– Mas que porra cara?! Como isso aconteceu?!
– Eu não sei! Eu estava fora de mim! Não sei porque fiz aquilo!
– Cara... – Dante esfrega a mão pelos fios ruivos e no rosto– Não dá para acreditar... E o que o Rodrigo disse sobre isso?
– Ele só se desculpou... E saiu correndo de casa.
– Caralho... Que tenso. Mas acho que deve ser compreensivo ele ter fugido assim. Deve ter sido um choque tremendo para ele.
– Nem me fale... – agora era Simon quem esfregava as mãos nos cabelos morenos, em sinal de frustração – O que eu faço? Estou até agora tentando entender o motivo de eu querer lhe beijar. Somos grandes amigos desde a faculdade, fazemos parte da vida um do outro... Não faz sentido eu fazer isso...
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Ao ouvir isso, Dante quase desmaia. O ruivo ficou olhando Abel com olhos arregalados em pura descrença. Sua respiração travou por um instante, antes de finalmente conseguir dizer algo.– Isso é sério?– É sim – ele morde o lábio – Rodrigo me falou de Simon ela primeira vez no dia antes da nossa primeira aula em casa, e ele ficou horas falando só do seu irmão. Durante nossas aulas particulares, ele sempre ia na minha casa à noite para jantar comigo e a Patrícia, ou apenas para botar o papo em dia... E, em uma dessas vezes que ele foi em casa, ele acabou me contando sobre o cara por quem ele era muito apaixonado, desde que era jovem. Que eles se conheciam a tempos, e que o sentimento era platônico. Ele não disse o nome, mas pela conversa dele, pelo modo maravilhado dele de falar sobre seu irmão... Agora, com
– Beleza.– Onde você mora Dante? – perguntou Danilo.– Moro aqui na zona Sul mesmo... No centro do Morumbi.– Ah Sei, conheço o lugar – disse Danilo, sorrindo – Eu já fui várias vezes no shopping Morumbi com a Laura, sua casa fica perto de lá?– Sim. Moro em um prédio perto desse shopping com meu irmão mais velho.– Entendi. Deve ser muito bom morar perto de um shopping, principalmente porque você não tem que pagar ônibus ou condução para ir até lá.– Pois é – ele dá uma risada baixa, continuando a comer tranquilamente.Enquanto a conversa entre os quatro se desenrolava, Abel sentia sua vida se ajustar novamente. Estava feliz de ver aquela cena
Seus olhos estavam muito arregalados. Pareciam querer saltar para fora das orbitas.Sua mente mau conseguia processar o que acabara de ouvir, e seu coração muito menos. Teria ouvido direito?Será que ele havia entendi errado? O choque era mais que evidente em seu rosto, o que preocupou Rodrigo de imediato. O advogado não conseguia acreditar nas palavras ditas pelo loiro, simplesmente nada daquilo conseguia entrar em sua cabeça. Era uma situação em que ele nunca esteve, e que nunca imaginou que fosse acontecer consigo em sua vida.A sensação era como se tivessem dado um nó em sua garganta, seu cérebro demorou para finalmente absorver tais palavras e conseguir proferir alguma coisa.– O... O que..?– Eu te amo Simon. Eu sinto muito...– M-Mas... C
Ele mal podia esperar por isso.***Naquele mesmo dia à tarde, Abel ligou para Patrícia, dizendo que iria dar sua aula com Dante na casa dele e que voltaria mais tarde de ônibus.Ela concordou e pediu para que ele ligasse assim que chegasse no ponto de ônibus, para que ela pudesse busca-lo na estação Barra Funda. Já que era mais perto de casa, nenhum deles teria de se preocupar com o trânsito.Tendo tudo combinado, os dois rapazes foram até o prédio residencial onde Dante morava, no Morumbi. No meio do caminho, os dois conversavam bastante, e o ruivo mostrava os principais pontos da Zona Sul para o amigo, já que Abelardo nunca tinha estado naquela parte de São Paulo antes. Era tudo muito chique, grande e bonito, com bastante arvores, prédios comerciais, shoppings e lojas caras, assim como restau
Sábado. O dia da festa de Danilo.Tanto Abel, quanto Dante, se arrumavam para a festa, escolhendo roupas lindas e pegando tudo o que precisariam como chaves, carteira e celular.Naquele dia, Simon iria ficar em casa para relaxar, já que o dia no trabalho fora muito puxado. O bom é que não teria que levar o irmão a tal festa, já que o mesmo iria pegar carona com Abelardo e sua prima. Os adolescentes combinaram o horário para se verem na entrada do prédio do jovem Martinez, dali uma hora.Dante dava os toques finais em seu visual. Afinal, um pouco de cuidado nunca era demais.Vestiu uma calça jeans escura, justa e com detalhes de rasgos, uma bota de couro preto de cano médio e uma camiseta cor cinza, que se ajustava aos seus músculos bem marcados. Além, é claro, de uma jaqueta de couro preto por cima, com detalhes de cinto e tachas. Colocava uma pulseira de couro marr
Viera a festa por ele, para ambos se divertirem juntos, não iria estragar aquele momento com suas paranoias.A festa estava só começando!***Simon estava ansioso, enquanto preparando seu jantar congelado.Estava à espera de Rodrigo.Esse seria seu primeiro encontro com o loiro como algo a mais do que a amizade, e isso era inédito para o advogado. Mesmo que sentisse uma verdadeira e intensa atração pelo outro, admitir o fato para si mesmo ainda era estranho... Era uma conexão não apenas física, mas algo emocional e espiritual. Gostava demais da personalidade radiante de Rodrigo, adorava estar perto dele e de poder compartilhar tudo com o mesmo. Ele era, e sempre foi, uma pessoa especial para si, alguém em quem sabia que podia contar para tudo.Por isso, ele quis
Depois do filme e de mais alguns beijos, Rodrigo decidiu que já estava na hora de ir embora, pois tinha que acordar cedo para o trabalho na padaria e não podia ficar muito tempo na casa do novo namorado. Simon entendeu e deixou que o outro saísse, e, já na porta, os dois se olharam com ternura.– Hoje foi o melhor dia da minha vida – disse Rodrigo – Nem imagina como estou feliz.– Acho que sei... Eu também sinto isso – eles coram, com risinhos sem graça.– Seria possível que façamos isso de novo?– Com toda a certeza.O loiro sorriu para o mais velho e, o pegando de surpresa, se aproxima para o beijar delicadamente. Foi um beijo rápido, um selinho simples e suave, mas cheio de sentimentos doces e quentes, que Simon pode sentir muito bem, mesmo tendo sido t&
– A-Acho que sim. Estava precisando sair um pouco – ele dava um sorrisinho fofo, ainda pensando naquelas palavras gentis de Dante.Eles então vêm um balanço pendurado em uma arvore ao fundo do quintal. O balanço, embora fosse só um pedaço de madeira segurado por duas cordas, parecia em bom estado.– Olha! Quem diria – disse Dante.– Nossa, faz um bom tempo que eu não sento em um desses – olhava o balanço com um sentimento de nostalgia. Afinal, fazia muito tempo que não ia a um parque brincar com esses tipos de brinquedos, isso quando ainda era um menininho.Lembrar de sua infância era algo que sempre arrancava um sorriso doce de si.– Serio? Quer experimentar?– Pode ser – Abel vai até o balanço e se sent