Capítulo 5

Trinta minutos depois estamos abrindo passagem em meio a uma multidão de corpos suados e com cheiro de bebidas. Por fim encontramos um lugar com um pouco de espaço.

—Vou até o bar, o que você quer beber? — Christopher me pergunta.

—O mesmo que você. Ele assente e volta ao mar de corpos ali na frente.

Enquanto ele se afasta o observo, seu cabelo despenteado cai em pequenos fios em frente aos seus olhos, sua calça jeans escura um pouco folgada me permite ter um pequeno vislumbre de sua cueca branca, a sua camisa social marca seus ombros levemente. Suspiro.

—Oi, gata. —Um cara alto e careca me arranca dos meus pensamentos.—Está sozinha? Posso te fazer companhia?

Ele não espera ouvir a minha resposta e me puxa pela cintura, tento empurrar seu peito, mas é inútil. Sinto mãos firmes em meus braços e sou puxada para trás, trombo levemente com algo ou alguém atrás de mim

—Não, ela não está sozinha.—Christopher fala de forma rude e sinto suas mãos apertarem a minha cintura.

Eles se encaram por um tempo até que o careca sorri de forma debochada. —É o que você diz.

—Ele já disse, eu não estou sozinha. —Digo e tenho total atenção dos dois homens a minha frente.

Antes que o careca pudesse retrucar, viro de costas e puxo o Christopher comigo, não tenho mais paciência e nem vontade de continuar com essa cena.

—Que merda, hein? —Ele se encosta na parede vazia e fico em sua frente

—O quê? —Ele se faz de desentendido.

—Essa disputa de testosterona ajuda a inflar o ego de vocês? Faz bem para a autoestima?—Reviro os olhos.

—Eu apenas te ajudei, Colins. Deveria me agradecer.

—Me ajudar? Eu acho que consigo me cuidar sozinha, Holt. Eu já sou bem grandinha.

—Grandinha? —Ele me olha de cima a baixo —Pelo amor de Deus! Eu devo ter uns 15 centímetros a mais que você. —Diz rindo.

—Não disse em altura, seu idiota. —Digo e dou um peteleco em sua testa.

—Ai, Colins!—Ele massageia o espaço entre a sobrancelha. —Não importa. Eu te convidei para sair e eu tomo conta de você.—Fala por fim.— Aqui, sua bebida. -Me entrega o copo com o líquido dourado e uma pedra de gelo grande, parece ser whisky.

—Não vai me agradecer? —Ele insiste em perguntar.

—Ah, Holt! Tenha a santa paciência ou vai se foder, decida o que é melhor para você e não encha o meu saco. —Bufo.

—Ao invés de você mandar eu me foder, por que não me convida para foder você? —Ele passa a sua mão livre pelos meus lábios.

—Eu não acho que você consiga me satisfazer —Ele suspira e me puxa para sí.

—Ah, Colins.. No elevador você iria gozar com os meus dedos, imagina o que eu consigo fazer com o meu pau. —Ele umidece os lábios e eu passo os dedos entre a sua nuca e seus cabelos.

—Eu pagaria pra ver. —Chego mais perto e passo a língua sobre o seus lábios recém umidecidos e mordisco em seguida, ele deixa escapar um pequeno gemido e sinto a sua ereção crescendo contra minha barriga.—Mas eu não estou nem um pouco interessada.

Saio de seu aperto e vejo um misto de frustração e surpresa em seu rosto. Eu daria pulinhos de alegria agora se eu não estivesse tentando provoca-lo.

—Mulher do inferno! Você não pode fazer isso e depois me deixar assim. —Ele aponta para o volume em sua calça —Isso é desumano! —Sorrio e mudo de assunto.

—Onde você mora?

—Moro aqui em Seattle mesmo.

—E está hospedado em um hotel? —Franzo o cenho

—Reformas. —Ele encolhe os ombros, como se pedisse desculpas.

—Entendo. —Assinto.—Então, idade?

—Carol, isso por acaso é algum interrogatório? Eu vim para me divertir e não para responder uma série de perguntas. —Ele faz um biquinho.

—Bem, idade? —Ignoro o que ele diz e ele bufa.

—29, satisfeita? —Ele toma um gole de sua bebida —E você?

—22. E muito. O que você faz?

—Eu trabalho no escritório junto com o meu padrasto. Advocacia. —Ele fala como se fosse óbvio.

