árvore caída à beira do lago havia sido parcialmente submersa depois que o nível
Cecília imediatamente se levantou do banquinho quadrado, pegou uma xícara de café, colocou em um pires e a entregou à mulher. Ao se levantar, os cabelos da mulher eram surpreendentemente longos, chegando à cintura. Presos de forma frouxa com um elástico de cabelo, ela estendeu a mão para pegar a xícara que Cecília lhe oferecia, levantou a tampa e deu um gole.- Cecília, pegue o contrato e me siga. - disse a mulher, levantando-se e caminhando em direção ao interior da casa com passos extremamente lentos.- Chefe, aqui está.Como um vendaval, Cecília correu até o balcão, pegou um envelope de papel pardo, correu até a mulher e a seguiu a passos ritmados. A mulher caminhava muito devagar, então Cecília a seguia no mesmo ritmo, passando pelo alpendre e subindo até o segundo andar. Um trajeto que levaria dois a três minutos para os outros, para elas levou mais que o dobro do tempo. A mulher andava devagar e Cecília não a apressava.Chegando ao segundo andar, já se podia ouvir uma discussão a