PAIXÃO AVASSALADORA - OBSESSÃO DO MAFIOSO
PAIXÃO AVASSALADORA - OBSESSÃO DO MAFIOSO
Por: Autora Moraes
EXPECTATIVAS

Prólogo

Ruby decidiu, com todas as forças, ir em busca de vingança pela morte de seus pais. Ela só não imaginava que o ódio e o desejo de vingança que manteve em seu coração durante tanto tempo seria ameaçado por uma rede de mentiras, que consumiria cada uma das suas certezas.

Dois corações atormentados prestes a explodirem diante da intensidade que é juntar um mafioso russo e uma policial implacável e obstinada. Do que é capaz um mafioso possessivo para proteger a mulher que se tornou a sua obsessão? Pode um desejo avassalador transformar-se em amor?

Presos em um jogo perigoso de sedução, obsessão, vingança, mentira e amor, eles lutam para encontrar uma saída enquanto descobre que os segredos mais profundos estão escondidos nas entrelinhas de suas próprias histórias.

Em "Paixão Avassaladora", a história se revela como a mais perigosa de todas, onde as fronteiras entre o desejo e a destruição se dissipam.

Eles enfrentarão desafios que os levarão ao limite, onde a única certeza é que o amor pode ser tanto a salvação quanto a ruína. E o preço pode ser mais alto do que imaginam.

Uma trama perigosa onde o ódio e o amor se entrelaçam.

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Capítulo 01

Cansada. Exausta. Essa é a palavra certa para me definir nesse exato momento.

Ironicamente, este é o lugar mais seguro para mim e o único ambiente onde posso sobreviver além da bomba-relógio metafórica que carrego há anos.

Aqui, extravaso todo e qualquer sentimento que sinto.

Meus músculos doem, e gemo a cada movimento. Estou lenta, sem energia e sobrecarregada por horas de treinamento.

Cada passo à frente é uma luta, cada respiração é áspera e sufocada.

Um zumbido ecoa em meus ouvidos, e me inclino contra a parede para recuperar minha respiração entrecortada.

É nesse momento que minhas duas melhores amigas aparecem, sorrindo e me olhando com uma expressão engraçada.

— Pelo visto, alguém caiu da cama hoje! Está aqui há quantas horas? — pergunta Amber, me olhando com curiosidade.

— O que foi? Por que está me olhando assim? — respondo.

— Como você pode ser tão feminina e delicada e, ao mesmo tempo, tão... — Amber diz, olhando para meu cabelo bagunçado e depois para meu rosto suado.

— Tão...?

— Tão insana assim. Como consegue praticar esses esportes brutos? — ela pergunta, com um tom curioso.

Rio, balançando a cabeça.

— Sou uma policial, amiga. Preciso saber me defender. E não digo só com uma arma em mãos. Nem sempre podemos contar com ela.

— Mas é mais do que isso. Você gosta. Você sente prazer praticando todas essas coisas — Amber diz, fazendo um gesto com a mão.

— Todo dia, você vem até essa academia. Todo dia corre que nem uma doida, uma distância que nem se eu tentasse conseguiria.

— Queria eu ter essa sua disposição!

— E disciplina, né? Não podemos esquecer — Debbie acrescenta, e eu sorrio.

— Já terminou por hoje? — Debbie pergunta.

— Sim, estou exausta! Só preciso de um bom banho relaxante.

— Você esqueceu do nosso compromisso hoje, dona Ruby? — Amber lembra.

— Não. E que eu saiba, esse compromisso é somente à noite, não é?

— Sim, amiga. Mas é que pensamos em fazer compras, afinal, hoje teremos que comemorar em grande estilo — Amber diz, e Debbie sorri.

— Vamos, amiga? Não é sempre que uma amiga recebe uma promoção dessas!

Combinamos de ir a uma balada para comemorar do jeito que Debbie gosta.

Ela havia sido promovida de enfermeira a enfermeira-chefe e estava nas nuvens por finalmente ter sido reconhecida.

— Amiga, sinto muito, mas não vou poder ir às compras com vocês.

— Ah! Por quê? — Debbie pergunta.

— Saindo daqui, preciso ir ao departamento passar algumas informações do caso para o chefe.

