ANTÔNIAEu não sou uma mulher frágil, cândida, a rudeza do início de minha vida me criou uma couraça difícil de transpor.Hafiq precisa casar-se com uma princesa, de requinte e polidez irretocáveis e eu sou uma mulher livre, simples, e detesto demonstrar as minhas fraquezas.Só que apesar da minha postura forte e arredia, ele tem um jeito que me desarma, me deixa totalmente nua.Eu não consigo controlar o desejo que ele me desperta e odeio me sentir assim, feito uma massa de pão em suas mãos, que a gente sova, aperta e coloca no ponto na hora que bem quer.Hafiq continua me encarando em silêncio, como se pudesse adivinhar o turbilhão de pensamentos e emoções que se passam em minha cabeça.- Fale Tônia o que a assusta tanto.- Eu não sou mulher de ter medo de nada Hafiq, esse é o nosso problema, por isso que essa relação jamais vai dar certo. Você necessita de uma mulher dócil, frágil; que aja, seja e faça tudo do jeito
ANTÔNIAHafiq franze o cenho e logo após ri olhando a paisagem pela janela.- Vamos dizer que um pouco dos dois, você é divertida, eu gosto do seu jeito de não se levar muito a sério.- Bem diferente de você, não é? Você deveria fazer isso também, em vez de ficar sempre se retorcendo na cueca.- Ah, habibi, é você que me deixa completamente louco, você é a culpada. Que falta de consideração.Penso no que ele acabou de dizer sobre o nosso relacionamento, não posso iludir-me, em nosso casamento não haverá amor, ele é um homem de negócios muito prático, frio em seu modo de negociar, como ele mesmo sempre diz, ele é um beduíno bruto.Certamente no aspecto sexual nos entenderemos, mas tudo acaba aí, proteção, cuidado e sexo, nada além.Eu conseguirei conviver com ele dessa forma? Eu preciso de mais?Talvez seja bom ter um relacionamento em que já sei o que viverei, o que posso esperar, sem falsos romances, juras de a
ANTÔNIAHafiq deita em cima de mim, o rosto enterrado em meu pescoço, provocando-me com a língua, lambendo a minha orelha, mordiscando com vontade.Ainda tenho medo, medo de não sentir nada, medo de ter sido estragada pela vida, as carícias aumentam com as palavras de desejo, os beijos úmidos e torturantes.O medo se dissipa rapidamente, agora só sinto o tremor da surpresa, é algo difícil de entender, mas é um turbilhão de arrepios, de espera e de vontade, o pavor tá do lado de fora desse quarto, ele não pode me ferir.Ele desce a boca úmida devagar pelo meu pescoço, abocanhando um mamilo, chupando-o, como se lambesse minha alma ferida, minhas dores. É uma sensação sublime ter a sua língua macia sugando meus seios.Embevecido, Hafiq mordisca um, depois o outro mamilo, levemente, só pra me instigar e continua sugando-os, adoro a sua boca nos meus seios, eu acaricio seus cabelos e seu rosto enquanto ele bebe de mi
ANTÔNIAEle me beija espremendo-me os lábios, abafando um urro de prazer, o eco de seu orgasmo se dissipa dentro de minha boca, os seus lábios estão trêmulos, é bom saber que ele me deseja com essa intensidade.A língua me lambe o canto da boca, mordendo meus lábios, ele ainda está dentro de mim, não quer sair do calor de minhas entranhas.E depois de me beijar o pescoço e descansar o corpo pesado em cima de mim, por alguns minutos, movimenta os quadris lentamente, ele está duro feito aço novamente.Ele suspende minhas pernas aprofundando a penetração, lambendo meus pés, a língua passando por meus dedos, mordiscando os tornozelos, que sensação deliciosa, ele lambendo e mordiscando meus pés enquanto me penetra.Hafiq dobra as minhas pernas em seus ombros e mete mais fundo, ele se segura com uma das mãos na cabeceira da cama, a outra mão aperta minha bunda, bombeando em mim tão profundo como se quisesse escalar meu cor
