Edifício do Grupo GomesUm Bentley preto parou suavemente, e do carro, uma longa perna saiu primeiro. Em seguida, Rafael desceu elegantemente e contornou para o lado do passageiro, abrindo a porta.Rafael olhou, de olhos semicerrados, para a mulher silenciosa dentro do carro, não apressou-a, apenas esperou que ela fizesse sua própria escolha.Até aquele momento, Jane ainda não entendia por que tinha cedido a ele, por que tinha trocado pela roupa que ele havia preparado para ela, por que tinha seguido as ordens dele.Um sentimento de auto aversão escalou seu coração, odiando sua impotência, odiando sua incapacidade de resistir!Chegou a hora do trabalho, e os funcionários do Grupo Gomes começaram a chegar. Jane não conseguia suportar os olhares curiosos e ardentes. Forçou-se a sair do carro.Assim que desceu, a curiosidade ardente daqueles que entravam e saíam do Edifício do Grupo Gomes aumentou. Quase neuroticamente, ela baixou a cabeça e a enterrou no peito, preferindo não deixar ning
- O que você realmente quer!Jane apertou os punhos com força, o que mais ele poderia querer dela?- Presidente Gomes, olhe bem! Olhe bem para mim! O que mais você poderia querer de mim que justificasse tal esforço?- Fale! Se você disser, eu lhe darei tudo!Ele havia entrado inexplicavelmente em sua vida novamente.- Presidente Gomes! Eu não sou mais a mesma Jane! Você precisa entender isso! Eu simplesmente não consigo entender por que alguém poderoso e respeitado como você iria se dar ao trabalho de me perseguir. O que você viu em mim?Desde ontem, quando Clara a puxou para o carro, levou-a para aquela festa patética, onde ela viu uma pessoa que não deveria estar lá, Xavier!O dano que Xavier havia causado a ela ainda não havia cicatrizado, e seu próprio irmão a feriu pela segunda vez!E depois? Depois daquilo, esse homem apareceu diante dela de maneira inexplicável. Ela não entendeu suas ações e não quis entender.Mesmo se ele a considerasse um animal, um objeto... Ela precisava de
- De agora em diante, você vai morar aqui.Rafael levou Jane para o 28º andar do Clube Internacional do Imperador e disse:- Eu já desisti do seu trabalho aqui, depois de se juntar ao Grupo Gomes, você ficará comigo.- Eu estava indo bem no meu trabalho!Ela o encarou com raiva, por que ele tinha o direito de decidir por ela?- Sério? Você gosta do trabalho onde tem que sorrir para todo mundo? Jane, mesmo que você esteja disposta a fazer isso, eu não quero que continue.Jane quis rir ... Por que tão tarde? Quem a enviou para o departamento de relações públicas no início?De fato ... Ridículo!- Presidente Gomes, você não disse isso no início? Foi você quem me transferiu para o departamento de relações públicas, você se esqueceu? Jane perguntou com os dentes cerrados:- Você me fez fazer isso no começo, então por que não quer que eu faça isso agora?Rafael lançou um olhar complexo a Jane:- Você quer saber?Jane não falou, Rafael disse calmamente:- Você descobrirá no futuro.- Mas eu n
- Você acabou de dizer que a Srta. Jane está me chamando em sonho? Se ele não entendeu errado, Mathy se referia a ele, certo? Matheus estava com uma expressão bastante peculiar... Seria seu charme tão irresistível? Além do dia em que Xavier levou Jane para um encontro, ele e Jane haviam se encontrado apenas uma vez.- Rafael, ela realmente chamou 'Mathy'? - A curiosidade superou qualquer outro pensamento, Matheus estava extremamente curioso.Antes que pudesse terminar de falar, a pessoa do outro lado da linha encerrou a chamada.- Rafael, você ainda não respondeu à minha pergunta! Mas do outro lado da linha, Rafael já havia desligado.Não era a primeira vez que ele ouvia o nome Mathy em meio ao sonambulismo de Jane. Se não era Matheus... então, quem seria?Com o dedo curvado, ele batucou na mesa da sala de reuniões, parando abruptamente para fazer uma ligação para Gabriel.- Verifique se há alguém chamado 'Mathy' na prisão.Obviamente, Rafael não poderia confirmar completamente se h
Enquanto Jane estava atônita, Rafael estendeu a mão e passou pelos seus cabelos.- Tudo bem, vou pedir comida.Até a comida chegar, Jane ainda estava um pouco atordoada... ela olhou cuidadosamente para Rafael, que estava parado em frente à janela. Esta foi a primeira vez que ela viu Rafael fazendo concessões.Durante a refeição, Rafael insistiu para que Jane comesse mais.- Por que não está tomando sopa? Não está boa?Desde o início, ela não havia tomado sequer um gole de sopa.Ele então decidiu servir uma tigela para ela, colocando-a na frente dela.Mas Jane hesitava, sem vontade de beber.Pressionada, ela relutantemente pegou a tigela e, com a colher, começou a tomar a sopa em pequenos goles.No entanto...Os olhos de Rafael oscilavam entre ela e a tigela em suas mãos. Observando por mais tempo, ele entendeu a situação, rapidamente pegou a tigela das mãos dela, tomou a colher e, com alguns movimentos, tirou os pedaços de cebolinha da sopa. Ele devolveu a tigela para Jane em silêncio.
