— Eu não sei do que está falando, por favor, Alfa... Me explique! — Supliquei, levando a mão até seus cabelos e deslizando até sua face. — Você está fedendo a Esmeralda!Falei chocada, tentando me afastar, porém, ele me prendia com força.— Ela tinha razão, você consegue usar magia de manipulação... Agora está tudo claro! — Brandou o rei Lycan, soltando meu rosto e agarrando meu cotovelo. — Guarda, leve-a daqui, prenda-a na solitária, ninguém encosta na minha presa!Ele rugiu, me apavorando, fortes tremores se apossaram do meu corpo, caindo de joelhos e me arrastando até o seu aroma amadeirado, grudando suas pernas.— Alfa, por favor, por favor, não faça isso... Por favor, eu não fiz NADA! — Berrei em desespero.— Tirem-na daqui! — Rosnou o Alfa, puxando as pernas. — Vai se arrepender de ter me manipulado.— Você prometeu, tínhamos um acordo... Cumpra a sua parte, acabe logo comigo! — Gritei, conseguindo me soltar do lobo que me agarrava. — Me mate, mas não me faça mais viver como uma
POV: CALLIEFui brutalmente jogada ao chão da cela, o impacto fazendo meu queixo bater no piso gélido, enquanto ouvia o guarda gargalhar da minha desgraça:— Não chore, loba. Isso era inevitável. Achou mesmo que poderia ser amada por qualquer lobo? — Ele riu com sarcasmo. — Parece que seu corpo só serve para uma coisa, bonequinha. Assim que o rei Lycan se cansar de brincar com você, vamos convencê-lo a fazê-la servir a todos os lobos da alcateia!Rosnei para ele com repulsa, virando de lado e vomitando, meu estômago doía, mas não tanto quanto meu coração. Aquele maldito, como pode acreditar de forma tão baixa em Esmeralda?No final, são todos iguais, só querem me usar de alguma forma suja. De todas as dores, aquela estava se tornando a pior, não havia necessidade de me seduzir... Por que a Deusa permitiu que eu me apaixonasse pelo Alfa Supremo?— Arranque este amor, se não posso tirar minha vida, ao menos tire esta dor do meu peito, Lua, eu te imploro. — Eu gemia encolhida no chão.Mi
POV: AARONCerrei os punhos, sentando-me na cama, tentando recordar o que havia acontecido naquela noite. Apenas flashes de momentos íntimos com Esmeralda vinham à minha mente, mas em alguns pontos parecia que eu chamava por Callie.Rugi enfurecido, estilhacei os vidros em sequência. Peguei o móvel da cabeceira e o lancei contra a parede, esfregando as mãos compulsivamente nos meus cabelos.— Como ela fez isso? — Rosnei, trovejante, vibrando o chão.Saí a passos firmes, vendo os lobos caídos tentando se levantar. A pressão do meu poder estava fora de controle, vazando e sufocando os subordinados que cruzavam meu caminho. Vi Nicoly engatinhando em minha direção e ordenei:— Leve alimentos a prisioneira na cela. Deixe claro que a comida é dela, ou todos vocês vão sofrer com a minha ira! — Brandei, vendo a humana se encolher à minha frente.Mudei para a forma Lycan, chamando a atenção de todos os lobos. Eles arregalaram os olhos ao me verem na forma de lobisomem, algo que raramente trazi
POV: DANTEDesci as escadas do porão, observando a bruxa se debater contra as correntes que queimavam seus pulsos, a boca tampada.— Olá, Azura, — saudei, enquanto raspava as garras, girando seu corpo suspenso nas correntes. — Aquele feitiço de envenenamento que você fez para minha loba, como funciona?Ela balbuciou sem conseguir falar.— A é mesmo... — Provoquei, puxando com força o velcro que tampava sua boca.— Eu já te expliquei antes de você me obrigar a preparar! — Gritou Azura na minha direção.— Querida bruxinha, acho que não fui claro em minha pergunta. — Rosnei, agarrando suas bochechas e afundando as garras em sua carne, fazendo-a gemer de dor. — Por que aquele veneno não tem a capacidade de matar o Alfa supremo? Como não afeta Esmeralda?Soltei-a, deslizando uma garra proeminente no sangue que escorria por sua face, junto com algumas lágrimas.— Por causa do sangue antigo, assim que entra em sua corrente sanguínea o corpo começa a regeneração e eliminação, por isso o Lycan
