Seus olhos estavam muito arregalados. Pareciam querer saltar para fora das orbitas.
Sua mente mau conseguia processar o que acabara de ouvir, e seu coração muito menos. Teria ouvido direito?
Será que ele havia entendi errado? O choque era mais que evidente em seu rosto, o que preocupou Rodrigo de imediato. O advogado não conseguia acreditar nas palavras ditas pelo loiro, simplesmente nada daquilo conseguia entrar em sua cabeça. Era uma situação em que ele nunca esteve, e que nunca imaginou que fosse acontecer consigo em sua vida.
A sensação era como se tivessem dado um nó em sua garganta, seu cérebro demorou para finalmente absorver tais palavras e conseguir proferir alguma coisa.
– O... O que..?
– Eu te amo Simon. Eu sinto muito...
– M-Mas... C
Ele mal podia esperar por isso.***Naquele mesmo dia à tarde, Abel ligou para Patrícia, dizendo que iria dar sua aula com Dante na casa dele e que voltaria mais tarde de ônibus.Ela concordou e pediu para que ele ligasse assim que chegasse no ponto de ônibus, para que ela pudesse busca-lo na estação Barra Funda. Já que era mais perto de casa, nenhum deles teria de se preocupar com o trânsito.Tendo tudo combinado, os dois rapazes foram até o prédio residencial onde Dante morava, no Morumbi. No meio do caminho, os dois conversavam bastante, e o ruivo mostrava os principais pontos da Zona Sul para o amigo, já que Abelardo nunca tinha estado naquela parte de São Paulo antes. Era tudo muito chique, grande e bonito, com bastante arvores, prédios comerciais, shoppings e lojas caras, assim como restau
Sábado. O dia da festa de Danilo.Tanto Abel, quanto Dante, se arrumavam para a festa, escolhendo roupas lindas e pegando tudo o que precisariam como chaves, carteira e celular.Naquele dia, Simon iria ficar em casa para relaxar, já que o dia no trabalho fora muito puxado. O bom é que não teria que levar o irmão a tal festa, já que o mesmo iria pegar carona com Abelardo e sua prima. Os adolescentes combinaram o horário para se verem na entrada do prédio do jovem Martinez, dali uma hora.Dante dava os toques finais em seu visual. Afinal, um pouco de cuidado nunca era demais.Vestiu uma calça jeans escura, justa e com detalhes de rasgos, uma bota de couro preto de cano médio e uma camiseta cor cinza, que se ajustava aos seus músculos bem marcados. Além, é claro, de uma jaqueta de couro preto por cima, com detalhes de cinto e tachas. Colocava uma pulseira de couro marr
Viera a festa por ele, para ambos se divertirem juntos, não iria estragar aquele momento com suas paranoias.A festa estava só começando!***Simon estava ansioso, enquanto preparando seu jantar congelado.Estava à espera de Rodrigo.Esse seria seu primeiro encontro com o loiro como algo a mais do que a amizade, e isso era inédito para o advogado. Mesmo que sentisse uma verdadeira e intensa atração pelo outro, admitir o fato para si mesmo ainda era estranho... Era uma conexão não apenas física, mas algo emocional e espiritual. Gostava demais da personalidade radiante de Rodrigo, adorava estar perto dele e de poder compartilhar tudo com o mesmo. Ele era, e sempre foi, uma pessoa especial para si, alguém em quem sabia que podia contar para tudo.Por isso, ele quis
Depois do filme e de mais alguns beijos, Rodrigo decidiu que já estava na hora de ir embora, pois tinha que acordar cedo para o trabalho na padaria e não podia ficar muito tempo na casa do novo namorado. Simon entendeu e deixou que o outro saísse, e, já na porta, os dois se olharam com ternura.– Hoje foi o melhor dia da minha vida – disse Rodrigo – Nem imagina como estou feliz.– Acho que sei... Eu também sinto isso – eles coram, com risinhos sem graça.– Seria possível que façamos isso de novo?– Com toda a certeza.O loiro sorriu para o mais velho e, o pegando de surpresa, se aproxima para o beijar delicadamente. Foi um beijo rápido, um selinho simples e suave, mas cheio de sentimentos doces e quentes, que Simon pode sentir muito bem, mesmo tendo sido t&
– A-Acho que sim. Estava precisando sair um pouco – ele dava um sorrisinho fofo, ainda pensando naquelas palavras gentis de Dante.Eles então vêm um balanço pendurado em uma arvore ao fundo do quintal. O balanço, embora fosse só um pedaço de madeira segurado por duas cordas, parecia em bom estado.– Olha! Quem diria – disse Dante.– Nossa, faz um bom tempo que eu não sento em um desses – olhava o balanço com um sentimento de nostalgia. Afinal, fazia muito tempo que não ia a um parque brincar com esses tipos de brinquedos, isso quando ainda era um menininho.Lembrar de sua infância era algo que sempre arrancava um sorriso doce de si.– Serio? Quer experimentar?– Pode ser – Abel vai até o balanço e se sent
Quatro meses depois da festa na casa de Danilo, a amizade de Dante e Abel estava mais forte do que nunca!Tendo provado sua confiança um ao outro, contando suas histórias de vida, viram que nada mais ficaria em segredo entre eles. Eles eram muito parecidos, uma semelhança que apenas os atraía ainda mais.Mas, apesar disso, Dante ainda não estava pronto para contar sobre o que sentia por Abelardo, não naquele momento.E, com o tempo, o até então valentão da escola Samus Sapiens, começou a andar com Abelardo para todos os lugares, a se sentar na mesma mesa com Danilo e Laura nas horas dos intervalos, a estudar sempre com Abel, que ainda lhe dava aulas, e suas notas começaram a ficar cada vez melhores. A tempos não tirava uma nota vermelha, o que já era grande coisa! E os quatro amigos improváveis saiam sempre
– Bem, vendo desse jeito... Tudo bem, acho que pode dar certo – Simon sorri, cedendo ao pedido do namorado – Vou conversar com Dante hoje, depois do trabalho.– Eba! Eu te amo!– Shhh! A secretaria pode nos ouvir – sussurrou Simon.– Ops... Desculpe – os dois riem e se beijam novamente.Não querendo chamar a atenção dos outros colegas de trabalho de Simon, Rodrigo decide voltar para a padaria, pois seu horário de almoço estava quase acabando. Ele sai e se despede do namorado, de forma a não levantar suspeitas sobre seu relacionamento com Simon para a secretaria Larissa. No escritório, Simon fica pensando sobre essa viagem que havia sido arrastado de última hora. Seria uma ótima ideia sair um pouco, ainda mais para um lugar perto do lago, onde eles poderiam nadar e pescar &
Foi uma semana bem agitada para Abelardo e Dante, entre irem na casa um do outro para revisar a matéria, ler livros, escrever resumos e ainda voltarem para casa para olharem tudo de novo. Eram duas provas para cada dia de aula, a primeira começando no início do horário da manhã e a outro após do lanche. Cada prova tinha um limite de permanecia de noventa minutos, e no máximo duas horas. Eram dez provas, então eles teriam de contar cada segundo que tinham para estudar bem e não deixar nada faltando.Cada vez que se entrava na escola, era um silencio sepulcral.Todos concentrados em estudar a matéria, porque suas férias tão amadas dependiam de suas notas, ou, caso contrário, teriam de fazer aulas de recuperação durante as férias.Quando a sexta feita chega era o último dia de prova. Eles receberiam as notas somente no dia seguinte no sábado