77. Um brinde a vitória

Peter

"Leonardo Martinucci, atingido! Finalmente, aquele bastardo sentiu o gosto do medo!" A gargalhada ecoou antes que eu pudesse contê-la. Reclinei-me na cadeira de couro, cruzando os pés sobre a mesa. Cada detalhe da notícia era um presente.

Moris, meu advogado, me encarava do outro lado da mesa de mogno, seu rosto franzido em preocupação. Mas eu não me importava, a sensação de vitória corria em minhas veias como champanhe.

"Que dia glorioso!" bati na mesa, fazendo os porta-retratos tremeram. "Aquele bastardo está pagando por ter me deixado algumas horas na cadeia. Algumas horas! Como ele ousa?"

"Senhor Calton," Moris ajeitou a gravata, claramente desconfortável.

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