Após sair da prisão, foi a primeira vez que Jane ouviu sobre a "Fundação Só Amor" de outra pessoa, ela fez questão de não perguntar sobre isso depois de ser libertada.- "Fundação Só Amor"... já não tem mais nada a ver comigo, meu pai... e os outros membros da família Pereira, eles vão cuidar disso, valorizá-la.Afinal, a Fundação Só Amor não era apenas fruto do seu trabalho, mas também a vida de seu avô. Não tinha sentido que os outros membros da família Pereira não valorizassem e cuidassem dela.Ela achou natural pensar sobre isso, quando o homem à sua frente de repente riu suavemente:- Jane, se não tivesse realmente visto a 'Fundação Só Amor' crescer em suas mãos, quase acharia que você é muito ingênua, Jane, você pensa demais na família Pereira.Ao ouvir, Jane sentiu uma pontada de desconforto no coração, uma sensação ruim surgiu:- O que o Presidente Gomes quer dizer?- O jantar desta noite, em sentido estrito, é um leilão. E os anfitriões são a família Pereira, o local também é
O carro parou em frente à mansão dos Pereira.Quando eles chegaram, o portão da casa já estava cercado por carros de luxo estacionados lado a lado.Naquele momento, Jane estava parada na entrada do grandioso portão de ferro dos Pereira, hesitante.- Tem medo? Ao seu lado, a voz suave do homem ressoou, calmamente:- Se está com medo, podemos voltar agora.- Não! Quase imediatamente, ela recusou por reflexo, respirou fundo e levantou o pé para atravessar o portão de ferro.- Você pretende entrar assim? - A voz magnética perguntou novamente.Jane estava um pouco confusa:- Como assim?Ele estendeu a mão, endireitou a curva de suas costas, levantou o queixo.- Jane, se estiver com medo, é melhor não entrarmos. Mas se entrar aqui hoje, você não estará representando apenas a si mesma. Não se esqueça que, neste momento, você é minha acompanhante, Jane.Jane já vira este homem ser frio e indiferente, vira sua atitude ainda mais fria que o gelo, mas raramente o vira ser tão sério, tão solene,
- Sra. Rafaela, para onde você quer que eu volte?Com uma dor infinita escondida em seu coração, Jane olhou vagamente para a mãe que a gerou e criou.Um chamado "Sra. Rafaela" esclareceu todos os laços familiares entre elas.Uma dificuldade quase imperceptível passou pelo rosto de Sra. Rafaela, mas em um piscar de olhos, desapareceu. Ela apenas apertou a mão de Jane e tentou arrastá-la em direção à porta da grande família Pereira.- Jane, pare com isso, estou te implorando, por favor, não cause confusão aqui hoje, vá embora, tudo bem?Como um raio, Jane estremeceu violentamente. A dor de um coração dilacerado voltou lentamente, seus olhos olhando para a mulher de meia-idade à sua frente.A Sra. Rafaela diante dela tinha uma pele delicada e lisa, cuidada por caros produtos de beleza, e mesmo ao redor dos olhos, apenas uma ruga aparecia ao sorrir. Ela vestia um vestido que valia dezenas de milhares de reais, os acessórios em seu corpo eram de uma edição limitada recém-lançada por uma mar