CamillyDeitei-me na cama com dificuldade. Vou fazer de tudo para não precisar deles. Tomei os dois remédios que o médico passou, recostei-me ao travesseiro e olhei para a janela que estava com as cortinas abertas, de onde estava, podia ver o dia lá fora, ensolarado, o vento balançava o tecido fino das cortinas e aos poucos fui adormecendo, deixei o meu corpo dolorido relaxar completamente na cama.Não sei por quanto tempo dormi, mas ao acordar, eu me sentia um pouco melhor, ao me virar para o lado, percebi uma bandeja no criado mudo, me sentei na cama com muita dificuldade, fui me arrastando pela cama até que consegui pegar a bandeja, estava com muita fome, o cheiro maravilhoso da comida tomou minhas narinas, fiz muita força para poder conseguir comer, mas comi tudo que trouxeram, acabei sujando a cama sem querer, ia ficar assim, não tinha como arrumar, já foi muito difícil colocar novamente a bandeja no criado, mas consegui, os meus punhos estavam latejando.Peguei outro remédio, ma
CamillyUma semana tinha se passado desde dia que voltei do hospital, já estava completamente bem, com os remédios e o carinho que recebi de Sara, estava novinha em folha, não vi e nem ouvi os dois monstros que moram nessa casa, as últimas vezes que o vi, foi através da janela do quarto onde passei toda a semana, hoje vou sair do quarto de hóspede e voltar para o andar de cima, como não tenho muita coisa aqui, não foi necessário que alguém me ajudasse. Saio do quarto observando a casa toda estava silenciosa, nem parece que tem gente morando aqui, subo as escadas e sigo pelo corredor em direção ao meu quarto, mas quando estou quase chegando, escuto:— Pelo visto já está curada.Viro-me e olho para o homem elegantemente vestido com um terno preto, os cabelos estão molhados, olho para os seus olhos castanhos escuros, não sou cega, ele é realmente bonito, mas como é um monstro, toda a sua maldade apaga a sua beleza.— Sim, estou melhor, já vou voltar a fazer o meu trabalho.— Não tenha pr
Depois que pegamos tudo que iríamos usar, voltamos para a cozinha, Sara deixou que eu fizesse tudo só, apenas foi me dizendo como tinha que fazer. Depois que coloquei a massa no forno, fui em busca do vinho, eu estava distraída procurando o vinho que tanto gostei, quando sinto a presença de alguém, ao me virar dou de cara com a cobra.— O que faz aqui?— Quis buscar um vinho, por quê?— Desde quando você é quem escolhe os vinhos?— O que você tem haver com o que eu faço ou deixo de fazer? Não é da sua conta.— Aí que você se engana, pois, eu sou a governanta dessa casa, e não foi porque tive que fazer as suas tarefas, que isso mudou, eu escolho tudo o que o senhor vai comer ou beber, agora sai daqui.— Só está se esquecendo de que eu sou casada com ele e não você, isso quer dizer que a casa é minha, e mesmo o Carter fazendo de mim um saco de pancadas, não é você quem manda. Não passa de uma pobre coitada que precisa implorar por uma migalha de atenção dele, já eu, não preciso fazer is
Jessica Deito na minha cama e ligo a televisão, fico vendo o jornal por um tempo, mudo de canal, estão falando sobre a festa dos banqueiros desse ano e esse é um evento fechado, onde só quem tem muito dinheiro pode entrar, esse ano seria numa mansão bem antiga que só era usada para festa desse tipo, lembro que há dois anos, ele me levou, comprou até um vestido deslumbrante para mim, mas quando chegamos à festa, ele fez questão de me apresentar como sua governanta, pois não tinha conseguido uma acompanhante de última hora, me senti humilhada na frente daquelas mulheres, que com certeza, ele já tinha comido.Os homens quando o ouviram dizer que eu não era nada, muitos vinham me perguntar quanto eu cobraria por uma noite, enquanto ele desfilava pela festa com umas e outras. Eu fiquei sozinha, tendo que ouvir um monte de besteira de todos que achavam que eu era sua puta de luxo e estava ali para ser servida como comida a quem quisesse, na hora de ir embora, fui arrastada até o carro, ond