— Mas hoje é sábado, amiga. Relaxa um pouco! Você está precisando, pois anda tão tensa com esse caso do mafioso — Debbie diz.

Eu suspiro antes de responder:

— Eu sei. Mas é que esse caso é tão importante, e qualquer falha pode dar uma merda gigantesca.

Elas sabem sobre o caso do Ivanov. Na verdade, sabem apenas que estamos investigando a Bratva.

Mas não sabem nada sobre os detalhes da operação e nem quem são os envolvidos.

Se tem uma coisa que aprendi no serviço, é que não devemos envolver as pessoas que amamos em nada do trabalho. É perigoso compartilhar informações.

E não digo isso porque tenho medo de elas contarem a alguém ou algo assim.

Mas sim porque não posso, de jeito algum, colocá-las em perigo compartilhando informações sobre essas pessoas tão perigosas.

Solto um suspiro e digo:

— Eu prometo que, quando tudo isso acabar, estarei à disposição inteiramente de vocês.

— Sei que ando sendo uma péssima amiga, mas realmente não estou conseguindo focar em mais nada — acrescento.

Amber assente, e Debbie sorri em forma de apoio.

— Nós entendemos, amiga. É seu trabalho.

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Após pegar minhas coisas e as das meninas, e elas saírem para as compras, decidi resolver tudo o que precisava. Assim, ficaria livre mais cedo.

Abro a porta do carro e entro.

Hoje, por ter que passar no departamento depois do treino, vim de carro. Mas geralmente venho a pé para uma caminhada na praia antes de voltar para casa.

Essa é minha rotina diária. E eu amo. Gosto da rotina. Gosto do certo e não do duvidoso. Sempre fui assim.

O problema é que ultimamente tenho tido uma sensação estranha sempre que estou na praia. É como se constantemente sentisse alguém me observando de longe. Sondando.

Posso estar paranoica? Sim, claro!

Mas preciso me manter sempre em alerta. Afinal de contas, sou uma policial. E muitas pessoas odeiam policiais.

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Dmitry Ivanov - Três Dias Atrás

O conceito de lar é estranho para mim desde… desde sempre.

Não é um lugar onde me sinta seguro ou mesmo querido. É um mero campo de batalha, onde só o mais forte sai vivo.

Meu pai não me encheu de carinho. Pelo contrário, ele me moldou para ser uma arma letal. Uma máquina. Um homem frio, sem remorso ou qualquer um dos sentimentos idiotas que os humanos são feitos.

Ele me criou para ser invencível.

Minha mãe era exatamente o contrário dele e tinha apenas um propósito: fazer com que seu único filho não perdesse totalmente a humanidade. Mas, infelizmente para ela, não funcionou. E ela morreu tentando.

Essa sensação de guerras internas e cálculos faz parte de mim desde que eu era criança e só continuou a crescer com o passar dos anos.

Aqui estou. No jardim de rosas da minha mansão altamente segura, localizada nos arredores de Los Angeles.

Pego uma rosa e giro em minhas mãos, fazendo com que o espinho fure meu anelar e o cheiro ferruginoso de sangue invada meu nariz.

Depois que minha mãe foi morta pelas mãos daquele que nunca a mereceu, decidi manter o jardim impecável e sempre florido. Em homenagem à única mulher que um dia mereceu o meu amor.

Olho para a imensidão do mar à minha frente, contemplando uma das partes mais bonitas da casa.

A mansão é enorme, antiga e tem o espírito de uma dúzia de demônios reunidos em um prédio.

A fachada de tijolos parece monótona e despretensiosa em comparação ao que realmente se esconde atrás das paredes deste lugar.

A casa de três andares fica em um terreno infinito, com enormes jardins ao seu redor, uma piscina na frente, um escritório com porão e duas casas anexas para funcionários.

Uma no lado leste e outra no lado oeste.

É exaustivo relatar as facilidades que meu pai fez questão de incluir na cova do leão. Como uma piscina coberta, um campo de golfe e até um spa.

Ele transformou a propriedade em um castelo real, já que gostava de pensar em si mesmo como uma espécie de rei.

