POV: AARONAguardávamos um ataque direto da Seita, mas nunca imaginei que o próprio Deus obscuro se juntaria à guerra. Farejei o ar e percebi que o portão principal havia sido aberto. Então, Callie havia realmente libertado Nocturnus em nosso mundo!O momento do grande confronto havia chegado, e eu precisava garantir a segurança da minha alcateia e da minha família. O destino de todas as espécies estava em minhas mãos. Ordenei que lobos de confiança escondessem e protegessem Rigan no Banker, junto à babá e aos outros filhotes. Os idosos e mulheres estavam seguros, longe da confusão, enquanto os guerreiros permaneciam em posição, prontos para enfrentar a grande onda de ataque.O ar estava carregado de tensão e o cheiro metálico do sangue iminente. Farejei novamente, captando o aroma adocicado que conhecia tão be
POV: ARRONApesar da dor que me rasgava por dentro, a presença dela me deu uma nova força. Com um esforço tremendo, me levantei, o sangue escorrendo das feridas abertas e a dificuldade de respirar tornando cada movimento um tormento. Ela estava ao meu lado, em posição de ataque, com um pedaço de tecido sobre os olhos. Notei que o tecido vinha da barra rasgada de seu vestido preto. Por que Callie cobriria seus olhos cegos?Franzi o cenho, mas não era hora de questionar. A batalha ainda rugia ao nosso redor. Ela estendeu a mão para mim, um sorriso genuíno nos lábios, irradiando uma força e determinação que parecia quase palpável. Inspirei profundamente, mergulhando em seu aroma, e de repente compreendi. Callie havia libertado sua loba em sua totalidade. Eu podia sentir a união de ambas de forma natural e poderosa, como se tivessem finalmente se fundido em um único ser completo.— Vamos acabar com ele, juntos — sussurrei, meu tom resoluto.— Vamos! — Ela sorriu em um aceno em sua forma Fe
POV: YULLIEstava acorrentada em frente ao conselho de lobos, em pé, mantendo a postura firme e o queixo erguido em direção ao Alfa supremo. Ele tinha o semblante fechado, o dedo batendo contra o queixo tensionado, refletindo a gravidade da situação. As portas se abriram com um som pesado, e Callie adentrou a sala. Ela usava um belo vestido dourado que contrastava magnificamente com seus cabelos negros, presos em um penteado harmonioso. Era evidente que ela havia conquistado o respeito de sua alcateia e agora era tratada como deveria ser: como sua Rainha.— Podemos iniciar? — indagou um dos lobos em sua forma humana, vestido em um traje social impecável. O rei Lycan assentiu com um leve movimento de cabeça.— Pois bem, de acordo com as regras antigas e a nova monarquia, a ré diante de vossos olhos tem o direito de um julgamento justo perante os Lupinos, podendo
POV: KEENAN— Eu te disse que te puniria quando aprontasse, encrenqueira. O que acha que estou fazendo? — Sorri suavemente para ela, ciente de que minhas ações tornariam minha relação com o rei Lycan ainda mais complicada.— Alfa, não pode estar cogitando isso. É um absurdo! A bruxa traiu diretamente esta alcateia e a sua Luna. Não podemos permitir que ela seja levada por um lobo que mal sabe o que é ser um alfa. — Disse o advogado, sua voz carregada de indignação.Coloquei os braços para trás, encarando-o friamente. Deixei a aura do meu lobo emergir. Seu corpo tremia de medo, exalando o odor do pavor. Divertido, mostrei minhas presas.— Minha proposta é bastante sensata. Eu me responsabilizarei por uma sacerdotisa. Há acréscimos nas cláusulas. — Respondi, aguardando a
POV: CALLIESaí do congresso a passos firmes. Mentiria se dissesse que não me doía ver Yulli sendo banida para longe, mas era melhor assim. Mesmo que suas intenções fossem genuínas, eu não conseguia perdoá-la pela maior dor que ela causou.Farejei o entorno enquanto retornava para nossa casa, seguindo o adorável cheiro do meu filhote. Era o cheiro mais puro e amoroso que já senti em minha vida. Caminhei até o quarto dele, e a babá, ao notar minha presença, se retirou a passos leves, deixando-nos a sós.Peguei Rigan com cautela, tateando até a poltrona de descanso. Apoiei sua pequena cabeça em meu peito, e instintivamente ele resmungou, buscando o peito.— Você é mesmo fominha como o seu pai, meu guerreiro. — Sorri, amamentando-o enquanto cantarolava. Afundei o nariz em seus cabel
POV: AARONUm resmungo ao longe, seguido de um chorinho, me fez mexer, acordando levemente. Callie ainda dormia preguiçosamente entrelaçada em meu corpo. Beijei o topo de sua cabeça e a empurrei delicadamente para o lado, cuidando para não acordá-la. Caminhei lentamente até o quarto de Rigan, que parecia bravo.— Ei, garotão, assim você vai acordar a alcateia inteira. — Sorri para o pequeno, cujos olhos brilhantes em tom avermelhado me encaravam. As anciãs acreditavam que seus olhos eram assim devido ao seu nascimento prematuro na noite da lua de sangue.Peguei-o no colo, trocando sua fralda de forma desajeitada. Aquilo parecia mais uma armadilha do que um item de proteção às suas necessidades. Peguei a mamadeira pré-pronta na mini geladeira e a coloquei para mornar. Dei de mamar ao lobinho irritado e faminto que tinha em meus bra&cce
POV: CALLIENo início, tudo estava embaçado, como se eu estivesse olhando através de um véu denso de névoa. Mas então, aos poucos, as formas começaram a se definir. Primeiro, eram apenas sombras indistintas, mas logo vi uma luz prateada se espalhando pelo céu, desenhando contornos etéreos contra a escuridão da noite. Era o eclipse lunar, majestoso e imponente, sua luz suave banhando a montanha e tudo ao meu redor com um brilho quase surreal.Suspirei encantada, completamente envolvida pela magnitude da natureza ao topo da montanha. Meus olhos se encheram de lágrimas, refletindo uma emoção inexplicável e avassaladora. Com o coração palpitando, voltei meu olhar para meu companheiro, Aaron.Ele estava deslumbrante, trajado em um terno elegante branco que destacava sua figura imponente. Seu cabelo estava impecavelmente penteado,
POV: CALLIEMeses se passaram até a noite da lua de sangue, no pé da montanha um altar foi montado em meio a fauna em uma decoração elegante e iluminada, o ar fresco da noite fazia meu coração pulsar de antecipação. A porta, uma das empregadas se aproximava ajustando os últimos detalhes do vestido de noiva, sentindo-me como uma princesa de conto de fadas. O corpete justo, adornado com delicadas aplicações de renda, abraçava meu corpo com suavidade. As mangas longas e transparentes, bordadas com pérolas, brilhavam sutilmente à luz. A saia fluía em camadas leves de cetim de marfim coberto por tule, movendo-se graciosamente com cada passo.A longa cauda se estendia pelo chão, ornada com renda e pequenos cristais que capturavam a luz, criando um brilho sutil. O véu, também de tule fino, estava preso ao meu cabelo por uma tiara de prata