O som de leve movimento não era alto. O velho, desatento, acidentalmente derrubou um objeto de cristal da mesa, e seu coração quase pulou. Cuidadosamente, ele pegou o objeto, vendo que estava intacto, ele finalmente acalmou.Olhando cautelosamente na direção da porta, ele exalou lentamente um suspiro pesado.Sabendo que ninguém viria a esta hora, o velho não agiu com pressa ou pânico, mas meticulosamente apagou todos os vestígios de sua presença na sala.A pasta na mesa era idêntica à que ele segurava.Estas pastas são facilmente adquiríveis e não têm nenhuma característica especial, sendo as mais comuns.Mesmo assim, o velho abriu a pasta em suas mãos com desconfiança, retirou os documentos de dentro, depois retirou os documentos da pasta orginal na mesa e os trocou.- O que você está fazendo no escritório do chefe? - Uma voz inquisitiva soou atrás do velho, que estava trocando os documentos das pastas. Seu coração pulou!Instantaneamente, estava suado frio.Ele não se atreveu a olhar
- O senhor concordou? Eduardo sabia que não tinha o poder de decidir nesses casos, sua lealdade pertencia ao dono da casa. Jane tirou o celular da bolsa, enquanto discava, sorriu levemente para Eduardo e sussurrou:- Vou verificar. Ao ligar, ela conversou com a pessoa do outro lado da linha, querendo retornar à família Pereira e sugerindo:- Se você não se sente confortável, pode deixar a Cristina me acompanhar. Durante toda a conversa, Eduardo ficou respeitosamente de lado, mas sempre observando os movimentos de Jane. Ela desligou a ligação, de repente abriu a mão, expondo o celular em sua palma, onde o nome de Rafael aparecia no registro mais recente da chamada.- Eduardo, Rafael concordou, mas Cristina deve me acompanhar. Vou ligar para ela agora. Sujou minha roupa nesta manhã, não percebi, preciso subir e trocar. - Disse e deu as costas para subir as escadas. Enquanto caminhava, ela manteve Eduardo em seu campo de visão periférica. Não sabia se conseguiria enganar o novo mordom
O carro chegou à família Pereira, adentrando o grande portão de ferro. Jane saiu do veículo.- Cristina, você pode ir primeiro. Eu preciso ter uma boa conversa com a Rafaela.Cristina sorriu levemente, seu olhar caiu no rosto de Jane... Ela disse em tom leve:- Isso não pode acontecer. Deixá-la sozinha na família Pereira, eu não consigo explicar isso ao Presidente Gomes.Jane engoliu em seco:- Você...- Vou acompanhá-la.Cristina, ao fechar a porta do carro, caminhou tranquilamente até Jane, colocou o braço em torno do ombro dela e falou baixinho, de forma que apenas as duas podiam ouvir:- Fique tranquila. Afinal, sou subordinada de Rafael, eu posso lidar com qualquer situação. Sou de Rafael, eles não ousariam me prejudicar.Enquanto falava, ela ria e continuava a caminhar com o braço ao redor dos ombros de Jane.Rafaela já havia saído para recebê-las:- Jane, você veio. E Cristina também está aqui.- Onde estão as coisas? - Jane, sem perder tempo, perguntou assim que chegou na casa
No hospital, Sandro ainda não havia saído da sala de emergência, o que significava uma crise. O homem que estava parado na porta sentia uma estranha inquietação.Depois de um outro tremor na pálpebra direita, a sensação de inquietação se intensificava cada vez mais.Ele olhou de soslaio para a porta, e então perguntou ao mordomo de Sandro:- O que aconteceu para meu avô desmaiar?- Sr. Sandro apenas... - O mordomo repetia as mesmas palavras, e enquanto falava, a porta se abriu.Um médico saiu de dentro, e Rafael estendeu a mão para parar o médico.- O homem lá dentro é meu avô, qual é o estado dele agora?O médico de jaleco branco não esperava ser parado tão abruptamente e questionado.- Seu avô...- Nosso Sr. Sandro é o ex-presidente do Grupo Gomes, vocês precisam cuidar bem dele neste hospital. - Antes que o médico de jaleco branco pudesse terminar de falar, o mordomo que estava quieto ao lado interrompeu.O médico respondeu muito rápido, mudando imediatamente o que estava dizendo pa
