ANTÔNIA- Delícia, eu quero mais.Hafiq tira o blazer e a camiseta, abre minhas pernas e beija minhas coxas.- Não gostei nada de você ter ido almoçar com Paulo, terei que castigar você, habibi.- Ele é meu amigo, Hafiq.- Não, ele quer o que é meu, isso sim. Pela desobediência, não feche as pernas, ouviu?E com um sorriso nos lábios ele dá um tapinha em minha vulva, e mantém uma sequência torturante de tapinhas em meu clitóris e lambidas, ele lambe e bate, lambe e bate, os dedos estalam quando chocam-se ao meu clitóris, deixando-o cada vez mais sensível e inchado.É viciante a sensação assustadora e deliciosa de ser punida e recompensada ao mesmo tempo. Nenhum golpe foi forte o suficiente para gerar dor incômoda, mas intenso ao ponto de deixar meu sexo latejando, pulsando, cada vez mais próximo de um orgasmo enlouquecedor.- Você quer que eu pare, flor?Eu tenho vergonha de assumir que ter o sexo esbofeteado está
ANTÔNIA- Não fale de Zie, você não sabe nada de nós dois, como você pôde acabar com um momento tão bonito? Sai da minha casa agora, some da minha vida, some daqui.- O nome dele era Aziz, Zie é apelido de amantes, eu já disse que odeio esse apelido, inferno de mulher. Responda Tônia, ele te dava o prazer que eu te dou?Era tão assustadora a forma como ele mudava de um homem doce em uma pedra de gelo, uma rocha intransponível, os olhos frios, o tom insolente, a boca rígida comprimida de raiva.Por que falar sobre Aziz nesse momento que era só nosso? “Apelido de amantes”, nunca foi, era um jeito carinhoso de chamar meu amigo, o melhor amigo que já tive na vida.Ele fala de meu relacionamento com Aziz com desprezo, como se tivesse nojo, jamais houve intimidade sexual entre nós dois, de forma nenhuma.Johnny sempre foi o grande amor de Zie, amigos, companheiros de uma vida, amantes. O meu amor por ele percorria outra via, outro caminho, era um sentimento puro; sem o sexo, sem a carne, sem
ANTÔNIAEu vou confrontá-lo, ele vai ter que me dizer por que agiu dessa forma.-Talvez eu o desculpe, se você me disser por que fez aquilo?- Eu não sei, eu só quero que me perdoe.Ele se vira e vem até mim, diminuindo a distância entre nós, e isso não é nada bom, não deixarei barato, ele tem que falar a verdade, eu quero respostas.- É claro que você sabe por que agiu como um idiota, vamos, estou esperando, se não me responder, eu não saio daqui nem por um cacete, eu ligo pra polícia e te expulso daqui.- Olha a porra da boca suja, Tônia. Você não vai querer me ver realmente puto. Eu disse que vamos agora para minha casa e mais tarde iremos pra Londres, você é minha noiva, então vai comigo, não me obrigue a usar meios escusos.Como assim, meios escusos?Tipo sequestro, cárcere privado, ele é o quê, algum louco, desequilibrado? Prefiro nem pensar na resposta.Ele segura meu braço firme e eu puxo com força.- Ho
ANTÔNIAHafiq manda o motorista seguir, olho pro meu colo e a sua mão procura a minha, seus dedos acariciam os meu, ele coloca a minha mão dentro da sua, observando o tamanho desproporcional de uma e outra.Não olha nos meus olhos, o rosto virado observando o caminho até a sua casa, absorto em suas angústias, não sei se por vergonha do seu descontrole ou se não quer acabar com a paz silenciosa que se apoderou do ambiente.Também prefiro ficar quietinha, estou cansada de brigas por hoje, são muitos problemas, muita solidão e muitas perdas, eu quero um pouquinho de paz, nem que seja só dentro de um carro.Chegamos à casa de Hafiq, é bem distante de onde eu moro, o acesso é difícil, restrito e particular.Por que um homem sozinho precisa de uma casa tão grande?A sala é repleta de obras de artes, eu reconheço três quadros meus e minha escultura da mulher na liteira, tem vários quartos e uma sala enorme em estilo mo