Escuto passos se aproximando, me tirando do devaneio.

— Dmitry, o povo de Aruba quer saber se está tudo finalizado para o carregamento — começa Ivan, parando ao meu lado.

— Nós também temos que cuidar dos últimos ajustes do clube em Chinatown.

Olho para o homem mais leal que tenho ao meu lado. Ivan Sidorov é meu braço direito e o melhor atirador da Bratva.

Ele está ao meu lado desde que meu pai o contratou. E prontamente se tornou minha sombra quando o velho desgraçado morreu. Pelas minhas próprias mãos.

— Eu sei.

Retiro o binóculo do bolso e vejo de soslaio Ivan franzindo a testa.

— O que foi? — pergunto enquanto ajusto o aparelho em minha mão.

— Com tantas coisas para resolver, por que todo dia decide tirar um tempo só para ficar olhando para Deus sabe onde com essa coisa?

— Eu não te devo satisfação, Sidorov.

Respondo. Ele dá de ombros.

— No tempo do seu pai, não teria tempo para essas loucuras suas.

— No tempo de meu pai, trocávamos álcool e drogas ilegalmente, e eles não administravam as maiores empresas do mundo.

Levo o binóculo ao rosto e ajusto para que meus olhos possam ver exatamente quem eu procurava.

E isso não é um acidente, mas a decisão pensativa daquele homem.

Quase desde a infância, eu estava preparado para a família entrar em uma nova era quando eu tomasse o poder.

Suspiro e relaxo. E, quando finalmente vejo a linda sereia de cabelos ruivos, sorrio sobriamente.

— Aí está você, baby — digo para mim mesmo.

A mulher que, acidentalmente, há exatamente um mês vi saindo da água, está estendendo uma canga na areia.

Ganhei esse binóculo da governanta dessa casa desde o tempo em que meu pai era jovem. Ela praticamente ajudou minha mãe a me criar.

Era uma das poucas pessoas por quem eu tinha respeito e que realmente me amava.

Mesmo que fosse dura às vezes, sempre me tratou com carinho. E não era o respeito por medo, e sim porque genuinamente gostava de mim.

Quando ela apareceu no meu escritório com a caixa de presente em mãos, eu não dei muita bola, achando que era apenas mais um presente comum que ganhava dela todo ano.

Eu nem ao menos gostava de comemorar meu aniversário.

Então, quando ela saiu e eu peguei o binóculo pela primeira vez, decidi vir até aqui fora e olhar para longe. Era apenas uma distração que precisava naquele momento.

E foi então que ela apareceu.

Fiquei observando por horas, até que a mulher foi em direção aos prédios e sumiu da minha visão.

Desde então, tenho observado a ruiva misteriosa. Todo dia. No mesmo horário. E ela sempre aparece. Como se fosse sua rotina.

Eu não sei nada sobre ela. Não sei o nome. Onde mora. O que faz. Absolutamente nada.

Mas é aí que está a mágica. Eu gosto disso. Gosto tanto que acabou se tornando minha rotina também.

Ivan bufa.

— Por que está com essa cara? O que tanto vê nesse binóculo?

Viro o rosto brevemente para respondê-lo:

— Nada que seja do seu interesse. Me deixe sozinho. Acho que você tem trabalho para fazer, não é?

Ele balança a cabeça, mas se retira. Volto minha atenção para a bela mulher em minhas lentes.

Ela está retirando a saída de praia, ficando apenas de biquíni. E eu sorrio como um sádico.

Porra. A mulher tem o corpo mais lindo que eu já vi. No entanto, o cabelo vermelho é o que mais gosto nela.

Durante a hora seguinte, a única coisa que faço é observá-la.

Eu não queria ficar obcecado por ela. Mas agora que aconteceu, não consigo ficar longe.

Estou hipnotizado pelo jeito como ela se move. Pelo jeito como ela tira a roupa.

Estou simplesmente hipnotizado pela mulher que só vi de longe pela lente desse binóculo.

Contudo, vou continuar observando e esperando. Até eu conseguir encontrá-la e… torná-la minha.

E, assim que ela for minha, nunca irei deixá-la ir.

Nem mesmo se ela implorar por isso.

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