Como Rafael poderia não perceber o que até Cristina podia ver? Não era mais do que um jogo de autoengano. Uma vez que a farsa fosse desmascarada, o sonho acabava.- Perdido é perdido, Rafael.Bruno raramente falava com tanta seriedade sobre Jane com Rafael:- Você deveria desistir desse amor.A respiração do último tornou-se pesada, era visível que ele estava sofrendo, lutando.- Bruno, você sabe? - Bruno olhou para o homem à sua frente, tremendo ao levantar a xícara de café, dando um pequeno gole. Não sabia se ele realmente conseguia sentir o sabor do café, mas a visão dele assim, fez Bruno sentir uma grande angústia. Ele estava prestes a dizer algumas palavras de consolo, quando o homem à frente colocou a xícara de café de lado.- Depois de cada vez que fizemos amor, ela tomava a pílula anticoncepcional. Ela disse que eram vitaminas.Rafael deu um sorriso amargo.- O que ela não sabia é que, o que estava naquela garrafa, na verdade eram vitaminas.- Eu troquei as pílulas anticoncepci
AeroportoA aeronave pousou, desembarcando dois homens cansados da jornada, mas espetacularmente bonitos e de postura impecável. Não eram celebridades, mas onde quer que fossem, atraíam inúmeros olhares.- Rafael, eu disse para usarmos a entrada VIP.Bruno, resignado, acabava de lidar com um espião corporativo na Inglaterra, e tanto o Grupo Gomes quanto o Grupo Rodrigues alcançaram seus objetivos. Mal teve tempo para respirar e aquele Rafael já havia comprado passagens de volta.E lá estava ele, completamente exausto, enquanto o outro... Parecia estar cheio de energia.Comparação injusta.- Ande mais devagar.Bruno estava realmente cansado. Sua boa educação e hábitos de longo prazo o faziam manter a elegância e a postura mesmo em público quando estava cansado. Mas tudo isso, comparado a Rafael na frente dele, parecia pálido.Bruno não entendia, eram ambos humanos, com dois olhos, um nariz e uma boca. Não eram nem mais nem menos, e nas últimas dezenas de horas, ambos comeram e dormira
O silêncio pode ser mais amedrontador do que uma explosão de ruídos.- Solta...! - As palavras que não conseguiram ser ditas, foram completamente engolidas, sem necessidade de serem expressas.Ele, como um homem possuído, jogou-a na cama, como se apenas segurando-a apertada, pudesse sentir a temperatura desta mulher, pudesse sentir através dessa temperatura que ela ainda estava ao seu lado, que ela não havia ido embora.Ela não olhou para ele, olhou apenas para o teto, perdida em pensamentos, não querendo ver ele.O homem sobre ela se moveu, apoiando-se em seus braços, levantou-se, visivelmente, ela sentiu seu corpo ficar mais leve, assim como a cama embaixo dela. Ele desceu da cama, um homem normalmente tão formal, esqueceu até mesmo seus sapatos, descalço, caminhou até a penteadeira, abriu a gaveta, pegou um frasco de remédios.Caminhou rapidamente até o lado da cama, estendendo o braço:- Não vai tomar o remédio?- Você... - Ela ficou em pânico por um instante.Ele imediatamente sol
Havia três coisas que precisavam ser feitas!Primeiro, descobrir a verdade por trás dos eventos daquele ano.Segundo, eles precisavam de uma criança.Terceiro, descobrir quem na rígida mansão tinha a oportunidade e o motivo para preparar um frasco inteiro de "comprimidos vitamínicos" para ela.A resposta parecia estar bem à vista.- Você pode ir.Diante de Rafael, estava um homem mais velho, distinto. Comparado a outros homens da mesma idade, este homem se preocupava mais com suas roupas e comportamento. Essa era a maneira que todos na família aprendiam, ao serem expostos aos modos do chefe da casa.O homem mais velho franziu a testa:- Senhor, a família Gomes não é apenas minha empregadora, mas também a base de nossa família há gerações. Pode-se dizer que as pessoas da família Gomes são nossas benfeitoras. Se o mestre ordenar, só posso concordar. Mas antes de eu partir, o senhor poderia me dizer por que quer que eu deixe a mansão?Rafael não mencionou isso, então ele não estava tão i
