Rosa…Ashton me mandara tirar a manhã de folga para que eu pudesse me preparar para o voo, e eu estava extasiada com a ideia de partir para Paris, pois seria minha primeira vez na cidade do amor. Mal podia esperar para zarpar; ao consultar o relógio, constatei que já passava das três da tarde, embora ainda faltasse um bom tempo para nossa partida.Na noite anterior, Brigitta veio me auxiliar na arrumação da mala, logo depois de eu revelar a elas os detalhes da viagem. Durante todo o processo, Brigitta me lançou olhares marotos, mas preferi não dar muita importância; ela disse ter trazido algumas peças de roupa que não usava mais e, apesar de eu não confiar plenamente em seu senso de moda para me vestir, tive que admitir que ela possuía um gosto apurado.Naquela manhã, despertei um pouco mais tarde e procedi à limpeza do meu apartamento com rapidez quase frenética. Inclusive, fiz uma anotação para procurar um gato assim que retornássemos – sentia falta de ter um bichinho por perto, e, a
Rosa…Ashton me acordara assim que pousamos, e fiquei maravilhada ao ver as luzes cintilantes da cidade, que se descortinavam como um cenário de sonho. Fomos para o hotel, e algo me dizia que ou ele era dono do lugar ou, ao menos, vinha aqui com frequência, já que as pessoas o cumprimentavam com sorrisos largos e descontraídos.Segui-o até o elevador logo após ele efetuar o check-in, e perguntei:— Você também é o dono deste lugar?— Sim, é o hotel da nossa família. — Afirmou ele com orgulho.Nossa, como eles eram ricos!Chegamos a um quarto, e não pude deixar de me perguntar, em meio a um turbilhão de pensamentos, por que ele insistia em abrir a porta. Então, inquiri:— Onde é o meu quarto?Fiquei confusa até perceber que ele já havia recebido as chaves, e, com uma voz calma, disse:— Você ficará na minha suíte.Olhei para ele com os olhos arregalados, balançando a cabeça em negação.— Eu, hum, não, obrigada. Eu quero o meu próprio quarto. — Declarei, dando um passo para trás, convenc
Ashton…Eu observei enquanto Rosa pegava sua bolsa e se dirigia ao banheiro, ciente de que ela se encontrava desolada com o fato de termos que compartilhar um quarto e uma cama. Naquele exato momento do check-in, optei por não mencionar meus receios, pois sabia que a responsabilidade recaía sobre Brigitta – eu havia solicitado a reserva de dois quartos, mas ela acabou marcando apenas um. Mal sabia eu como seria árduo manter o autocontrole sabendo que ela dormiria ao meu lado.Sem demora, peguei o telefone e liguei para Brigitta, pois ela precisava me oferecer explicações. Saí para a varanda e fechei a porta.— Ashton, como está Paris? — Respondeu Brigitta.— Quero saber por que você reservou apenas um quarto — respondi, ignorando sua tentativa de desviar a conversa.— Ah, foi um pequeno mal-entendido do hotel.Eu já discernia a mentira em suas palavras.— Não fale besteira. Sei muito bem o que você está aprontando. Rosa não parece nem um pouco satisfeita com isso.— Não se preocupe com
Rosa…Senti alguém me sacudir levemente e, ao abrir os olhos, deparei-me com um par de olhos azuis que me fitavam intensamente. Sentei-me e olhei ao redor do quarto, recordando que, de fato, eu estava em Paris com Ashton.— Já pedi o café da manhã; você pode vir comer. Temos um dia cheio hoje. — Disse ele, mas seus olhos não se fixavam em meu rosto. Estavam concentrados em meu corpo, e ao desviar o olhar para baixo, percebi o motivo: eu devia ter retirado meu robe durante a noite.Envergonhada, agarrei o cobertor e o puxei para o peito.— Aqui, use este robe. — Ouvi ele dizer, e aceitei o robe que me entregara. Esperei que ele se virasse e, rapidamente, levantei-me da cama, envolvendo-me no novo robe com certa hesitação.— Agora você pode olhar de novo. — Eu disse.Ele se virou e esboçou um pequeno sorriso.— Bom, agora vamos tomar o café da manhã.— Qual é a nossa agenda para hoje? — Perguntei, enquanto pegava um pouco de bacon e uma fatia de torrada.— Temos nossa reunião com o Sr. B
