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03 - Tommáz Walker

Tommáz Walker

Como uma mulher conseguiu me fazer perder a compostura assim em uma única foda, retiro a venda assim que ouço o baque da porta, mas ela que pense que ficará assim apenas em uma noite, essa semana toda a farei minha até me saciar, amanhã depois do desfile da minha tia estarei aqui a procura dela, porque tenho certeza que terá uma grande placa de neon, no pescoço de cada uma das modelos indicando ser um limite ali.

Amo a minha tia, ela se aproximou com os anos dos meus pais, principalmente por não serem criados juntos e todo o drama que aconteceu durante o início do casamento dos meus pais.

Olho para a minha carteira e suspiro quando percebo que dei um pouco mais de quatro mil dólares na minha carteira, que havia sacado mais cedo no aeroporto para fazer cambio.

— Sortuda filha de uma mãe. — Digo com um sorriso no rosto. — Te daria muito mais se tivesse deixado ver o seu rosto.

Me ergo da cama e começo a procurar as minhas roupas, ligo a luz do quarto e percebo a merda.

O preservativo rasgou, droga.

Estava praticamente vazio a parte onde fica a porra da ejaculação, sinto que tenho uma britadeira no meu peito e se a mascarada não tomar contraceptivos, sacudo a cabeça em negação, não acredito que uma garota de programa não se previna, sempre pode acontecer algo assim.

Visto as minhas roupas com uma velocidade impressionante, quero tentar encontrar a mascarada e avisar sobre o incidente, para que ela possa tomar alguma providência.

Saio do quarto com um sorriso e começo a procurar pela dona da máscara com um pavão bem adornado com as suas penas majestosas, não tem como não a encontrar nesse lugar, sua máscara a deixava ser o centro das atenções. Caminho novamente para o camarote que estava mais cedo, para esperar por Kevin, que deve estar provavelmente com a ruiva que ele havia escolhido.

Meu camarote era em um mezanino, me dando uma visão perfeita da movimentação de todos que estavam hipnotizados pela dançarina que estava se apresentando naquele momento.

Se Ella pensa que não a verei novamente, ela está muito enganada, aquela tatuagem da cinderela na sua bunda é algo que não esquecerei não cedo, quando a coloquei de quatro aproveitei a posição e percebi que ela realmente tem um corpo lindo e vi que tinha uma tatuagem delicada com traços finos, pena que não pude olhar com clareza, não queria que ela me pegasse sem a venda.

Fico frustrado quando não, a encontro em nenhum canto do cabaré, minha irritação e preocupação começam a bater em minha mente como a porra de uma britadeira, olho para o relógio de pulso e percebo ser quase três da manhã, tenho certeza que amanhã terei uma puta dor de cabeça pela falta de sono.

Porque tenho certeza que dona Enora Miller nos acordará extremamente cedo para o casamento da minha prima um dia antes da semana de moda de Paris, teremos uma semana bastante badalada.

Minha mascarada poderia muito bem ser uma das modelos da minha tia, pelo menos não teria tanto trabalho para localizar...

— Cara, acho que podemos ir. — Kevin surge da escuridão, olho para a cara de satisfeito do meu amigo.

— Sim, temos mesmo que ir, o casamento é amanhã cedo e tenha certeza que todos estarão de olho em nossa cara de cansado. — Digo enquanto me levanto.

— Diga por você, porque aquela ruiva me deixou leve e marquei de passar com ela a noite depois do desfile. — Meu amigo anuncia assim que saímos do camarote.

— Infelizmente não tive a mesma sorte, encontrei a cinderela, mas como a história ela se foi assim que ouviu as badaladas do relógio. — Começo a contar ao meu amigo o que fiz, ele apenas nega com a cabeça.

Vou em direção à mansão da família, adoro quando viemos para Paris, é um ligar que realmente adoraria de morar e construir outro impero para administrar, pena que a cede da Walker é em Chicago, teria o maior prazer de trazer tudo e trabalhar aqui.

Chegamos na mansão e percebo que já tem pessoas entrando e saindo, a cerimônia do casamento da Laura será aqui, provavelmente é a equipe preparando tudo para a festa que será apenas para a família e algumas pessoas mais próximas.

Entro no meu quarto ainda com os pensamentos dirigidos para aquela loira que me enlouqueceu apenas em uma um pouco mais de uma hora e se quer me deixou que a nossa diversão se tornasse mais longa, tomo um banho rápido para tirar o cheiro adocicado do perfume da minha cinderela, caio na cama e não demoro para o meu sono chegar, trazendo sonhos perturbadores com a mascarada brava comigo por te-la engravidado.

Acordo desesperado com o sonho de ver a mulher com um pavão no rosto ostentando uma barriga linda a deixando com um jeito meigo e romântico exalando de sua pele, apenas de imaginar novamente aquele corpo, minha ereção cresce de uma forma que mal consigo explicar para mim mesmo.

— Enlouqueceu Tom, tesão em uma grávida, que Deus me proteja de uma gravidez não planejada, pior ainda fora de um casamento, minha mãe me mata. — Resmungo abrindo os olhos e me deparando para o relógio marcar 5h.

