CAPÍTULO 70 - SEREI LIVRE

As árvores da floresta ecoavam alto em estalos, causando enormes estrondos quando caíam, indicando a aproximação do rei Lycan, completamente tomado pelo ódio. Farejei musgo com odor terroso, fresco e levemente úmido. Parei, concentrando meu focinho até localizar, batendo sutilmente a cabeça em uma árvore oca. Cavei ao redor, sentindo o musgo, e comecei a esfregar meus pelos nele, camuflando meu cheiro.

— Eu vou te achar, loba! — Brandou a fera ao longe.

— Deusa, por favor, me ajude. — Choraminguei, erguendo a cabeça, permitindo que as lágrimas se misturassem à chuva, que, apesar de entorpecer meus sentidos, trazia a vantagem da confusão de odores.

Senti sua forte presença atrás de mim, o chão tremia a cada patada com garras afiadas do alfa no solo da mata, galhos reverberavam sendo esmagados, rugidos se tornavam mais intensos e ferozes.

— Se queria ser caçada, lobinha, era só ter me avisado! — Rosnou o lobo negro que corria veloz atrás de mim, sentindo sua velocidade superior à minha.
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