- Não me chame de querido, se alguém ouvi-la falando desse jeito pensará o quê?- Pensará que eu sou uma madrasta zelosa, que te quer bem e que quer o melhor pra você. E o melhor pra você é Jamilah, não uma mulher do povo e que já foi mulher do seu...Eu fecho os olhos e as recordações de alguns anos atrás não poderiam ser piores, ainda sinto a presença dela no meu quarto, tentando me confundir, me corromper.Decido acabar com a discussão, a proximidade de Farah só dificultará a minha permanência nessa casa.- Nem mais uma palavra ou eu esqueço a educação e a faço engoli-la. Não ouse dar a sua opinião de merda sobre a minha mulher, eu não te dou esse direito. Eu estou te avisando, fique bem longe de Antônia e Kaled, eles são meus, entendeu bem, meus!Saio puto da vida, deixando-a com o rosto afogueado pela raiva e sem dar a última palavra. O melhor a fazer é deixar a covardia de lado e procurar meu pai, o único motivo de eu ter aceitado vir para Doha em plena lua de mel.Fico parado c
Retornamos para a sala de estar e Antônia nos espera, deslocada neste ambiente e de todo o resto.Malika chegou a tempo do jantar, acompanhada de Farid, um aprendiz de alpinista social que ela teimou em se casar. Ela e Farah cochicham provavelmente frivolidades. Antônia continua ao lado de Basmah, trocando o peso do corpo de um pé para o outro, fingindo interagir com as duas mulheres.Nossos olhares se encontram e ela abaixa os olhos, disfarçando que observa os pés. Eu queria dar-lhe apoio agora, queria puxá-la pra junto de mim, acariciar seu corpo até que a sua angústia passasse, mas infelizmente estamos atados a tantos protocolos, convenções sociais, que eu me contenho.Me pego fantasiando com uma saída de emergência, o que eu realmente preciso nesse momento e que acalmaria de uma vez por todas os meus nervos em frangalhos: fugir pra longe com a minha onça de olhos cor de mel e esquecer que todos a nossa volta existem.Mas infelizmente, o que eu mais quero não é possível, eu tenho o
Este macho enorme, com a pele bronzeada reluzindo na penumbra do abajur, as pernas musculosas e longas, as coxas grossas e torneadas, o tórax largo e o abdome duro com o V proeminente que eu adoro lamber, chupar, morder, é todinho meu.Ah! Depois desse homem, eu realmente me tornei uma vaca insaciável, eu acordo do meu devaneio sexual quando ele desabafa.- Porra, diga-me quanto tempo eu vou suportar esse inferno?- Calma Hafiq, nós chegamos hoje, vai tudo se acertar.- Por isso mesmo que eu estou falando, nem bem chegamos e eu já não aguento todos eles, quanto tempo eu vou suportar isso? Diga-me quanto tempo você suportará essa gente sem fugir? Eu não deveria ter feito isso com você, com Kaled, com todos nós.Eu tento tranquilizá-lo, mas ele está cansado, os golpes da convivência familiar que ele detesta vieram muito pesados e ainda nem tem vinte quatro horas que colocamos nossos pés nesta terra.- Talvez seja melhor deixar de ser egoísta e te mandar de volta pra Londres.Essa ideia
No outro dia Hafiq acordou bem cedo com Anusha batendo em nossa porta.Ele vestiu correndo uma calça de moletom surrada, só dando tempo de eu me cobrir com o lençol, ainda anestesiada pelo sono.- Sabahu Al-Khair, Hafiq, precisamos conversar sobre as manobras que vamos pôr em prática nesse momento. Daqui a quinze minutos vamos nos reunir com algumas lideranças políticas para decidir o melhor caminho a seguir.- Sabahu Na-Nur , só um minuto por favor, Anusha.Os olhos atentos de Anusha acompanharam os movimentos relaxados de Hafiq pelo quarto. Ele se vira em minha direção pra falar comigo, me tirando da lerdeza matinal.- Habibi, eu não vou poder tomar café com você hoje, mas prove os Kleejas de Basmah e guarde alguns pra mim que eu vou comer depois, você verá, são deliciosos.Hafiq se aproximou displicentemente da janela e os raios de sol evidenciaram ainda mais os vergões vigorosos em suas costas arranhadas. O seu peito e os ombros também têm marcas bem nítidas e avermelhadas dos meu