ANTÔNIAOlho pra trás por cima do ombro, estou espremida na cama, não posso me mexer direito.Hafiq está grudado nas minhas costas, o rosto enterrado no meu pescoço, a perna jogada por cima da minha, a mão dentro de minha camisola segurando um seio, dormindo feito uma pedra.Quanto mais eu tento me desvencilhar da perna e de sua mão em meu seio, mais ele se agarra nas minhas costas feito um caracol.É melhor desistir, acho que ainda é cedo, ele precisa dormir mais e eu continuo com sono, volto a dormir.Mais tarde, me mexo na cama, sinto uma brisa suave, um sopro, bem lá embaixo. Eu abro só um olho, agora percebo, estou descoberta.Hafiq está entre minhas coxas cheirando minha vulva, estou sem calcinha e... com ele deitado entre minhas pernas?Que maluquice é essa?As suas mãos seguram meus quadris, o rosto grudado na minha vulva, os olhos fechados aspirando meu cheiro. Há de se admitir, ele tem umas manias meio e
HAFIQEu estapeio devagar a bundinha empinada de Tônia e ela geme cada vez mais alto. É delicioso sentir a pele de seu traseiro macio esquentar embaixo de minhas mãos.Aqueles tapinhas são como alertas do prazer que eu vou conduzi-la, deixando a pele de minha flor quente e suscetível ao prazer.Tônia é uma mulher muito sensível ao toque, por mais sutil que seja a carícia, desencadeia nela uma miríade de sentidos.Tudo por um único motivo: O corpo dela reconhece o meu.Reconhece quem o possui e anseia de maneira irrefreável todo o prazer que eu o submeto.E para um homem não existe nada mais enlouquecedor do que a sua amante vibrar e se perder sem freios, indefesa nos seus braços.Dou outro tapa e rosno em seu ouvido.— Você sabe por que eu estou estapeando sua bundinha gostosa, flor?— Não, Hafiq.— Você me expulsou da cama, me diga, isso é correto? Mais um tapinha e ela instintivamente empina-o mais.— Responda, habibi.Ela arfa, me olhando por cima do ombro, os olhos anuviados de de
ANTÔNIAApesar de já estar acordada, ainda estou cheia de preguiça, a noite de ontem foi exaustiva, olho à minha volta e Hafiq não está no quarto.Observando à luz do dia, o seu quarto é um ambiente bonito, uma cama king size enorme, uma decoração masculina simples e de bom gosto, em preto e prata, sem muitos detalhes.Não vejo fotos, nem objetos mais íntimos, só uma cômoda, a parede adornada com dois quadros e um banheiro imenso pra um homem sozinho. Tudo muito limpo, elegante e impessoal.Visto um jeans e uma camiseta preta, já procurei na sala, na cozinha e nada de Hafiq. É melhor eu ver como Kaled dormiu, ele nunca teve babá, sempre cuidei dele sozinha, ainda no corredor, o vejo em um quarto às gargalhadas e Hafiq deitado no chão fazendo-lhe cócegas.A postura dele é tão relaxada, sem o peso de um trono nas costas, sem as pressões de seu trabalho, sem inimigos ao seu redor. Somente um homem de trinta e quatr
ANTÔNIAHafiq pede licença para atender um telefonema urgente e eu vou conferir minha bagagem e de Kaled. Tomo um banho demorado e visto minha roupa mais quente, jeans e uma camisa de manga comprida azul, afinal, eu moro em Salvador e aqui é sempre calor.Ligo pra Brenda e me despeço sem explicar muito e resolvo também me despedir de Paulo.Apesar dele não entender como me casarei com Hafiq tão rapidamente, me deseja boa sorte, prometo-lhe que voltarei em breve e desligo o telefone.Como é que minha vida virou de pernas pro ar desse jeito?Até pouco tempo vivia feliz no sobrado com os meninos, aí veio o acidente, a morte de Johnny, o casamento relâmpago com Zie e de repente uma avalanche de perdas e eu sozinha. Agora estou indo viver em Londres com Kaled e vou me casar em poucos dias com o irmão caçula de Zie.Ufa!Se há algo que eu não posso reclamar é de minha vida ser parada, tudo aconteceu em uma velocidade verti