Quando Sandro desmaiou por conta de um derrame, Rafael desconfiou? Naturalmente, houve um momento de dúvida. No entanto, considerando o histórico médico de Sandro, a possibilidade dele ter desmaiado devido a um derrame parecia bastante plausível.- Acelere! - Urgiu o homem no banco de trás do carro.Suor brotava na testa de Michel, toda a sua concentração estava na tarefa de dirigir. O som de um freio.- Chefe, chegamos.Antes que Michel terminasse de falar, o homem no banco de trás já estava saindo do carro.A mensagem do mordomo fiel de Sandro chegou, Rafael deu uma olhada e, com passos rápidos como o vento, virou-se e apressou-se em direção à sala de emergência.- Sr. Rafael, você finalmente chegou.Uma multidão aguardava em frente à sala de emergência. Rafael lançou um olhar rápido e focou no velho mordomo da família Gomes:- Como está meu avô?Este mordomo, assim como o mordomo, Sr. Antônio, tinha servido à família Gomes por gerações. A razão pela qual ele foi escolhido para geren
O som de leve movimento não era alto. O velho, desatento, acidentalmente derrubou um objeto de cristal da mesa, e seu coração quase pulou. Cuidadosamente, ele pegou o objeto, vendo que estava intacto, ele finalmente acalmou.Olhando cautelosamente na direção da porta, ele exalou lentamente um suspiro pesado.Sabendo que ninguém viria a esta hora, o velho não agiu com pressa ou pânico, mas meticulosamente apagou todos os vestígios de sua presença na sala.A pasta na mesa era idêntica à que ele segurava.Estas pastas são facilmente adquiríveis e não têm nenhuma característica especial, sendo as mais comuns.Mesmo assim, o velho abriu a pasta em suas mãos com desconfiança, retirou os documentos de dentro, depois retirou os documentos da pasta orginal na mesa e os trocou.- O que você está fazendo no escritório do chefe? - Uma voz inquisitiva soou atrás do velho, que estava trocando os documentos das pastas. Seu coração pulou!Instantaneamente, estava suado frio.Ele não se atreveu a olhar
- O senhor concordou? Eduardo sabia que não tinha o poder de decidir nesses casos, sua lealdade pertencia ao dono da casa. Jane tirou o celular da bolsa, enquanto discava, sorriu levemente para Eduardo e sussurrou:- Vou verificar. Ao ligar, ela conversou com a pessoa do outro lado da linha, querendo retornar à família Pereira e sugerindo:- Se você não se sente confortável, pode deixar a Cristina me acompanhar. Durante toda a conversa, Eduardo ficou respeitosamente de lado, mas sempre observando os movimentos de Jane. Ela desligou a ligação, de repente abriu a mão, expondo o celular em sua palma, onde o nome de Rafael aparecia no registro mais recente da chamada.- Eduardo, Rafael concordou, mas Cristina deve me acompanhar. Vou ligar para ela agora. Sujou minha roupa nesta manhã, não percebi, preciso subir e trocar. - Disse e deu as costas para subir as escadas. Enquanto caminhava, ela manteve Eduardo em seu campo de visão periférica. Não sabia se conseguiria enganar o novo mordom
O carro chegou à família Pereira, adentrando o grande portão de ferro. Jane saiu do veículo.- Cristina, você pode ir primeiro. Eu preciso ter uma boa conversa com a Rafaela.Cristina sorriu levemente, seu olhar caiu no rosto de Jane... Ela disse em tom leve:- Isso não pode acontecer. Deixá-la sozinha na família Pereira, eu não consigo explicar isso ao Presidente Gomes.Jane engoliu em seco:- Você...- Vou acompanhá-la.Cristina, ao fechar a porta do carro, caminhou tranquilamente até Jane, colocou o braço em torno do ombro dela e falou baixinho, de forma que apenas as duas podiam ouvir:- Fique tranquila. Afinal, sou subordinada de Rafael, eu posso lidar com qualquer situação. Sou de Rafael, eles não ousariam me prejudicar.Enquanto falava, ela ria e continuava a caminhar com o braço ao redor dos ombros de Jane.Rafaela já havia saído para recebê-las:- Jane, você veio. E Cristina também está aqui.- Onde estão as coisas? - Jane, sem perder tempo, perguntou assim que chegou na casa