Antes que eu pudesse reagir, ele me pegou nos braços, me levantando com uma facilidade surpreendente e me colocando na bancada da cozinha. Seus dedos deslizaram pela minha pele, um toque que me fazia estremecer. Ele desatou o nó da sua toalha com um movimento lento e deliberado, o tecido caindo no chão, revelando a beleza de seu corpo __. "O que você está fazendo?", perguntei, minha voz abafada pelo desejo que me consumia. Ele me beijou, um beijo profundo e apaixonado que me roubou o fôlego. Seus lábios quentes e exigentes exploravam os meus, enquanto suas mãos deslizavam pelas minhas costas, descendo lentamente até a minha cintura. Em um instante, minha camisola foi arrancada, e estávamos unidos em um abraço apaixonado, uma dança sensual que me levava a um nível de prazer que eu jamais havia experimentado. Quando tudo acabou, eu fiquei inerte, deitada na bancada da cozinha, meu corpo ainda vibrando com o eco do nosso amor. O desejo havia sido tão intenso, tão avassalador, que eu
As palavras dele reverberaram em minha mente, como um eco que se recusava a desaparecer. Eu sabia que ele estava certo, que a vida era, de fato, uma jornada cheia de possibilidades e surpresas. Mas naquele momento, a ideia de se aventurar me parecia ao mesmo tempo emocionante e aterrorizante. Como eu poderia me lançar em uma vida cheia de incertezas quando ainda estava lutando para entender meus próprios sentimentos? Enquanto ele saía, o peso da sua declaração ficou comigo. A frase ressoava em meu coração, e eu percebi que a aventura estava batendo à minha porta, me chamando para fora da minha zona de conforto. O desejo de me arriscar, de me permitir viver plenamente, começou a crescer dentro de mim. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que precisaria enfrentar minhas inseguranças e dúvidas antes de realmente me jogar nessa nova fase da minha vida. Com a cozinha agora em silêncio, eu me vi diante de uma escolha: permitir que o medo me paralisasse ou aceitar o chamado da aventura que Ethan
O medo me corroía por dentro, uma inquietação que me impedia de dormir direito desde que Ethan me contara sobre os lobisomens e a iminente lua de sangue. Quando cheguei na loja, Sarah percebeu minha tensão imediatamente. __“O que você tem, amiga?” A pergunta dela ecoou na minha cabeça, mas eu só consegui balbuciar: “Nem sei por onde começar…”Ela me ofereceu um café, um gesto simples que me confortou naquele momento. Contei tudo a ela, cada palavra de Ethan, o terror que me tomava. Sarah ouviu em silêncio, a expressão séria, e quando terminei, a única coisa que ela disse foi: ___“O que pensa fazer?” A resposta escapou dos meus lábios como um sussurro: __“Não sei…”No fim do expediente, Ethan veio me buscar. A gentileza dele, naquele momento, pareceu um bálsamo para minha alma. Em casa, preparei café para nós dois. A atmosfera estava carregada, um silêncio pesado pairando entre nós enquanto tomávamos a bebida quente.__“Você está bem?” A voz dele, suave, quebrou o silêncio.
