CAPÍTULO 2

Falo para ele onde fica o meu carro, ele me pega no colo e em questão de segundos ele me coloca dentro do meu carro e liga o motor misteriosamente, eu fico espantada me perguntando. "Como ele conseguiu ligar o motor do meu carro se eu tentei de tudo e não consegui?". Ele me pede para que eu tenha mais cuidado na próxima vez.

— Quem é você? — Pergunto para ele, o meu anjo protetor que salvou a minha vida.

— E me chamo Miguel, já disse:

— Eu sei, mas como conseguiu vencer aqueles homens?

— Você está fazendo perguntas demais, e além disso eles não são homens!

— Como assim não são homens?

— Eu acho que falei demais, adeus gatinha, vá embora antes que apareça mais encrenca. — E misteriosamente meu carro saiu em alta velocidade. Sem eu ao menos tocar no volante ou acelerador. O mais estranho é como se alguém estivesse no volante no meu lugar. Eu acho que estou ficando louca sem entender nada o que está acontecendo. O homem que me salvou desapareceu da minha presença num piscar de olhos. Em questão de minutos estou em casa e meu carro entra na garagem na maior normalidade sem eu precisar guiar.

Quando tento desligar o carro ele já está desligado e abre a porta sem eu precisar tocar na porta do meu carro.

E como vou explicar para minha família tudo o que aconteceu? Com certeza vão me chamar de louca varrida que estou vendo coisas. Ainda mais que a minha família é ateu que não acredita em coisas sobrenaturais ou paranormais.

Desço do carro e vou diretamente para dentro de casa olhando para trás com medo que eu ainda esteja sendo perseguida por alguém. Essa noite vai ficar marcada para sempre na minha mente.

Meu psicológico foi atingido violentamente, porque é algo fora do comum, porque se eu falar para alguém ninguém vai acreditar no que eu presenciei é igual cenas de filme de terror. Até eu que não acredito em algo sobrenatural acabei de acreditar. Embora ainda não esteja claro quem eram aqueles homens que segundo o homem misterioso que me salvou disse que não eram homens? Não consigo entender o que ele quis dizer com aquilo. "E quem disse que eles são homens?".

Essa frase não sai da minha cabeça, meus pais nem me perguntaram porque cheguei atrasada em casa, isso me deixou cismada porque eu nunca fui de chegar atrasada em casa do colégio. Ainda mais a noite. Aquele homem não saí da minha cabeça da maneira como ele venceu aqueles homens destruindo com facilidade usando a força do seu punho jogando eles longe só não sei quantos eram, mas quanto mais ele lutava mais homens estranhos apareciam e não eram homens. Agora estou aos poucos me lembrando que eles eram uma tribo talvez até canibais pela forma que eles me pegaram e ficavam cheirando o meu corpo todo e me lambendo. Há que nojo! Só de me lembrar que me embrulha o estômago.

Essa noite vai ser a mais longa da minha vida. Pensando em tudo o que aconteceu comigo. Uma experiência desagradável como aquelas só existem em lendas urbanas. É claro que a violência nas grandes cidades está presente na vida das pessoas todos os dias nas grandes metrópoles, mas não como a que eu vivi hoje na saída do colégio onde eu estudo.

Não entendo porque meu pai resolveu sair da cidade e morar num sítio longe da cidade grande, onde agora tudo que eu faço tenho que sair de carro até a cidade, meu pai não gosta muito de morar na cidade grande. Ele sempre falou para mim e para minha mãe que a cidade grande é o centro nervoso do mundo que deixa as pessoas neuróticas e estressadas.

Nunca duvidei disso, adoro curtir a natureza quando vou de carro pela cidade, mas agora não sei como será a minha vida após essa experiência desagradável que eu vivi hoje com aqueles monstros querendo me estuprar e sei lá mais o que eles pretendiam fazer. A única experiência agradável que aconteceu foi a presença daquele Deus grego que não me sai da minha cabeça.

Aquela força bruta de jogar aqueles monstros no meio da mata acima das árvores centenárias como se jogasse um boneco de pano, foi de arrepiar? Até agora estou tentando colocar as minhas ideias no lugar tentando me acalmar e entender se de fato aconteceu, ou tudo não passou de um sonho?

Infelizmente não é um sonho, e sim é real! E como vou conviver com isso que aconteceu se não posso dividir com ninguém. Nem com a minha família e muito menos com meus amigos que são ateus por natureza? Se eu contar vou parecer uma louca diante deles?

E o que não consigo esquecer aquele homem que me salvou? O nome dele é Miguel. Acho que já ouvi falar a respeito só não sei a onde?

Quem poderia ser? Um anjo ou vampiro? Vampiro não era! Se assim fosse estaria de preto e não foi isso que eu a vi. Tudo é um mistério para mim vendo que terei que ocultar essa história para não sofrer preconceito das pessoas que podem me chamar de louca, e louca eu não sou.

Disso eu tenho certeza. Essa noite vai ser longa pensando no que aconteceu comigo. O medo que eu senti vendo a morte de perto e se salva por um Deus grego que não sei explicar o que estou sentindo por ele? Horas e grata por ter me salvado, outra tentando desvendar o mistério de onde ele surgiu? Será que ele é humano?

Ou um ser de outro mundo?

Quem sabe um anjo ou vampiro? E ele falando fazendo insinuações de que aqueles homens não eram humanos. E se não são humanos, o que eles são?

São essas perguntas que ficam martelando a minha mente e tirando o sono. Nem sei se vou conseguir dormir essa noite pensando nisso. E amanhã vou ter que ir ao colégio de novo.

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