Oh, Meu Deus, essa sua olhada de mil calcinhas ensopadas só me fazia imaginar qual a cor da boxer por baixo de todo aquele pano, o quão salgado e gostoso estaria o seu abdome rijo sob o toque de minhas mãos e língua, como seria delicioso deslizar o pedaço de pano que nos afasta.Ajoelhar-me em frente a essa cadeira suntuosa e mergulhar o seu membro macio, pra dentro da minha boca, sentindo-o avolumar-se em cada sugada, até que ele se perdesse entre meus lábios e gozasse gostoso, bem fundo em minha garganta.Puta que pariu, eu preciso parar com esses pensamentos, eu tenho que me comportar como uma pessoa normal.Depois de conhecer Hafiq me transformei em uma prisioneira de meus hormônios, de meus instintos.Ele me olhava com um sorriso sutil nos lábios, sabendo o efeito que causa em mim. Encarando-me com aquele ar sacana, que eu tanto adoro, como se dissesse: “Não resista,eu sou o dono dessa boceta, ela umedece e goza de acordo com a minha vontade, cada pedaço de seu corpo foi feito p
Hafiq começa a tossir e eu engasgo com a saliva, essa senhora tem a capacidade de me deixar totalmente sem graça, como seu eu fosse uma vadia desesperada por sexo.E se for pensar dessa forma, eu sou mesmo.Também! Com um homem lindo, moreno, dormindo todos os dias completamente nu e excitado em minha cama, quem não seria? Só se eu fosse freira.A minha pergunta de um milhão de dólares é somente uma, por que será o inferno que essa velha maluca, sendo uma rainha, não compra as suas malditas quinquilharias pela internet? Ou pede para os lojistas levarem a domicílio?Pois eu mesmo tenho a resposta, certamente é pra me torturar.Então, por que não arranca logo de uma vez as minhas unhas à pinça, ou os bagos que eu não tenho com um torniquete?Meus pés doem, estou com a sola dos pés ardendo como seu tivesse caminhado sobre brasas.O tanto que eu já rodei pelo mercado, acho que dava pra ter feito o caminho a pé até Londres, quem sabe até a Bahia.Saímos a mais de uma hora de uma boutique c
Acho que já não era sem tempo eu me acostumar o tanto que eu já casei, em tão curto espaço de tempo.Primeiro no leito de hospital com Zie, depois em Londres e agora, aqui no Qatar, para toda a sociedade Qatari ver.Não importa quantas vezes eu passe por essa experiência, nada disso ajuda.Toda a sociedade Qatari estará aqui dentro de algumas horas, isso é o suficiente para me deixar uma pilha de nervos.Anusha acalmou Hafiq dizendo que teríamos uma cerimônia discreta e íntima, só que esse monte de gente me cercando, cabeleireiro, maquiador, cerimonialista do governo e a quantidade de presentes abarrotando o quarto, me faz duvidar dessa conversinha pra boi dormir.Ainda me lembro da conversa dela comigo e com ele.— Não se preocupem que eu estou à frente de tudo, será uma cerimônia simples e para pouquíssimas pessoas, só os amigos mais chegados...Pouquíssimas pessoas, amigos mais chegados, discreto, íntimo? Duvido, ela não me engana.Essa velha maluca só faz o que quer, ela está comp
A minha vestimenta de casamento é tipo uma sobressaia e um top vermelho cereja, recobertos com tecidos luxuosíssimos, repletos de cristais e bordados dourado. O tecido foi colocado uma ponta na minha cintura e enrolado em volta do meu corpo, caindo a sua ponta finalsobre o ombro. O véu vermelho, não cobre só minha cabeça, mas também os ombros e o colo, o comprimento indo quase até a linha da cintura.Anusha retorna ao quarto com várias joias e o colar de ouro velho com a turmalina azul que quase me cega de tão ostentoso.As mulheres pegam o espelho para eu me ver e por muito pouco eu não estrago o trabalho da maquiadora.Nunca me senti tão bonita, meus olhos brilham de alegria.E as horas mais mágicas da minha vida passam como se fosse um filme, estou anestesiada pela emoção.Grudei um sorriso no rosto que eu acho que deve ser indiscreto, pela rigidez dos costumes do país, mas ninguém foi louco de me repreender.Fui conduzida pelo Senhor Radesh Hassan, tio de Hafiq, até onde o meu ma