Capítulo 6

Eu estou completamente nua na frente dele, enquanto ele se masturba, mas ainda consigo ouvir uma voz no fundo do meu cérebro em sinal de alerta. Não consigo raciocinar direito, só imagino como é senti-lo dentro de mim.

Suas mão entra no emaranhado que é o meu cabelo, segurando firme e levantando meu pescoço, seu nariz roça em minha clavícula e minha pele se arrepia com a sua respiração. Fecho os olhos.

Eu o quero tanto.

Sigo o seu exemplo e puxo seu cabelo levemente, nossos lábios se tocam e sinto seus braços enrijecerem. Acredito que ele esteja próximo de gozar.

—Holt.. —Sussurro. —Para a sala. Agora. —Me afasto dele e sua mão para.

—Você não seria capaz. —Aponto o dedo em direção a sala e ele me olha incrédulo.—VOCÊ É LOUCA!

—Fico feliz que tenha percebido. Agora, sem mais gracinhas. —Viro de costas.

Sinto como se eu continuar olhando para ele, meu corpo irá entrar em combustão de tanto tesão, mas não vou ceder, nunca ignorei a voz de alerta em meu cérebro.

—Carol, isso é tortura. —Ele suspira. —Sem chances de uma rapidinha? —Seus dedos deslizam do meu pescoço até a base da minha coluna.

É tentador.

—Sem chances. —Me amaldiçoou por dentro. Porra!

—Não vou insistir. —Ele retira os dedos.—Mas acho que agora preciso de um banho.

Pego toalhas limpas e o entrego, indicando o outro banheiro que havia no meu apartamento, ele segue em silêncio e eu vou em direção ao banheiro do meu quarto.

Me sinto desconfortável em minha própria pele, ainda sinto dedos como se seus dedos estivessem passando em minha pele, esse homem emanava a sexo sujo e descarado.

Enquanto a banheira enche, paro em frente ao espelho e passo meus dedos onde seus lábios tocaram há pouco, minha pele se arrepia e me sinto tentada a me tocar.

Eu simplesmente poderia ir atrás daquele demônio em minha sala.

Gemo em frustração e decido usar um dos meus brinquedos, esquecidos há muito tempo em uma gaveta do banheiro. Não é ele, mas ao menos me deixará dormir em paz e um pouco saciada.

A vibração começa e primeiro brinco com meus seios, enquanto os meus dedos fazem movimentos circulares em meu clitóris. A imagem fresca de Christopher se masturbando em minha frente surge em minha cabeça.

Desço com o vibrador até a minha boceta, sinto que se eu não conseguir gozar agora, vou explodir em frustração e tesão.

Aumento a intensidade, minhas pernas tremem e meu corpo enrijece, me apoio com a mão livre na pia do banheiro. Eu estou tão perto.

—Christopher.. —Fecho os olhos e gemo seu nome baixinho.

—Olá, Colins. —Abro os olhos e o vejo atrás de mim, eu poderia expulsa-lo, mas não consigo.

Eu preciso dele dentro de mim.

—Por favor.. —Ele não espera que eu conclua, com uma mão ele segura a minha cintura e com a mão livre, ele segura o seu pau e pressiona contra mim. —Holt, p-por favor. —É só o que consigo dizer.

Ele não espera mais um pedido e se enfia em mim, minhas pernas cedem mas ele me mantém firme enquanto começa com suas estocadas fundas, seu ritmo é lento.

—Tão quente.. uhh.. E molhada..

O encaro pelo espelho, seu maxilar está travado e suor escorre pelo seu peito, a banheira transborda e eu sinto que estou prestes.

Ele aumenta seu ritmo, uma, duas, três e.. ah!

Não tenho mais autocontrole, o barulho de sua virilha batendo em minha bunda é a única coisa que importa agora.

—Christopher, porra! Rápido, por favor! —Mas ele para, me vira de frente para ele e me coloca sobre a pia, levantando uma perna minha e a apoiando em seu braço.

—Você é tão suja. —Ele me enforca, suga meu lábio inferior e morde levemente. —Você é a minha puta agora. E vai gozar olhando para mim—Ele mantém minha cabeça fixa, fazendo com que nossos olhares se mantivessem na altura um do outro.

—Holt, eu sou tudo o que você quiser agora, só me faça gozar. —Ele aumenta a velocidade em que enfia seu pau em mim, sinto meu útero contrair e fecho os olhos.

Ele para e um tapa acerta o lado direto do meu rosto, arqueio assustada.

—Chris..—Ele não me deixa terminar, apertando as minhas bochechas, faço um bico involuntário.

—Você é a minha puta e vai gozar olhando para mim. —Ele retoma seu ritmo e dessa vez obedeço.

Por todo o tesão reprimido, os quases orgasmos e todo a vontade que tinha em mim, eu gozo de forma escandalosa. Sinto a minha boceta se contrair várias vezes, agora não só as minhas pernas tremem, mas o meu corpo inteiro também. Ele não para e é como se eu fosse capaz de continuar gozando por horas.

Seu ritmo se intensifica mais e sinto seu corpo estrmecer, ele enfia seu rosto em meu pescoço e profere coisas inaudíveis por mim, mas acredito que seja os piores tipos de palavrões possíveis. O abraço.

Seu pau pulsa várias vezes e sei que ele está gozando, quando sua respiração ofegante se suaviza, sei que ele terminou.

—Então.. eu meio que tenho um banheiro inundado agora. —Brinco ao ver a quantidade de água no chão.

—Acho que não só o banheiro, Colins. —Sinto seu corpo tremer enquanto ele ri.