A noite caiu sobre nós como um manto pesado, carregado de uma ansiedade que nenhum café conseguia aplacar. Em casa, o silêncio era ensurdecedor, quebrado apenas pelo tique-taque do relógio na parede, cada segundo parecendo uma eternidade. Ethan me olhava com preocupação, seus olhos escuros refletiam a mesma inquietação que me consumia. A fisgada na barriga havia passado, mas um mal-estar persistente se instalou, uma sensação de presságio que me deixava inquieta.__“Clara,” ele começou, sua voz baixa, quase um sussurro. “Você tem certeza de que está bem?”Eu queria dizer que sim, que tudo estava sob controle, mas a mentira se recusava a sair. A imagem dos anciãos, seus rostos enrugados pela preocupação, e a pergunta sobre o sacrifício ecoavam na minha mente. Eu havia prometido fazer o que fosse melhor para todos, mas o que era melhor? Me sacrificar? Era isso mesmo que eles queriam?__“Eu… não sei,” confessei, a voz fraca. A verdade era que eu estava apavorada. Não apenas pela
_/“Isso não pode ser verdade,” disse, a voz trêmula, a negação me agarrando como um salva-vidas. __“É humanamente impossível.” Nihal balançou a cabeça, sua expressão impassível. ___٪ “Pelo jeito, não é. Senti bem o ser que se desenvolve no útero dela.” __“E o que ele seria?” Ethan perguntou, sua voz tensa. A resposta do curandeiro foi fria, implacável. __٪Um híbrido. Um ser misturado que provavelmente devorará a mãe de dentro para fora antes do nascimento.” __“Meu bebê não faria isso!” protestei, a palavra “bebê” ecoando na pequena choupana como um grito de esperança desesperado. Nihal suspirou, sua voz carregada de pesar. __“Entende mocinha. Que não é um bebê normal o que carrega, mas sim uma criatura sobrenatural.” ___“O que recomenda que façamos?” Ethan perguntou, sua voz firme, mas seus olhos revelando o medo que o consumia. A recomendação do curandeiro foi direta, brutal. __“Aborte esse ser antes que ele se desenvolva.” Um rugido ameaçador escapou da minha g
Os meses seguintes foram uma tortura. A frieza de Ethan era um gelo constante, me aprisionando em um vazio gélido. Meu corpo, traidor, respondia com enjoos que me deixavam prostrada e dores abdominais que me dobravam. Debruçada na janela, o olhar perdido no horizonte cinzento, vi-o: um lobo cobre, esguio e ameaçador. O medo me paralisou, mas em segundos, a criatura se curvou, transformando-se em Sarah, a minha amiga, a minha âncora em meio à tempestade. Ela abriu a porta, como se me lesse a alma.__"Clara, preciso de algo para vestir...", pediu, a voz suave quebrando o silêncio opressor.Corri para o quarto, encontrando um vestido laranja que, milagrosamente, se ajustava perfeitamente ao seu corpo. Seus olhos, cheios de compreensão, pousaram sobre minha barriga, inchada e dolorida. Um leve toque, o movimento do bebê, e a imediata retirada da mão.__"Então é verdade?", sussurrou, a voz carregada de espanto e compaixão."__Sim...", confirmei, a voz falha.__"Ethan me contou, mas pre
A escuridão do quarto se torna um manto pesado sobre mim, e, enquanto a solidão se alonga em cada canto, eu sinto o peso da presença de Ethan ao meu lado. Ele vem e vai, como uma sombra que se esconde quando a luz aparece. Sarah, por outro lado, é o meu refúgio, a única que acalma as tempestades internas que ameaçam me engolir. Mas, assim que ela parte, a solidão se torna uma companheira implacável. Ouço o leve movimento de Ethan, e meu coração acelera. Ele está ali, como sempre, pensando que pode se esconder da verdade, da minha dor. Com os olhos fechados, finjo que estou dormindo, mas a vontade de confrontá-lo cresce a cada segundo. Não posso mais suportar essa farsa. Decido abrir os olhos, e o faço com determinação. — Até quando vai continuar fingindo que não existo? — minha voz rasga o silêncio da noite, e sinto a tensão no ar. — Clara, você está acordada? — a surpresa em seu tom é quase cômica, mas não tenho tempo para jogos. — Todas as noites em que deitou ao meu lado,
A chegada de Sarah era um bálsamo para a minha alma. Suas visitas, cada vez mais frequentes, quebraram a solidão opressora que me aprisionava. Passávamos horas juntas, conversando sobre coisas banais, cozinhando, rindo… eram momentos fugazes de normalidade em meio ao caos da minha vida.___Pode admitir, tenho feito falta na loja.__Demais, amiga. Ninguém é tão organizada como você…Um sorriso triste se formou em meus lábios. A saudade da minha vida antiga, do trabalho, do contato com as pessoas, era insuportável.___Tenho saudades da minha vida livre, de trabalhar, de ver gente… sabe… me sinto infeliz aqui presa nesta cabana como uma criminosa ___Entendo, amiga, mas isso agora é perigoso para você. Se descobrirem sua gravidez, acontecerá uma guerra…A verdade nua e crua. A culpa me esmagava.__Sei disso e me sinto muito culpada, mas eu não podia matar meu filho, Sarah.___ Entendo Clara. diz empatica A conversa continuou, fluindo entre lembranças e medos. O ódio de Ethan, a mi