Amber
"Mamãe, acoda!" a voz doce de Bella invadiu meu sono. "Já é dia!"
"Muito dia!" Louis completou, pulando na cama.
Abri os olhos devagar, sentindo o peso do corpo ainda pedindo mais algumas horas de descanso. Depois de falar com Leonardo, tinha finalmente conseguido relaxar um pouco, mas parecia que tinha dormido apenas alguns minutos.
"Que horas são, meus amores?" perguntei, puxando os dois para um abraço apertado.
"O sol já nasceu!" Bella declarou como se isso explicasse tudo.
"Cadê o tio Leo?" Louis perguntou, seus olhinhos curiosos me encarando.
Amber"É aqui que o pincipe mora?" Bella perguntou enquanto o carro entrava por uma passagem lateral da mansão moderna."Uau!" Louis colou o nariz no vidro. "Tem robô na porta!"Sorri com sua inocência, o que ele chamava de robô era apenas um scanner de segurança ultra moderno. A garagem subterrânea era impressionante, com diversos carros luxuosos alinhados e homens de terno por toda parte."Por que todo mundo tá vestido igual?" Louis cochichou."São os guardiões do castelo," respondi, tentando manter o clima leve, apesar do meu próprio nervosismo."Mas não pare
LeonardoO som da porta nos congelou no lugar. Amber tentou se afastar, mas mantive minha mão em sua cintura, já sabendo quem era antes mesmo de olhar. Só uma pessoa no mundo tinha a audácia de trancar a porta depois de entrar.Minha nonna estava parada na entrada, sua pequena figura imponente mesmo apoiada na bengala de madeira antiga que pertenceu ao meu avô. Seus olhos astutos nos estudavam com uma mistura de surpresa e divertimento que eu conhecia muito bem - a mesma expressão que tinha quando me pegava roubando biscoitos na cozinha quando criança.Amber finalmente se virou e, ao ver minha avó, praticamente saltou do meu colo, seu rosto ficando da mesma cor de seus cabelos. A forma como ela tentava ajeitar a blusa, evitando olhar pa
Amber"Me apoie, querida," Nonna Rosa pediu enquanto caminhávamos até o carro. "Essas pernas não são mais as mesmas de quando eu dançava tarantela.""Claro, senhora." ela me deu um tapinha na mão."Já falei, nonna. Me chame de nonna, afinal você agora é da família." A encarei por alguns segundos, mas não questionei.Magnus nos esperava junto ao veículo, e seu sorriso se alargando ao ver a senhora."Magnus, bello!" ela exclamou. "Está cada dia mais bonito! Se eu fosse quarenta anos mais jovem...""Nonna!" não consegui segurar o riso, logo cobrindo a boca envergonhada."Não se preocupe," Magnus piscou. "Ela sempre tenta me seduzir.""E um dia consigo!" ela declarou, entrando no carro com nossa ajuda."Eu é que não dou conta, Nonna." ele falou piscando para mim, e me senti acolhida por aquele momento de descontração entre os dois. Leonardo nunca tinha me dito que sua família seria assim, ou será que apenas Nonna Rosa era tão divertida?Depois que nos acomodamos, seus olhos astutos se volt
Leonardo"Nada de depois, Leonardo. Vamos falar agora sobre isso." Seus olhos, tão parecidos com os meus, me estudavam com uma mistura de preocupação e decepção que eu conhecia bem demais.
LeonardoOlhei para o relógio pela décima vez em cinco minutos. Quase oito da noite e eu ainda estava preso naquela cama de hospital. Foi quando o Dr. Stevens entrou no quarto.
AmberO calor do corpo de Leonardo contra minhas costas me transmitia uma paz que há muito não sentia. Sua mão apertava minha cintura de forma gostosa, e sua respiração batia em meu pescoço, me fazendo arrepiar."Sentiu minha falta, B?" ele falou percebendo o quão afetada eu estava ficando."Mas do que gosto de admitir." sussurrei, e sua mão me trouxe para mais perto de seu corpo."Nosso momento hoje cedo foi muito breve, preciso de um pouco mais de cuidados..." seu nariz roçou por meu pescoço de forma lenta.Foi quando um grito agudo cortou o ar:"Tio Leo!" Bella percebeu sua presença primeiro. Mas Louis já se levant
AmberO calor dele parecia se infiltrar pela minha pele, enquanto as pontas dos dedos de Leonardo traçavam círculos preguiçosos na base das minhas costas. Eu estava sentada em seu colo, cuidadosa para não pressionar o braço ferido, mas cada toque dele parecia incendiar algo dentro de mim. A respiração dele estava próxima, quente e entrecortada, e eu podia sentir o olhar dele queimando em meu rosto."Amber," ele murmurou, com aquela voz rouca que me fazia estremecer. "Você sabe que estou ficando louco, não sabe?"Mordi o lábio, tentando suprimir um sorriso. Ele sempre tinha uma resposta para tudo, sempre um argumento para ignorar o que era lógico. "Você é tão dramático, Leonardo."Ele riu, mas o som foi baixo, quase desesperado. "Dramático? Docinho, você não faz ideia do que está passando em minha cabeça nesse mome
AmberEstava quase cedendo aos seus beijos quando algo úmido tocou meus dedos.Uma sensação gélida atravessou meu corpo, e me afastei rapidamente, olhando para ele. Meu coração quase parou ao ver o sangue manchando a bandagem em seu peito. A cor rubra escorria lentamente, um contraste alarmante contra a sua pele pálida."Meu Deus, Leo!" minha voz saiu trêmula enquanto eu saltava de seu colo. Em um movimento quase automático, estiquei o braço para o interruptor ao lado da cama. A luz iluminou o quarto, revelando a pequena mancha que crescia na bandagem.Ele suspirou, tentando minimizar a situação e esticou a mão boa para me puxar de volta. "Ignore isso," murmurou, o tom rouco e determinado. "Não é nada.""Nem pensar!" disse, já caminhando apressada em direção ao banheiro