Tommáz Walker
Viro a cadeira em direção a grande parede de vidro que ocupava toda a sala do último andar da Walker Corporation, finalmente meu pai Noah estava deixando a empresa sobre os meus comandos, mesmo ele dizendo ser apenas uma aposta, adoro os meus pais e sei que ele confia em mim, mas ainda não estou pronto para realizar o que eles mais desejam.
Que me case!
Só de pensar sobre isso sinto um arrepio de mau agouro correndo pela minha espinha, não que não acredite na instituição do casamento, até por que vejo que os que me cercam deram muito certo, olhando para os meus pais e meus tios Mike e Emma, todos eles são extremamente felizes em seus casamentos.
Mas, eu adoro a minha vida, toda noite ter um bucetinha diferente e não quero e nem planejo tão cedo me prender em apenas uma. Não consigo me ver, vivendo essa vida de homem de apenas uma mulher.
Mesmo sabendo que tenho dado bastante trabalho com a imprensa nos últimos anos, sendo fotografado sempre com uma mulher diferente, o que me fez comprar um apartamento diferente para usar em meus encontros casuais, no mesmo prédio onde tenho meu apartamento.
Minha assistente pessoal, não suportava mais limpar a sujeira que sempre fazia depois de uma noite de gandaia, então ela me deu a ideia de ter um abatedouro alguns andares abaixo, e assim eu fiz.
Infelizmente nessa sexta-feira, não terei meu prazer de todo dia, já que assim que sair da empresa vou direto para a pista de voo, me encontrar com a família para aproveitarmos a semana de moda em Paris, o que é ótimo, aproveitarei algumas das melhores modelos mundiais para realizar uma orgia.
O império que meu pai iniciou cresceu ainda mais e sob meu comando nos últimos meses cresceu a ponto de ser necessário criar uma filial em Paris e outra na Itália, já que o Spa com os Lancellot acabou se tornando uma cadeia de hotéis e vinícolas, hoje temos uma fatia bem pequena dos lucros da Lancellot, conforme meu pai fez com o falecido senhor Pierre e seu filho Pietro assumiu o comando de tudo fazendo prosperar...
— Continua aqui Tom? — Vira a cadeira em direção à voz do meu melhor amigo Kevin.
— Sim, terminei agora de olhar os balancetes, estava de saída. — Digo sorrindo para ele. — E aí, vai conosco ou prefere ir com meus tios na terça? — Pergunto na esperança que ele aceite ir comigo.
— Vou com vocês, mas preciso preparar a minha bagagem. — Reviro os olhos para o meu amigo quase um primo.
Pego o telefone e meus pertences e ligo para os meus pais, sei que eles não vão se importar de esperar enquanto Kevin se apronta para ir no mesmo voo.
Para os meus pais, os filhos do tio Mike e tia Emma é uma extensão da própria família, já que crescemos todos juntos e praticamente estudamos na mesma escola.
Saímos da empresa e vou com meu amigo em direção o apartamento que ele tem, infelizmente não moramos no mesmo prédio, ele ganhou dos pais um apartamento alguns andares abaixo dos próprios pais no dia seguinte que ele chegou tão bêbado que deixou a minha tia muito irritada, que decidiu por ele no seu próprio espaço, irritando as minhas primas que ainda vivem embaixo do teto dos pais.
Com uma hora de atraso chegamos no aeroporto, entramos na pequena aeronave e caminho em direção a minha mãe que tem quase uma semana que não a vejo, ela estava tão envolvida com o casamento da minha prima Elisa que praticamente estava mais em Paris que em casa.
— Oi! Mamãe, por que não ficou por lá? — Pergunto beijando a sua testa e lhe abraçando com saudades.
— Porque sua mãe tem um marido que estava com saudades dela na cama. — Reviso os olhos para o meu pai que não se importa nenhum um pouco de falar das intimidades deles na frente da família, fazendo todos ficarem com vergonha.
— Credo velho, ninguém precisa saber que vocês dois continuam parecendo dois coelhos cheios de fogo. — Tiro uma gargalhada do meu pai que me puxa para um abraço.
— Deixe disso moleque, vocês acham que foram feitos como? Deixem esse assunto para outro momento, oi Kevin. — Meu pai estende a mão para o meu amigo e o abraça.
Me sento na poltrona ao lado do meu irmão Ethan que estava mexendo em algum gráfico e pelo visto, ele não estava muito satisfeito com o que estava vendo.
Conversei com todos e finalmente o nosso voo foi liberado para decolar, aproveitei para por os assuntos em dias e ouvir cada uma das reclamações de minha mãe, porque tenho certeza que ela reclamará mais uma vez, por ser fotografado com a atriz que protagonizará o novo filme de heróis da Marvel, que estava filmando em Chicago.
