Rosa…Depois do almoço, voltamos para o hotel, e Ashton me instruiu a descansar antes do evento daquela noite. — Você vai precisar de todo o descanso que puder. Eu lhe queria dizer que sabia como esses eventos funcionavam e o quão exaustivos eles podiam ser, mas optei por não comentar. Dirigi-me para o quarto e subi na cama, ponderando que talvez valesse a pena repousar um pouco, afinal, aquela manhã havia sido extenuante.Algumas horas depois, acordei e decidi me arrumar para o evento noturno. Esperava que o vestido que havia levado fosse apropriado para a ocasião; não queria envergonhar Ashton. Após o banho, Ashton também foi se duchar, e aproveitei o momento para arrumar meu cabelo e me maquiar enquanto ele estava no banheiro. Apliquei meus produtos, deixando meus cachos naturais caírem suavemente, e optei por uma maquiagem leve, pois não gostava de exageros. Quando terminei, Ashton saiu do banheiro.— Eu vou me vestir na sala de estar.Assenti e esperei que ele se retirasse antes
Rosa…Senti um alívio imenso ao ver Ashton parado ao meu lado. Ele me envolveu com os braços e beijou-me nos lábios, antes de me entregar minha bebida.— Se nos der licença. — Disse Ashton, lançando um olhar feroz para o homem que se encontrava próximo.— Não quero que você se aproxime dele novamente. — Acrescentou, enquanto caminhávamos para longe.— Pode ficar tranquila. Não pretendo falar com ele nem o ver de novo. Mas, afinal, quem é esse sujeito?— Outro bilionário. Ele traz muita confusão.Ashton conduziu-me até nossa mesa, onde um garçom nos servia a comida. Jantamos em silêncio, imersos em nossos pensamentos, embora ele lançasse olhares frequentes para o homem de antes – algo lhe dizia que havia mais naquela história do que aparentava.Ao terminar a refeição, Ashton levantou-se e parou à minha frente.— Posso ter esta dança? — Perguntou, estendendo a mão.Aceitei sua mão e deixei que ele me conduzisse até a pista de dança. Ele puxou-me para mais perto enquanto dançávamos ao rit
Ashton…Eu desejava intensamente beijá-la da pista de dança, contudo, sabia que tal ato transgrediria limites imperiosos. Jamais permitiria que sua imagem se maculasse com o rótulo de interesseira, sobretudo em meio à voracidade exagerada dos paparazzi. Ao avistar Zack engajado em conversa com ela, quis arrancar os olhos dele. Como eu desejava que ela fosse minha, para que o mundo inteiro visse que ela me pertencia.Sussurrei para ela que deveríamos voltar para o quarto do hotel, pois não conseguia mais me controlar; se continuasse a dançar com ela, acabaria beijando-a na frente de todos. No instante em que ela entrou no quarto, não pude mais esperar – tive que beijá-la. Beijá-la parecia tão certo; eu adorava o sabor dela, e o perfume inebriante que emanava de sua pele me deixava completamente louco. Amava aqueles lábios carnudos – poderia beijá-los a noite inteira –, e, num ímpeto de desejo, levantei-a, enquanto ela, sem hesitar, enlaçava as pernas em torno da minha cintura.Deitei-a
Rosa…O dia que passamos em Paris fora inesquecível. Tive a oportunidade de contemplar a Torre Eiffel, como se estivesse realizando um sonho, e Ashton me conduziu ao Palácio e aos jardins de Vercailes, onde tudo parecia pertencer a um mundo de fadas do qual eu jamais desejaria escapar. Fizemos um tour gastronômico e até participamos de uma degustação de vinhos; na noite anterior, ele me levou ao rio para um cruzeiro embalado por música – tudo era perfeito, até que eu acabei estragando tudo.Ao retornarmos ao quarto do hotel, Ashton quis me beijar, mas eu o impedi.— Não acho que devamos continuar com isso. — Declarei.Queria confessar que estava me apaixonando por ele, mas o receio de me machucar novamente me impediu de dar o próximo passo.— Por quê? Rosa, eu adoro estar com você. Eu quero… — Replicou ele.Interrompi-o:— Por favor, não diga nada. Não posso fazer isso agora. Ainda sou casada.Passei por ele e fui para o banheiro, pois precisava manter distância entre nós. Informei a B