CarlosOlho para minha mulher, toda produzida e questiono.— Vai sair novamente, Paola?— Sim! Sabe muito bem que não consigo ficar em casa, tenho as minhas coisas para fazer.— Mas foi você quem quis vir morar nesse lugar, e agora não para em casa, ultimamente anda saindo até a noite, enquanto eu fico dentro de casa, se eu soubesse que seria assim, não teria me mudado, pelo menos ainda teria os meus amigos.— Que amigos? Aqueles que não te ajudaram quando você estava precisando, não, esses não são amigos, eu sei muito bem do que deve estar sentindo saudade, é das suas escapadas ou acha que eu não sabia que andava me traído, pois fique sabendo que esse foi um dos motivos que eu quis sair daquela cidade.— Você não tem o direito de me questionar em nada, não se esqueça de onde foi que eu a encontrei, e se não fosse por mim, estaria naquele inferno até hoje.— Mas foi por minha causa que conseguiu tudo que tem hoje, e tenho certeza de que não ficaria muito tempo naquele lugar.— Não duv
PaolaAcordei sozinha na cama, o desconhecido já tinha ido embora, me levantei, fui para o banheiro e tomei um longo banho, sequei o meu cabelo, refiz a minha maquiagem, saí do banheiro e voltei para o quarto, procurei o meu vestido e o achei jogado no sofá junto com as minhas peças íntimas e assim que o peguei, caiu um maço de dinheiros e um bilhete."Obrigado pela noite, agiu como uma profissional que imaginei que fosse. Então, esse dinheiro, com certeza, vai te ajudar."Joguei o maço de dinheiros, longe, esse canalha me chamou de puta depois da noite que passamos juntos. Termino de me arrumar e saio do quarto, morrendo de raiva, quando estou descendo a escada, encontro a minha amiga e seu marido.— Bom dia, Paola, como foi a sua noite?— Bom dia, a minha noite foi boa, até encontrar um maço de dinheiros e um bilhete onde ele dizia que o dinheiro iria me ajudar, já que eu fui uma profissional.— Nossa! Que homem ridículo, como pensar isso de uma mulher como você?— Está debochando d
Hernandes Assim que encontro Carter, o cumprimento e trato de dar a informação que consegui.— Bom dia, senhor!— Bom dia.— Tenho novidades do segurança que ficou encarregado de vigiar a família da Camilly.— O que foi que eles fizeram agora?— O pai da senhora está de volta cidade, ele chegou ontem, e está morando num apartamento no centro, bem modesto pelas fotos que o Rui me enviou.— O que será que ele veio fazer aqui? Será que o dinheiro que eles ganharam já acabou?— Deve ter sido isso. Tem mais, a Paola é uma puta, vive saindo com outros homens, assim como o senhor tinha imaginado.— É muito difícil de me enganar, principalmente quando olhei para a cara dela, sabia que não era uma mulher de valor.— E acertou, ela era uma puta de luxo, vivia engando os homens, até que o pai da senhora se apaixonou por ela, e a tirou da vida que tinha. Agora para a sociedade, ela se tornou uma mulher de respeito durante o dia, mas, à noite, continua saindo com vários homens, tem um
CarlosDepois que conversei com o meu advogado e consegui que tudo fosse separado, fui ao banco e abri uma conta para a minha filha, depositei todo o valor que tinha recebido pela sua compra, depois de feito isso, resolvi passar no supermercado, agora eu teria que fazer a minha própria comida, não vou contratar ninguém para cuida do meu apartamento, vou fazer isso, eu mesmo, como não vou ter o que fazer por um tempo, nada melhor que ficar em forma, cuidado de minha própria casa.Compro tudo que preciso, vou até o meu carro e coloco tudo, sigo para a casa, quando chego, guardo tudo em seu devido lugar, mas esqueci de comprar o mais importante, meu café e pão, então resolvo sair novamente, tem uma padaria bem perto de casa, compro as duas coisas que faltavam e quando estou caminhando pela calcada, vejo um carro grande e totalmente preto, mas, quando vejo que é o segurança do senhor Carter, nem foi preciso ir atrás dele, ele vem até mim.Vejo a porta do motorista se abrir, o segurança de