Rosa…Depois do almoço, voltamos para o hotel, e Ashton me instruiu a descansar antes do evento daquela noite. — Você vai precisar de todo o descanso que puder. Eu lhe queria dizer que sabia como esses eventos funcionavam e o quão exaustivos eles podiam ser, mas optei por não comentar. Dirigi-me para o quarto e subi na cama, ponderando que talvez valesse a pena repousar um pouco, afinal, aquela manhã havia sido extenuante.Algumas horas depois, acordei e decidi me arrumar para o evento noturno. Esperava que o vestido que havia levado fosse apropriado para a ocasião; não queria envergonhar Ashton. Após o banho, Ashton também foi se duchar, e aproveitei o momento para arrumar meu cabelo e me maquiar enquanto ele estava no banheiro. Apliquei meus produtos, deixando meus cachos naturais caírem suavemente, e optei por uma maquiagem leve, pois não gostava de exageros. Quando terminei, Ashton saiu do banheiro.— Eu vou me vestir na sala de estar.Assenti e esperei que ele se retirasse antes
Rosa…Senti um alívio imenso ao ver Ashton parado ao meu lado. Ele me envolveu com os braços e beijou-me nos lábios, antes de me entregar minha bebida.— Se nos der licença. — Disse Ashton, lançando um olhar feroz para o homem que se encontrava próximo.— Não quero que você se aproxime dele novamente. — Acrescentou, enquanto caminhávamos para longe.— Pode ficar tranquila. Não pretendo falar com ele nem o ver de novo. Mas, afinal, quem é esse sujeito?— Outro bilionário. Ele traz muita confusão.Ashton conduziu-me até nossa mesa, onde um garçom nos servia a comida. Jantamos em silêncio, imersos em nossos pensamentos, embora ele lançasse olhares frequentes para o homem de antes – algo lhe dizia que havia mais naquela história do que aparentava.Ao terminar a refeição, Ashton levantou-se e parou à minha frente.— Posso ter esta dança? — Perguntou, estendendo a mão.Aceitei sua mão e deixei que ele me conduzisse até a pista de dança. Ele puxou-me para mais perto enquanto dançávamos ao rit
Ashton…Eu desejava intensamente beijá-la da pista de dança, contudo, sabia que tal ato transgrediria limites imperiosos. Jamais permitiria que sua imagem se maculasse com o rótulo de interesseira, sobretudo em meio à voracidade exagerada dos paparazzi. Ao avistar Zack engajado em conversa com ela, quis arrancar os olhos dele. Como eu desejava que ela fosse minha, para que o mundo inteiro visse que ela me pertencia.Sussurrei para ela que deveríamos voltar para o quarto do hotel, pois não conseguia mais me controlar; se continuasse a dançar com ela, acabaria beijando-a na frente de todos. No instante em que ela entrou no quarto, não pude mais esperar – tive que beijá-la. Beijá-la parecia tão certo; eu adorava o sabor dela, e o perfume inebriante que emanava de sua pele me deixava completamente louco. Amava aqueles lábios carnudos – poderia beijá-los a noite inteira –, e, num ímpeto de desejo, levantei-a, enquanto ela, sem hesitar, enlaçava as pernas em torno da minha cintura.Deitei-a
Rosa…O dia que passamos em Paris fora inesquecível. Tive a oportunidade de contemplar a Torre Eiffel, como se estivesse realizando um sonho, e Ashton me conduziu ao Palácio e aos jardins de Vercailes, onde tudo parecia pertencer a um mundo de fadas do qual eu jamais desejaria escapar. Fizemos um tour gastronômico e até participamos de uma degustação de vinhos; na noite anterior, ele me levou ao rio para um cruzeiro embalado por música – tudo era perfeito, até que eu acabei estragando tudo.Ao retornarmos ao quarto do hotel, Ashton quis me beijar, mas eu o impedi.— Não acho que devamos continuar com isso. — Declarei.Queria confessar que estava me apaixonando por ele, mas o receio de me machucar novamente me impediu de dar o próximo passo.— Por quê? Rosa, eu adoro estar com você. Eu quero… — Replicou ele.Interrompi-o:— Por favor, não diga nada. Não posso fazer isso agora. Ainda sou casada.Passei por ele e fui para o banheiro, pois precisava manter distância entre nós. Informei a B