ANTÔNIAHafiq deita em cima de mim, o rosto enterrado em meu pescoço, provocando-me com a língua, lambendo a minha orelha, mordiscando com vontade.Ainda tenho medo, medo de não sentir nada, medo de ter sido estragada pela vida, as carícias aumentam com as palavras de desejo, os beijos úmidos e torturantes.O medo se dissipa rapidamente, agora só sinto o tremor da surpresa, é algo difícil de entender, mas é um turbilhão de arrepios, de espera e de vontade, o pavor tá do lado de fora desse quarto, ele não pode me ferir.Ele desce a boca úmida devagar pelo meu pescoço, abocanhando um mamilo, chupando-o, como se lambesse minha alma ferida, minhas dores. É uma sensação sublime ter a sua língua macia sugando meus seios.Embevecido, Hafiq mordisca um, depois o outro mamilo, levemente, só pra me instigar e continua sugando-os, adoro a sua boca nos meus seios, eu acaricio seus cabelos e seu rosto enquanto ele bebe de mi
ANTÔNIAEle me beija espremendo-me os lábios, abafando um urro de prazer, o eco de seu orgasmo se dissipa dentro de minha boca, os seus lábios estão trêmulos, é bom saber que ele me deseja com essa intensidade.A língua me lambe o canto da boca, mordendo meus lábios, ele ainda está dentro de mim, não quer sair do calor de minhas entranhas.E depois de me beijar o pescoço e descansar o corpo pesado em cima de mim, por alguns minutos, movimenta os quadris lentamente, ele está duro feito aço novamente.Ele suspende minhas pernas aprofundando a penetração, lambendo meus pés, a língua passando por meus dedos, mordiscando os tornozelos, que sensação deliciosa, ele lambendo e mordiscando meus pés enquanto me penetra.Hafiq dobra as minhas pernas em seus ombros e mete mais fundo, ele se segura com uma das mãos na cabeceira da cama, a outra mão aperta minha bunda, bombeando em mim tão profundo como se quisesse escalar meu cor
ANTÔNIAHoje acordei alegre e bem disposta, é inútil fingir, adorei tudo que vivi na tarde de ontem e apesar de todas as reservas que tenho sobre nosso relacionamento, nem sei se isso que eu e Hafiq vivemos pode se classificar dessa forma, talvez o melhor para Kaled seja eu aceitar a sua proposta.Chegou uma entrega, assino o canhoto de recebimento já desconfiando quem me enviou, a encomenda é uma caixa grande e um buquê de orquídeas simplesmente lindas, leio o cartão com o coração sobressaltado de alegria.Ficarei fora por três dias, negócios infelizmente, pensando em você.S.HS.H será Sheikh Hafiq? Quando ele chegar, vou perguntar sobre a sua assinatura, abro a caixa grande e encontro uma camisola enfeitada com rendas e transparências, muito delicada e lingeries bastante sensuais, ele sabe como agradar uma mulher, eu leio o outro cartão.Não que eu não goste, mas a outra camisola já estava velhinha, Beijos.S.H
ANTÔNIAKaled, depois de tomar mamadeira está dormindo pesadamente, foi um dia cansativo pra nós dois. Vou tomar um banho, não consigo me reconhecer, será que eu estou me tornando uma mulherzinha? Aquele tipo que eu tanto desprezava.Agora basta Hafiq dizer que tá chegando, e eu, uma feminista de carteirinha me pego tomando banhos demorados, sais, perfumes, depilações.Pelo visto estou mais pra princesa da Disney, acreditando em finais felizes e príncipes em cavalos brancos, se bem que o meu prefere uma Ferrari em vez de cavalos.Fico rindo enquanto a água escorre pelo meu corpo, lavando os meus medos mais profundos.Demoro um bom tempo embaixo do chuveiro, debaixo d’água parece que tudo está certo na minha vida, só eu e meu sabonete de canela, os meus pensamentos ficam mais claros.Eu me sinto sensual e poderosa com esse aroma.Estou indecisa do que vestir, depois daquela camisola horrorosa, nada seria pior, esco
