POV: AARONDespertei com a dor aguda em minha costela. Alguns lobos me rodeavam, causando ferimentos profundos em minha carne. Ergui-me do chão, encarando-os de forma fria e predatória.— Covardes, atacando um lobo desacordado! — Rugi, fazendo o chão tremer e obrigando alguns deles a abaixarem a cabeça, com dificuldades para se manterem em pé. — Com o odor fraco de vocês, não posso nem culpar. Não há honra entre os traidores da lua, mas sabem...Girei habilmente o corpo, agarrando um dos lobos pelo pescoço e apertando com firmeza até ver seus olhos saltarem das órbitas.— Vocês me tiraram de um belo sonho, e isto... Han, é mais imperdoável do que me atacarem! — Brandei, quebrando o pescoço do inimigo e o jogando do pico da montanha.— Maldito, o veneno não fez efeito? — Um lobo cinza indagou ao outro, menor.— Não é possível. Ele assegurou que era efetivo contra o alfa. — Respondeu tremendo o lobo marrom.— É mesmo? Quem assegurou? — Sorri por entre as presas, de forma fria. — Este ar
POV: CALLIE— Acordou, querida? — Dante falava com uma frieza diabólica. — Tenho uma surpresinha para você, minha noiva.Gemi desconfortavelmente ao despertar com a voz gélida de Dante, estremecendo com a sensação maligna que pairava no ar. Gritos de desespero e dor se misturavam ao odor de sangue impregnado, e o som de correntes arrastando pelo chão me causava calafrios, enquanto minha loba rosnava em alerta, como pressentindo um perigo iminente.— Dante... o que está acontecendo? — Indaguei receosa, temendo a resposta.— Hoje é o seu dia de sorte, ou melhor, o nosso grande dia. — Ele respondeu, eufórico, puxando as correntes que me prendiam.— Por favor, não faça isso. Você não tem ideia do que estão fazendo a este mundo. — Gritou Yulli, enquanto o som de um tapa ecoava pelo ambiente.— Cale-se, bruxa idiota! Ninguém pediu sua opinião! — Brandou Dante, feroz e impaciente.— Para onde está me levando? O que pretende fazer? — Puxei minhas correntes de volta, parando de andar, provocan
Erguendo a mão em minha direção, Nocturnus desfez as correntes, aguardando que eu a segurasse. Encolhi minhas mãos sobre o peito, ofegante, tentando equilibrar minha respiração.— Desde o início? — Ergui o queixo em sua direção, nervosa. — O que isso quer dizer?— Esqueço o quanto seu pai foi um fiel falho. — Disse a Deidade sombria. — Sua concepção só foi possível graças ao meu poder. Ordenei a Hunter que capturasse Lyra, sacerdotisa com sangue antigo, para que a transformasse em sua Luna e assim tivesse filhotes com sangue raro, sendo prole abençoada pela Deusa Lua e tendo o pai corrompido pelo meu poder.— Está dizendo... — Comecei a falar, mas seu olhar me lançou ao chão.— Cale-se, não terminei de falar. — Nocturnus ressoou impassível. — Onde estávamos? Ah, sim. Quando você nasceu cega, o infiel de seu pai achou que eu havia falhado com suas proles, sofrendo a ira da Deusa Lua, sendo punido por uma filhote fraca e cega. Porém, era apenas questão de tempo até seus poderes desperta
POV: DANTERasguei as pernas da bruxas subindo as garras do tornozelo até o meio de suas coxas, Ela esperneava de dor, enquanto a raiva me consumia. Fraco demais? Eu? Quem esse Deus pensava que eu era? Graças a mim, havia sacrifícios suficientes para invocá-lo, sangue de lobas virgens puras para sua graça, e a deidade me tratava assim?— Você está muito puto, não está? — Gargalhou Yulli. — Como se sente sendo apenas o vira-lata de Nocturnus? Vai abanar o rabo quando ele estralar os dedos?— Parece que você quer fazer parte da seita, bruxa idiota. — Rosnei, afundando mais as garras em sua carne. — Ninguém me trata como um cachorro.— É mesmo? Nossa, acho que não ouvimos a mesma coisa de seu Deus todo-poderoso. — Ela sorriu ironicamente. — Pode me machucar o quanto quiser, Dante, nada disso mudará o fato de você não passar de apenas um lacaio nas mãos de Nocturnus.— Farei bem mais do que apenas machucar, bruxinha... — Sorri perverso, vendo o pavor surgir em seus olhos, quando minha ado