—Você é sujo, Holt. —O solto do meu abraço e ele sai devagar de dentro de mim, meu corpo está extremamente relaxado.

—Agora? Só um pouco. —Ele pisca. —Fique a vontade para o seu banho, eu cuido disso aqui. —Ele desliga a torneira e eu agradeço.

Depois de ter tomado banho e o Christopher ter limpado o banheiro inteiro, resolvo fazer um sanduíche para nós dois, comemos em um silêncio malicioso e por fim, vencida pelo cansaço, deixo Christopher dormir na minha cama.

--

Foi uma noite tranquila, Christopher se agarrou em mim durante a madrugada inteira e eu gostei.

Pontualmente as 09:00 desperto e sinto uma das suas mãos em meu peito, retiro e levanto da cama, faço a minha higienização básica.

Christopher ainda permanece no mesmo lugar de quando eu havia levantando, sua mão, que antes estava em meu peito, agora permanece em meu travesseiro. Sorrio e sigo para a cozinha.

Sinto o cheiro de café e imagino que tenha sido alguma das minhas que esteja preparando. Beatriz cantarola alegremente enquanto a cafeteira goteja preguiçosamente.

—Bom dia, Trice. —Chamo sua atenção, ela levanta seu olhar até mim e sorri de olheira a olheira.

—Muitissimo bom dia, Carol! —Ela sabe, eu tenho certeza que sabe.

—Que felicidade, hein? —Pergunto de forma inocente.

—Eu ouvi, Carol. E estou muito feliz por você! Não existe mais teia de aranha e nem musgo nesse buraco que você chama de vagina. —Reviro os olhos.

—Eu que dei e você parece mais feliz do que eu. —Indago.

—Você é uma pessoa menos amarga quando dá.—Ela retruca rapidamente e eu respondo com uma careta e o dedo do meio. —Aproveite o seu homem. —Ela pega uma caneca de café e se apressa até a porta. —Eu estou indo. Wanessa mão está em casa e você pode fazer todo o barulho que quiser. Até mais tarde! —Ela pisca e se vai.

Sorrio comigo mesma, sigo para dentro da cozinha e preparo uma pequena mesa de café da manhã, quando estou próximo de finalizar, Christopher aparece.

Seu rosto do lado esquerdo está amassado e meio avermelhado, ele está só de cueca e seu cabelo desgrenhado, ele sorri ao me ver.

—Colins, bom dia!

—Holt. —Aceno com a cabeça. —Tome café comigo. —Ele se dirige à mesa em silêncio, depois de um tempo ele parece lembrar de algo.

— Se eu não estou enganado, você praticamente me fez um questionário ontem. —Diz com o cenho franzido.

—Claro! O que você queria? Eu mal te conheço, até um dia desses você só era um hóspede do hotel. —Dou de ombros.

—Justo. —Ele assente. —Mas ali não era o momento e nem o lugar adequado.

—E agora é?

—Claro! —Ele diz como se fosse óbvio. —Não tem som, nem álcool e com certeza eu consigo me concentrar mais em o quê você fala, do que em como eu poderia te comer. —Um lampejo da noite anterior passa por minha cabeça e sinto meu rosto arder, belisco levemente a ponta do meu nariz, tentando me concentrar. —E quem vai fazer as perguntas agora, sou eu.

—Pode começar —Respiro fundo.

—Por que você trabalha no hotel?

—Porque eu preciso? Porque eu não tenho a vida ganha que nem você? —Digo o óbvio.

—Mas olha só esse apartamento. —Fala apontando pra um canto que ele nem mesmo olha.

—Eu divido com mais duas amigas, elas pagam praticamente tudo.

—Mas e os seus pais, eles não te ajudam? —Ele parece um pouco receioso ao perguntar.

—Meus pais? Christopher Faz vinte e dois anos e oito meses que eles não me dão nenhuma mãozinha —Digo irônica.

—O que aconteceu com eles? —Ele parece morder o interior de sua bochecha.

Em outros tempos, eu choraria ao entrar no assunto "pais". Mas ai eu entendi que nem todo mundo que recebe a benção de ter um filho, consegue ser pai ou mãe de verdade. Eles não me interessam mais, eu cresci muito bem sem eles e tenho pessoas incríveis ao meu redor.

—Me largaram num orfanato qualquer quando eu tinha apenas quatro meses. —Dou de ombros.—Mas e os seus pais? —Pergunto, mudando o foco da conversa.

—Meu pai morreu quando eu tinha apenas dez anos. A minha mãe, Meredith, se casou de novo quando eu tinha quinze e desde então não larga mais do meu padrasto. Ele é um coroa bacana.

—Sorte a sua. —Murmuro baixinho, uma pontada de desconforto me atinge, não entendo o porquê. —Hora de ir, certo? Já respondi as suas perguntas.

—Você só respondeu a duas perguntas, Carol.—Ele franze o cenho. —E você está me colocando para fora? Mesmo depois de ontem?

—Não seja baixo, Christopher. Acidentes aconteceu e foi exatamente isso o que ocorreu ontem.

—Assim você me magoa. —Ele termina o seu copo de café e pega as suas roupas no sofá e começa a vesti-las. —Você ainda trabalha ainda hoje? —O sinalizo que não com a cabeça. —Eu posso te encontrar mais tarde ou só vou conseguir te ver amanhã no hotel?

—Amanhã, Holt.—O sigo até a porta.

—Injusto. —Ele faz um pequeno bico. —Posso te dar pelo menos um beijo agora? —Seu olho brilha.

Deposito um beijo suave em seus lábios enquanto o empurro para o corredor do lado de fora, ele se despede de mim e segue até o elevador sem olhar para trás.

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