Chegamos a Paris e fomos todos para a casa que meus pais tem aqui, chamar de casa é até uma ofensa, a mansão tem nada mais, nada menos que quinze quartos, tudo isso para evitar a nos separar quando viéssemos para a casa da vovó Enora, que tenho certeza que puxará a minha orelha pela manhã quando chegar para o café.
Mas agora é hora de gastar um pouco as nossas energias, chamo Kevin para ir ao Moulin Rouge, a casa de show mais icônica de Paris, mas existe uma porta exclusiva apenas para a alta sociedade.
Uma casa de stripper, em grande maioria as garotas são apenas dançarinas sensuais para alguns empresários, mas existe garotas de programas que aceitam dar um pouco de prazer para seus clientes, eu mesmo já transei com algumas modelos mundias aqui mesmo, nesses bancos aveludados.
Assim que entramos pelas portas escuras escondidas por uma decoração sofisticada, o ambiente se torna escuro, estava acontecendo o segundo show da noite.
Caminho devagar entre algumas poltronas para não pisar no pé de nenhum dos clientes que estava ali apreciando uma modelo que se não fosse pela máscara teria certeza que a conheceria.
Entro com o Kevin na saleta privativa com um mini bar a disposição para o nosso consumo, começo a olhar para as mulheres que estavam caminhando pelo salão com uma bandeja oferecendo algumas taças de champanhe ou copos de uísque.
Continuo observando o show da mascarada que parece ter um charme interessante e aquela máscara estava me deixando intrigado, tenho a sensação que já a vi em algum lugar, talvez a chame para uma noite e descubra de onde a conheço.
— Quero aquela ali. — Kevin aponta para uma ruiva que estava usando uma máscara veneziana.
A mulher era até bem bonita, tinha um corpo que lembrava muito as brasileiras, com curvas nos lugares certos, seios fartos e uma bunda arrebitada, percebo quando meu amigo acena para o garçom que caminha lentamente em nossa direção.
— Boa noite, senhores em que posso ser útil? — O garçom nos cumprimenta.
— Gostaria de convidar a Veneziana para o nosso camarote, isso claro se ela for adaptar a dar prazer! — Kevin fala com os olhos fixos na mulher.
— Creio que a Veneziana já tenha sido solicitada senhor, temos algumas outras se quiser conferir... — Meu amigo interrompe a fala do garçom.
— Diga a ela que dobro o valor que lhe foi proposto. — O garçom meneia a cabeça e antes que ele saia o chamo.
— A dançarina principal, ela faz parte do catálogo? — Pergunto com interesse, olhando diretamente para a mulher na minha frente.
— Não, ela é novata, mas posso perguntar se ela tem interesse de uma exclusividade. — Aceno com a cabeça, mantendo o meu olhar na desconhecida que dançava exibindo uma cintura fina e um rebolado que estava me deixando de pau duro, observo o garçom se aproximando do palco chamando a sua atenção e pelo que pude ver ele gesticula em nossa direção.
Noto quando ela nega com a cabeça, o garçom se aproxima da ruiva que confirma com a cabeça e a vemos indo em direção a outra porta que até onde me lembrava é onde ficam pequenas suítes. O cretino do meu amigo se levanta com um sorriso na cara debochando do fora que levei e vai em direção à ruiva que lhe chamou a atenção.
Continuo olhando para a loira que se negou para mim, tento massagear o meu pau que está ficando cada vez mais duro por não conseguir me enterrar dentro dela. A safada percebe os meus olhares em sua direção e começa a rebolar a bunda dela na minha direção, estava usando uma lingerie branca que parece muito com uma das criações da minha tia.
— Foda-se, terei você assim que sair desse palco. — Saio do meu camarote e vou caminhando em direção ao bar que ficava próximo à saída do palco.
Mantenho os meus olhos na mulher que continua dançando e pelo jeito que a sua cabeça estava ela parecia me procurar no camarote. A música acaba a vejo se despedindo dos diversos clientes que estavam sentados praticamente com o pau na mão ou com alguma outra mulher os chupando.
Ela desce do palco e seguro em seu pulso assustando com a minha invasão em seu espaço. Mas nesse momento não me importava em nada, ela passou o resto de sua dança se insinuando para mim.
— Vem! — Seus olhos azuis eram a única coisa que conseguia observar pela máscara, ela resistiu.
— Não! Você que vem! — Um sorriso satisfeito com a mudança, surge em meu rosto.
Ela me puxa para um dos quartos privativos que estava com uma lâmpada verde na maçaneta, entramos no quarto, ouço quando tranca a porta e deixa o quarto com uma iluminação quase que completamente escura, apenas com as led da cama acesa.