Rosa…Os dias seguintes passaram rápido, e Ashton continuava frio comigo. Cheguei mais cedo hoje e preparei café para todos. Levei o café do Ashton até o escritório dele e deixei-o em sua mesa.— Obrigado. — Disse ele suavemente.— O prazer é meu. — Respondi, voltando para o nosso escritório e pensando nele. Ele continuava distante, e, para ser sincera, eu odiava isso. Queria que pudéssemos voltar ao jeito que tudo era antes de irmos a Paris. Sentia falta do jeito como ele me olhava quando eu entrava em seu escritório, sentia falta de como ele me beijava e do brilho em seus olhos quando os encontrava.Peguei o arquivo que ele me pediu para preparar para a viagem a Los Angeles, sabendo que tinha que terminá-lo antes do fim do dia, pois ele partiria em poucos dias. Perguntei-me se ele iria sozinho ou se Max o acompanharia. Quando terminei, fui até o escritório dele e bati à porta, aguardando uma resposta.— Entre. — Ouvi sua voz, e abri a porta.Entrei e, assim que ele me viu, voltou sua
Ashton…Eu caminhei de um lado para o outro na sala, inquieto e questionando-me se deveria ligar para ela, pois precisava, com urgência, apresentar minhas desculpas pelo comportamento desmedido daquela manhã. Eu mesmo queria me autoaplicar um tapa, depois de ter perdido a paciência com ela, pois, ao observar seu semblante, percebia que ela estava à beira das lágrimas, e sabia, com pesar, que toda aquela desordem era de minha inteira responsabilidade.— Droga, o que eu fiz! — Resmunguei.Meu pai adentrou a sala com um olhar preocupado e, com voz contida, indagou:— Filho, o que há de errado?Balancei a cabeça e murmurei, enquanto esfregava o rosto com desgosto:— Não sei. Sinto que estraguei tudo.— Aconteceu algo na empresa? — Inquiriu, com certa hesitação.— Não, está tudo bem. É outra coisa... algo meio complicado. — Neguei com a cabeça e respondi.Meu pai arqueou a sobrancelha e comentou, numa tentativa de elucidar a situação:— Acho que alguma mulher tem algo a ver com isso.— Não
Ashton…Fechei meus olhos e sorri.— O nome dela é Rosa Ettore. Mãe, ela é a mulher mais linda que eu já vi. Tem cabelos ruivos brilhantes. Seus olhos parecem esmeraldas esquisitas e inestimáveis. Ela é trabalhadora, e o jeito como ri ilumina o dia de qualquer um. Adoro aquele jeitinho que ela faz com o nariz quando fica brava, e, nossa, ela sabe mesmo como me provocar. Mas, por trás de tudo isso, há uma mulher frágil, com medo de se arriscar quando o assunto é homem.Minha mãe me olhou e disse:— Aconteceu algo com ela?— Sim, o marido dela a traiu e a deixou.— Ah, isso machucaria qualquer mulher.Eu já sabia do que havia acontecido entre ela e pai antes de eu nascer. Minha mãe sempre me ensinara a nunca tratar uma mulher como se não valesse nada, a escolher meu parceiro de vida acima de qualquer outra pessoa e a nunca dar crédito a outrem em detrimento da minha esposa. Ela queria ter certeza de que jamais cometeríamos o mesmo erro que meu pai cometera. Nos últimos anos, pai vinha se
Ashton…Eu me encontrava em frente ao apartamento dela e percebi que as luzes permaneciam acesas – felizmente, ela ainda não dormira. Subi e bati na porta diversas vezes; em certo momento, ouvi passos, contudo, ninguém veio atender, e tentei espiar pelo olho mágico.— Ashton, que diabos você está fazendo aqui? — Perguntou Rosa pela porta, com tom abrupto.— Vim para falar com você. Poderia, por favor, abrir a porta? — Respondi, tentando manter a calma.— Não, estou ocupada. Te vejo amanhã no escritório. Agora, se me der licença. — Replicou ela, de forma ríspida.Eu compreendi que talvez merecesse tal resposta, mas não estava disposto a recuar. Eu cheguei com uma missão e, de jeito nenhum, sairia dali sem antes conversar com ela.— Não vou sair enquanto você não abrir a porta, Rosa. — Insisti, determinado.— Ashton, não tenho tempo para joguinhos. Vá para casa; já está tarde. — Respondeu ela, enquanto a porta continuava trancada.— Rosa, por favor, abra a porta. Preciso muito conversar