A mão de Xavier pendendo ao lado do corpo se fechou em um apertado punho. Ele queria escolher acreditar nela, mas... tantas pessoas estavam dizendo que ela era culpada. Rafael disse que ela era culpada. Podia até ser uma injustiça, mas se até seus próprios parentes, seus pais, e seu irmão mais velho estão dizendo que ela era culpada... Xavier queria acreditar, mas ele não conseguia!Ele não podia perdoar a traição dela! Não conseguia aceitar que ele estivesse apaixonado por uma mulher tão cruel e maldosa!Mas Xavier esqueceu uma coisa. Jane precisava do perdão dele? Ele não tinha o direito de escolher perdoar ou não perdoar!Jane nunca fez nada para machucá-lo!Xavier esqueceu tudo isso. Naquele momento, ele estava furioso além das palavras. Seu orgulho e arrogância o impediam de aceitar que a primeira mulher por quem ele se entregou de coração em sua vida era uma mulher desprezível e desonrada!- Jane.Xavier ergueu o queixo:- Eu, Xavier, sou o herdeiro da família Henrique. Com um es
Cristina tinha uma expressão igualmente complicada no rosto, ela só estava cansada desse tipo de festa, procurando um lugar para se esconder, não esperava ouvir e ver esse grande segredo surpreendente. Por egoísmo... Ela não correu imediatamente para proteger Jane, e também por causa do choque das palavras de Clara sobre a origem e o passado de Jane, Cristina hesitou e não correu de imediato.Cristina se agachou para pegar o cheque do chão e o colocou na frente de Cain:- Eu te conheço, Cain.Ela riu suavemente, e retornou sua visão ao cheque:- Este cheque de meio milhão, naquela noite, era tudo para aquela idiota, era a vida dela. Mas agora, para aquela idiota, não vale mais nada.Depois de dizer isso, ela soltou o cheque entre os dedos e ele caiu flutuando no chão. Cristina levantou o pé e apressadamente caminhou para fora da porta.Cain, surpreso, chamou por trás dela:- Espere um momento! Por que naquela noite, este cheque era tudo para ela, e agora, não vale nada? Meio milhão ain
O ronco de carros se acumulou novamente atrás dele. Gabriel, Michel e os outros, seis carros em uma fileira, pararam na entrada do salão de festas. O homem caminhou em passos largos, parou na frente de Gabriel e, de repente, desferiu um tapa forte.- Onde ela está? - uma voz fria ecoou.Gabriel estava confuso:- Chefe, quem?- Jane, a pessoa que eu pedi para você cuidar!Um olhar frio e sombrio caiu sobre Gabriel. Quando Gabriel ouviu o nome de Jane, seu coração congelou e seu rosto empalideceu instantaneamente: - Chefe, eu...- Você não cumpriu minhas ordens corretamente, não deu importância a Jane, não enviou ninguém para vigiá-la hoje! É verdade, não é?- Chefe...O suor frio corria pela testa de Gabriel, ele realmente não havia dado importância à Jane, o que havia de bom nela? Ela matou Xaviana e insultou as pessoas que ela matou.No rosto bonito de Rafael, havia um ar gelado, ele apontou para o nariz de Gabriel:- Eu não tenho tempo para lidar com você agora.Depois de dizer aqui
Jane sentiu repugnância pela palavra "punição"."Presidente Gomes está sempre pronto para punir. E se hoje eu decidir desobedecer? Como Presidente Gomes vai me punir? Não tive castigos suficientes já?" Pensou Jane, totalmente exasperada.- Se o Presidente Gomes quiser me punir, sinta-se à vontade - ela finalmente desistiu e cedeu, pronta para qualquer punição. Ela não se importava mais.E daí? O que poderia acontecer?O olhar de Rafael, que estava ao volante, tornou-se ainda mais profundo. Ele se virou para ela e, com uma voz profunda, disse:- Tudo bem, se você quer saber, eu vou te mostrar.Dizendo isso, estendeu o braço, a puxou pela nuca, levando-a para si. Com a outra mão, esfregou com força nos lábios de Jane. A voz de Rafael ecoou no silêncio do carro:- Você sabe? Eu detesto esses seus lábios, que foram tocados por outro homem.Seu polegar continuou a acariciar os lábios de Jane, até que, de repente, ele se inclinou e.... Mordeu!Sim, mordeu!A dor da mordida fez Jane gemer e i