ANTÔNIA- Delícia, eu quero mais.Hafiq tira o blazer e a camiseta, abre minhas pernas e beija minhas coxas.- Não gostei nada de você ter ido almoçar com Paulo, terei que castigar você, habibi.- Ele é meu amigo, Hafiq.- Não, ele quer o que é meu, isso sim. Pela desobediência, não feche as pernas, ouviu?E com um sorriso nos lábios ele dá um tapinha em minha vulva, e mantém uma sequência torturante de tapinhas em meu clitóris e lambidas, ele lambe e bate, lambe e bate, os dedos estalam quando chocam-se ao meu clitóris, deixando-o cada vez mais sensível e inchado.É viciante a sensação assustadora e deliciosa de ser punida e recompensada ao mesmo tempo. Nenhum golpe foi forte o suficiente para gerar dor incômoda, mas intenso ao ponto de deixar meu sexo latejando, pulsando, cada vez mais próximo de um orgasmo enlouquecedor.- Você quer que eu pare, flor?Eu tenho vergonha de assumir que ter o sexo esbofeteado está
ANTÔNIA- Não fale de Zie, você não sabe nada de nós dois, como você pôde acabar com um momento tão bonito? Sai da minha casa agora, some da minha vida, some daqui.- O nome dele era Aziz, Zie é apelido de amantes, eu já disse que odeio esse apelido, inferno de mulher. Responda Tônia, ele te dava o prazer que eu te dou?Era tão assustadora a forma como ele mudava de um homem doce em uma pedra de gelo, uma rocha intransponível, os olhos frios, o tom insolente, a boca rígida comprimida de raiva.Por que falar sobre Aziz nesse momento que era só nosso? “Apelido de amantes”, nunca foi, era um jeito carinhoso de chamar meu amigo, o melhor amigo que já tive na vida.Ele fala de meu relacionamento com Aziz com desprezo, como se tivesse nojo, jamais houve intimidade sexual entre nós dois, de forma nenhuma.Johnny sempre foi o grande amor de Zie, amigos, companheiros de uma vida, amantes. O meu amor por ele percorria outra via, outro caminho, era um sentimento puro; sem o sexo, sem a carne, sem
ANTÔNIAEu vou confrontá-lo, ele vai ter que me dizer por que agiu dessa forma.-Talvez eu o desculpe, se você me disser por que fez aquilo?- Eu não sei, eu só quero que me perdoe.Ele se vira e vem até mim, diminuindo a distância entre nós, e isso não é nada bom, não deixarei barato, ele tem que falar a verdade, eu quero respostas.- É claro que você sabe por que agiu como um idiota, vamos, estou esperando, se não me responder, eu não saio daqui nem por um cacete, eu ligo pra polícia e te expulso daqui.- Olha a porra da boca suja, Tônia. Você não vai querer me ver realmente puto. Eu disse que vamos agora para minha casa e mais tarde iremos pra Londres, você é minha noiva, então vai comigo, não me obrigue a usar meios escusos.Como assim, meios escusos?Tipo sequestro, cárcere privado, ele é o quê, algum louco, desequilibrado? Prefiro nem pensar na resposta.Ele segura meu braço firme e eu puxo com força.- Ho
ANTÔNIAHafiq manda o motorista seguir, olho pro meu colo e a sua mão procura a minha, seus dedos acariciam os meu, ele coloca a minha mão dentro da sua, observando o tamanho desproporcional de uma e outra.Não olha nos meus olhos, o rosto virado observando o caminho até a sua casa, absorto em suas angústias, não sei se por vergonha do seu descontrole ou se não quer acabar com a paz silenciosa que se apoderou do ambiente.Também prefiro ficar quietinha, estou cansada de brigas por hoje, são muitos problemas, muita solidão e muitas perdas, eu quero um pouquinho de paz, nem que seja só dentro de um carro.Chegamos à casa de Hafiq, é bem distante de onde eu moro, o acesso é difícil, restrito e particular.Por que um homem sozinho precisa de uma casa tão grande?A sala é repleta de obras de artes, eu reconheço três quadros meus e minha escultura da mulher na liteira, tem vários quartos e uma sala enorme em estilo mo