POV: CALLIEDespertei em minha escuridão, puxei meu braço sentindo algo nele, paralisei levando a mão livre até o braço tateando tentando identificar o que era. O cheiro estranho de itens hospitalares embrulhava meu estômago, intensificando a dor latejante em minha cabeça.— Não se mexa, Senhorita, você está com um acesso. — Reconheci a voz do médico. — Que bom que acordou, como se sente?— Sede... — Resmunguei, sentindo a boca seca.O som da água sendo despejada no copo chegou aos meus ouvidos, e eu me encolhi.— Calma, não vou te machucar. Consegue segurar o copo sozinha? — Ryan indagou.Assenti, e ele envolveu minhas mãos ao redor do copo, que eu então virei.— Beba devagar. Você estava inconsciente por dois dias. — Ele suspirou. — Por que se recusa a se alimentar?— Por que vocês não me deixam morrer? — Rosnei, irritada, apalpando a lateral da cama em busca de apoio, mas minhas mãos foram interceptadas. — Estaria fazendo um favor a todos, por que simplesmente não me deixam?— Porq
POV: AARONAdentrei o quarto ouvindo Callie desejar novamente a morte, como esta loba ousa querer escapar tão facilmente de minha garras? Acha que será tão simples assim?— Seria fácil demais! — Rosnei chamando sua atenção.Sua loba grunhia em um chamado massivo, provocando meu lobo. Seu cheiro desnorteava minha racionalidade; seria parte de seus poderes misteriosos? A grudei na cama, colando nossos corpos, sentindo a vibração compartilhada de seus desejos exalando.Acariciei sua pele macia, contornando seus belos traços. Maldita, por que tinha que ser tão bonita? Movido por um impulso, tomei seus lábios em fervor, explorando cada canto. Meu lobo rugia gritante em meu peito, querendo a tomar para nós.Cortei o momento ofegante quando Callie conseguiu se soltar e deferiu um forte tapa em meu rosto. Acariciei o local sorrindo, com os olhos semicerrados. Quanta presunção para uma pequena presa!Ela caminhou em minha direção, surpreendendo-me ao erguer a mão novamente. Agarrei seus pulsos
POV: CALLIENicoly entrou, fungando como se tivesse estado chorando, caminhando lentamente e exalando um aroma pesado.— O que houve? — Indaguei, farejando na sua direção.— Desculpe, Senhorita, eu achei que a tinha perdido... — Ela sussurrou, triste. — Por favor, coma.— Não sinto fome. — Respondi seca, sentindo meu corpo contestar. — Eu não vou mais viver como prisioneira. Não há beleza neste mundo, Nicoly. Se quer mesmo me ajudar, então me deixe em paz!— Não posso. Isso não é verdade... Há um lugar onde você poderá ser livre sem ser rejeitada por sua condição. — Nicoly abaixou o tom de voz. Senti o colchão se afundar um pouco, indicando que ela havia sentado ao meu lado.— Um lugar onde me aceitariam? — Franzi o cenho, intrigada. — Isso realmente existe?— Bem, na verdade, é um lugar onde ninguém se importa ou questiona de onde você vem... Basicamente, todas as espécies se misturam. É uma cidade livre de regras lupinas. — Ela fez uma pausa, pegando na minha mão e apertando sutilme
Me remexi na cama, puxando a coberta para me encolher.— Alfa... — Abaixei a cabeça em submissão.— E então? Me responda. — Disse ele, ríspido e impassível. — O que viu?— Era apenas um sonho, Rei Lycan. — Menti, sem ter certeza do que realmente vira.— Detalhe este sonho. — Rosnou o Alfa, fazendo o chão tremer a cada passo enquanto se aproximava.Ponderei por um momento, nervosa.— Foi algo íntimo, Alfa. — Rosnei em sua direção.— Então, por que despertou com odor de medo? — Senti seu hálito quente próximo do meu rosto, cobri-me com a coberta, o que o fez rir. — Ah, lobinha, como consegue atrair tanto o meu lobo? Que magia é essa?— Não sei fazer magia! — Apertei o tecido com força. — Em meu sonho, o lobo com o qual me relacionava me apunhalava pelas costas, por isso acordei com medo.— Conheço esse sentimento. — Rosnou ele entre as presas.— Não tão bem quanto eu! — Retruquei feroz, erguendo o queixo em direção ao seu aroma amadeirado, quando senti suas presas roçando meu lábio infe