CarterCaralho, mais uma vez essa dor de cabeça dos infernos, sempre que exagero na bebida, eu fico desse jeito, sento na cama e uma pontada forte me atinge em cheio, merda, me levanto e vou para o banheiro, assim que faço as minhas necessidades, vou para o chuveiro, começo a passar o sabonete pelo meu corpo e ao tocar no meu pau, o sinto dolorido, imediatamente vem na minha memória a noite que eu tive com a minha mulher, a vagabunda não queria se entregar para mim por causa de sonho besta em que só se entregaria por amor, mas, fiz com que ela se arrependesse, nunca vou aceitar que ela diga não, a minha vontade tem que prevalecer, jamais nenhum mulher teve a ousadia de me negar o que quero. Se não consigo por bem, eu pego por mau. Além de ser a minha empregada, essa puta é minha mulher e nada mais justo que me satisfazer quando eu quero.Depois que saio do banheiro, vou me arrumar, espero que ela já esteja na mesa me esperando, depois de pronto, pego a minha carteira, o meu celular e
CarterSaí para trabalhar, teria uma reunião hoje com o dono da Dell Grafic, provavelmente ele iria querer o dinheiro de volta, mas, eu pretendia fazer uma contraproposta, lhe daria outra empresa que era do mesmo ramo, a dos Barrett, que ficaria pronta em alguns meses, e para isso, teria que baixar um pouco o valor, isso estava me deixando com raiva, se eu descobrir que foi mesmo o Victor que colocou fogo na minha empresa, o farei pagar.— Senhor tem um carro nos seguindo.— Tente sair fora dele, ligue para o Hernandes agora.— Sim senhor.Enquanto manobra o carro tentando se livrar da perseguição, ele faz a ligação que mandei.— Senhor Hernandes, tem um carro nos seguindo, estamos na avenida central ainda, sim senhor irei fazer isso.— Ele mandou fingir que vamos entrar em qualquer prédio senhor, ele está vindo com os outros agora mesmo.Antes mesmo de eles terminarem de falar, o nosso carro é atingido em cheio na traseira, se não tivesse de cinto teria saído voado pelo vidro, o carr
JessicaQuando ele me contou que pretendida se casar novamente, não acreditei, porque depois que a Isabella morreu, era eu que sempre supria a suas necessidades na cama, e as outras que ele comia fora, não chegava aos meus pés, mas quando percebi que ele não estava brincando, fiquei com ódio, eu imaginava que ele iria se cansar delas e ficaria só comigo, afinal de contas, faço tudo que ele quer.Sei do seu lado agressivo, porque carrego as marcas em meu corpo, mas estava disposta a continuar sendo o seu saco de pancadas, mesmo que para isso eu pudesse me tornar a dona dessa casa, mas quando ele entrou pela porta com aquela fedelha como esposa, eu prometi a mim mesma que faria de tudo para que ele não ficasse com ela.E quando ele disse que precisava fazê-la pagar pelo dinheiro que pagou a mais, eu logo disse que ele deveria fazer algo para que ela se sentisse humilhada, dei a ideia de torná-la empregada e foi isso que ele fez, mandei as outras duas embora, para que o trabalho fosse ma
CamillyNão sinto as minhas pernas, os meus braços estão dormentes, não estão suportando segurar o meu corpo, estou cansada, não aguento mais essa vida, seria melhor se tivesse morrido, não ser amada pelos pais e ainda viver nesse inferno, onde as pessoas só querem me destruir, que futuro eu tenho, não vejo nada além de mais sofrimento se não conseguir sair desse lugar, já não basta ele, ainda tem a cobra que vai ajudá-lo a acabar comigo. Por que Deus me deu essa vida miserável, por que não morri antes de tudo isso, como eu daria tudo para ser pobre e viver com uma família e ter como mãe a Nina, que mesmo sendo pobre e passando o que já passou na vida, não se deixou ser dominada, continuou seus dias. Já é tarde, posso ver pela fresta da porta, logo vai escurecer, sinto que as minhas forças estão saindo do meu corpo, os meus olhos ficam pesados, só queria que esse inferno terminasse, vou me entregando a escuridão, espero nunca mais acordar, não aguento e minhas pernas falham, não sint