Ouço a porta se abrir e mudo a posição para que meu visitante não perceba a minha ereção matinal. Minha irmã abre a porta e olha para a minha cara sorrindo debochada.

— Se tivesse ficado em casa não estaria tão destruído assim. Bom dia! Irmãozinho. — Larissa sorri e me cumprimenta. — Nossa avó pediu para que todos desçam, ele tem um anúncio para realizar, estamos apenas esperando por você no escritório.

— Diga que já estou indo, vou apenas por uma roupa mais confortável e desço em seguida. — A vejo concordar e sai do meu quarto com um sorriso no rosto.

Levanto da cama me espreguiçando e empurrando a preguiça de lado, entro no closet e escolho um conjunto de moletom para ir me encontrar com a minha família.

Assim que saio no corredor ouço a minha tia Noely, provavelmente deveria estar dando os últimos retoques nos preparativos para o casamento da Laura.

— Amélie, por favor providencie tudo isso, descerei e ver o que a minha mãe está aprontando, já me encontro com você na mesa do café. — O som da porta chama a minha atenção e me viro na direção das duas mulheres que caminham na minha direção.

— Bom dia, tia! — Beijo a sua bochecha e estendo o braço para que ela caminhe ao meu lado.

— Bom dia querido, que milagre é esse com você acordado, tinha a certeza que só veria você no staff escolhendo algumas de minhas modelos. — Começo a gargalhar para a minha tia.

— Era esse o plano, mas acho que encontrei uma cinderela na noite passada. — Digo piscando para ela que dá um tapinha na minha mão.

— Não acredito que verei o dia que meu sobrinho, galinha, encontrou uma mulher para que ele se torne responsável. — Não resisto e caímos na risada.

Descemos as escadas sendo seguidos pela assistente pessoal da minha tia, uma moça loira com os olhos encantadores e parecia envergonhada ali ao nosso lado, só então que percebi o quanto fui rude e não me apresente a pequena mulher.

— Desculpe, fui rude, sou Tommáz Walker! — Digo olhando fixamente para os olhos da mulher que sustenta o meu olhar.

— Enchanté monsieur, Amélie Petit. — Ouço a sua voz e sinto como se já a conhecesse, mas tenho certeza que ela ainda não havia sido contratada da última vez que vim a Paris.

— Chega de olhá-la, Tom, não vou perder a minha assistente por sua causa. — desvio o olhar daqueles olhos hipnotizantes e a vejo se afastar em direção à mesa do café que já estava posta.

— Credo, tia, nem sou tão safado assim. — Ouço a sua gargalhada e passo meu braço por seu ombro e beijo a sua bochecha assim que entramos no escritório.

— Finalmente chegaram, Tom feche a porta e sentem-se. — Minha avó dá seu comando e apenas obedeço,

A família estava toda lá sentados espalhados por todas as cadeiras e poltronas que faziam parte da decoração do seu escritório.

— Como todos vocês sabem tenho um testamento, decidi que faria algumas modificações nele para beneficiar a empresa Miller. — Vejo quando a minha vó puxa um envelope da gaveta e põe sobre a mesa.

— Mãe sabe que não tem necessidade de... — Minha mãe interrompe o meu pai o que estranho.

— Cala a boca, Noah, deixe a sua mãe falar. — Seguramos uma risada da advertência que a minha mãe fez.

— Então, quero que todos saibam que minha herança, o comando da casa Miller será do meu herdeiro casado e com um filho. — Sinto uma aflição no meu peito, com isso a minha avó praticamente me retirou da partilha dos bens, uma vez que não tenho planos para me casar.

Sinto todos os olhares caindo sobre mim, é como se fosse um maldito plano para que desce um fim nas minhas noitadas e não ter uma mulher por noite.

— Vó, isso não é justo, já que Laura está casando hoje e nem eu, como meus irmãos, tem planos para casamento. — Digo enquanto vejo os olhares da velinha que mais amo.

Dona Enora Miller, uma americana que se refugiou em um país diferente para esquecer o meu avô, que foi obrigado a casar com a mulher que não amava, conseguiu construir um império na moda aqui em Paris, mesmo que a Walker não administre diretamente as finanças da Casa Miller, nossas auditorias andam juntas, já que somos uma família. A vejo crescer a cada dia com os balanços trimestrais e não aceito não estar por dentro da partilha, droga eu, sou neto também.

Não faço questão pelo dinheiro, mas apenas porque não aceito que alguém de fora da família administre tudo aquilo, se meu irmão já fosse noivo e estivesse pensando em casamento não ficaria tão sentindo, mas entregar o poder da herança da minha vó nas mãos de um homem que mal conhecemos não é o certo, não temos nada contra o noivo da Laura, mas ele não é um Miller ou um Walker, para receber a herança da família de mão beijada.

Respiro fundo e olho para todos ali que aceitam as vontades da minha vó, mas se é o que ela quer para o seu testamento, então terei que encontrar a minha CinderElla para se tornar a minha senhora Walker e assim manter a fortuna da família nas mãos dos Walker.

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