ANTÔNIAHoje acordei alegre e bem disposta, é inútil fingir, adorei tudo que vivi na tarde de ontem e apesar de todas as reservas que tenho sobre nosso relacionamento, nem sei se isso que eu e Hafiq vivemos pode se classificar dessa forma, talvez o melhor para Kaled seja eu aceitar a sua proposta.Chegou uma entrega, assino o canhoto de recebimento já desconfiando quem me enviou, a encomenda é uma caixa grande e um buquê de orquídeas simplesmente lindas, leio o cartão com o coração sobressaltado de alegria.Ficarei fora por três dias, negócios infelizmente, pensando em você.S.HS.H será Sheikh Hafiq? Quando ele chegar, vou perguntar sobre a sua assinatura, abro a caixa grande e encontro uma camisola enfeitada com rendas e transparências, muito delicada e lingeries bastante sensuais, ele sabe como agradar uma mulher, eu leio o outro cartão.Não que eu não goste, mas a outra camisola já estava velhinha, Beijos.S.H
ANTÔNIAKaled, depois de tomar mamadeira está dormindo pesadamente, foi um dia cansativo pra nós dois. Vou tomar um banho, não consigo me reconhecer, será que eu estou me tornando uma mulherzinha? Aquele tipo que eu tanto desprezava.Agora basta Hafiq dizer que tá chegando, e eu, uma feminista de carteirinha me pego tomando banhos demorados, sais, perfumes, depilações.Pelo visto estou mais pra princesa da Disney, acreditando em finais felizes e príncipes em cavalos brancos, se bem que o meu prefere uma Ferrari em vez de cavalos.Fico rindo enquanto a água escorre pelo meu corpo, lavando os meus medos mais profundos.Demoro um bom tempo embaixo do chuveiro, debaixo d’água parece que tudo está certo na minha vida, só eu e meu sabonete de canela, os meus pensamentos ficam mais claros.Eu me sinto sensual e poderosa com esse aroma.Estou indecisa do que vestir, depois daquela camisola horrorosa, nada seria pior, esco
ANTÔNIA- Delícia, eu quero mais.Hafiq tira o blazer e a camiseta, abre minhas pernas e beija minhas coxas.- Não gostei nada de você ter ido almoçar com Paulo, terei que castigar você, habibi.- Ele é meu amigo, Hafiq.- Não, ele quer o que é meu, isso sim. Pela desobediência, não feche as pernas, ouviu?E com um sorriso nos lábios ele dá um tapinha em minha vulva, e mantém uma sequência torturante de tapinhas em meu clitóris e lambidas, ele lambe e bate, lambe e bate, os dedos estalam quando chocam-se ao meu clitóris, deixando-o cada vez mais sensível e inchado.É viciante a sensação assustadora e deliciosa de ser punida e recompensada ao mesmo tempo. Nenhum golpe foi forte o suficiente para gerar dor incômoda, mas intenso ao ponto de deixar meu sexo latejando, pulsando, cada vez mais próximo de um orgasmo enlouquecedor.- Você quer que eu pare, flor?Eu tenho vergonha de assumir que ter o sexo esbofeteado está
ANTÔNIA- Não fale de Zie, você não sabe nada de nós dois, como você pôde acabar com um momento tão bonito? Sai da minha casa agora, some da minha vida, some daqui.- O nome dele era Aziz, Zie é apelido de amantes, eu já disse que odeio esse apelido, inferno de mulher. Responda Tônia, ele te dava o prazer que eu te dou?Era tão assustadora a forma como ele mudava de um homem doce em uma pedra de gelo, uma rocha intransponível, os olhos frios, o tom insolente, a boca rígida comprimida de raiva.Por que falar sobre Aziz nesse momento que era só nosso? “Apelido de amantes”, nunca foi, era um jeito carinhoso de chamar meu amigo, o melhor amigo que já tive na vida.Ele fala de meu relacionamento com Aziz com desprezo, como se tivesse nojo, jamais houve intimidade sexual entre nós dois, de forma nenhuma.Johnny sempre foi o grande amor de Zie, amigos, companheiros de uma vida, amantes. O meu amor por ele percorria outra via, outro caminho, era um sentimento puro; sem o sexo, sem a carne, sem