POV: AARONVoltei à cidade sentindo fortes desconfortos, indo direto para o hospital. Ryan estava no balcão, franzindo o cenho quando me notou, e veio correndo em minha direção.— Meu rei, o que houve? — Ele indagou, colocando a mão em minha testa. — Você está queimando em febre, este sangue...— Não é meu! — Sorri por entre as presas. — Fui envenenado com algo diferente. Consegui repelir, mas acho que houve sequelas.— Tragam uma maca aqui agora! — Gritou Ryan, em uma ordem. — Vou cuidar de você.— Não preciso de maca, apenas avalie o local ferido. Cicatrizou, porém, há pontos roxos em volta. — Suspirei, ouvindo minha fera interior protestar. — Algo incomoda meu lobo.— Me acompanhe, por favor. — Ryan cedeu espaço e seguimos ao corredor, negando com a mão a maca.Adentramos o consultório privado. O hospital estava diferente de quando chegamos aqui, as instalações foram ativadas com êxito. Estávamos conseguindo produzir matéria-prima para os medicamentos, graças às bênçãos da Deusa Lu
Caminhei a passos firmes em direção ao beta, que puxava com força as correntes, parando ao me notar.— Meu rei... — Disse Jaxon em uma pequena reverência. — Encontrei a loba cega vagando perto do monte, próxima à terra de musgos. Trouxe de volta a sua prisioneira.Aproximei um pouco, farejando em sua direção. Apesar de ter nuances de seu cheiro, algo parecia diferente, porém, o mesmo havia acontecido em sonho.— Callie? — Chamei. Ela seguia de cabeça baixa em silêncio. — Por que ela não fala?— Não sei dizer, Alfa. Mesmo quando a capturei, a loba não disse uma palavra. — Respondeu o Beta, seco, a encarando. — Talvez não haja o que ser dito por ela.— Solte suas correntes! — Ordenei, irritado ao vê-la naquele estado.— Certeza, Rei Lycan? E se ela fugir? — Jaxon falou, surpreso, calando-se ao meu rosnado. — Como queira...Soltando a loba cega, ela farejou em minha direção, abaixando a cabeça imediatamente.— Me siga, loba! — Rosnei, em uma ordem, girando o corpo para caminhar, sendo se
POV: CALLIE— Aaron? — Olhei confusa para baixo. Será que meu envolvimento era com o mesmo lobo que me caçara, provocando minha perda de memória? Seria ele o pai do meu filho? — Você é o alfa supremo que estão tentando derrubar...— Quem está tentando me derrubar? — Aaron deu alguns passos para trás, olhando-me desconfiado. — Você está do lado deles? Por que não fala comigo fora deste sonho?— Os seguidores desse tal Deus Nocturnus. — Ao mencionar seu nome, senti pontadas como agulhas em minha mente, gemendo de dor e sentindo as pernas fraquejarem antes de cair; o belo homem à minha frente me amparou. — A pessoa que foi até você não é....Gritei quando a dor se tornou dilacerante, sentindo algo subir por meu estômago de forma intensa e virando para o lado, empurrei o alfa, vomitando uma gosma preta no chão. Ajoelhei, passando os braços em volta do abdômen. Sempre que tentava falar sobre o Deus ou sobre a loba impostora, algo atingia com força, bloqueando as informações.— Dante! — Ros
Sente as suas costas abraçando-o por trás, temerosa de perder essa sensação de segurança, mesmo que apenas em sonho. Pensava nos próximos passos, em como voltar para o alfa. Mordisquei levemente suas costas, fazendo-o suspirar, e subi beijando, inalando seu cheiro amadeirado viciante, deslizando as unhas em seus ombros e braços num movimento de vai e vem.— Ainda não consigo te dar as respostas que deseja, mas, por favor, alfa... Aqui, pelo menos, podemos ser apenas você e eu? — Aaron virou-se, tocando meu rosto com a palma da mão aberta. Deixei minha cabeça pousar mais nele, fechando os olhos para absorver seu carinho. — Por favor...Sua mão deslizou para minha nuca, puxando-me para frente e amparando meu corpo sobre o dele. Ele mordeu minha barriga, passou a língua no quadril, deslizando lentamente para dentro enquanto eu me sentava devagar em sua extensão. Aproveitei cada sensação, os choques percorrendo meu corpo como ondas, até que fiquei totalmente de frente para ele.— Tenho mu