POV: DANTEJoguei a bruxa escadas abaixo ordenando que curasse a loba inútil cega, precisava compreender o que meu Deus queria com ela. Aguardando no andar de cima, deixei as garras proeminentes cortando os pulso profundamente em uma linha reta, com o sangue, formei o símbolo ao chão, deixando as mãos caírem de lado, fechei os olhos o invocando:— Nocturnus, Deidade soberana dos mundos, seu fiel servo clama por ti, ilumine minha mente sobre o seu presente divino e conduza-me para servi-lo melhor até sua vitória completa!Senti o calor infernal de suas chamas verdes e abri os olhos, vendo sua forma espectral flutuando. Era como um lobo feroz indefinido, pelagem negra, com braços compridos cobertos por pelos escuros que até a cabeça e partes do rosto cobriam. As garras eram enormes, as orelhas extremamente pontudas. Seu poder era sufocante e perverso, e eu adorava a magnitude de sua áurea.— Nocturnus, quanta honra. — Com dificuldades pela perda de sangue, ajoelhei-me à sua frente em re
POV: AARONCaminhei até a sacada do quarto, erguendo a cabeça quando o vento rodopiou, acariciando minha nuca e bagunçando os cabelos recém-lavados. Fechei os olhos, e o vento sussurrou: "Aaron, perigo..." Era a voz de Yulli. Olhei em volta, franzindo o cenho.— Droga, Yulli, não podia usar a tecnologia? — Rosnei, irritado. Ela nunca me chamava, devia muito à minha amiga.Yulli me encontrou em minha situação deplorável após o ataque de Hunter. Sem pele sobre o corpo, apesar da benevolência da Deusa em me manter vivo, ainda levei muito tempo para me recuperar, não apenas da dor física, mas da emocional também. Sempre que fechava os olhos, via meus irmãos mortos e meus pais sucumbidos. A culpa me consumia por dentro, aumentando cada vez mais minha fúria. Foi quando Yulli fez uma magia de barreira mental, barrando as lembranças dolorosas. Não é como se não tivesse acesso ou não me lembrasse, mas elas não vinham à tona em forma de pesadelos sombrios!Adentrei o quarto ainda sentindo o alt
POV: CALLIELevada para escuridão de minha mente me vi em volta a fauna com enormes arvores ao redor, o cheiro adocicado chamará minha atenção, caminhei lentamente olhando meus pés descalços pisando na mata, era outra visão? Estava enxergando. Um fecho de luz dourado instigou minha curiosidade, caminhei cautelosamente até grandes portões, parecia que não havia ninguém no local!Empurrei os portões pesados, adentrando a um templo magnífico, onde uma grande escultura da Deusa ficava ao centro, em volta de uma fonte de água. Franzi o cenho, confusa, me aproximando e percorrendo os dedos sutis sobre a pedra, que emanava um calor acolhedor.— Mas quem seria você? — Murmurei para a estátua, que emitiu uma luz intensa branca.— Sua Deusa Lua... — Sussurrou uma voz mística, que causava deliciosos arrepios. Sentia sua bondade, caindo de joelhos aos prantos, com a dor em meu peito, e pousando as mãos sobre o meu ventre.— Minha Deusa? — Sussurrei, soluçando. — O que aconteceu comigo? Quem sou e
POV: DANTEO beta vinha com a cara fechada, trazendo Esmeralda, que também parecia irritada. Sorri ao vê-la correndo em minha direção, pulando em meu colo para um beijo possessivo.— Me diga que já vai derrotar o Alfa supremo? — Mordendo meu lábio inferior com fome, manhosa, Esmeralda dizia. — Não aguento mais ficar longe.— Ainda não, mas tenho uma surpresa para você. — Rosnei, mordendo de volta sua boca, sugando o sangue que escorria.— Tão bruto... — Gemeu a loba, emanando seu cheiro de excitação.— A surpresa pode esperar. — Carregando-a para dentro e subindo as escadas, parei no topo e encarei o beta. — Você, suma por umas horas.— Sim, meu rei... — Respondeu Jaxon a contragosto, olhando-nos e saindo.— Eu acho que ele o inveja! — Riu Esmeralda, grudada em meu pescoço.— Todos me invejam por ter uma futura Luna tão gostosa como você! — Lambendo sua boca, a arrastei para o quarto e a joguei na cama, marcando sua pele.— Dante, se acalme! — Rosnou ela, tentando se afastar. — Por qu