—Agora faz sentido a sua arrogância. —Ele sorri

—Bom, chega de conversa. Vamos ao que interessa. —Ele me puxa e começamos a dançar.

A noite correu muito bem, entre vários coquetéis, conversas, danças e até alguns amassos. Já na de ir embora, eu estava em melhores condições que o Christopher.

—Acho que você não deveria dirigir, você está bem alterado —Penso um pouco e vejo que onde eu moro é apenas a alguns quarteirões daqui.

—Eu estou completamente bem. Obrigada pela preocupação, senhorita Colins.—Sua voz está arrastada. Definitivamente, ele não está bem para dirigir.

—Sabe o que eu acho? —Ele nega, ainda rindo. —Eu acho que você é incrivelmente burro; sai com uma garota que você nem conhece e acaba ficando bêbado.

—O que você poderia fazer?

—Bem, eu poderia te roubar e te deixar em um lugar qualquer.

—Carol, eu sei o seu endereço e onde você trabalha, eu iria atrás de você.

—Eu não tinha pensado por esse lado.—Digo percebendo que ele estava certo. —Então eu poderia te sequestrar, pedir um resgate milionário e quando estivesse com o dinheiro na mão, eu poderia te matar.

—Não iria se aproveitar da minha fragilidade, enquanto eu estivesse em seu poder? —Ele olha pra mim.

—Eu poderia te torturar, que tal?

—Tortura sexual? Eu iria gostar.—Ele alisa seu queixo como se estivesse pensando sobre o assunto.

—Você é um tarado! —Digo em tom acusatório, rindo.

—Eu não diria tarado.

—Diria o que, então?

—Que eu só sou um cara louco pra transar com uma garota que passou a noite toda me provocando!

—Acho que ela fez bem em te provocar. —Digo em tom baixo.

Paro quando percebo que já estamos em frente ao meu prédio, decido que não vou deixá-lo assim.

—Venha, suba comigo. Não vou te deixar assim. —Vejo um brilho perverso em seus olhos e ele parece se acender. —Holt, não é nada disso que você está pensando. Eu só não vou te largar sozinho na rua, a essa hora e bêbado.

—Preocupada comigo?

—Não. Eu só não quero ser a primeira pessoa a ser procurada pela polícia por ser a última pessoa a estar com você, vivo.—Ele faz beicinho.

Entramos no meu prédio, e não demora muito até a chegada do elevador. Entro em casa e vou em busca das meninas, felizmente elas não estão em casa.

—Você. —Aponto para ele. —Seu lugar é o sofá.

—Eu prefiro dividir a cama com você, Colins.

—Sofá, chão, ou a rua. Você quem escolhe. —Ele pragueja baixinho.

—Você ainda vai se fazer de durona? Isso é só para me provocar—Assinto—Eu fico com o sofá, sua demonia. -Ele resmunga.

—Ótimo, vou pegar alguns lençóis para você. —Sigo para o meu quarto, pego alguns lençóis e um travesseiro que estava em minha cama, volto para a sala e me deparo com o Christopher só de cueca.

—Eu só durmo nu. —Encolhe os ombros.— Mas

por hoje, vou me contentar em ficar só de cueca.

—Tudo bem. Não vai querer tomar banho?

—Não, eu tô bem assim. -Faço uma cara de nojo e finjo ter ânsia de vômito.

—Holt, eu achava que você mantinha pelo menos uma higiene básica. —Ele ri. —Pode pegar o que quiser na cozinha, sirva-se.

Vou em direção ao meu quarto enquanto tiro os saltos e largo pelo caminho, termino de tirar os adereços e começo a retirar o meu vestido, ficando completamente nua.

—Ah, Colins.. —Ouço a voz de Christopher próximo demais.

—Holt, eu te avisei que o seu lugar era o sofá. O que faz aqui? —Me viro e percebo o quão próximos estamos.

Abaixo o meu olhar para a sua cueca vejo que já tem uma ereção e próximo ao que deveria ser a sua glande, percebo que tem algo molhado.

—Christopher, eu espero muito que isso não seja sujeira. —Ele segue o meu olhar.

—Querida. —Ele tira o seu pau da cueca e começa a se masturbar. —Isso não tem nada haver com sujeira. Você esqueceu o que fez comigo a noite toda?

Ele se aproxima e sinto como se a minha vagina criasse vida própria.

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