POV: AARON
Vi Dante olhar para trás, um sorriso sombrio se espalhando por seu rosto, enquanto mais lobos da seita se posicionavam à minha frente. Nada poderia me deter; eu estava implacável, derrubando todos que ousavam se opor ao meu caminho. Rugindo ferozmente, avancei em direção ao maldito que havia machucado minha companheira e roubado meu filhote.
— Devolva o meu filhote! — Rosnei predatoriamente, minha voz carregada de ira e determinação.
Dante se virou lentamente, o sorriso maligno ainda em seus lábios.
— Este bebê aqui? Não, rei Lycan, já falamos sobre isto, o filhote é meu. — Sua voz era uma mistura sinistra de sarcasmo e múltiplos tons, como se várias entidades falassem através dele.
Observei com nojo sua pele podre, infestada de vermes, um dos olhos opacos
POV: YULLIComecei a curar Keenan, concentrando-me na ferida envenenada em seu ombro. Sua situação era crítica; o veneno havia se espalhado rápido demais, comprometendo sua respiração e pulsação. Precisávamos urgentemente do antídoto que o Dr. Ryan e eu estávamos preparando no laboratório, mas o tempo era nosso inimigo.— Merda, você tinha que ser arrogante e vir para cá sozinho? Por que não pediu ajuda, cachorro idiota? — gritei com raiva, minha voz tremendo enquanto pressionava a mão contra a ferida. Seus olhos se abriram lentamente, fixando-se nos meus com uma intensidade que misturava dor e teimosia.— Não dava tempo, perderia o rastro da Luna. E sou um alfa, esperava mesmo que eu não fosse arrogante? — Ele sorriu fracamente, seus lábios manchados de sangue.— Alfa? — Repeti surpresa, minha voz saindo mais alta do que pretendia. Keenan havia negado sua essência por tanto tempo. — Quer dizer que aceitou sua essência?— Eu me transformei em Lycan hoje, bruxinha. Dá para acreditar? —
POV: CALLIEMinha mente foi arrastada para longe, sentia como se estivesse mergulhando em um mar de sangue onde o líquido denso adentrava meus pulmões, enchendo-os e me afogando lenta e tortuosamente, sufocando-me.— Eu estou morrendo? — ressoei em minha mente, a voz quase um sussurro de desespero.Morreria sem sentir seu cheirinho? Sem conhecer seus chorinhos e sentir o calor de seu pequeno corpinho em meus braços? Lutei tanto para sobreviver para perder o melhor da vida?Não, não, isto não era justo!Tentei nadar em meio ao mar que sentia me arrastando cada vez mais para o fundo. Eu não queria morrer, eu não podia morrer. Eu precisava lutar, sou mãe e meu filhote precisa de mim. Nada e ninguém vai me separar de Rigan. Vou amá-lo, protegê-lo e cuidar dele. Vou cantar canções de ninar, embalar seu sono, ensiná-lo a camin
POV: AARON— Yulli? Faça alguma coisa! — O rugido reverberou por todo o templo, sacudindo a estrutura até as fundações. As paredes racharam e a estátua no altar começou a fissurar. A fonte no centro rompeu, inundando o chão com água.Aproximei-me da Lobinha, com Rigan nos braços. Ele parecia reconhecer o aroma de sua mãe, acalmando-se com um choro baixo e manhoso. Coloquei-o delicadamente sobre o peito dela, acariciando seus cabelos. As batidas do coração de Callie eram quase inaudíveis, tão fracas e lentas que mal pulsavam.— Ei, minha pequena, por favor, desperte... Não faça isto comigo! — Sussurrei em seu ouvido, beijando sua bochecha fria e úmida. Afundei o nariz em seu pescoço, tentando captar aquele cheiro que tanto me acalmava, mas ele estava quase ausente. O odor da morte come&cc
