CamillyQuando o motorista me deixou na porta do colégio, assim que desci do carro, fui até o meu amigo que me esperava, depois de cumprimentá-lo, seguimos para dentro da instituição.— Que cara é essa Camilly? — pergunta Ryan. Não faço rodeio e conto que irei me casar. — Como assim se casar? Que eu saiba nem namorado tem, desistiu da faculdade assim?— Não vou mais, em menos de um mês estarei casada, e não sei se o meu marido me deixará estudar.— Então não se case, não pode deixar que seus sonhos mudem por causa de um casamento?— Foram os meus pais, eles estão me obrigando a isso, não tem como eu me livrar.— Os seus pais? Eles não podem fazer isso, em que século eles vivem? Não pode aceitar o que eles querem assim sem fazer nada.— A empresa do meu pai teve problemas e para não falir, teve que vender e o comprador pagou um valor bem maior, mas com uma condição, que eu me casasse com ele, e o meu pai aceitou, então, tecnicamente, eu fui vendida, para que as outras pessoas não perd
CamillyAssim que paramos na porta da igreja, as minhas mãos estavam geladas e minhas pernas tremiam, eu sabia que depois que passasse dessa porta, não teria mais volta. Olho para o meu pai, que está sério, e sem me olhar, segura firme o meu braço.— Vamos que ele está esperando, não quero que imagine que você desistiu.— Como eu poderia fazer isso tendo os pais maravilhosos que tenho, jamais poderia desistir de salvar a empresa que tanto eles lutaram para manter em pé, ou melhor, como eu poderia deixar que mandassem tantos funcionários embora por sua culpa.Ele me olha sem falar nada, as portas se abrem, o meu olhar vai direto para o homem de terno preto no altar, seu olhar frio analisa as minhas feições, vejo que ele fica mais sério, enquanto eu vou andando pelo corredor da igreja, não consigo olhar para os lados, como se tivesse ficado hipnotizada. Quando chegamos perto dele, ele vem até nós e segura a minha mão, paramos em frente ao padre, que começa a cerimônia.— É de livre e es
CamillySou acordada com batidas na porta, me ajeito na cama e digo.— Pode entrar.— Bom dia senhora!— Bom dia.— O senhor Carter a está esperando para tomarem o café da manhã.— Diga a ele que estou sem fome.— Se é o que a senhora deseja, irei dizer, mas, ele não vai gostar nada dessa resposta.Ela sai e fecha a porta, me viro para o outro lado, se ele pensa que vou fazer as suas vontades está muito enganado, sou tirada dos meus pensamentos quando a porta se abre bruscamente.— Levante-se logo dessa cama, porra.— Eu não quero tomar café, estou sem fome.— Não perguntei se você quer, eu mandei chamá-la, não foi um pedido e sim uma ordem, e, toda vez que eu mandar, você tem que obedecer, saia logo dessa porra de cama antes que eu mesmo a arraste até lá embaixo.— Eu já vou descer, pode ir.— Vou ficar aqui esperando e não demore, eu não tenho o dia todo, ainda mais para perder com uma mulher como você.Levanto-me e dou graças a Deus por estar de pijama, vejo o jeito que ele me olha
CarterLevantei-me cedo, teria várias reuniões hoje, então depois de me arrumar, fui direto para o meu escritório, e quando cheguei, não demorou muito para alguém bater na porta.— Bom dia senhor.— Bom dia.— Os peritos entregaram o relatório do incêndio.— E qual foi à verdadeira causa.— Segundo eles, o incêndio não começou onde o segurança falou, o fogo se originou no segundo andar, eles acharam pequenos fragmentos de uma bomba caseira, que não tem muito impacto, só que como o segundo andar tinha muitos computadores e muitos materiais de fácil combustão, o fogo se alastrou muito rápido, foi por isso que eles ouviram vários estalos, era o sistema já em chamas.— Então como entraram na empresa e colocaram isso lá, sendo que os seguram estão lá 24 horas e ninguém entrar sem se identificar?— Isso é o que precisamos descobrir.— Então descubra, quem facilitou vai pagar muito caro por isso.— O que o senhor pretende fazer?— Destruir, assim como destruíam a minha empresa, tem outra coi