— O que deseja de mim, Senhor? — A ouço perguntando.
— Quero tudo... — Digo quando sinto suas mãos se aproximando do meu corpo, quando ia tocar em sua máscara seus dedos delicados me impede.
— Darei tudo, mas não pode me ver, serei apenas uma lembrança sem rosto e sem nome em sua mente, mais uma entre tantas que já teve senhor Walker. — A desgraçada me conhece.
— Tenho uma ideia, você me venda e poderei sentir o sabor de seus lábios. — Sei que ela está pensando na minha proposta.
— Tudo bem! — Ela se afasta e procura algo em uma mesa que nem havia percebido haver ali.
A venda me deixa ansioso, me sinto refém dos desejos dessa pequena mulher, suas mãos vão para o meu rosto enquanto ela brinca com os pelos do meu peito, cubo com as minhas mãos até o seu pescoço e com delicadeza toco em seu rosto puxando para um beijo.
Não é porque sou um libertino que não gosto de dar uma boa foda para que todas elas se lembrem que já foram minha um dia.
Nossos lábios se encostam e o sabor adocicado de algo que ela tomou faz com que sinta um frenesi absurdo, meus pés acompanham os seus movimentos e passo meus braços por sua cintura fazendo com que ela caia por cima, sem deixar de beijar seus lábios macios.
Essa noite ela conhecerá Tommáz Walker e será ela que nunca me esquecerá.
Amélie PetitOnde estava com a cabeça quando aceitei vir com a Laura para o Moulin Rouge, sei que meu emprego como assistente da Noely não me dá uma boa renda, mas pelo menos tenho todas as minhas contas do mês paga.Se não fosse meu pai se meter nessa enrascada e o agiota que ele deve, me encontrar não estaria aqui me sujeitando a isso, não que esteja desmerecendo a vida de prostituição que a minha melhor amiga vive, mas sei muito bem que nem sempre ela tem sorte de pegar um bom cliente que a trate com carinho e não apenas como um saco de pancadas.Quantas vezes precisei ajudá-la chegar em casa, depois que ela me ligava pedindo ajuda, porque sofreu mais uma agressão de algum político sujo de Paris ou da Europa que adoram vir até o Moulin Rouge para aproveitar alguma das meninas da casa de prostituição mais famosa do mundo.— Escolha uma máscara e rebole no palco, você dança tão bem, sabe que não precisa ir para os privativos se não quiser, mas se decidir precisa apenas pagar a taxa d
Tommáz WalkerComo uma mulher conseguiu me fazer perder a compostura assim em uma única foda, retiro a venda assim que ouço o baque da porta, mas ela que pense que ficará assim apenas em uma noite, essa semana toda a farei minha até me saciar, amanhã depois do desfile da minha tia estarei aqui a procura dela, porque tenho certeza que terá uma grande placa de neon, no pescoço de cada uma das modelos indicando ser um limite ali.Amo a minha tia, ela se aproximou com os anos dos meus pais, principalmente por não serem criados juntos e todo o drama que aconteceu durante o início do casamento dos meus pais.Olho para a minha carteira e suspiro quando percebo que dei um pouco mais de quatro mil dólares na minha carteira, que havia sacado mais cedo no aeroporto para fazer cambio.— Sortuda filha de uma mãe. — Digo com um sorriso no rosto. — Te daria muito mais se tivesse deixado ver o seu rosto.Me ergo da cama e começo a procurar as minhas roupas, ligo a luz do quarto e percebo a merda.O p
Amélie PetitNão ter descansado praticamente nada durante a noite com o sobrinho da minha chefe, me atingiu em cheio, já que precisava estar na mansão antes das cinco para ajudar com os preparativos do casamento e principalmente com os últimos detalhes para o desfile da primeira noite.Não faço ideia de como vou me portar diante do sobrinho da Noely, a única coisa que sei, é que a sua generosidade ajudou a pagar por um dos vestidos da Dior que usarei durante a semana.Arrumo uma pequena bolsa com tudo o que precisarei para usar durante o dia, tanto para o casamento como para o primeiro desfile desta noite. Estou empolgada, é a primeira vez que participarei da semana de moda, trabalhando com uma das estilistas tão renomada quanto Valentino, Dior, Saint Laurent entre tantos.O dia hoje será tão agitado que provavelmente não encontrarei o monsieur Walker, provavelmente estará dormindo assim que pôr os pés na mansão, o pensamento chega até ser reconfortante, minha sorte é que ele não viu