POV: YULLIO corpo de Callie começou a brilhar com uma luz suave, apertando a mão do alfa levemente. O poder do feitiço estava funcionando, e eu podia ver a cor retornar ao seu rosto, suas feridas espirituais se fechando.— Funciona... — Exclamei com a voz cansada, mas cheia de alívio. — Ela está voltando para nós.O círculo mágico começou a diminuir seu brilho, o corpo de Callie foi gentilmente depositado de volta no chão. Aaron a abraçou, absorvendo seu calor retornava, sabia que sacrifício havia valido a pena, não podíamos perder a chave principal desta guerra. Olhei para o alfa, percebendo que ele havia desmaiado com os poros ensanguentado, o corpo cobrando o preço de perder um fragmento de sua alma e parte do poder supremo.— Quanto? — Questionou Dillian com os olhos ferozes, seus músculos tensos e veias saltad
POV: CALLIE— Eu não sabia... — Disse, agarrando meu peito, que parecia queimar com o peso da dor. Enlacei a outra mão sobre meu ventre. — Eu não sabia que o estava condenando quando quis ser salva.— Callie. — Sussurrou Aaron, mas não consegui identificar de qual ponto ele falava. Tudo parecia tão frio e vazio.Era assim que eu me sentia, exatamente assim: sem vida, oca por dentro e derrotada. Eu não queria mais viver, não assim, não com este preço!— Alfa, eu matei o nosso filho. — Gritei em meio às lágrimas, precisando, não, necessitando colocar para fora toda aquela dor arrebatadora. Era demais, era terrível, era insuportável. — Eu não mereço viver, eu não quero.— Lobinha, se acalme. — Senti seus braços fo
POV: AARON— Callie, não faça isto, você não precisa... — A encarei, seus olhos brilhavam em contraste com as lágrimas que desciam pelo seu rosto. A dor era evidente, e ali compreendi que a havia perdido. — Lobinha, não faça isto comigo.— Nocturnus tem razão, este mundo não merece ser poupado. — Respondeu ela, abaixando a cabeça em lágrimas. — Eu te disse uma vez para não me dar motivos para querer viver, devia ter me deixado definhar nas mãos do meu pai.— Você não pode estar falando sério! — Brandei, tentando recuperar a força que havia sido drenada durante o ritual para salvá-la. — Se fizer isto, me trairá, se tornando minha inimiga. É o que deseja?— O que eu desejo? — Rosnou Callie, se aproximando enquanto N
POV: CALLIE— Bem-vinda ao lar, minha rainha. — Ressoou Nocturnus em deleite, guiando-me ao que parecia ser um castelo imponente, com corredores largos e repletos de portas fechadas.Caminhei lentamente, avaliando o local e me perguntando se isso sempre esteve ali.— O castelo? Sim, posso ser uma deidade sombria, mas isso não significa que eu não tenha necessidades, híbrida. — Respondeu ele, analisando minhas reações com um sorriso malicioso.— Como você...? — Falei surpresa, virando-me para ele.— Ah, perdão, rainha, não percebeu que murmurou as palavras? — Nocturnus sorriu, um sorriso frio e maligno, refletido nos seus olhos gélidos. — Eu sinto muito por sua perda.— Sente mesmo? — Girei o corpo, ficando de frente para o deus, os olhos ainda mer
POV: KEMILLYRetornei à alcateia levemente ferida. A batalha contra os seguidores da seita fora árdua e cruel, com eles tentando a todo custo me eliminar. Aqueles malditos estavam determinados a acabar comigo! Ao longe, vi Keenan, também ferido, caminhando lentamente para dentro do hospital. Meu coração apertou ao vê-lo assim. Instintivamente, mexi no bolso da calça, sentindo o pó da raiz de esquecimento. Não queria chegar a tanto, mas se não conseguisse convencê-lo a não me dedurar, teria que recorrer a outros métodos extremos.Esperando o momento certo, me movi sorrateiramente pelo corredor até chegar ao quarto de Keenan. Ele estava deitado, com os olhos fechados e respirando com dificuldade. Entrei silenciosamente, sem que ele percebesse minha presença. Seu corpo parecia tensionado, cada músculo em alerta, como um lobo pronto para atacar. Quando finalmente me aproximei, ele abriu os olhos abruptamente, fixando em mim um olhar feroz.— Você teve coragem de retornar depois da traição