CamillyFiz todo o meu serviço do dia, graças a Deus, jantei sozinha, ele ainda não tinha aparecido e já era quase dez horas, quando estava subindo as escadas e eu o escutei me chamar, nem tinha percebido que estava em casa.Bati na porta do seu quarto e abrir, ele estava sentado numa poltrona em um canto, com um copo na mão.— Como a minha esposa está? Está gostando da sua nova vida, a Jessica me contou que está fazendo tudo direitinho.— Que bom que dessa fez ela falou a verdade, quanto a minha nova vida de empregada, está muito bem.— Não é porque me casei com você, que terá uma vida de luxo, afinal de contas, tenho despesas com moradia e alimentação, além do mais, o valor que paguei por você foi muito alto, não posso pensar em esquecer isso.— Eu não mandei você compra a empresa do meu pai, se fez isso foi porque quis.— Não, não mandou, mas são negócios e eu vivo disso, de comprar coisas falidas e pessoas descartáveis, assim como você, esse é o meu trabalho.— Está bêbado, Carter
CarterCaralho, mais uma vez essa dor de cabeça dos infernos, sempre que exagero na bebida, eu fico desse jeito, sento na cama e uma pontada forte me atinge em cheio, merda, me levanto e vou para o banheiro, assim que faço as minhas necessidades, vou para o chuveiro, começo a passar o sabonete pelo meu corpo e ao tocar no meu pau, o sinto dolorido, imediatamente vem na minha memória a noite que eu tive com a minha mulher, a vagabunda não queria se entregar para mim por causa de sonho besta em que só se entregaria por amor, mas, fiz com que ela se arrependesse, nunca vou aceitar que ela diga não, a minha vontade tem que prevalecer, jamais nenhum mulher teve a ousadia de me negar o que quero. Se não consigo por bem, eu pego por mau. Além de ser a minha empregada, essa puta é minha mulher e nada mais justo que me satisfazer quando eu quero.Depois que saio do banheiro, vou me arrumar, espero que ela já esteja na mesa me esperando, depois de pronto, pego a minha carteira, o meu celular e
CarterSaí para trabalhar, teria uma reunião hoje com o dono da Dell Grafic, provavelmente ele iria querer o dinheiro de volta, mas, eu pretendia fazer uma contraproposta, lhe daria outra empresa que era do mesmo ramo, a dos Barrett, que ficaria pronta em alguns meses, e para isso, teria que baixar um pouco o valor, isso estava me deixando com raiva, se eu descobrir que foi mesmo o Victor que colocou fogo na minha empresa, o farei pagar.— Senhor tem um carro nos seguindo.— Tente sair fora dele, ligue para o Hernandes agora.— Sim senhor.Enquanto manobra o carro tentando se livrar da perseguição, ele faz a ligação que mandei.— Senhor Hernandes, tem um carro nos seguindo, estamos na avenida central ainda, sim senhor irei fazer isso.— Ele mandou fingir que vamos entrar em qualquer prédio senhor, ele está vindo com os outros agora mesmo.Antes mesmo de eles terminarem de falar, o nosso carro é atingido em cheio na traseira, se não tivesse de cinto teria saído voado pelo vidro, o carr
JessicaQuando ele me contou que pretendida se casar novamente, não acreditei, porque depois que a Isabella morreu, era eu que sempre supria a suas necessidades na cama, e as outras que ele comia fora, não chegava aos meus pés, mas quando percebi que ele não estava brincando, fiquei com ódio, eu imaginava que ele iria se cansar delas e ficaria só comigo, afinal de contas, faço tudo que ele quer.Sei do seu lado agressivo, porque carrego as marcas em meu corpo, mas estava disposta a continuar sendo o seu saco de pancadas, mesmo que para isso eu pudesse me tornar a dona dessa casa, mas quando ele entrou pela porta com aquela fedelha como esposa, eu prometi a mim mesma que faria de tudo para que ele não ficasse com ela.E quando ele disse que precisava fazê-la pagar pelo dinheiro que pagou a mais, eu logo disse que ele deveria fazer algo para que ela se sentisse humilhada, dei a ideia de torná-la empregada e foi isso que ele fez, mandei as outras duas embora, para que o trabalho fosse ma