CamillyTento abrir os meus olhos, mas, a luz está forte, vou abrindo devagar para que eles se acostumem à luz, o cheiro do lugar entra em minhas narinas, sei que não estou naquele quarto, porque lá tinha cheiro de mofo, tento virar o meu corpo, mas não consigo, olho para os meus braços que estão enfaixados, sinto as minhas pernas pesadas, todo o meu corpo dói, olho para o lado vejo uma máquina, que faz um barulho de um bipe, tem um soro no meu braço, respiro fundo, Deus não me levou, eu ainda continuo aqui.— Que bom que acordou senhora.— Onde estou?— No hospital, seu marido a trouxe, estava inconsciente quando ele a encontrou.— Entendo.— Como se sente?— Estou com dor no meu corpo todo.— Isso é normal, pelo estado em que chegou, estava muito debilitada e fraca, os seus pulsos estão deslocados, suas pernas estão com os ossos bem enfraquecidos e com algumas lesões, por isso terá dificuldades em se manter em pé sozinha por um tempo, fez muita força com eles, quer me contar o que a
CamillyDeitei-me na cama com dificuldade. Vou fazer de tudo para não precisar deles. Tomei os dois remédios que o médico passou, recostei-me ao travesseiro e olhei para a janela que estava com as cortinas abertas, de onde estava, podia ver o dia lá fora, ensolarado, o vento balançava o tecido fino das cortinas e aos poucos fui adormecendo, deixei o meu corpo dolorido relaxar completamente na cama.Não sei por quanto tempo dormi, mas ao acordar, eu me sentia um pouco melhor, ao me virar para o lado, percebi uma bandeja no criado mudo, me sentei na cama com muita dificuldade, fui me arrastando pela cama até que consegui pegar a bandeja, estava com muita fome, o cheiro maravilhoso da comida tomou minhas narinas, fiz muita força para poder conseguir comer, mas comi tudo que trouxeram, acabei sujando a cama sem querer, ia ficar assim, não tinha como arrumar, já foi muito difícil colocar novamente a bandeja no criado, mas consegui, os meus punhos estavam latejando.Peguei outro remédio, ma
CamillyUma semana tinha se passado desde dia que voltei do hospital, já estava completamente bem, com os remédios e o carinho que recebi de Sara, estava novinha em folha, não vi e nem ouvi os dois monstros que moram nessa casa, as últimas vezes que o vi, foi através da janela do quarto onde passei toda a semana, hoje vou sair do quarto de hóspede e voltar para o andar de cima, como não tenho muita coisa aqui, não foi necessário que alguém me ajudasse. Saio do quarto observando a casa toda estava silenciosa, nem parece que tem gente morando aqui, subo as escadas e sigo pelo corredor em direção ao meu quarto, mas quando estou quase chegando, escuto:— Pelo visto já está curada.Viro-me e olho para o homem elegantemente vestido com um terno preto, os cabelos estão molhados, olho para os seus olhos castanhos escuros, não sou cega, ele é realmente bonito, mas como é um monstro, toda a sua maldade apaga a sua beleza.— Sim, estou melhor, já vou voltar a fazer o meu trabalho.— Não tenha pr
Depois que pegamos tudo que iríamos usar, voltamos para a cozinha, Sara deixou que eu fizesse tudo só, apenas foi me dizendo como tinha que fazer. Depois que coloquei a massa no forno, fui em busca do vinho, eu estava distraída procurando o vinho que tanto gostei, quando sinto a presença de alguém, ao me virar dou de cara com a cobra.— O que faz aqui?— Quis buscar um vinho, por quê?— Desde quando você é quem escolhe os vinhos?— O que você tem haver com o que eu faço ou deixo de fazer? Não é da sua conta.— Aí que você se engana, pois, eu sou a governanta dessa casa, e não foi porque tive que fazer as suas tarefas, que isso mudou, eu escolho tudo o que o senhor vai comer ou beber, agora sai daqui.— Só está se esquecendo de que eu sou casada com ele e não você, isso quer dizer que a casa é minha, e mesmo o Carter fazendo de mim um saco de pancadas, não é você quem manda. Não passa de uma pobre coitada que precisa implorar por uma migalha de atenção dele, já eu, não preciso fazer is