Rafael não disse mais nem uma palavra, encerrou a ligação com Eduardo rapidamente e discou para o celular de Jane, que não atendia. Uma ruga acentuada se formou entre suas sobrancelhas e ele ligou para a Família Pereira. O telefone fixo dos Pereira não estava funcionando, então ele ligou para o celular de Lucas.Não demorou muito para a chamada ser atendida:- Presidente Gomes? - Lucas, Jane está aí com você? Rafael não queria perder tempo com conversas amigáveis com Lucas. Para ele, o mais importante no momento era confirmar a segurança de Jane.- Jane?Lucas perguntou surpreso:- Jane esteve aqui, mas acabou de sair. Rafael refletiu:- Quanto tempo atrás ela saiu? Quem estava com ela? - Ela acabou de sair há pouco tempo, deixe-me ver... Hmm, quase dez minutos atrás. A Cristina estava dirigindo o carro, ela levou Jane embora... Presidente Gomes, o que aconteceu? Alguma coisa aconteceu com Jane? - Lucas se levantou preocupado e pressionou Rafael do outro lado da linha.Ao ouvir iss
O mordomo da família Gomes, tinha um status muito mais alto do que o de um mordomo comum. Sempre serviu ao Sandro com toda a sua devoção, seguindo apenas as suas ordens. Naturalmente, era a pessoa de maior confiança ao lado de Sandro. No entanto, nem ele tinha ouvido falar dos planos de Sandro para "livrar-se" de Jane sob a desculpa de doença... Neste momento, ele estava perturbado, percebendo algo estranho.Mas neste momento, não podia revelar suas suspeitas ao Rafael que estava diante dele.- Sr. Rafael, servi ao Sandro toda a minha vida. Em teoria, se Sandro realmente planejou sequestrar a senhora Jane, fingindo uma doença, eu deveria saber.O mordomo falou com paciência e compreensão:- Sr. Rafael, eu juro para você, Sandro não fez nada para a senhora Jane por causa da doença desta vez.Rafael olhava silenciosamente para o mordomo que sempre servia Sandro. Este mesmo mordomo que o viu crescer desde a infância. Rafael não acreditava que ele estivesse mentindo neste momento.Será que
- Vagabunda! Você ainda sorri! Você ainda sorri! Você, uma assassina! Coração cruel de uma mulher desprezível!O grito de fúria se intensificou:- Se não fosse por você, por que minha Xaviana morreria tão jovem? Se não fosse por você, por que Xaviana teria sido estuprada por aqueles canalhas! É tudo culpa sua! Tudo culpa sua, mulher cruel e sem coração!Jane estava amarrada numa cadeira com uma perna quebrada, observando silenciosamente o velho que a insultava.- Xaviana era sua melhor amiga, ela te considerava a melhor amiga dela, e você! O que você fez! - O velho, despejando sua raiva, chacoalhava Jane, amarrada na cadeira, seus olhos velhos cheios de ódio.Jane deixava o velho desabafar, até que ele disse "Xaviana te considerava a melhor amiga"... Ela não aguentava mais.- Muitos anos atrás, eu também acreditava nisso. Xaviana era minha melhor amiga, e me considerava a melhor amiga dela.O velho olhou furioso para a mulher amarrada na cadeira, que começou a sorrir silenciosamente, s
A expressão de mordomo era extremamente sombria... Olhando fixamente para Jane, as palavras que foram ditas, eram difíceis de serem revogadas. Olhando para o rosto chocado de Jane, seu rosto enrugado tornou-se estranhamente sereno.Jane olhou atônita para o ancião à sua frente... Não conseguia entender, neste mundo, como poderia existir um pai capaz de sufocar sua própria filha até a morte com as próprias mãos, mesmo Lucas, em relação à sua própria vida e morte, Lucas nunca se atreveu a fazer uma coisa tão imoral.- Como você teve coragem, de fazer uma coisa dessas!Ela repreendeu... Mesmo que ela e Xaviana fossem inimigas irreconciliáveis, mas, esse crime de um pai matar a própria filha, era um crime tão chocante que ela não podia ficar indiferente ao ouvi-lo!- Por quê?Ela olhou para o mordomo e disse:- Por quê? Por que você faria uma coisa dessas? Você não tem medo do castigo divino?Ela não estava defendendo a justiça por Xaviana, mas sim porque não conseguia superar seu próprio