- Somos todos iguais! Somos todos orgulhosos, temos todos um espírito tão elevado. Desde crianças, somos o centro das atenções, Rafael! Como podemos, eu e você, tão orgulhosamente superiores, aceitar que a primeira mulher que amamos é aquela que todos desprezam, aquela que nem mesmo nós, podemos aceitar! Você ama Jane, Rafael, não negue. Se não estivesse apaixonado por ela, com seu caráter mais frio que o clima da Antártica, você viria até aqui no meio da noite só para me dar uma boa surra? Rafael, você claramente tem sentimentos por ela. Mas, Rafael, você consegue aceitar? Você ousa admitir em voz alta que a ama? Você não pode!Xavier cai em gargalhadas novamente, olhando para o homem não muito longe:- Rafael, como você pode exigir que eu faça algo que nem mesmo você consegue! Eu sou o herdeiro da família Henrique! Com um estalar de dedos, posso ter qualquer mulher! Eu não a amo, eu não admito que tenha sentimentos por ela! – Ele ria de maneira presunçosa.A risada era arrogante, mas
A água quente do chuveiro escorria sobre a cabeça dela, os olhos fechados, deixando seus pensamentos voarem... ela não tinha ideia de qual caminho seguir no futuro. Se ela desistisse, seria simples. Ela, uma pessoa inútil, não era amada pelo pai ou pela mãe, a morte seria uma solução simples... mas, não era isso que ela queria! Enquanto Mathy ainda lhe devia, ela não tinha razão para desistir. Quanto a esse homem... Jane estava irritada. Até quando ela teria que aguentar essa farsa?Não, ela não podia mais esperar. Inicialmente, ela esperava que ele logo deixasse de gostar dela, para que pudesse libertá-la, e ela não precisaria correr o risco de ofendê-lo. Quanto ao dinheiro... de qualquer forma, ela precisava encontrar uma maneira de sair do campo de visão dele.Em frente ao espelho, olhando para si mesma repetidas vezes, Jane, depois do banho, vestiu as roupas que usava antes. Ela demorou no banheiro por um bom tempo.Ela não tinha certeza de quanto tempo havia passado, mas sentia
Quando seu olhar pousou no cartão magnético, os ombros de Jane tremeram involuntariamente... Ele havia adivinhado suas intenções! Rafael, com o cabelo úmido grudado na testa, pingando água, começou a andar em direção a Jane. Sem ter para onde recuar, ela engoliu em seco, sua tensão era palpável.- Presidente Gomes, eu errei! Peço desculpas!Naquele momento, um brilho quase imperceptível passou por seus olhos, enquanto ela se preparava para se ajoelhar diante do homem que se aproximava. Uma mão veio de repente, segurando firmemente seu braço. Jane olhou para cima e viu o rosto à sua frente, sorrindo e olhando para ela:- Presidente Gomes... Eu... peço desculpas, eu... eu sei que errei.- Ah? Você sabe que errou?O homem perguntou com um sorriso meio irônico.- O que você sabe, onde errou?O que Rafael queria dizer com isso? Jane estava confusa.- Eu não deveria ter desobedecido o Presidente Gomes...Quando ela falou aquelas palavras, não imaginava que o desgosto imperceptível em seus ol
Edifício do Grupo GomesUm Bentley preto parou suavemente, e do carro, uma longa perna saiu primeiro. Em seguida, Rafael desceu elegantemente e contornou para o lado do passageiro, abrindo a porta.Rafael olhou, de olhos semicerrados, para a mulher silenciosa dentro do carro, não apressou-a, apenas esperou que ela fizesse sua própria escolha.Até aquele momento, Jane ainda não entendia por que tinha cedido a ele, por que tinha trocado pela roupa que ele havia preparado para ela, por que tinha seguido as ordens dele.Um sentimento de auto aversão escalou seu coração, odiando sua impotência, odiando sua incapacidade de resistir!Chegou a hora do trabalho, e os funcionários do Grupo Gomes começaram a chegar. Jane não conseguia suportar os olhares curiosos e ardentes. Forçou-se a sair do carro.Assim que desceu, a curiosidade ardente daqueles que entravam e saíam do Edifício do Grupo Gomes aumentou. Quase neuroticamente, ela baixou a cabeça e a enterrou no peito, preferindo não deixar ning