POV: CALLIEComecei a tossir devido à garganta seca, tentando salivar para aliviar a sensação de secura.— Você é a loba cega... — Ouvi a mulher dizer, suspirando. — O que fizeram com você?— Quem? — Tossi ainda mais, com dificuldades em falar.— Caminhe três passos curtos à sua frente, abaixe com cuidado, há um balde com o que parece ser água. — Ela disse docemente.— Não... Daqui a pouco Dante trará água para mim. — Continuei limpando a garganta, tentando conter o ataque de tosse.— Sinto muito, loba, mas se quiser sobreviver, precisa compreender que aqui é cada um por si. Dante não ajuda ninguém! — A ouvi se mexer, talvez tentando fugir. — Meu nome é Yulli e o seu?— Callie. — Respondi com dificuldade, dando um e depois outro passo curto conforme ela orientou, agachando lentamente. Farejei a água, que fedia, parecendo estar parada há tempos. Torci o nariz com nojo, descendo as mãos com cuidado ao redor do balde, mergulhando a mão e pegando um pouco de água para beber. — Tudo aqui t
Adentrei a sala do conselho rosnando feroz, a ira me consumia. Semanas se passaram sem nenhuma notícia ou pista sobre Callie ou Yulli. De alguma forma, meu lobo sabia que ambas estavam juntas e que precisava encontrá-las o quanto antes. Principalmente à noite, minha mente era arrastada para o templo. Sempre que me aproximava da porta, era repelido por magia! Como a loba cega fazia isso?Estava com os nervos à flor da pele. Havia chegado o dia de atacar a alvorada do norte, derrubar o alfa Ícaro que explorava seu povo, usando-os em sacrifício ao Deus obscuro, Nocturnus. Precisava extravasar toda a tensão que sentia em meu corpo. Por mais que negasse, ficar longe da loba estava mexendo demais com meu lobo.— Já sabem o que fazer. Matem todos os seguidores pagãos, aprisionem o povo para avaliarmos suas serventias e lealdade. — Ordenei, farejando Kemilly à porta, aguardando. — Agora saiam todos, se preparem para partirmos!Saindo, a vi entrar de cabeça baixa, seu cheiro ainda não me agrad
POV: AARONApós o banho, deitei-me pacientemente na cama, aguardando ser levado para os seus sonhos, pensando em nossa conexão. Mergulhei nas lembranças dos nossos momentos íntimos, onde o que mais gostava era de nos aventurarmos no alto da montanha. Lembrei-me do seu jeito deslumbrado ao "ver" o pôr do sol sobre os meus olhos. Recordava-me de como sua face ficava linda, ruborescida pelo vento gelado, e da vergonha em estar completamente nua em cima de mim, totalmente entregue aos nossos desejos!Despertei em frente aos portões, caminhando pacificamente com as mãos nos bolsos. Parei à frente, bati duas vezes, aguardando seus rosnados furiosos.— Por que você não pode me deixar em paz ao menos aqui? — Rugiu a loba, fazendo-me rir.— Eu voltarei todas as noites, Callie. Não irei embora nunca. — Gritei do outro lado da porta. — Não te farei mal, me deixe entrar.— Para quê? — Ouvi seus suspiros. — Eu estou cansada de suas insistências.— Então abra a porta. — Rosnei, encostando a mão nos
Esmeralda deu um passo hesitante para frente, mantendo a cabeça baixa, deslizando a alça da camisola que escorria por seu corpo, revelando suas curvas.— Sei que não é o tipo de lobo que força uma mulher a nada, meu rei... Permita-me conhecer o seu lado bom? — Erguendo os olhos brilhantes, Esmeralda abriu um sutil sorriso. — Por favor...— Esmeralda, não tenho um lado bom ou interesses em você neste momento! — Rosnei, irritado, agachei-me à sua frente e peguei a camisola, empurrando-a para ela. — Nunca mais apareça em meus aposentos sem ser convidada.— Callie era sua convidada? — Ainda nua, ela se aproximou, deslizando as pontas dos dedos pelos meus braços, acariciando sutilmente. — Permita-me mostrar como é estar com uma loba de verdade, Alfa.Cerrei os punhos em fúria. Por que desprezavam tanto a loba cega? Ela tinha seu valor; seu cheiro era o mais prazeroso que havia conhecido, tão intenso e inebriante quanto sua personalidade. Não precisava ser vulgar para ter a atenção que mere