Amélie PetitMe recordo da forma bruta que o Tommáz me tomou naquele quarto no Moulin Rouge, em como mesmo ele aceitando estar vendado tentou me dar o máximo de prazer possível, em como mesmo tendo o som da outra dançarina no palco fazendo a sua apresentação fosse alto, o som dos nossos gemidos foi o suficiente para que criássemos uma bolha com o tesão que sentimos naquele momento, o fato de criar uma conexão com ele ali, foi algo que me deixou surpresa.Faz alguns meses que terminei o meu último relacionamento, principalmente quando tinha o louco do Jacques no meu encalço, acabei ficando que o medo que sentia daquele agiota, que ele acabasse matando o meu ex. Não queria ter o sangue de um inocente em minhas mãos.Começo a me servir do café que estava ali na mesa para os criados da mansão, mesmo que a minha chefe gostasse que me sentasse a mesa com ela, não via motivos para estar lá sozinha quando, pelo visto, eles estavam em reunião com a matriarca da família Miller.A madame Enora M
Enora MillerJá tem três dias que a minha nora voltou para Chicago, sei que ela continua incrédula com o que planejo fazer, ainda mais que a maioria das mulheres dos Estados Unidos e Europa já foram para a cama com o Tom, tenho que pensar em alguém que faça ele ficar intrigado, que não ceda aos seus encantos, porque convenhamos meu filho e minha nora deram banho de mel naquele menino, é a única explicação que consigo aceitar.As modelos da Noely, todas são presas fáceis para ele e Ethan, sem contar que ao se juntarem com o Kevin, não a bordel que aguente os três. Por isso que Noah teve que contratar uma profissional para limpar as burradas que meu neto sente o prazer em fazer.O casamento da Elisa estava s
Tommáz Walker Adoro a minha família, principalmente quando nos reunimos assim e eles decidem que tenho que me casar e largar essa vida de libertino que tenho. Dessa vez darei ouvidos aos pedidos de mamãe, mas principalmente porque não quero ver o nosso patrimonio dividido em mãos de estranhos, hoje com a entrado do marido da Eliza em nossa família ele pode se tornar o responsável para administrar o império da Casa Miller. Minha vó e minha tia já haviam saído da mesa, então aproveitarei e vou até o Moulin Rouge para conseguir alguma informação sobre a minha mascarada, preciso avisar a ela sobre o preservativo que rasgou. E claro que vou culpá-la, se ela tivesse me deixado sem a venda isso não teria acontecido. A minha ideia me faz deixar um sorriso surgir em meu rosto, pego um dos diversos carros que tem na garagem da mansão e antes que pudesse ligar a porta ao meu lado se abre e me surpreendo quando Kevin e Ethan entram no carro. — Onde vocês pensam que vão? — Me viro para olhar o
Amélie Petit A cerimônia do casamento da Elisa foi lindo e sei muito bem que os planos que a madame Enora e a Noely bolaram no escritório vão começar a pôr em prática. Porque me deixar sentada ao lado do Tommáz enquanto o casamento rolava foi algo que elas mudaram em cima da hora, já que seria Eve que sentaria ali, mas agora sentada ao seu lado e sentindo seu olhar em cima de mim, acho que elas acertaram em fazer isso. Mas onde eu estava com a cabeça em aceitar participar disso, como posso fazer um mulherengo como ele se interessar por mim, quando ele descobrir que sou a mulher da máscara, tenho certeza que o interesse que ele criou por mim acabará. Não tenho nada a contribuir para esse casamento. Fecho os olhos ouvindo o sermão do celebrante e deixo a mente voltar para a conversa com a madame Enora. — Minha vida nunca foi fácil, perdi a minha mãe muito cedo e em consequência disso o meu pai entrou em uma depressão profunda. — Deixo uma respiração pesada sair. Minha adolescência
Tommáz Walker A semana de moda foi um sucesso, não podia ser diferente, as coleções que minha tia traz a cada nova estação é maravilhosa e sabemos que sempre será ovacionada por sua criatividade. Hoje é o dia que meus pais decidiram voltar para casa e como minha tia pediu que ficasse mais alguns dias aqui para ajudar na auditoria da empresa, já que estava se aproximando o período de entregar os relatórios. E sem contar que não tem nada que me faça se afastar de Paris, principalmente por mal ter me aproximado da Amélie. Não sei porque mais sentia que a minha tia e minha avó estavam afastando ela de mim nos últimos dias e não estava entendendo, elas deveriam me ajudar a criar algum vínculo com àquela loirinha, pelos cantos observava o quanto ela é bonita, mal consegui falar com ela durantes os dias que ela apareceu para a semana de moda. Além da primeira noite que fui com a minha família, liguei para uma amiga francesa que dei sorte que estava aqui e convidei para me acompanhar nos